sábado, 30 de outubro de 2010

CIDADES HISTÓRICAS DE ALAGOAS

Alagoas não é só praia. As cidades seculares de Penedo e Marechal Deodoro têm muita história, casarões coloniais e lindas igrejas barrocas. Visitar estas cidades é voltar ao tempo do Brasil Colonial!

Outro destaque do interior alagoano é a cidade União dos Palmares, famosa por abrigar o “Quilombo dos Palmares de Zumbi”, símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil.
  
PENEDO, o Brasil Colonial às margens do Rio São Francisco. A Cidade fundada em 1614 é o maior patrimônio histórico de Alagoas, repleta de igrejas e sobrados dos séculos 17 e 18 tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. Foi palco de várias disputas entre holandeses e portugueses por seu território. Localizada no extremo sul do Estado, a 180 km de Maceió. 

MARECHAL DEODORO, a primeira capital de Alagoas, berço do Proclamador da República. Seus primeiros habitantes chegaram em 1520, a cidade é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, por possuir um acervo arquitetônico riquíssimo, construído pelos Colonizadores Portugueses e Missionários Franciscanos. Localizada a poucos minutos de Maceió, é banhada pela Lagoa Manguaba e nela também está situada a famosa praia do Francês.

UNIÃO DOS PALMARES foi o último núcleo de resistência escrava das Américas, era na Serra da Barriga que estava localizado o Quilombo dos Palmares, um grupo de escravos negros, fugidos das fazendas na região Nordeste do Brasil.

Foi o maior quilombo, em extensão e duração, espalhando-se por vários pontos, e durou praticamente 100 anos, entre 1600 e 1695. A população total de Palmares chegou a atingir a marca de 20 mil habitantes, o que representava 15% da população do Brasil. Zumbi foi um dos líderes mais famosos de Palmares.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MACEIÓ

Maceió, capital de Alagoas, possui uma população de 900.000 habitantes e é famosa por possuir as praias urbanas mais bonitas dentre as capitais do Brasil. Hoje, Maceió é um dos mais importantes pólos turísticos do País. A cada dia, turistas do Brasil e do Mundo chegam à cidade à procura de diversão, muito sol e de suas famosas praias. Localizada entre os coqueirais, as lagoas e um lindo mar de águas cristalinas, Maceió destaca-se por sua beleza exuberante.

A cidade é uma eterna festa para os turistas, boa para quem gosta do dia, boa para quem curte a noite. Os primeiros aproveitam um cardápio farto de praias paradisíacas como Pajuçara e suas piscinas naturais, Ponta Verde e Jatiuca; e as lagoas Mundaú e Manguaba. À noite, Maceió brilha ao ritmo dos bares com música ao vivo localizados à beira-mar e no bairro histórico de Jaraguá.

Com sol o ano inteiro e uma temperatura média de 28 graus, Maceió dispõe de uma excelente infra-estrutura de hotéis, pousadas e restaurantes, o conforto é de metrópole, as praias são de paraíso. Por isso, Maceió é considerada um dos points do litoral brasileiro, onde o visitante pode desfrutar da pura natureza, bem como da praticidade de uma cidade moderna.

PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS
Praia de Pajuçara - A maior atração é o passeio de jangada até a piscina natural que se forma durante a maré baixa entre bancos de areia e arrecifes, a 2 km da costa. Mais de 200 jangadas levam os turistas até o local, que chega a medir 200 metros de comprimento e 25 metros de largura. Nos fins-de-semana, Pajuçara ganha bares flutuantes nas jangadas que servem bebidas e tira-gosto. 

Praia de Ponta Verde - Praia de mar calmo e águas cristalinas, muitos coqueiros e arrecifes de coral que formam piscinas bem próximas à areia. Ponto de encontro dos jovens da cidade.

Praia Jatiúca - Mar verde de ondas fortes. É a preferida dos surfistas.

Praia de Pratagi - Também é chamada de Mirante da Sereia porque tem uma estátua de sereia em suas areias. Coqueiros e piscinas naturais.

Pontal da Barra - No final da restinga de Maceió, no extremo sul da cidade, no encontro das águas da lagoa Mundaú e do Atlântico. Praia selvagem, mar forte, correntezas e belíssimo pôr-do-sol.

Mirante de São Gonçalo - Praça Rosalvo Ribeiro, s/n. Fica no bairro do Farol, na parte mais alta da cidade, e tem a vista mais bonita dos bairros, do porto e da praia de Sobral.

TURISMO CULTURAL
Catedral de N. S. dos Prazeres - Praça. D. Pedro II. Com planta do arquiteto francês Auguste Montigny (o mesmo que projetou a Candelária, no Rio de Janeiro), foi inaugurada em 1859 na presença de d. Pedro II e sua esposa, Tereza Cristina. O altar-mor é de cedro. A capela do Santíssimo Sacramento tem detalhes renascentistas. A igreja virou catedral metropolitana em 1900 por decisão do papa Leão 13.

Igreja Bom Jesus dos Martírios - Praça Floriano Peixoto, s/n. É de 1881. Sua fachada é recoberta de azulejos portugueses com desenhos azuis. No interior, destaque para oito lustres de cristal que iluminam a igreja. Fica diante do palácio do governo.

Igreja N. S. do Livramento - Rua Senador Mendonça, s/n. Arquitetura neoclássica do início do século passado. No teto da nave, uma grande pintura da Imaculada Conceição. 

Teatro Deodoro - Principal teatro da cidade, inaugurado em 1910 com arquitetura em estilo neo-clássico. Localiza-se na Praça Deodoro, Centro.

Associação Comercial de Maceió - Rua Sá e Albuquerque - Jaraguá - Restaurado recentemente, o prédio da Associação Comercial foi fundado em 1928. Suas características arquitetônicas são de um autêntico neoclássico. Destaque para as belíssimas colunas greco-romanas.

Museu Théo Brandão - Belíssimo palacete na praia da Avenida, com grande acervo folclórico da cultura popular alagoana.

Museu de Arte Sacra Pierre Chalita - Praça Mal. Floriano Peixoto, 44. Tel. (82) 223.4298. Seg-sex 8h-11h e 14h-17h. Acervo de imagens e quadros de arte sacra e profana dos séculos 17, 18, 19 e 20, de artistas brasileiros e internacionais, entre as quais o "Nascimento de Vênus", de Guido Reni , "Ressurreição de Cristo", de Rafael Sanzio, uma "Madonna" atribuída ao ateliê de Leonardo da Vinci, além de pinturas creditadas a Tiziano e Caravaggio.

PASSEAR
Lagoa Mundaú - Vários saveiros fazem o passeio pela lagoa e navegam entre os canais formados por suas nove ilhas até a Barra Nova, onde a lagoa se encontra com o mar. Os pescadores podem ser vistos em canoas ou caminhando pelas áreas mais rasas à cata de crustáceos que vivem na lama do fundo da lagoa e são especialidades da culinária de Maceió - caranguejo, sururu, massunim, taioba.

COMPRAR
Artesanato em madeira, cerâmica e palha na Feirinha da Pajuçara, e os trabalhos das rendeiras no Pontal da Barra.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

O SETOR INDUSTRIAL DO NORDESTE

Eduardo de Freitas

A região Nordeste tem atraído elevados investimentos para seu setor econômico. Além disso, a atividade industrial da região está em ascensão, isso acontece em decorrência de melhorias ocorridas nas indústrias nativas e da chegada de inúmeras empresas oriundas de outras partes do Brasil, especialmente do Sudeste. Dentre as principais indústrias, estão as do ramo alimentício, calçadista e vestuário.

A migração de empresas para a região se deve principalmente pelo fato do Nordeste possuir abundante mão-de-obra e de baixo custo, sem contar que muitos Estados oferecem incentivos fiscais para as empresas interessadas. Além disso, muitas empresas aproveitam o fator da proximidade com as fontes de matéria-prima, como cana-de-açúcar, algodão, frutas, cacau e tabaco, isso para fabricação dos respectivos produtos: açúcar e álcool, têxtil, sucos, chocolates e charutos.

A região Nordeste se destaca também na extração mineral, especialmente na produção de sal, responde por aproximadamente 80% da produção do país, o Estado do Rio Grande do Norte é o maior produtor. No seguimento industrial nordestino há uma hierarquia entre os principais produtores, sendo que o Estado da Bahia é o primeiro, respondendo nacionalmente por 4%, seguido pelo Ceará com 1,2% e depois Pernambuco com 1,1%. O restante dos Estados que compõem a região, juntos, não obtêm nem mesmo 1% do total nacional.

O parque industrial baiano atua principalmente na produção de produtos químicos, alimentos, bebidas, metalurgia, automóveis, combustíveis. Já no Estado do Ceará, destaca-se a produção industrial de máquinas, materiais elétricos, tecidos, calçados e bolsas, alimentos e álcool. A indústria pernambucana se desponta na produção de alimentos, metalurgia, produtos químicos, produção de álcool e refino de petróleo. As principais áreas industriais do Nordeste se concentram em Recife, Salvador e Fortaleza.

Apesar do incremento na produção industrial da região, a mesma necessita melhorar muito, pois a indústria ainda não se encontra diversificada. A distribuição das indústrias ao longo dos Estados da região se restringe a algumas áreas, fazendo com que cidades adentradas no interior permaneçam excluídas do desenvolvimento.

domingo, 24 de outubro de 2010

DILMA X SERRA

A decisão de quem vai ser o sucessor de Lula na Presidência da República se aproxima. Os concorrentes a vaga são Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB). Os dois lados contam com apoios que podem fazer muita diferença na reta final. Dilma possui como avalista político o presidente. Lula tem hoje a maior popularidade da história que um chefe de executivo já gozou no Brasil.
 
O sucesso da política econômica e a eficiência da política social construíram uma armadura de teflon ao redor de Lula, nada de ruim gruda nele. A questão sobre a qual, muitos analistas de cenário político se debruçam é se esse poder de fogo poderá ser transferido para a ex-chefe da Casa Civil. Os que sustentam essa idéia se pautam no fracasso da candidatura Marta Suplicy em São Paulo, embora apoiada explicitamente por Lula. Os que contrariam essa tese afirmam que São Paulo é um reduto de pouco afeição ao petismo. Contar com o apoio de Lula ou não é indiferente.

Já no Norte e Nordeste e em Minas Gerais, gigantes colégios eleitorais, costumam ser invariavelmente lulistas, que se bem trabalhados politicamente podem calibrar a candidatura da ex-ministra. Dilma possui uma bagagem acadêmica e política respeitável, é doutora em Ciências Sociais na área de teoria monetária pela Unicamp e chefiava a Casa Civil, sendo a primeira mulher no Brasil a ocupar essa pasta, desde 2005. É vista no meio político como uma mulher rígida e severa. Seu perfil é de generala mandona.

Lula possui um afeto especial por Dilma, reconhece que boa parte do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e seu sucesso, só são possíveis por causa da ex-ministra. Dilma possui, entretanto, uma fraqueza considerável, sua falta de carisma. Lula tem procurado levá-la para várias cerimônias oficiais para forjá-la no fogo do contato com as massas. Lula confia em Dilma, e o mote de campanha estará pronto em breve e não será algo muito diferente da campanha de 2006 “Não troco o certo pelo duvidoso”.

José Serra é o candidato da oposição. Tem a seu lado a experiência de muitos anos em cargos de chefia. Foi Ministro do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. É visto como a alternativa a política do atual governo Lula. José Serra tem um perfil mais comedido e tem evitado críticas públicas a Lula, que hoje mantém um índice de aprovação de 84%. Serra se sagrou prefeito por São Paulo, e foi muito criticado por ter se afastado da prefeitura para concorrer ao cargo de governador.

Serra ocupava até então, o cargo de governador do estado de São Paulo e é bem visto pela imprensa e pela população de São Paulo. Possui contra si a gestão de Fernando Henrique Cardoso, que até hoje é mal avaliada pela população. Joga contra ele também o fato estar consorciado com as alas mais conservadoras da política nacional.
Faltam poucos dias para a eleição, mas a cada dia que passa esses personagens medem cada vez mais seus atos e seus reflexos. A prova é os últimos debates, morno e cometido por Serra e Dilma.
 
A maioria dos eleitores já deve estar pensando em quem vai votar, mas uma ponta de duvida ainda deve pairar e com certeza a decisão de muitos só vai acontecer no dia 31 próximo, diante da urna eletrônica.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CONHEÇA A ONU


A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.
 
As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da ONU, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda.
 
Ligados à ONU há organismos especializados que trabalham em áreas tão diversas como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho – por exemplo: OMS (Organização Mundial da Saúde), OIT (Organização Internacional do Trabalho), Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional). Estes organismos especializados, juntamente com as Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF), compõem o Sistema das Nações Unidas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

IBOPE: TEOTÔNIO VILELA COM 54% DOS VOTOS VÁLIDOS EM ALAGOAS

A primeira pesquisa Ibope para o segundo turno em Alagoas mostra o governador e candidato à reeleição, Teotônio Vilela (PSDB), à frente do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Teotônio tem 48% das intenções de voto e Lessa 40%, enquanto nulos e brancos somam 5% e os indecisos são 7%. Quando considerados apenas os votos válidos - sem nulos e brancos - o placar fica em 54% a 46% para o tucano.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro turno, Teotônio Vilela obteve 39,58% dos votos válidos e Ronaldo Lessa 29,16%.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número 36436/2010.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MISSÃO E VISÃO ORGANIZACIONAL: ORIENTAÇÕES PARA SUA CONCEPÇÃO

Marcelo Antoniazzi Porto

Inúmeras são as organizações brasileiras que vêm, especialmente ao longo desta década, enunciando missões, visões, credos, princípios, valores, etc. como resultado de uma etapa inicial de seus processos de implantação de sistemas de gestão da qualidade.

Entretanto, o impacto positivo e a real importância que tais elementos têm no sucesso de uma organização não é compreendido pela maioria. Muitas percebem apenas o cunho “ideológico” destes elementos, não entendendo o seu reflexo nas sucessivas tomadas de decisão, em todos os níveis, no dia-a-dia de uma organização. Além de poucas compreenderem sua importância, menor ainda é o número de organizações que incorpora tais elementos às suas práticas diárias, assumindo-os como instrumentos orientadores e balizadores das condições de contorno da prática empresarial.

Este artigo não tem a pretensão de responder o que deve ser feito em relação a esta questão, pois sua complexidade exige observação e análise mais apuradas das práticas atuais para que, somente então, possa-se prover algumas recomendações. Entretanto, visto que a própria base conceitual não é homogênea, este artigo aborda dois elementos fundamentais, missão e visão, que por vezes são mal compreendidos e mesmo tomados como sinônimos, trazendo orientações para sua concepção. Apesar de superficiais, esclarecem a diferença entre estes dois elementos, servindo como um primeiro passo na compreensão de seu impacto e sua importância.

Visão é um destino específico, uma imagem de um futuro desejado. [...]

[Missão] é abstrata. [...] [Missão] é “avançar a capacidade do homem para explorar os céus”. Visão é “um homem na lua ao final dos anos 60”. (SENGE, 1990, p. 149)

A missão de uma organização representa a razão de sua existência (AT&T, 1992; COLLINS & HUGE, 1993; JOHNSTON & DANIEL, 1993; SENGE et al., 1994; HUNGER & WHEELEN, 1995; BABICH, 1996; COLLINS & PORRAS, 1996).

Para prover algumas orientações em relação à concepção de uma missão, o autor considera que a mesma deva abranger: 1) o propósito básico da organização (foco no cliente externo); e 2) os valores que a organização pretende agregar a elementos que com ela interagem.

PROPÓSITO BÁSICO
Segundo Hunger & Wheelen (1995), uma missão pode ser definida de forma ampla ou restrita. Ou, usando a idéia de abstração de Hayakawa (1990), uma missão pode assumir alto ou baixo nível de abstração. Uma missão restrita, ou limitada, pode definir claramente o propósito de uma organização, limitando-a, porém, em seu escopo. Uma missão ampla (enunciada em termos mais genéricos) permite um escopo bastante mais abrangente para a organização. Por outro lado, seu maior nível de abstração exige identificação clara do que deve ser enfatizado.

Johnston & Daniel (1993) salientam que a missão não deve ser limitadora. Citam o exemplo da Toyota Motor Corporation que costumava definir, em sua missão, “automóveis” como seu negócio. Agora, tendo expandido consideravelmente sua missão, traz, na definição de seu negócio, “mover pessoas”. Isto lhe permitiu trabalhar com novas áreas de transporte, não se limitando a veículos abastecidos com gasolina, com pneus de borracha, que se movam no solo.

AT&T (1992), Colletti (1995) e Melum & Collett (1995), citando apenas alguns autores que compartilham da mesma idéia, ressaltam a necessidade da organização definir quem são seus clientes externos. Contudo, para que possam ser identificados, a organização necessita primeiro compreender o mercado onde pretende atuar. Para tanto, segmentá-lo é uma boa iniciativa (AT&T, 1992).

Há vários critérios de segmentação do mercado. Cada um abrangendo inúmeras variáveis que podem ser utilizadas, tais como: idade, nacionalidade, classe social, renda, clima, características de personalidade, etc. (CHIROUSE, 1985).

Uma vez estabelecidos tais clientes, que devem representar o foco da organização, esta deve entender as suas necessidades, de modo que possa identificar que valores agregar aos seus clientes através do fornecimento de produto(s) e/ou da prestação de serviço(s). O foco da organização deve estar nos valores que pretende agregar aos seus clientes e não nos produto(s) e/ou serviço(s) que oferece.

AGREGANDO VALOR A OUTROS ELEMENTOS
“Uma missão é um propósito que integra a variedade de papéis que um sistema desempenha” (ACKOFF, 1981, p. 107). Esta definição de Ackoff (1981) contempla o aspecto sistêmico de qualquer organização. Ou seja, uma organização, enquanto sistema deve estabelecer seu propósito abrangendo outros elementos importantes, de modo a garantir que não lhe falte coesão e que o planejamento seja realizado de forma integrada.

Além dos clientes, Ackoff (1981) menciona acionistas, fornecedores, empregados e a comunidade como “partes interessadas” (do inglês, stakeholders) que devem ser contempladas pela missão de uma organização. J. C. Penney, Merck e UPS são exemplos de empresas cujas missões abordam outros elementos além do cliente externo (Jones & Kahaner, 1995).

VISÃO
Conforme ressaltado por Senge (1990), não há uma fórmula para encontrar a visão. Certamente, qualquer receita prescritiva que fosse apresentada não seria a mais adequada para todas as organizações. Portanto, as orientações aqui contempladas focalizam nas características do conteúdo da visão, uma vez que o processo de concepção da mesma é muito particular a cada organização.

Abaixo seguem algumas orientações úteis ao processo de concepção de uma visão:

• A VISÃO DEVE RETRATAR UM ESTADO FUTURO DESEJADO
Considerando sua missão, a organização deve conceber uma visão que retrate um estado futuro desejado capaz de responder fundamentalmente a uma questão: “o que queremos ao longo deste nosso caminho pela missão?”. Esta questão mostra que uma organização pode ter mais de uma visão. O que na realidade ocorre, em organizações visionárias, é uma sucessão de visões de longo prazo ao longo de sua existência.

Exemplo: “Um homem na lua ao final dos anos 60”.

Neste exemplo da NASA, a visão respondeu a outra questão comumente contemplada: “quando queremos...?”. Outro exemplo em que esta segunda questão é respondida: “Tornar-se tão respeitada em 20 anos quanto a Hewlett-Packard é hoje” (enunciada pela Watkins-Johnson em 1996).

Ainda que de forma implícita, a visão da Watkins-Johnson responde a uma terceira e última questão contemplada por inúmeras visões: “onde queremos...?” (sabidamente a Hewlett-Packard é respeitada em nível mundial).

• A VISÃO DEVE SER DE LONGO PRAZO
Collins & Porras (1996) sugerem que a visão contemple um horizonte de tempo de 10 a 30 anos. Collins & Huge (1993) falam em 5, 10 ou 20 anos. Existem organizações com visões superiores a 50 anos e outras que trabalham com não mais do que 3 anos para frente.

Uma visão, para que gere a “energia criativa” mencionada por Senge (1990), deve ser bastante desafiadora, ou seja, romper com o mero estabelecimento de objetivos que se renovem a cada ciclo de planejamento. Quanto maior o gap entre a visão e a realidade atual, maior o desafio que se apresenta. Quanto maior o desafio, mais tempo costuma ser necessário para enfrentá-lo e ser bem sucedido. Por isto, limitar-se a horizontes de tempo curtos geralmente conduz à concepção de visões pouco desafiadoras.

• A VISÃO DEVE TER UMA DESCRIÇÃO CLARA
Collins & Porras (1996) salientam que é essencial “pintar-se” um quadro retratando o que deve parecer a situação futura desejada. Criar-se uma imagem que seja compartilhada por todos em uma organização fortalece o alinhamento. Uma imagem tende a propiciar tangibilidade à visão mais do que as próprias palavras que a definem.

Tanto é assim, que muitas organizações preferem primeiro criar uma imagem do estado futuro desejado e depois transformá-la em palavras.

Exemplificando com a visão de Henry Ford no início deste século:

“Democratizar o automóvel”. Seguem abaixo palavras suas que tentam ilustrar a imagem associada à sua visão:

Construirei um carro a motor para a grande multidão [...]. Ele será tão baixo em preço que nenhum homem, com um bom salário, estará incapacitado de ter um e de desfrutar com sua família a bênção de horas de prazer nos ótimos lugares livres de Deus [...]. Quando tiver terminado, todos estarão aptos a ter um e cada um terá um. O cavalo terá desaparecido de nossas estradas, o automóvel será aceito [...] [e iremos] proporcionar a um grande número de homens emprego com bons ordenados. (Ford apud COLLINS & PORRAS, 1996, p. 74)

• A VISÃO DEVE ESTAR ALINHADA COM OS VALORES CENTRAIS DA ORGANIZAÇÃO
Apesar de não serem abordados neste trabalho, os valores centrais de uma organização, juntamente com a missão, definem sua ideologia básica (COLLINS & PORRAS, 1996).

Os valores centrais de uma organização são aqueles seus princípios essenciais e duradouros. Estes valores não exigem justificativa externa, pois são intrínsecos.

Conseqüentemente, não há um conjunto de valores que possa ser considerado como certo ou errado por um observador externo. Um valor central representa um princípio que sempre é respeitado pela organização ainda que, em alguns momentos, ele possa significar uma desvantagem competitiva.

A importância de um valor central pode ser retratada pelas palavras da equipe gerencial de uma empresa de alta tecnologia mencionada como exemplo no artigo Building Your Company’s Vision de Collins & Porras (1996):

Nós queremos sempre realizar inovação [...] [de vanguarda]. É isto que somos. É muito importante para nós e sempre será. Aconteça o que acontecer. E se nossos mercados atuais não o valorizam, encontraremos outros [...] que o façam. (p. 67)

Outros exemplos que aparecem no artigo supracitado são: honestidade e integridade, lucro - mas lucro de trabalho que beneficie a humanidade, ... (empresa: Merck); vitória - derrotar outros em uma boa disputa, ... (Philip Morris); elevação da cultura japonesa e do status nacional, ser pioneira - não seguir os outros..., ... (Sony); etc.

Pelo exposto acima, é evidente que qualquer visão que não esteja alinhada com os valores centrais da organização está fadada ao insucesso.

• A VISÃO DEVE SER INSPIRADORA E IMPULSIONADORA
O gap entre a visão e a realidade atual deve propiciar a geração de uma energia criativa (SENGE, 1990) suficiente para consecução daquilo que pode parecer insensato ou mesmo absurdo. Novamente, a realização de “um homem na lua ao final dos anos 60” é um excelente exemplo da capacidade criativa do ser humano.

Para ser inspiradora, estimulando a criatividade, e impulsionadora, estimulando ação, uma visão deve ir além da arena competitiva corrente para identificar novas oportunidades que estejam “fora do mapa atual [...]” (BECHTELL, 1995).

A visão de uma organização deve sobreviver aos seus líderes se for realmente inspiradora (COLLINS & PORRAS, 1996).

Indicadores financeiros como foco da visão costumam não gerar o estímulo necessário à criatividade e à ação. O mesmo vale para a liderança em termos de participação no mercado onde a organização atua; se este for o foco da visão, a organização estará se orientando pelo atual cenário competitivo. Estes elementos podem até integrar a imagem que a organização tem de seu estado futuro desejado. Uma visão, para ser genuinamente inspiradora e impulsionadora, deveria responder a pergunta “o que queremos criar?” (SENGE, 1990).

• A VISÃO DEVE PROVER FOCALIZAÇÃO E ALINHAMENTO
Senge (1990) observa que “uma visão compartilhada [por todos] é o primeiro passo para permitir que pessoas que desconfiavam umas das outras comecem a trabalhar juntas. Ela cria uma identidade comum. Na verdade, o sentido compartilhado [...] de propósito, visão e valores [...] estabelece o nível mais básico de comunidade” (p. 208).

Foco e alinhamento estão intimamente ligados. Estas características da visão estão fortemente respaldadas no estabelecimento de um estado futuro desejado que rompa com o status quo, na contínua orientação pela missão e os valores centrais da organização e no claro entendimento da visão, especialmente através de imagens compartilhadas por todos.

• A VISÃO DEVE PRESCINDIR DE MAIORES EXPLICAÇÕES
Uma organização deve ser capaz de comunicar sua visão sem a necessidade de palavras. Por isto, imagens compartilhadas por todos são fundamentais.

Uma visão somente tem poder de alinhamento e impulsionamento, gerando energia criativa organizacional, quando não há necessidade de se gastar horas alinhavando palavras para disseminá-la na organização. Retomando o exemplo da visão da NASA nos anos 60, “um homem na lua ao final dos anos 60” podia ser escrita e dita de inúmeras formas, pois a imagem de um homem na lua era clara para todos, ainda que muitos não acreditassem no sucesso que ocorreria em 1969.

• A VISÃO DEVE CONFRONTAR PADRÕES ATUAIS
O estabelecimento de uma visão exige pensar além das capacidades atuais da organização e de seu ambiente competitivo (COLLINS & PORRAS, 1996).

Ackoff (1981) observa que se pode inovar através do uso de tecnologias que, embora viáveis, não tenham sido usadas da forma como se está concebendo para o estado futuro desejado. Salienta ainda que a implementabilidade da visão é completamente irrelevante, pois não há exigência alguma de que se tenha a capacidade de promover a sua existência.

Lembrando a observação de Senge (1990), não há uma fórmula para encontrar a visão. Entretanto, as orientações aqui apresentadas são aplicáveis a qualquer receita prescritiva que seja adotada para concebê-la.

COMENTÁRIOS FINAIS
Como exposto anteriormente, em se tratando de Brasil, o número crescente de enunciados de missão, visão, princípios, valores, entre outros elementos, é reflexo direto dos esforços para a implantação de sistemas de gestão da qualidade. Entretanto, qualquer organização, independentemente de tamanho ou setor econômico de atuação, quer seja pública ou privada, implantando ou não um sistema da qualidade, necessita compreender qual é sua missão e estabelecer, a partir desta, visões sucessivas que, continuamente, a estimulem a romper com padrões atuais de desempenho.

É importante respeitar a característica temporal da missão, pois somente assim poderá uma organização desenvolver e reforçar de forma mais agressiva a criatividade organizacional, buscando alternativas diversas em termos de produtos e/ou serviços.

Importante: os produtos e serviços representam o veículo através do qual valor é agregado à sociedade; o veículo pode mudar ao longo da trajetória de uma organização mas os valores a serem agregados à sociedade somente mudam a partir do momento que a organização entende ter outra missão. As visões orientam o processo de criação no caminho da missão, estimulando o rompimento do status quo na proporção do gap existente entre a situação atual e o estado futuro desejado.

É fundamental compreender a necessidade de mudança comportamental e disciplina para que a missão seja respeitada e a pressão emocional pertinente a visões desafiadoras seja suportada. Não é trabalho de curto prazo. Portanto, ainda que úteis as orientações contidas neste artigo, em especial para organizações empreendendo esforços iniciais, fazem-se necessários outros trabalhos que contemplem abordagens de mudança comportamental que tenham aplicabilidade no dia-a-dia das organizações brasileiras.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DIA DO MÉDICO

Comemora-se hoje o DIA DO MÉDICO, em referência ao dia consagrado pela Igreja Católica a São Lucas, padroeiro da medicina. O santo, que foi um dos quatro evangelistas, escreveu o “3º Evangelho” e o “Ato dos Apóstolos” do Novo Testamento da Bíblia Sagrada.

Era médico, pintor, músico e historiador. São Lucas nasceu na Antióqua (atual Turquia), no início do século I. Bondoso, abnegado, peregrinou por muitos lugares curando as pessoas e desafiando instituições políticas. Não conheceu Jesus, mas escreveu o Evangelho, transmitindo suas palavras. Morreu aos 80 anos e seus restos mortais estão na Basílica de Santa Justina, em Pádua, na Itália.

São Lucas é o santo dos médicos. Seu nome, como patrono da classe, foi lançado por Eurico Branco Ribeiro, cirurgião paulista e estudioso da vida do santo.

Sua escolha deveu-se às ações que, naquela época, aliviaram o sofrimento de muitos doentes. Desse modo, adotou-se o dia do santo médico para homenagear todos aqueles que, com a mesma tenacidade e dedicação que São Lucas teve um dia, salvam vidas, curam doenças e atenuam os males da saúde.

MÉDICO: UMA PROFISSÃO QUE SALVA VIDAS

O QUE FAZ
Busca tratar e curar as doenças das pessoas enfermas, indicando tratamentos a base de remédios, procedimentos cirúrgicos ou mudança de hábitos alimentares.

CARACTERÍSTICAS PROFISSIONAIS IMPORTANTES (APTIDÕES)
Dedicação máxima à profissão, gostar de estudar e conhecer as novidades da área, saber se relacionar com as pessoas de forma humana, capacidade de análise de situações (saber diagnosticar).

MERCADO DE TRABALHO
Hospitais Públicos, Particulares e Clinicas médicas, consultórios particulares, grandes empresas (médico do trabalho), clubes esportivos, entre outros.

ESPECIALIZAÇÕES
Após a formação em Bacharel em Medicina, podendo atuar como Clínico Geral, o médico poderá entrar em cursos de especializações.

EXEMPLOS
Medicina do trabalho, patologia clínica, ginecologia, geriatria, genética, cardiologia, urologia, neurocirurgia, psiquiatria, pediatria, medicina sanitária, angiologia, dermatologia, etc.

sábado, 16 de outubro de 2010

DIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

Lauro Morhy
 Boa Formação Aliada à Ciência



Comemora-se hoje, dia 16 de outubro, o Dia da Ciência e da Tecnologia. C & T são vetores quase inseparáveis dos avanços da humanidade. Devidamente usados, podem permitir às nações progressos significativos na educação, na saúde, na preservação do meio ambiente, no aumento da produtividade econômica e na integração social, com superação da pobreza e dos problemas sociais.

Realmente, pobreza, educação, saúde, meio ambiente, globalização acelerada e suas conseqüências são problemas de complexidade cada vez maior, que não podem ser equacionados e resolvidos sem a utilização científica e estratégica do conhecimento, sem que se entendam em profundidade as suas causas, implicações e efeitos.

O Dia da Ciência e Tecnologia é, portanto, um bom dia para reflexões. Essas reflexões, devidamente feitas, poderiam ensinar-nos que C & T não consistem apenas em mexer com as mãos, comprar os últimos equipamentos do "front", ler ou usar manuais de operação, apertar botões de aparelhos, usar programas de computadores que nos chegam, sair por aí "amando a natureza", usar patentes compradas ou alugadas, saber das "últimas descobertas".

É preciso educação, boa formação e prática (adequadas e continuadas), dedicação e muito uso da cabeça.

A tão desejada inovação requer toda uma cultura, que hoje precisa ser planejada e cuidadosamente assistida. Da parte do governo espera-se apoio continuado, ao menos para as linhas estratégicas de atividades científicas e tecnológicas.

O Plano Plurianual de C & T do Governo Federal 1996-1999 previu um esforço na ampliação dos investimentos, fato que infelizmente não se vem confirmando dentro das expectativas criadas. A despesa em C & T, quevinha caindo (2,5 para 2,3 milhões entre 1994-96), ficou com os números bastante difusos ou mais confusos.

O papel das Fundações de Apoio à Pesquisa, criadas em vários Estados, a exemplo da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) tem sido bastante prejudicado devido à lamentável atitude de governos estaduais que não cumprem a lei e desviam os recursos para outros fins. AFAPESP, apesar disso, continua sendo o bom exemplo e a sociedade paulista já colhe importantes resultados.

O Small Business Innovative Research, por exemplo, aplicado por essa Fundação com a sigla PIPE, está fomentando mais de 70 projetos de inovação. A FAPERJ (no Rio de Janeiro) está em franca recuperação, com grande apoio do governador Garotinho, já com aplicações de 35 milhões só para atualizar o atraso dos últimos anos.

Paraincentivar os governadores a simplesmente cumprirem as leis que criaram as FAPs, estamos propondo que a SBPC crie a Medalha do Mérito Científico, a ser concedida aos que permitirem o uso devido dos recursos para C & T pelas respectivas Fundações estaduais ou oferecerem apoio significativo para o fortalecimento da ciência.

Por volta de 1985-86, pesquisadores científicos da UnB iniciaram articulações visando à criação da FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal).

Pesquisadores da Embrapa e políticos de visão logo se juntaram e no final de 1992 já estava aprovada a Lei da FAPDF. Consideramos essa uma das mais sábias decisões do Governo Roriz, na gestão passada, e da Câmara Legislativa do DF. Mas, a FAPDF está sem recursos.

Dos cerca de 20 milhões previstos para 1999 não aplicou mais do que 500 mil! É importante que as verbas previstas sejam realmente aplicadas em C & T, ou ficaremos para trás. Brasílianasceu para liderar, e tem tudo para fazê-lo em C & T. Não deixemos que o imediatismo prevaleça sobre o que é realmente estratégico.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DIREÇÃO DEFENSIVA

RISCOS, PERIGOS E ACIDENTES

Em tudo o que fazemos há uma dose de risco: seja no trabalho, quando consertamos alguma coisa em casa, brincando, dançando, praticando um esporte ou mesmo transitando pelas ruas da cidade.


Quando uma situação de risco não é percebida, ou quando uma pessoa não consegue visualizar o perigo, aumentam as chances de acontecer um acidente. Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e suas cargas e geram lesões em pessoas.


Nem é preciso dizer que eles são sempre ruins para todos.


Mas você pode ajudar a evitá-los e colaborar para diminuir:


O sofrimento de muitas pessoas, causados por mortes e ferimentos, inclusive com seqüelas físicas e/ou mentais, muitas vezes irreparáveis;


Prejuízos financeiros, por perda de renda e afastamento do trabalho;


Constrangimentos legais, por inquéritos policiais e processos judiciais, que podem exigir o pagamento de indenizações e até mesmo prisão dos responsáveis.


Acidente não acontece por acaso, por obra do destino, ou por azar.


Custa caro para a sociedade brasileira pagar os prejuízos dos acidentes: estima-se em 10 bilhões de reais, todos os anos, que poderiam ser aproveitados, por exemplo, na construção de milhares de casas populares para melhorar a vida de muitos brasileiros.


Por isso, é fundamental a capacitação dos motoristas para o comportamento seguro no trânsito, atendendo a diretriz da “preservação da vida, da saúde e do meio ambiente” da Política Nacional de Trânsito.


E esta ocasião é uma excelente oportunidade que você tem para ler com atenção este material didático e conhecer e aprender como evitar situações de perigo no trânsito, diminuindo as possibilidades de acidentes.


Estude-a bem. Aprender os conceitos da Direção Defensiva vai ser bom para você, para seus familiares, para seus amigos e também para seu país.


DIREÇÃO DEFENSIVA
Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir e de se comportar no trânsito, porque ajuda a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. Mas, o que é a direção defensiva?


É a forma de dirigir, que permite a você reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, com seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros usuários da via.

Para isso, você precisa aprender os conceitos da direção defensiva e usar este conhecimento com eficiência. Dirigir sempre com atenção, para poder prever o que fazer com antecedência e tomar as decisões certas para evitar acidentes.


A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade.


Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável.


Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com:


Os Veículos;


Os Condutores;


As Vias de Trânsito;


O Ambiente;


O Comportamento das pessoas.


Vamos examinar separadamente os principais riscos e perigos.


Atravessar a rua na faixa é um direito do pedestre. Respeite-o.


O VEÍCULO
Seu veículo dispõe de equipamentos e sistemas importantes para evitar situações de perigo que possam levar a acidentes, como freios, suspensão, sistema de direção, iluminação, pneus e outros.


Outros equipamentos são destinados a diminuir os impactos causados em casos de acidentes, como os cintos de segurança, o “air-bag” e a carroçaria.


Manter esses equipamentos em boas condições é importante para que eles cumpram suas funções.


Manutenção Periódica e Preventiva Todos os sistemas e componentes do seu veículo se desgastam com o uso. O desgaste de um componente pode prejudicar o funcionamento de outros e comprometer a sua segurança.


Isso pode ser evitado, observando a vida útil e a durabilidade definida pelos fabricantes para os componentes, dentro de certas condições de uso.


Para manter seu veículo em condições seguras, crie o hábito de fazer periodicamente a manutenção preventiva. Ela é fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito.


Respeite os prazos e as orientações do manual do proprietário e, sempre que necessário, use profissionais habilitados.


Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos e, principalmente, acidentes.


FUNCIONAMENTO DO VEÍCULO
Você mesmo(a) pode observar o funcionamento de seu veículo, seja pelas indicações do painel, ou por uma inspeção visual simples:


• Combustível: veja se o indicado no painel é suficiente para chegar ao destino;


• Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica: observe os respectivos reservatórios, conforme manual do proprietário;


• Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio): para veículos de transmissão automática, veja o nível do reservatório. Nos demais veículos, procure vazamentos sob o veículo;


• Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do reservatório de água;


• Água do sistema limpador de pára-brisa: verifique o reservatório de água;


• Palhetas do limpador de pára-brisa: troque, se estiverem ressecadas;


• Desembaçador dianteiro e traseiro (se existirem): verifique se estão funcionando corretamente;


• Funcionamento dos faróis: verifique visualmente se todos estão acendendo (luzes baixa e alta);


• Regulagem dos faróis: faça através de profissionais habilitados;


• Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz de freio e luz de ré: inspeção visual.


• O hábito da manutenção preventiva e periódica gera economia e evita acidentes de trânsito.


PNEUS
Os pneus têm três funções importantes: impulsionar, frear e manter a dirigibilidade do veículo. Confira sempre:


Calibragem: siga as recomendações do fabricante do veículo, observando a situação de carga (vazio e carga máxima). Pneus murchos têm sua vida útil diminuída, prejudicam a estabilidade, aumentam o consumo de combustível e reduzem a aderência em piso com água.


Desgaste: o pneu deverá ter sulcos de, no mínimo, 1,6 milímetros de profundidade. A função dos sulcos é permitir o escoamento de água para garantir perfeita aderência ao piso e a segurança, em caso de piso molhado.


Deformações na carcaça: veja se os pneus não têm bolhas ou cortes. Estas deformações podem causar um estouro ou uma rápida perda de pressão.


Dimensões irregulares: não use pneus de modelo ou dimensões diferentes das recomendadas pelo fabricante para não reduzir a estabilidade e desgastar outros componentes da suspensão.


Você pode identificar outros problemas de pneus com facilidade. Vibrações do volante indicam possíveis problemas com o balanceamento das rodas. O veículo puxando para um dos lados indica um possível problema com a calibragem dos pneus ou com o alinhamento da direção. Tudo isso pode reduzir a estabilidade e a capacidade de frenagem do veículo.


A estabilidade do veículo também está relacionada com a calibragem correta dos pneus.


Não se esqueça que todas estas recomendações também se aplicam ao pneu sobressalente (estepe), nos veículos em que ele é exigido.


CINTO DE SEGURANÇA
O cinto de segurança existe para limitar a movimentação dos ocupantes de um veículo, em casos de acidentes ou numa freada brusca. Nestes casos, o cinto impede que as pessoas se choquem com as partes internas do veículo ou sejam lançados para fora dele, reduzindo assim a gravidade das possíveis lesões.


Para isso, os cintos de segurança devem estar em boas condições de conservação e todos os ocupantes devem usá-los, inclusive os passageiros dos bancos traseiros, mesmo as gestantes e as crianças.


Faça sempre uma inspeção dos cintos:


• Veja se os cintos não têm cortes, para não se romperem numa emergência;


• Confira se não existem dobras que impeçam a perfeita elasticidade;


• Teste o travamento para ver se está funcionando perfeitamente;


• Verifique se os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização dos ocupantes.


Uso correto do cinto:


• Ajuste firmemente ao corpo, sem deixar folgas;


• A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para as gestantes.


• A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem tocar o pescoço;


• Não use presilhas. Elas anulam os efeitos do cinto de segurança.

Transporte as crianças com até dez anos de idade só no banco traseiro do veículo, e acomodadas em dispositivo de retenção afixado ao cinto de segurança do veículo, adequado à sua estatura, peso e idade.


Alguns veículos não possuem banco traseiro. Excepcionalmente, e só nestes casos, você poderá transportar crianças menores de 10 anos no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança. Dependendo da idade, elas deverão ser colocadas em cadeiras apropriadas, com a utilização do cinto de segurança.


Se o veículo tiver “air bag” para o passageiro, é recomendável que você o desligue, enquanto estiver transportando a criança.


O cinto de segurança é de utilização individual. Transportar criança, no colo, ambos com o mesmo cinto, poderá acarretar lesões graves e até a morte da criança.


As pessoas, em geral, não têm a noção exata do significado do impacto de uma colisão no trânsito.


Saiba que, segundo as leis da física, colidir com um poste, ou com um objeto fixo semelhante, a 80 quilômetros por hora, é o mesmo que cair de um prédio de 9 andares.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MISSA EM HOMENAGEM A NOSSA SENHORA APARECIDA MARCA FERIADO DE 12 DE OUTUBRO

A Arquidiocese de Brasília preparou uma programação para comemorar o dia de NOSSA SENHORA APARECIDA, lembrada nesta terça-feira, dia 12 de outubro. Neste ano, além das tradicionais missas, a imagem da santa, que é considerada a padroeira de Brasília desde a construção, ficará exposta durante todo o dia na Esplanada dos Ministérios. De acordo com a Arquidiocese de Brasília, os fieis poderão fazer orações, cumprir promessas e ofertar flores em forma de homenagem.

Na primeira programação, o novenário em preparação para a festa, começou no domingo (3/10) e teve sua conclusão ontem, segunda-feira (11/10). No período, às 12h15, era celebrada a Santa Missa, das 13h às 15h, houve adoração ao Santíssimo Sacramento e, às 19h, Santa Missa, sempre na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

Hoje (12/10), as comemorações têm início às 9h com a missa das crianças e coroação de Nossa Senhora, no gramado em frente à Catedral, na Esplanada dos Ministérios. Até por volta das 13h, às atividades são voltadas para os pequenos. Neste horário, começam as homenagens a Nossa Senhora, que prosseguem até por volta
das 20h30.


9h - Missa das crianças e coroação de Nossa Senhora.
13h - Ofício de Nossa Senhora.
13h30 - Rosário Meditado e início da concentração popular.
15h - Homenagem dos jovens à Santa.
16h30 - Preparação para a Santa Missa.
16h45 - Saída do clero da Catedral para o altar da celebração.
17h - Santa Missa presidida por Dom João Braz de Aviz e celebrada por todo o clero da Arquidiocese. Após a missa, procissão com a imagem da padroeira e bênçãos para os doentes, governantes e famílias.
20h30 - Encerramento, com espetáculo de fogos de artifício.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, será homenageada em todas as paróquias brasileiras.

domingo, 10 de outubro de 2010

As vantagens dos cursos tecnológicos

O curso superior de quem não tem tempo a perder

Marla Rodrigues

O curso tecnológico é ideal para pessoas que não têm tempo a perder, para aqueles que precisam ser inseridos rapidamente no mercado de trabalho e ainda para os formados que queiram melhorar seu currículo.

Este tipo de educação superior é feito em dois ou três anos e, quando feito em instituições particulares, custa 1/3 da graduação comum. Isto porque eles foram feitos pensando na demanda ininterrupta do mercado de trabalho. Quando certo tipo de profissional é requisitado, logo surge um curso que possa moldá-lo às exigências do negócio.

Estima-se que o ensino público possui 230 mil alunos em cursos técnicos (de ensino médio) e tecnológicos (de ensino superior). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), existem 140 instituições públicas de ensino superior tecnológico.

Os Cefet’s (Centro Federal de Educação Tecnológica), presentes em todos os estados brasileiros, é um dos maiores formadores deste tipo de profissional. Além disso, o Cefet aceita em seus cursos de educação profissional técnica alunos do 3º ano do ensino médio, fazendo com que este estudante saia do 2º grau já com uma carreira encaminhada.

Os cursos tecnológicos, por suprirem a demanda do mercado de trabalho, formam profissionais capacitados para atuarem em áreas específicas de diferentes negócios e, por este motivo, ele, por si só, é um excelente empregador. Por serem cursos essencialmente técnicos, a carga horária teórica é bem menor do que nos outros tipos de graduação, por exemplo, e por esse motivo, três anos é tempo suficiente para formar estes profissionais.

Conheça alguns cursos: Agronegócio, Mineração, Gestão Pública, Produção Gráfica, Publicidade e Propaganda, Silvicultura, Telecomunicações, Logística, Design Gráfico, Construção Civil, Comunicação Empresarial.