sexta-feira, 6 de abril de 2012

SUPREMA ANGÚSTIA


Henrique Benvenutti
Comunidade Católica Chagas de Amor

C
erta vez em oração diante da cruz, Jesus me levou a refletir sobre o momento em que suou sangue ao se preparar para a crucificação. Em minha oração contemplei a face amarga que antes viva sorrindo, e o olhar brilhante que conquistou inúmeras pessoas para lutar pelo reino de Deus, já não brilhava de amor, mas sim de dor.

Meu coração disparava, tinha a impressão de que batia junto com o de Jesus. E num ímpeto de curiosidade, como se eu quisesse dar movimento ao tempo que parecia ter parado perguntei: – Jesus! O que é que o Senhor sentiu naquele momento?

Para meu espanto, Jesus me respondeu: “Eu senti medo”. Jesus me disse, que enquanto orava no momento de sua suprema angústia lembrava as vezes que ao se machucar, sua mãe tratava de seus ferimentos, das vezes que quando ele era criança, sua mãe o alimentava e dava de beber e de comer, de como era bom ser totalmente dependente, de ser apenas criança.

Jesus me disse que naquele momento ele queria estar com a sua mãe brincando, com o seu pai José trabalhando, com seus discípulos amigos conversando. Jesus me disse que apesar de ser todo Deus, naquele momento ele era uma criança, todo homem, que temia a cruz, que temia a dor. Aquele que carregou todos os nossos fardos, naquele momento precisava que alguém aliviasse o seu fardo.

Eu, com lágrimas nos olhos pedi para Jesus que me deixasse consolá-lo. Pedi para entrar no lugar daquele anjo, para aliviar a dor Dele. Ele sorrindo me respondeu: “Só há uma forma de você me consolar, seguindo o meu exemplo”.

Então Jesus se levantou e foi morrer de amor na cruz.