Henrique
Benvenutti
Comunidade
Católica Chagas de Amor
C
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erta
vez em oração diante da cruz, Jesus me levou a refletir sobre o momento em que
suou sangue ao se preparar para a crucificação. Em minha oração contemplei a
face amarga que antes viva sorrindo, e o olhar brilhante que conquistou
inúmeras pessoas para lutar pelo reino de Deus, já não brilhava de amor, mas
sim de dor.
Meu
coração disparava, tinha a impressão de que batia junto com o de Jesus. E num
ímpeto de curiosidade, como se eu quisesse dar movimento ao tempo que parecia
ter parado perguntei: – Jesus! O que é que o Senhor sentiu naquele momento?
Para
meu espanto, Jesus me respondeu: “Eu senti medo”. Jesus me disse, que enquanto
orava no momento de sua suprema angústia lembrava as vezes que ao se machucar,
sua mãe tratava de seus ferimentos, das vezes que quando ele era criança, sua
mãe o alimentava e dava de beber e de comer, de como era bom ser totalmente
dependente, de ser apenas criança.
Jesus
me disse que naquele momento ele queria estar com a sua mãe brincando, com o
seu pai José trabalhando, com seus discípulos amigos conversando. Jesus me
disse que apesar de ser todo Deus, naquele momento ele era uma criança, todo
homem, que temia a cruz, que temia a dor. Aquele que carregou todos os nossos
fardos, naquele momento precisava que alguém aliviasse o seu fardo.
Eu,
com lágrimas nos olhos pedi para Jesus que me deixasse consolá-lo. Pedi para
entrar no lugar daquele anjo, para aliviar a dor Dele. Ele sorrindo me
respondeu: “Só há uma forma de você me consolar, seguindo o meu exemplo”.
Então
Jesus se levantou e foi morrer de amor na cruz.