sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O QUE FAZER COM O 13º


Caio Lauer

Sanar dívidas, comprar presentes ou investir? Estas são dúvidas constantes que aparecem todo fim de ano quando o assunto é como utilizar o 13º salário. Para a maioria dos profissionais, a primeira parcela do pagamento já chegou. 

Cerca de 78 milhões de brasileiros serão beneficiados com esse montante – entre os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos Estados.

De acordo com a divulgação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese) são R$  118 bilhões injetados na economia brasileira, aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).  O valor é 15,6% maior do que o estimado para o ano passado (R$ 102 bilhões). “Quem tem dívidas, precisar usar o 13º para este fim, principalmente levando em conta que as pessoas endividadas no Brasil estão com débito em contas como cartão de crédito e cheque especial. Segundo última pesquisa de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média do Brasil é de quase 240% ao ano, ou seja, ela mais que triplica uma dívida”, alerta André Massaro, consultor em finanças pessoais e corporativas.

Para quem não está endividado ou consegue pagar as contas e sobrar certo valor, o mais indicado é utilizar o 13º em consumo ou investimentos. Ao optar por compras de fim de ano, vale ressaltar que esta é a pior época. Presentes já deviam ser vistos e adquiridos ao decorrer do ano, pois o período de natal e ano novo é o pior em descontos cedidos pelo comércio.

Antecipar o pagamento de prestações, como, por exemplo, as de empréstimo e financiamento, também é recomendado. “Na verdade, a maioria dos brasileiros, continuam a usar o 13º para gastar em presentes desnecessários ou para pagar um hotel três vezes mais caro por ser em réveillon, por exemplo. É preciso uma maior educação financeira para criar uma reserva e saber melhor como investir”, opina Leandro Martins, autor do livro Aprenda a Investir.

A primeira parcela do 13º salário, que deve ter sido paga até 30 de novembro, corresponde a, no mínimo, 50% do valor do benefício. Já a segunda metade tem que ser depositada até o dia 20 de dezembro.

Confira como é pago seu 13º:

1º PARCELA
a) INSS – Na 1ª parcela do 13º salário não há desconto do INSS.
b) FGTS
c) IRRF – Sobre a 1ª parcela do 13º salário não há desconto do IRRF.
d) PENSÃO ALIMENTÍCIA – Sobre a 1ª parcela do 13º salário será descontada o percentual da pensão alimentícia.

2º PARCELA
a) INSS – No pagamento da 2ª parcela há desconto do INSS sobre o valor total do 13º salário.
b) FGTS
c) IRRF – No pagamento da 2ª parcela do 13º salário há desconto do IRRF sobre o total pago ao empregado.
d) PENSÃO ALIMENTÍCIA – Sobre a 2ª parcela do 13º salário será descontada o percentual da pensão alimentícia.