Desabamento de prédios no Rio apressou exame do PLS 491/2011 |
Laércio Franzon - Agência Senado
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Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo
(CDR) vota na nesta terça-feira (14) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 491/2011,
de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que determina a realização
periódica de inspeções em edificações urbanas. A proposta tem tramitação em
caráter terminativo.
O
projeto define como edificação o conjunto formado por qualquer obra de engenharia
da construção, concluída e entregue para uso, com seus elementos
complementares, como sistemas de ar-condicionado, geradores de energia,
elevadores, escada rolante, subestação elétrica, caldeiras, instalações
elétricas, monta-cargas e transformadores entre outros.
Pelo
projeto original, barragens e estádios de futebol não estarão sujeitas às
inspeções técnicas. Em seu voto favorável à aprovação da matéria, o relator
Zezé Perrela (PDT-MG) apresentou emenda ao texto excluindo também da obrigação
das vistorias residências unifamiliares de até três pavimentos, ainda que em
condomínios horizontais.
Em
sua justificativa, Crivella argumenta que tragédias, como por exemplo, o
incêndio do edifício Joelma, em 1974, que ceifou a vida de 188 pessoas, e o
desabamento do edifício Palace 2 poderiam ser evitadas caso houvesse uma
política nacional de inspeção periódica de edifícios no país.
No
mesmo sentido o relator Zezé Perrela, considerando inquestionável o mérito da
proposta, cita também o desabamento, ocorrido no início deste ano, dos três
edifícios da Rua Treze de Maio no centro da cidade do Rio de Janeiro, que
provocou a morte de mais de duas dezenas de pessoas.
A
periodicidade das inspeções, de acordo com redação dada pela emenda do relator,
será determinada em função de seu tempo de construção, sendo de cinco anos para
edificações com 30 anos ou mais; de três anos para edifícios com 40 anos ou
mais; de 2 anos para construções com 50 anos ou mais; e anual para edificações
a partir de 60 anos.
A
CDR vota ainda o PLS 179/2006, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) que torna
obrigatória a individualização das tarifas de saneamento básico de prédios de
apartamentos.