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este
domingo, o primeiro após o dia 1º de novembro, a Igreja não celebra a santidade
de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar
concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.
"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou
ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos
são chamados à santidade: Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é
perfeito" (Mt 5,48)
Sendo
assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo:
"Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta
solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a
promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas
homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso,
não deles".
Sabemos
que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a
começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe
Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um
convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado,
brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram
em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão,
que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap
7,9).
Todos
estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes,
jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões,
sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se
tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se
decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida
destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos
carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos
arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e
injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de
Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria
definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos
dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19).
Neste
dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida
cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos."
"A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada".
TODOS OS SANTOS DE DEUS, ROGAI POR NÓS!