Com informações do Portal G1
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união entre a Azul e a Trip vai criar a
terceira maior companhia aérea do país. O negócio ainda tem que ser aprovado
pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE), mas muita gente que já comprou passagem ou estava
planejando as férias ficou em dúvida.
A
promessa da nova companhia é conciliar preço baixo com bom atendimento aos
consumidores. Especialistas dizem que essa associação deve estimular a
concorrência no setor aéreo e trazer benefícios para os passageiros.
Os
passageiros estão com malas nas mãos e dúvidas na cabeça. “Essa mudança pode atrapalhar um
pouco”, comenta um rapaz. “Pode concentrar o mercado e ter os preços
mais caros e menos companhias voando, menos concorrência”, aposta o
funcionário público Fábio Coelho. “Se as duas empresas estão se juntando para
beneficiar os clientes, para mim está tudo bem”, declara o porteiro
Paulo Santos Pereira.
Como
vai ser só o futuro dirá. O certo é que a Azul e a Trip embarcam agora em uma
nova viagem, desta vez, casadas. As empresas anunciaram a associação,
tornando-se o terceiro maior grupo da Aviação Civil no Brasil.
Juntas,
as duas empresas terão pouco mais de 14% do mercado aéreo nacional, mas a
associação ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Por
enquanto, as duas companhias seguem operando de forma separada, como acontece
hoje. Mas a estratégia da holding que vai surgir já está definida: o foco
permanece no mercado regional, área onde as empresas estão acostumadas a atuar.
“Nós
achamos que o crescimento está no interior do Brasil, nas cidades como Sinop e
Rondônia, cidades que estão realmente crescendo”, aposta o fundador da
Azul, David Neeleman.
A
promessa é conciliar preço baixo com atendimento de alto padrão. “A
gente vai conseguir construir uma empresa que vai aliar custos baixos, a partir
do momento em que essa é uma indústria de escala, quanto maior você se torna,
mais competitivo você é, e de alto serviço”, destaca o presidente da
Trip, José Mário Caprioli.
O
professor Oscar Mauvessi, da FGV, especialista em fusões, diz que a associação deve
estimular a concorrência e trazer benefícios para o consumidor: “a
competitividade se traduz em melhor serviço, maior oferta de serviços e preços.
Os preços tendem a, no mínimo, não crescer. E a tendência é baixar ao longo do
tempo, porque esse é o motivo de ter a preferência do cliente A contra o
cliente B”.