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studo
divulgado pelo Ministério da Saúde indica que a população brasileira se
alimenta de forma inadequada e consome gordura saturada em excesso. Dados
mostram que 34,6% não dispensam carne gordurosa, enquanto 56,9% das pessoas
bebem leite integral regularmente. Outro fator preocupante é o consumo de
refrigerante – 29,8% dos brasileiros tomam a bebida pelo menos cinco vezes por
semana.
A
pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta também que o consumo de frutas e
hortaliças no país é baixo. Apenas 20,2% das pessoas ingerem cinco ou mais
porções por dia, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS).
De
acordo com o ministério, os homens, sobretudo os mais jovens, alimentam-se pior
do que as mulheres, já que não costumam tirar a pele do frango ou a gordura da
carne vermelha antes de comer. A população masculina chega a consumir quase
duas vezes mais carne com excesso de gordura do que as mulheres – 45,9% contra
24,9%.
O
consumo de frutas e hortaliças também é menor entre os homens. Apenas 25,6%
deles ingerem esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. O percentual cai
para 16,6% quando considerada a recomendação da OMS. Entre as mulheres, os
índices são de 35,4% e 23,3%, respectivamente.
A
ingestão de refrigerante também é maior entre a população masculina: 34,3% dos
homens tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana, enquanto o percentual
entre as mulheres é 25,9%.
Dados
da pasta revelam, entretanto, que, com o passar dos anos, o brasileiro tende a
diminuir a ingestão de gordura saturada e de refrigerante. Entre homens de 18 a
24 anos, 51% consomem regularmente carne com gordura. O número cai para 27,6%
entre aqueles com idade superior a 65 anos.
O
grau de instrução também influencia os hábitos alimentares da população –
quanto mais anos de escolaridade, mais saudável é a alimentação. Frutas e
hortaliças, por exemplo, estão presentes no cardápio de 44,5% dos brasileiros
com 12 anos de estudo ou mais. O percentual cai para 27,5% entre pessoas que
estudaram no máximo oito anos.