Caio Lauer
Sanar dívidas, comprar
presentes ou investir? Estas são dúvidas constantes que aparecem todo fim de
ano quando o assunto é como utilizar o 13º salário. Para a maioria dos
profissionais, a primeira parcela do pagamento já chegou.
Cerca de 78 milhões
de brasileiros serão beneficiados com esse montante – entre os trabalhadores do
mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da
Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos Estados.
De
acordo com a divulgação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo
Socioeconômicos (Dieese) são R$ 118
bilhões injetados na economia brasileira, aproximadamente 2,9% do Produto
Interno Bruto (PIB). O valor é 15,6%
maior do que o estimado para o ano passado (R$ 102 bilhões). “Quem tem dívidas,
precisar usar o 13º para este fim, principalmente levando em conta que as
pessoas endividadas no Brasil estão com débito em contas como cartão de crédito
e cheque especial. Segundo última pesquisa de juros da Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média do
Brasil é de quase 240% ao ano, ou seja, ela mais que triplica uma dívida”,
alerta André Massaro, consultor em finanças pessoais e corporativas.
Para
quem não está endividado ou consegue pagar as contas e sobrar certo valor, o
mais indicado é utilizar o 13º em consumo ou investimentos. Ao optar por
compras de fim de ano, vale ressaltar que esta é a pior época. Presentes já
deviam ser vistos e adquiridos ao decorrer do ano, pois o período de natal e
ano novo é o pior em descontos cedidos pelo comércio.
Antecipar
o pagamento de prestações, como, por exemplo, as de empréstimo e financiamento,
também é recomendado. “Na verdade, a maioria dos brasileiros, continuam a usar
o 13º para gastar em presentes desnecessários ou para pagar um hotel três vezes
mais caro por ser em réveillon, por exemplo. É preciso uma maior educação
financeira para criar uma reserva e saber melhor como investir”, opina Leandro
Martins, autor do livro Aprenda a Investir.
A
primeira parcela do 13º salário, que deve ter sido paga até 30 de novembro,
corresponde a, no mínimo, 50% do valor do benefício. Já a segunda metade tem
que ser depositada até o dia 20 de dezembro.
Confira
como é pago seu 13º:
1º PARCELA
a)
INSS – Na 1ª parcela do 13º salário não há desconto do INSS.
b)
FGTS
c)
IRRF – Sobre a 1ª parcela do 13º salário não há desconto do IRRF.
d)
PENSÃO ALIMENTÍCIA – Sobre a 1ª parcela do 13º salário será descontada o
percentual da pensão alimentícia.
2º PARCELA
a)
INSS – No pagamento da 2ª parcela há desconto do INSS sobre o valor total do
13º salário.
b)
FGTS
c)
IRRF – No pagamento da 2ª parcela do 13º salário há desconto do IRRF sobre o
total pago ao empregado.
d)
PENSÃO ALIMENTÍCIA – Sobre a 2ª parcela do 13º salário será descontada o
percentual da pensão alimentícia.
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