Deputada Ceci Cunha assassinada em 1998 |
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marcado para esta segunda-feira (16) o júri popular do caso Ceci Cunha,
deputada federal alagoana que foi morta a tiros na varanda da casa da irmã em
1998. De acordo com o Ministério Público, o crime teve motivação política, pois
o primeiro suplente da vaga, o ex-deputado Talvane Albuquerque, queria ocupar o
posto na Câmara dos Deputados para retardar o julgamento de outros processos a
que respondia na Justiça.
A
deputada foi assassinada em dezembro de 1998 pouco após ser diplomada no cargo.
Ela visitava a irmã, que havia acabado de ganhar um bebê. Três assessores de
Talvane invadiram a varanda onde todos conversavam e dispararam dezenas de
tiros. Além de Ceci, foram mortos seu marido, o cunhado e a mãe do cunhado.
Apenas a irmã da política e o bebê escaparam com vida.
Talvane
assumiu a vaga de Ceci Cunha, mas foi cassado por quebra de decoro por suposto
envolvimento com pistoleiros em 1999. Também são acusados os assessores de
Talvane, considerados os executores do crime: Jadielson Barbosa da Silva,
Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da
Silva. Todos respondem à Justiça em liberdade.
Hoje
o processo reúne mais de 6 mil páginas, e a lenta tramitação foi motivada por
sucessivos recursos da defesa, entre eles, o questionamento se o caso deveria
ser julgado pela Justiça Estadual ou Federal. Depois de passar seis anos sob a
responsabilidade estadual, hoje o processo tramita na esfera federal. A data do
júri popular, sem possibilidade de novos recursos pleiteando o adiamento, foi
marcada em novembro pelo juiz André Granja, da 1ª Vara Federal de Alagoas.
O
julgamento começa a partir das 9h, no auditório da Justiça Federal em Alagoas,
e será transmitido pela internet, no endereço: http://www.jfal.jus.br/julgamento.
Foram pré-selecionados 25 jurados, dos quais sete serão escolhidos por sorteio
para compor o Tribunal do Júri.
A
morte de Ceci Cunha é um dos 70 casos que integram o sistema Justiça Plena, da
Corregedoria Nacional de Justiça. Desde 2010, o programa acompanha processos de
repercussão social que caducam na Justiça brasileira e procura retirar os
gargalos para que eles sejam finalmente julgados. O Programa “Justiça Plena” é
alimentado por diversos órgãos ligados à Justiça, mas o caso Ceci Cunha foi
anexado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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