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turistas brasileiros aproveitaram a queda da cotação do dólar e compraram mais
no exterior. Os gastos lá fora, segundo dados divulgados na sexta-feira (23)
pelo Banco Central, bateram recorde no primeiro bimestre do ano, somando US$
3,7 bilhões em janeiro e fevereiro, ante US$ 3,1 bilhões em igual período do
ano passado.
Só
em fevereiro, os gastos dos brasileiros foram de US$ 1,74 bilhão, crescimento
de 31% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Para
o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, essa
diferença deve-se ao fato de no ano passado o feriado de Carnaval (quando os brasileiros viajam mais) ter
sido em março e, neste ano, em fevereiro.
Por
conta disso, a previsão é de que em março não haja crescimento expressivo na
comparação anual.
Já
as despesas dos estrangeiros no Brasil foram de US$ 1,2 bilhão no bimestre e de
US$ 617 milhões em fevereiro. No ano passado, esses gastos foram de US$ 1,1
bilhão e 572 milhões, respectivamente. O valor para fevereiro é o maior para
este mês desde o início da série histórica.
TRANSAÇÕES CORRENTES
Na
mesma divulgação o Banco Central indicou ter aumentado sua estimativa para o
deficit nas chamadas transações correntes do Brasil com o exterior, conta que
inclui exportações e importações, viagens internacionais, transferências de
renda por pessoas físicas e envio de lucros por empresas, entre outras
operações.
A
previsão agora é de que o resultado seja deficitário em US$ 68 bilhões - isso
significa que, nessa conta, o Brasil deixou no exterior mais dólares do que o
montante que entrou no país. A estimativa anterior era de um déficit de US$ 65
bilhões, valor que já seria um recorde anual.
INVESTIMENTOS
O
BC espera que os brasileiros invistam menos em bolsa e no setor produtivo no
exterior: US$ 20,7 bilhões, contra US$ 25,6 bilhões da previsão anterior. Para
os investimentos de estrangeiros no país, a previsão é praticamente a mesma, em
US$ 69,4 bilhões (era US$ 69,2 bilhões).
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