quinta-feira, 31 de maio de 2012

MATA ATLÂNTICA PERDEU 133 KM² DE VEGETAÇÃO EM UM ANO


Área de Mata Atlântica 

 Com informações do Portal G1

O
 bioma Mata Atlântica perdeu 133 km² de área em um ano no Brasil, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado nesta terça-feira (29) pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica, que analisou o período entre 2010 e 2011.

O ritmo de desmatamento caiu 57% se comparado com o período 2008 - 2010, quando o bioma perdeu ao todo 311 km².

No novo período medido, Minas Gerais liderou o desmatamento, com 63 km². A Bahia ficou na segunda posição, com desflorestamento de 46 km². Na sequência estão o Mato Grosso do Sul (5,8 km²), Santa Catarina (5,6 km²), Espírito Santo (3,6 km²), São Paulo (2,1 km²) e Rio Grande do Sul (1,1 km²). Rio de Janeiro, Paraná e Goiás registraram desmatamento inferior a 1 km²

Os Estados de Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo foram avaliados parcialmente no estudo, por causa da cobertura de nuvens que prejudicou a captação de imagens por satélite. O estudo analisou dez dos 17 Estados que possuem o bioma, que representam 93% da área total de Mata Atlântica.

DESMATAMENTO ESTÁVEL
"Embora tenha tido uma leve queda, provavelmente o índice apresentado hoje seria maior se não tivéssemos problemas com nuvens. O (ritmo de) desmatamento continua estável, o que é preocupante", disse a coordenadora do Atlas pelo SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, em referência a Minas Gerais e Bahia, que encabeçam o ranking dos que mais desmataram no período.

Em relação aos municípios, os pesquisadores alertam para a região que chamam de "triângulo do desmatamento", entre Bahia e Minas Gerais. No ranking dos municípios, cidades dos dois Estados ficam no topo.

Nos últimos 25 anos, a Mata Atlântica perdeu 17.354 km² (quase três vezes o tamanho do Distrito Federal) ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerados os remanescentes florestais em fragmentos acima de 100 hectares, representativos para a conservação de biodiversidade.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

AZUL E TRIP OFICIALIZAM FUSÃO


Com informações do Portal G1

A
 união entre a Azul e a Trip vai criar a terceira maior companhia aérea do país. O negócio ainda tem que ser aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), mas muita gente que já comprou passagem ou estava planejando as férias ficou em dúvida.

A promessa da nova companhia é conciliar preço baixo com bom atendimento aos consumidores. Especialistas dizem que essa associação deve estimular a concorrência no setor aéreo e trazer benefícios para os passageiros.

Os passageiros estão com malas nas mãos e dúvidas na cabeça. “Essa mudança pode atrapalhar um pouco”, comenta um rapaz. “Pode concentrar o mercado e ter os preços mais caros e menos companhias voando, menos concorrência”, aposta o funcionário público Fábio Coelho. “Se as duas empresas estão se juntando para beneficiar os clientes, para mim está tudo bem”, declara o porteiro Paulo Santos Pereira.

Como vai ser só o futuro dirá. O certo é que a Azul e a Trip embarcam agora em uma nova viagem, desta vez, casadas. As empresas anunciaram a associação, tornando-se o terceiro maior grupo da Aviação Civil no Brasil.

Juntas, as duas empresas terão pouco mais de 14% do mercado aéreo nacional, mas a associação ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Por enquanto, as duas companhias seguem operando de forma separada, como acontece hoje. Mas a estratégia da holding que vai surgir já está definida: o foco permanece no mercado regional, área onde as empresas estão acostumadas a atuar. “Nós achamos que o crescimento está no interior do Brasil, nas cidades como Sinop e Rondônia, cidades que estão realmente crescendo”, aposta o fundador da Azul, David Neeleman.

A promessa é conciliar preço baixo com atendimento de alto padrão. “A gente vai conseguir construir uma empresa que vai aliar custos baixos, a partir do momento em que essa é uma indústria de escala, quanto maior você se torna, mais competitivo você é, e de alto serviço”, destaca o presidente da Trip, José Mário Caprioli.

O professor Oscar Mauvessi, da FGV, especialista em fusões, diz que a associação deve estimular a concorrência e trazer benefícios para o consumidor: “a competitividade se traduz em melhor serviço, maior oferta de serviços e preços. Os preços tendem a, no mínimo, não crescer. E a tendência é baixar ao longo do tempo, porque esse é o motivo de ter a preferência do cliente A contra o cliente B”.

terça-feira, 29 de maio de 2012

DIVULGADO ÍNDICE DE REPRESENTATIVIDADE SINDICAL



O
 Diário Oficial da União (DOU) publicou na edição da úlitma sexta-feira (25), os índices de representatividade das Centrais Sindicais. A aferição é prevista pela Lei nº 11.648, de 31 de março de 2008, que reconhece legalmente as centrais sindicais como entidades de representação dos trabalhadores. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulga anualmente a relação das Centrais Sindicais que atendem aos requisitos conforme o artigo 2º da Lei, indicando seus índices de representatividade. Acesse a lei.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) registrou índice de representatividade de 36,7%. Em seguida está a Força Sindical, com 13,7%; a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com 11,3%; a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com 9,2%; e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), com 8,1%. O índice é apurado com base na quantidade de trabalhadores sindicalizados filiados a cada central no último dia útil do ano anterior. Em 31 de dezembro de 2011, havia 7.253.268 trabalhadores associados a sindicatos filiados a centrais sindicais.

Entre as atribuições das centrais, especificadas na Lei 11.648/2008, estão a coordenação da representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a elas filiadas e participação de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social de composição tripartite que discutam algo de interesse dos trabalhadores. A lei considera central sindical a entidade associativa de direito privado composta por organizações sindicais de trabalhadores.

Para assumir essas atribuições, as centrais deverão atender a alguns requisitos. Entre eles, a filiação de no mínimo 100 sindicatos distribuídos nas cinco regiões do país e filiação em pelo menos três regiões do País de, no mínimo, 20 sindicatos em cada uma. Também deve ter sindicatos filiados de, pelo menos, cinco setores de atividades econômicas e filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.

Com informações do MTE

segunda-feira, 28 de maio de 2012

APOSENTADO PODE TER DIREITO À REVISÃO DO BENEFÍCIO


Soraia Duarte , iG Economia

Q
uem se aposentou entre junho de 1977 e outubro de 1988, pode ter direito à revisão do benefício. É que, naquela época, os valores da aposentadoria – tanto dos benefícios como das contribuições – eram corrigidos pela ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), título público federal, com cláusula de correção monetária, que foi amplamente utilizado como índice, com o intuito de acompanhar a alta inflação daquela época.

“Era o indexador que repunha as perdas inflacionárias”, explica Paulo Mente, diretor da Assistants Consultoria Atuarial. A ORTN se manteve mesmo com o Plano Cruzado, em 1986, que trouxe o congelamento de preços. Mas, naquela ocasião, teve sua denominação alterada para OTN, além de seu valor também ter sido congelado por um ano. Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, o indicador parou de ser utilizado. 

Mas é possível que os aposentados entre 1977 e 1988 tenham algum tipo de revisão por conta da forma com que o benefício era calculado naquela época.  Diferentemente de hoje, quando o benefício tem como base a média dos 80% dos salários mais altos recebidos desde o início do Plano Real, à época consideravam-se os últimos 36 salários do segurado. Porém, apenas os 24 mais antigos eram corrigidos pela ORTN ou pela OTN, o que fazia com que os últimos 12 salários não fossem ajustados. Em tempos de alta inflação, essa metodologia podia gerar algum prejuízo para o segurado.

Tal cálculo era aplicado nas aposentadorias especiais, por idade ou por tempo de contribuição. Embora sejam passíveis de revisão, não é possível solicitar, diretamente na Previdência Social, que esses valores sejam verificados. A Previdência Social argumenta que, desde 1997, o prazo para reclamar de erros de cálculo é de 10 anos, contados a partir da concessão do benefício. Por isso, quem quiser checar se tem direito à revisão e solicitá-la, precisará recorrer às vias judiciais, o que possivelmente demandará a contratação de um advogado.

domingo, 27 de maio de 2012

SUPLEMENTO DE CÁLCIO DOBRA RISCO DE SOFRER INFARTO, DIZ PESQUISA



MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Quem toma suplementos de cálcio pode ter risco maior de ter um infarto, segundo um estudo publicado no "British Medical Journal".

Em geral, os suplementos são recomendados a idosos e mulheres na pós-menopausa, que têm desgaste ósseo.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar os dados de mais de 23 mil homens e mulheres da Alemanha. Eles tinham de 35 a 64 anos e foram avaliados periodicamente por 11 anos.

Análises anteriores já chegaram a indicar o contrário, que o suplemento poderia ter um efeito protetor contra doenças vasculares.

No entanto, pesquisas recentes mostraram que o suplemento pode elevar o risco de ataque cardíaco por acelerar o processo de endurecimento dos vasos sanguíneos.

Segundo o novo estudo do "BMJ", aumentar a ingestão diária de cálcio por meio da dieta não traz benefícios cardiovasculares significativos.

Mas quem toma suplementos de cálcio regularmente, além de outros minerais e vitaminas, tem 86% mais chance de ter um infarto do que aqueles que não tomam qualquer suplemento.

Para quem ingere apenas os suplementos de cálcio, esse risco é duas vezes maior.

O cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração Daniel Magnoni afirma, porém, que é preciso ter cautela ao interpretar o estudo.

"Não podemos crucificar a reposição de cálcio porque sabemos que a osteoporose é causa de quedas, fraturas e mortalidade, e a suplementação ajuda a reduzi-las."

Ele diz que o estudo não deve mudar a prática médica, mas, em caso de pessoas com histórico de doenças cardíacas, é preciso ligar um sinal de alerta.

Já Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório do osteoporose do serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas da USP, afirma que os estudos até agora não são conclusivos.

"Mas, como há dúvidas, preferimos indicar a suplementação de cálcio pela dieta, principalmente para quem tem histórico de doenças cardiovasculares."

Pereira lembra que o tratamento deve ser individualizado para que os médicos pesem riscos e benefícios.

editoria de arte/folhapress

EM XEQUE
Além das críticas aos suplementos, outros remédios para osteoporose foram colocados em xeque.

Neste mês, a FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) publicou uma análise recomendando precaução no uso de longo prazo de bisfosfonatos. Depois de anos de uso, eles podem enfraquecer os ossos, aumentando o risco de fraturas de fêmur.

Como as complicações são muito raras, os médicos acreditam que, para mulheres com osteoporose grave, os benefícios dos medicamentos superam os riscos.

sábado, 26 de maio de 2012

GASTOS DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR CAEM EM ABRIL



C
om o câmbio mais desfavorável às viagens internacionais, os gastos dos brasileiros no exterior no mês de abril/2012 foram de US$ 1,8 bilhão, uma redução de 7,6% na comparação com o mesmo período de 2011. Os dados são do balanço de pagamentos do governo com o setor externo, divulgados pelo Banco Central.

Já os estrangeiros gastaram US$ 557 milhões no Brasil, aumento de 5,6% na comparação com o mesmo período de 2011. O saldo no mês passado foi negativo em US$ 1,2 bilhão.

Em março, pela primeira vez desde setembro de 2009, os gastos dos brasileiros no exterior já haviam registrado redução na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Já as transações do Brasil com o exterior, como compras e vendas de bens e serviços e transferências de rendas, registraram deficit de US$ 5,4 bilhões no mês de abril, aumento de 50% na comparação com o mesmo período de 2011.

Esse balanço mostra o que entra e sai de recursos no Brasil, via investimentos, operações financeiras, contratação de serviços, aluguéis, remessas de lucros e exportação e importação de bens e serviços, entre outros.

Quando saem mais recursos do que entram, o saldo é negativo, e, portanto ocorre o déficit.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

REDUÇÃO DE IPI INCENTIVA, MAS EVITE COMPRAR POR IMPULSO



O
 conjunto de medidas anunciado na última segunda-feira (21) pela equipe econômica do governo inclui desonerações tributárias - redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) - queda de juros para diversas linhas do BNDES, além da redução do compulsório para que os bancos possam aumentar a oferta de crédito na compra de veículos. Diante das novas facilidades para se comprar um automóvel, o consumidor precisa ter cuidado ao financiar carro novo.

É preciso evitar comprar por impulso. Com a redução do IPI, propagandas vão tentar convencer o consumidor a correr antes que acabe. Mas, é preciso cautela. Nunca se pode deixar de pesquisar e analisar as ofertas do mercado: condições de pagamento e de entrega, descontos e promoções, taxa de juros e acessórios.

Se for preciso financiar, o consumidor precisa ficar atento: não basta que a parcela caiba no bolso. Carro não é investimento, mas um gasto. Tenha em mente que, além do financiamento, o comprador terá de arcar com: combustível, revisões, manutenção preventiva, seguro, IPVA, seguro obrigatório e licenciamento, além das dívidas do dia a dia, como conta de luz, água e IPTU.

Se estiver convicto de que é o momento de adquirir um carro zero, prefira comprar à vista. Se esta possibilidade não passa de um sonho, recomenda-se dar uma entrada no financiamento - algo em torno a 20% ou 30% do valor total do carro. Se puder dar mais, melhor.

Outra dica é financiar com o menor número de parcelas possível. Assim, se pagará menos juros. Ao optar por financiar o carro novo, fique atento. O contrato deve ser lido com cuidado e, em caso de dúvida, o vendedor deve ser questionado. Os Procons de cada cidade também poderão ajudar.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

POUSA NO RIO DE JANEIRO O MAIOR AVIÃO INDUSTRIAL DO MUNDO


Aeronave Antonov 124 em solo brasileiro


N
a manhã de ontem, quarta-feira 23/5, às 8h30min, o cargueiro Antonov 124 aterrissou no Aeroporto Internacional de Cabo Frio (RJ). O gigante russo veio proveniente de Marselha, na França, trazendo três helicópteros que serão utilizados em operações offshore na bacia de Campos.

O Antonov 124 é uma aeronave raríssima de ser encontrada nas pistas de pouso brasileiras por se tratar de um dos maiores cargueiros do mundo, além de ser o maior avião já feito em escala industrial. Esta será a sexta vez que um avião desse porte será recebido no Aeroporto Internacional de Cabo Frio, atualmente operado pela Libra Aeroportos. Esse aeroporto atualmente é administrado por iniciativa privada, numa concessão da Prefeitura de Cabo Frio ao Grupo Libra que começou em 2001.

O Antonov tem capacidade para apenas 88 passageiros, custa 200 milhões de dólares, tem 69,1 m de comprimento, 73,3 m de envergadura, 20,8 m de altura e atinge velocidade máxima  de  865 km/h. Ele detém o recorde de voo mais longo: em 1987 ele decolou e voou – sem abastecer – durante 25,5 horas seguidas, percorrendo mais de 20 mil quilômetros.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

VACINAÇÃO CONTRA GRIPE TERMINA NA SEXTA-FEIRA


Ministério da Saúde orienta a população a procurar uma unidade de saúde para se proteger e, assim, evitar as formas graves da doença.

A
 campanha nacional de vacinação contra a gripe, iniciada dia 5 de maio, se encerra na próxima sexta-feira (25). A meta é vacinar 80% do público-alvo: idosos a partir dos 60 anos, trabalhadores de saúde, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes em qualquer fase da gravidez e povos indígenas. Até a manhã da segunda-feira (21), foram vacinadas 13,5 milhões de pessoas, o que representa 44,87% dos 30,1 milhões de pessoas do grupo prioritário.

“O prazo está acabando e o inverno chegando. Então, as pessoas precisam se proteger contra o vírus da gripe”, alerta a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues. A Coordenadora destaca que é importante as pessoas procurarem um posto de atendimento para tomar a vacina nesta reta final da campanha. A detecção de anticorpos protetores se dá, em média, entre 2 a 3 semanas, após a vacinação.

A vacina proporciona impacto direto na diminuição dos casos e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias, das internações hospitalares e da mortalidade. A vacina é segura e protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério sul no ano anterior, entre eles o da influenza A (H1N1).

A melhor adesão à campanha é das crianças. Mais de 2,2 milhões já receberam a vacina, o que representa 52,11% do total. A população indígena alcançou 33,6% de cobertura, o que representa 197,1 mil vacinados. Neste público, a vacinação ocorre nas aldeias onde eles vivem. Trata-se de uma população que habita em áreas remotas, de difícil acesso, e, por isso, os dados só são inseridos no sistema de informações depois que as equipes retornam das aldeias.

As gestantes alcançaram o percentual de 41,21% de cobertura, ou seja, 890,4 mil futuras mães procuraram uma unidade de saúde para receber a vacina. Mais de 2,4 milhões de trabalhadores em saúde foram vacinados, o que corresponde a quase 1,1 milhão de pessoas.

Já entre os idosos, o índice de cobertura vacinal foi de 44,48%. O percentual corresponde a 9,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

A região Sul conseguiu a maior adesão da população. Foram vacinados quase 2,3 milhões de pessoas, representando 51,02% de cobertura. Em sequência, a região Centro-Oeste conseguiu vacinar 983,9 mil, ou 48,94% do público-alvo. A região Nordeste, por sua vez, vacinou 3,7 milhões de pessoas, o que representa 45,58% do total. Já na região Norte, 956,1 mil foram vacinados, correspondentes a 42,37% do total. A região Sudeste atingiu o percentual de cobertura de 42,15%, ou seja, 5,5 milhões de pessoas foram vacinadas.

PROTEÇÃO - A vacina contra a gripe é a melhor estratégia disponível para a prevenção da influenza e suas consequências. Entre os adultos saudáveis, a vacina pode prevenir entre 70% e 90% de casos de gripe. Entre idosos, reduz as doenças graves e complicações em até 60%, e as mortes em 80%. A vacinação pode reduzir ainda entre 32% e 45% as hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade.

As campanhas de vacinação realizadas pelo Ministério da Saúde têm tido reflexos, ao longo dos anos, na redução de casos e óbitos pelo vírus da gripe em todo o país.  Em 2010, 148 pessoas morreram por conta de complicações. No ano passado, o Ministério da Saúde registrou 53 mortes, o que representa uma redução de 64%.

Os casos registrados também caíram de um ano para o outro. Em 2010, o Ministério da Saúde registrou 746 casos de pessoas infectadas pelo vírus na forma mais grave. Já no ano passado, foram 598 pessoas, o que dá uma redução de 20%.

As internações por complicações da gripe também caíram 44% no ano passado. Em 2010, foram hospitalizadas 9.383 pessoas com febre, tosse, dispnéia – dificuldade em respirar, acompanhada de mal-estar. No ano passado, foram 5.230 pessoas.

Balanço Parcial da Vacinação contra a Gripe 2012
UF
Total
População
Doses
Cobertura
AC
109.848
61.010
55,54
AM
575.873
226.603
39,35
AP
82.404
42.395
51,45
PA
981.169
410.799
41,87
RO
201.219
83.301
41,4
RR
103.990
28.461
27,37
TO
202.080
103.549
51,24
NORTE
2.256.583
956.118
42,37
AL
452.944
244.614
54,01
BA
2.158.077
967.633
44,84
CE
1.312.364
534.125
40,7
MA
962.715
426.660
44,32
PB
636.595
277.112
43,53
PE
1.378.653
632.777
45,9
PI
487.772
263.620
54,05
RN
484.349
245.278
50,64
SE
294.608
131.478
44,63
NORDESTE
8.168.077
3.723.297
45,58
ES
526.613
265.869
50,49
MG
3.089.288
1.600.347
51,8
RJ
2.773.591
947.539
34,16
SP
6.827.173
2.757.560
40,39
SUDESTE
13.216.665
5.571.315
42,15
PR
1.658.911
890.086
53,65
RS
1.918.791
860.318
44,84
SC
915.756
542.023
59,19
SUL
4.493.458
2.292.427
51,02
DF
322.525
152.550
47,3
GO
835.862
472.764
56,56
MS
427.023
183.317
42,93
MT
425.125
175.270
41,23
C.OESTE
2.010.535
983.901
48,94
BRASIL
30.145.318
13.527.058
44,87


Com informações de Amanda Costa, Agência Saúde, ASCOM/MS

terça-feira, 22 de maio de 2012

PÁSSARO JÁ VOOU PERCURSO SUPERIOR A DISTÂNCIA ENTRE TERRA E LUA


Pássaro B95 voou distância superior àquela entre
a Terra e a Lua e já vive mais de cem anos humanos

U
m pássaro que já viveu o equivalente a cem anos humanos e voou uma distância superior àquela entre a Terra e a Lua vem fascinando cientistas em várias partes do mundo e já inspirou uma peça de teatro, um conto literário e tem até sua própria biografia.

O B95, um maçarico-do-papo-vermelho (Calidris canutos), viaja a cada ano entre o Ártico canadense e a Terra do Fogo, na Argentina, e superou de forma significativa a expectativa de vida para a espécie, que vem sofrendo um declínio devido ao excesso de pesca nos ecossistemas do qual depende.

"Não conseguimos acreditar que ele ainda está vivo, porque é uma ave em liberdade que já enfrentou muitas situações terríveis e drásticas. Por isso, também, ele é especial e todos querem ver o B95", disse à BBC Mundo a bióloga Patricia González, que integrou a equipe que fez o anilhamento da ave em 1995, na Argentina, procedimento que permite sua identificação.

"A população de maçaricos-do-papo-vermelho (também conhecidos como seixoeiras) tem sofrido um declínio tão grande, que acreditamos ser difícil que vivam mais de sete anos", disse ela, lembrando que o B95 já tem ao menos 18 anos, o equivalente a cem anos de idade em um ser humano.

A ave acabou se transformando em um símbolo das ameaças crescentes enfrentadas pelas aves migratórias.

Um sistema internacional acordado entre todos os países das Américas permite que cientistas monitorem as aves anilhadas através do uso de telescópios nas praias ou do registro de imagens com câmeras digitais.

ROTA MIGRATÓRIA
A presença do B95 foi notada muitas vezes nos últimos anos ao longo da rota migratória. Os cientistas calculam que ele percorra 30 mil quilômetros por ano, o que multiplicado por 18 anos chegaria a 540 mil quilômetros, distância superior a que separa a Terra da Lua (384,403 km).

"A última vez que o vimos foi em dezembro passado, na Terra do Fogo", disse González. Os maçaricos-do-papo-vermelho chegam ao Ártico em junho para a reprodução. Adultos e jovens partem novamente por volta de 15 de julho.

Nem todas as aves seguem a mesma rota, mas elas costumam chegar à Terra do Fogo no fim de outubro ou início de novembro, onde permanecem, em geral, até meados de fevereiro.

Algumas delas fazem paradas no Uruguai e no Norte e Sul do Brasil, quase sempre em áreas protegidas que foram reconhecidas internacionalmente pela Rede Hemisférica de Reserva para Aves Limícolas (que habitam praias e manguezais).

"Algo muito importante que ocorre quando chegam à Terra do Fogo é a troca das penas de voo, o que requer muita energia e lhes deixa muito vulneráveis em relação a aves de rapina, como o falcão-peregrino", explicou a bióloga.

SEM PARADAS
Na volta ao Ártico, a última parada é nos Estados Unidos. Graças a novos sistemas de monitoramento, como geolocalizadores que conseguem medir a latidude e longitude da localização das aves, os cientistas recentemente descobriram que algumas aves conseguem voar da Patagônia aos Estados Unidos, ao longo de 8 mil quilômetros ou mais, sem paradas.

Em Delaware, Nova Jersey, as aves enfrentam uma de suas grandes ameaças.

"No ano 2000, a população de maçaricos-do-papo-vermelho sofreu um declínio de muito grande, de 40%", explica González.

A queda aconteceu porque, nessa região, as aves se alimentam de ovos de caranguejos-ferradura. "Devido ao excesso de pesca, começaram a sofrer com a escassez do alimento. Esta parada é muito importante, por ser a última antes do Ártico."

"Elas (as aves) precisam ganhar massa corporal e nutrientes, não só para viajar até o Ártico, mas para sobreviver uma vez que chegam lá, quando a neve ainda não derreteu e enfrentam tempestades", diz a bióloga.

INSPIRAÇÃO
O B95 já inspirou um conto que virou peça de teatro na Argentina e o escritor americano Phillip Hoose acaba de lançar um livro sobre esta extraordinária ave intitulado Um Ano ao Vento com o Grande Sobrevivente B95.

Patricia González diz que os maçaricos-do-papo-vermelho "nos mostram o que acontece com os ambientes onde param e, no dia em que estas aves desaparecerem, é porque nós também desaparecemos".

Para a bióloga argentina, aves como o B95 "não têm fronteiras e mostram que nós também não deveríamos ter fronteiras e que dependemos não somente do lugar onde vivemos, mas do resto do planeta".

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CENSO ESCOLAR CONSTATA QUE ESCOLAS PÚBLICAS SÃO MAIS BEM EQUIPADAS QUE A REDE PRIVADA



O
s dados do Censo Escolar 2011 mostram que a rede privada, proporcionalmente, está menos equipada com laboratórios de informática e internet, possui tão poucas quadras de esporte quanto a rede municipal e oferece o mesmo tanto de bibliotecas e laboratórios de ciências que a rede estadual.

De cada 10 colégios particulares, seis possuem laboratório de informática. Comparando com as escolas municipais urbanas, o número sobre para sete. Na rede estadual, 89% dos colégios oferecem acesso a computadores e, na federal, 95% deles.

No quesito internet, apesar dos números próximos, há menos colégios privados (84,5%) com acesso à banda larga do que públicos. Na rede federal, o acesso chega a 90,6% das escolas. Entre os colégios estaduais, 89,7% das escolas têm banda larga, e, na rede municipal, 86,1%.

A análise foi feita pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Thiago Alves a partir dos microdados do Censo Escolar 2011, liberados há pouco mais de um mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Os números dos itens de infraestrutura desmentem o mito de que a escola privada tem sempre melhor infraestrutura que as públicas. É preciso considerar que as escolas privadas com infraestrutura de primeira são exceção e destinadas a uma minoria que pode arcar com mensalidades altas”, pondera.

Alves comenta que o item mais ausente na infraestrutura das escolas é laboratório de ciências. De cada cinco escolas urbanas, apenas uma oferece esse ambiente (22%). Nos colégios urbanos, a presença de laboratórios é comum a 67,7% da rede federal, a 34,7% da rede estadual, a 32,1% das escolas privadas e a apenas 6,9% das municipais.

DIFERENÇAS REGIONAIS
A falta de infraestrutura adequada nas escolas privadas ocorre, principalmente, nos Estados do Norte e Nordeste. Nas duas regiões, cerca de 69% dos estabelecimentos de ensino oferecem acesso à internet de banda larga, enquanto nas públicas a oferta supera os 73% em todas as redes.

Menos da metade das escolas privadas (43%) possui laboratórios de informática no Nordeste e, no Norte, está em 52%. Entre as públicas, a rede urbana municipal nordestina é que oferece a menor quantidade de computadores (56,6%). Laboratórios de ciências também estão em poucas escolas. Só existem em 17,9% das privadas nessas regiões e em menos de 4% das municipais.

CIDADE X CAMPO
Nas comparações dos números, Alves descarta as escolas rurais. Apesar de serem numerosas – 71,5 mil do total de 153 mil – poucas são privadas (354). Além disso, elas atendem menos estudantes e têm uma realidade muito específica para serem agrupadas nas análises gerais, segundo o pesquisador.

“É preciso separar a análise da área rural da urbana. Essas escolas são pequenas, têm poucas salas de aula e, claro, sofrem com a falta de muitos equipamentos disponíveis nas estruturas urbanas. Por isso, é danoso incluí-las nas comparações”, afirma.

Na opinião do coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a preocupação com a infraestrutura das escolas não pode se esgotar apenas com a oferta dos insumos. “Não adianta apenas ter o insumo, é preciso usá-lo. O importante é discutir o projeto pedagógico da escola”, diz.

domingo, 20 de maio de 2012

GOVERNO DESCARTA GASOLINA MAIS CARA



O
 ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou a possibilidade de reajuste no preço da gasolina. Ele foi questionado por jornalistas sobre o tema ao chegar ao Ministério da Fazenda. "Não vai ter nenhum aumento", enfatizou.

Existe especulação atualmente no mercado sobre o tema por conta do valor pago pelo preço do combustível importado e da valorização do dólar, que vem acentuando a defasagem sobre os preços praticados no mercado nacional. A cotação do dólar ultrapassou os R$ 2, mas recuou no final do pregão para R$ 1,99.

Mas, por conta da crise europeia e das incertezas da economia mundial, os preços do barril do petróleo vêm caindo no mercado internacional. Durante a semana, houve baixa no fechamento dos preços do Petróleo Intermediário do Texas (-1,4%), cotado em Nova York a US$ 94,78 por barril, e do petróleo Brent (-0,61%), que fechou a US$ 111,57 no mercado de Londres, ambos para entrega em junho.

sábado, 19 de maio de 2012

RENOVAÇÃO DE CONCESSÕES PODE BARATEAR CONTA DE LUZ


Deputados querem reduzir tributos para garantir corte ainda
maior no valor das contas de energia elétrica.

O
s investimentos iniciais para construção de usinas hidrelétricas nos anos 60 e 70 já foram pagos e não devem mais compor a tarifa de energia para os consumidores. Apesar dessa mudança, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, defendeu nesta quarta-feira que os contratos com as atuais concessionárias do setor sejam renovados. Segundo ele, até hoje nenhum país substituiu por nova licitação a concessionária responsável pela operação de uma usina. “Mas a decisão final vai acabar no Congresso, porque renovação ou relicitação, a lei tem de ser adaptada”, explicou.

Inicialmente, uma usina é remunerada pelo investimento de sua construção, que é amortizado em 20 ou 30 anos, e faz parte da composição do preço da energia ali produzida. Em audiência nesta quarta-feira na Comissão de Minas e Energia, Zimmermann explicou como está sendo estudada essa renovação, que deve alcançar 20% da geração de energia no Brasil.

O impacto no setor será ainda maior, até 2017 vencem os contratos de 58 usinas geradoras, 41 distribuidoras, cerca de 30% do mercado, e mais de 80% das concessões de transmissão, mais de 73 mil quilômetros em linhas elétricas.

TRIBUTOS
Embora o presidente da comissão, deputado Simão Sessim (PP-RJ), tenha questionado qual será a economia para o consumidor, Zimmermann não quis precisar de quanto será essa redução. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê uma economia entre 3% e 12% na conta de luz com as mudanças, mas os deputados gostariam de uma redução maior. “Precisamos fazer também a redução de tributos e encargos sociais, já que o Brasil é o País que mais taxa a energia elétrica”, disse Sessim.

O deputado Weliton Prado (PT-MG) prometeu um embate duro na Câmara caso não haja garantias de que os preços serão mais baixos para o consumidor. Em Minas, segundo o deputado, 47% da conta de luz são impostos estaduais, o que torna a energia em Minas a mais cara do Brasil. Para o deputado César Halum (PSD-TO), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica e Combustíveis, por isso mesmo a discussão da queda do preço da energia deve ser levada aos governadores. “Mas não pode acontecer de novo de renovarmos dando de graça a operação das usinas amortizadas”, frisou.

CONTRATOS
Zimmermann explicou que, entre 2015 e 2017, vencem os contratos que foram refeitos nos anos 90 para essas usinas, e essa será a oportunidade para rever a composição das contas de energia. “Mas agora o importante é não remunerar o ativo amortizado, porque a sociedade já pagou nos 30 anos passados, e estamos falando do aproveitamento de um recurso, o potencial hidrelétrico, que é da União”, disse.

Dessa forma, o custo a ser levado em conta é o da operação da usina e eventuais investimentos localizados, como desgaste de equipamentos. Esse modelo, segundo ele, já é implantado atualmente com a parte de distribuição de energia, em que a Aneel faz revisões a cada 4 anos para atualizar apenas os custos e avaliar investimentos feitos durante o período. “Se há investimento não amortizado, ele é pago, mas se o ativo foi pago, então a parte de capital não é mais remunerada”, explicou.

EXPANSÃO
Zimmermann também disse que o programa de produção de energia nuclear não está abandonado. Nos próximos 12 anos será preciso dobrar a produção de energia, que atualmente está em 117 mil megawatts. “No futuro será preciso olhar para todas as opções disponíveis”, disse.

Até os anos 90, as estimativas eram de que haveria 260 mil megawatts de potencial de geração de hidrelétricas, mas hoje o ministério trabalha com o potencial de apenas 160 mil megawatts para os próximos anos. "A maior parte do potencial está na Amazônia, e os requisitos ambientais estão aumentando, por isso estudamos maneiras de gerar energia com menor impacto para o meio ambiente", disse.

Segundo ele, o uso de termoelétricas associado às hidrelétricas é essencial e uma não pode ser dissociada da outra. O Brasil tem duas opções que não têm boa aceitação pela opinião pública: as termoelétricas a energia nuclear ou a carvão vegetal. Ambas são as maiores fontes de energia no mundo.

O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio e abdicou de usar carvão em sua matriz para diminuir as emissões de gases do efeito estufa. “Claro que, por enquanto, temos alternativas e vamos aproveitá-las ao máximo: energia eólica, biomassa de bagaço de cana e térmicas a gás. Mas pensando em futuro não podemos deixar nenhuma fonte de fora”, defendeu.

Com informações da Agência Câmara
Reportagem - Marcello Larcher * Edição - Natalia Doederlein