quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PRODUÇÃO DE COCO EM ALAGOAS SERÁ REVITALIZADA



A
 produção de coco em Alagoas será revitalizada, por meio de uma parceria entre Governo do Estado e a Embrapa Tabuleiros Costeiros para transferência de tecnologia. A medida foi anunciada pelo secretário da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, durante um encontro promovido pela Associação dos Produtores de Coco (Prococo), na Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal).

Durante o anuncio, os produtores ressaltaram que a atividade passa por dificuldades para se manter devido a diversos fatores, entre eles: baixo preço do coco, proliferação de pragas e doenças, fim da salvaguarda, importação de coco ralado, material genético dos coqueirais envelhecido e falta de assistência técnica.

“Há uma determinação do governador Teotonio Vilela para apoio aos produtores, por isso estamos em busca de parcerias e vamos firmar um termo de cooperação com a Embrapa. Esse documento será referendado em novembro e define estratégias para recuperar e revitalizar a produção”, frisou o secretário José Marinho Júnior.

“Em Piaçabuçu, o coco já é cultivado por meio de consócio com outras culturas, e a principal delas é a pecuária de leite, que recebe apoio da Seagri com o Programa Alagoas Mais Leite. Assim, com diversificação, os agricultores conseguem melhorar de renda”, exemplificou Marinho. Em Feliz Deserto, segundo o secretário municipal de Agricultura, Emanuel Lessa, o combate a pragas é feito por meio da captura dos insetos e de outros experimentos.

De acordo com o presidente da Prococo, Eurico Uchôa, cerca de 3.300 produtores de coco possuem menos de 10 hectares cultivados. “A produção de coco faz naturalmente uma reforma agrária familiar, mas a atividade está se tornando inviável para muitos deles. Temos que combater, ainda, o furto de coco, que em alguns municípios é usado para aquisição de drogas”, destacou o presidente.

Na ocasião, os produtores reclamaram do aumento dos impostos nas propriedades que ficam à beira-mar, dos custos de produção e da entrada de produtos importados derivados do coco, o que gera competição para a indústria e os produtores nacionais. “Esses produtos entram no Brasil porque foram produzidos a baixo custo, sem grandes compromissos com a mão de obra”, citou Uchôa.

Ao final do encontro, os produtores de coco acompanharam a demonstração de uma máquina da empresa Laboremus, que serve para processar a biomassa, formada pela casca do fruto e pela palha da planta. “Essa biomassa é composta por nutrientes e serve para produção de adubo, assim, ela volta para os coqueirais, para fazer a adubação, diminuindo os custos de produção do agricultor. Também serve para ração animal”, comentou Eurico Uchôa.

Participaram do encontro a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Tereza Cristina de Oliveira, o representante do Sindcoco de Pernambuco, Francisco Porto, o consultor e engenheiro agrônomo Múcio Wanderley, o representante do Sebrae Alagoas, Manoel Ramalho, o representante da Confederação das Associações Comerciais, Sérgio Papini. A Sococo e a Cooperativa Pindorama apoiaram a realização do evento, juntamente com Faeal, Seagri e Embrapa.

Com informações da Ascom Seagri 

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