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é fácil planejar o orçamento de uma casa. E a situação piora quando os filhos
se tornam adolescentes, já que, nessa idade, eles costumam ter dificuldades
para lidar com limites, especialmente quando se trata de gastos.
Muitas
famílias têm se endividado com as despesas dos adolescentes, como vestuário,
comunicação e alimentação fora do lar.
Os
pais em geral - desde as classes com mais recurso financeiro até aquelas menos
abastadas - tendem a se desdobrar para realizar os caprichos dos filhos, e é
exatamente isso que a diarista Rosa de Moura, 51, faz com a filha Júlia, 9
anos. Ela conta que sempre compra o que a filha escolhe. “Ela gosta de roupas e
sapatos cor de rosa, sempre que eu saio a levo comigo pra escolher, e eu acabo
cedendo aos gostos dela”, afirma. “A gente acaba se enrolando um pouquinho com
as contas, mas vale a pena fazer o gosto dos filhos”, completa.
Já
a cabeleireira Vera Lúcia Luciano, 42, ensinou o filho Douglas Luciano da
Silva, 14, a controlar os gastos desde cedo. Ele trabalha como DJ e já não
precisa da ajuda dos pais financeiramente. “Só quando ele precisa de alguma coisa
e não tem dinheiro suficiente a gente completa, mas isso quase nunca acontece”,
conta. A mãe ensinou Douglas a não gastar muito desde pequeno. “Sempre falamos
pra ele não acumular contas e não gastar com o que não precisa. Acho que deu
certo, porque ele é bem controlado quando o assunto é dinheiro”, disse.
ESTABELECENDO
LIMITES
Estabelecer
limites para os gastos dos adolescentes não é fácil. Na prática, valem algumas
dicas: os pais podem procurar negociar horários do uso de internet junto com os
filhos e monitorá-los sempre que possível. E o uso do telefone celular também
deve ser limitado. O ideal é que as linhas de telefones celulares sejam
pré-pagas.
Caso
as regras não sejam respeitadas, o responsável precisa ter uma atitude firme.
A
retirada do computador e do celular pode ser uma privação que os faça refletir
em cima da falta do cumprimento do que foi estipulado.
Além
de controlar o orçamento e estabelecer limites, os pais podem incentivar os
adolescentes de 15, 16 e 17 anos a procurarem um emprego e deixar claro que
dinheiro não cai do céu.
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