Alternativa com ondas sonoras
diminui ainda risco de incontinência urinária. Doença é o tipo de câncer mais
comum entre homens.
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novo tratamento contra o câncer de próstata, que utiliza ondas sonoras de alta
frequência, pode ser uma alternativa viável à cirurgia e à radioterapia com
menos riscos de causar incontinência urinária e impotência, afirmaram
cientistas em artigo publicado na terça-feira (17).
Um
teste clínico, financiado pelo Conselho de Pesquisas Médicas britânico examinou
a eficácia de um novo tratamento, conhecido como ultrassom focalizado de alta
intensidade (HIFU, na sigla em inglês), capaz de alcançar áreas medindo apenas
alguns milímetros.
"Os resultados
demonstram que 12 meses depois do tratamento, nenhum dos 41 homens do teste
tiveram incontinência urinária e apenas um em dez teve ereção fraca, ambos
efeitos colaterais comuns do tratamento convencional", relatou um
comunicado sobre o estudo, publicado na revista "Lancet Oncology".
"A maioria dos
homens (95%) também ficou livre do câncer depois de um ano", acrescentou.
O
câncer de próstata é a forma mais comum de câncer em homens. O tratamento
convencional consiste em radioterapia ou remoção cirúrgica da próstata, métodos
que podem danificar o tecido saudável circundante, provocando em alguns casos
disfunção erétil ou incontinência.
O
HIFU atinge uma pequena área afetada pelo câncer. As ondas sonoras fazem com
que o tecido vibre e esquente, matando as células cancerosas. O procedimento é
feito com anestesia geral e a maioria dos pacientes tem alta 24 horas depois,
destacou o comunicado.
"Nossos
resultados são muito encorajadores", afirmou o doutor Hashim Ahmed, que chefiou
o estudo.
"Estamos
otimistas de que homens diagnosticados com câncer de próstata possam, em breve,
se submeter a um procedimento cirúrgico de um dia, que possa ser repetido com
segurança uma ou duas vezes, para tratar seu problema com muito poucos efeitos
colaterais. Isto representaria uma melhora significativa em sua qualidade de
vida",
continuou.
Um
teste mais amplo será realizado com a finalidade de determinar se o novo
tratamento, já em uso em hospitais por vários anos, é tão eficaz quanto o
padrão.
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