Elaine Ribeiro |
*Elaine Ribeiro
“Repense o seu modo de ver a
vida”
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nossa vida fazemos planos, estabelecemos metas e, com isso, visualizamos
situações que “podem vir a ser”, que “podem ocorrer”, e nos colocamos numa
posição de expectativa e investimento de energia, trabalho e emoção. As
expectativas de vida podem, em algum momento, concretizar-se ou não.
O
acúmulo de expectativas e situações não resolvidas, bem como problemas
cotidianos, profissionais e pessoais podem nos levar ao famoso estresse, que
não vem apenas por aquilo que está externo a nós e visível, como problemas,
pessoas, falta de dinheiro, desemprego, etc., mas especialmente ao que chamamos
de fatores internos, e um em especial: a maneira como interpretamos a vida e
seus acontecimentos, as pessoas com as quais convivemos, as situações pelas
quais passamos.
Geramos
ou pioramos um estado de estresse pela forma como encaramos a vida. Quer um
exemplo bem simples de como isso acontece? Por um descuido, você bate seu
carro. Não é nada grave, não houve vítimas. Qual a solução mais prática? Buscar
um funileiro, avaliar os danos, fazer o orçamento, as formas de pagamento, se
você pode ou não pagar agora e decidir por fazer o conserto. Isso é prático,
racional e direto (mesmo sabendo que
haverá um gasto e que você não poderá pagá-lo agora).
Porém,
um modo que gera grande desgaste é olhar para a mesma situação cobrando-se: “Eu
fiz tudo errado! Como pude bater este carro! Eu não me perdoo, sou mesmo um
idiota”. Todos esses pensamentos estressantes e autopunitivos trouxeram alguma
solução? Certamente não. Percebe agora como nossos pensamentos e crenças
pessoais podem influenciar nossa reação diante de um acontecimento?
A
forma como interpretamos as situações e o modo como nossos pensamentos se
desenrolam desencadeiam, portanto, a produção do famoso estresse. Crença é
aquilo que dá significado à nossa vida. Se eu creio em Deus, meus atos tendem a
ser pautados por essa crença. Por outro lado, se creio que tudo será péssimo,
que não sou capaz, que nada dá certo comigo ou que nunca minhas expectativas
darão certo, temos aí um bom caminho para atitudes desfavoráveis e um amontoado
de novos pensamentos negativos e um belo caminho para o adoecimento e para um
círculo contínuo e vicioso de estresse.
Muitas
vezes, quando estamos nesse estado, achamos mil desculpas para justificá-lo:
"Estou estressado porque meu carro quebrou". Ou: "Porque meu
time perdeu", assim como: "Porque meu namoro acabou", porque ...
porque... porque... sempre baseados em fatos externos.
Você
já parou para pensar qual é a sua parcela de responsabilidade diante do que não
deu certo? Será que não é devido à sua forma de ver o mundo que o estresse
acontece e com ele todas as consequências físicas e emocionais em sua vida?
Faço
este convite a você: pare e observe como você encara o mundo ao seu redor. Este
pode ser um primeiro passo para não ser refém da vida e dar um novo significado
à sua história.
*Elaine Ribeiro, Psicóloga
Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
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