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meio a um compasso de espera por mais indicadores domésticos e diante de uma
melhora do cenário internacional, o mercado manteve suas perspectivas para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a Selic neste ano.
Entretanto, voltou a elevar a projeção para a inflação, segundo pesquisa Focus
do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.
Apesar
da persistente dificuldade da economia brasileira em deslanchar, mas sem
indicadores de peso na última semana, os analistas consultados na pesquisa do
BC mantiveram a projeção de expansão do PIB de 1,9% em 2012.
Para
2013, a projeção, entretanto, foi reduzida para 4,05%, ante 4,10%
anteriormente.
Ainda
assim, uma série de indicadores mostrando aceleração dos preços recentemente
levou os analistas a elevarem pela terceira semana seguida seus números para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa agora é de
que encerre o ano a 4,98%, ante 4,92% na semana anterior.
PARA 2013, A EXPECTATIVA FOI MANTIDA EM 5,50% NA ÚLTIMA
PESQUISA
Em
relação à Selic, após o oitavo corte seguido realizado pelo Comitê de Política
Monetária (Copom) para a mínima recorde de 8%, o mercado também não mudou sua
visão e manteve a estimativa de que a taxa básica de juros terminará o ano a
7,50%. Para 2013, a previsão também foi mantida em 8,50%.
Analistas
avaliaram que a ata da última reunião do Copom, na qual o conselho reafirmou
que novos cortes na Selic têm de ser feitos com “parcimônia”, indica que pode
haver pelo menos mais uma redução em agosto, quando o comitê de reúne
novamente.
Entretanto,
o cenário mais otimista nos mercados em relação às expectativas de novas
medidas de estímulo econômico para a Europa pode aumentar as chances de o BC
ser mais conservador na trajetória de redução da Selic, segundo analistas. Essa
idéia ganhou força com líderes europeus afirmando que farão o possível para
defender o euro.
EXPECTATIVA
O
mercado aguarda a divulgação da produção industrial brasileira de junho na
quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já
que é o principal setor que vem impedindo uma recuperação mais robusta da
economia brasileira.
O
governo já cortou a previsão de crescimento do PIB de 4,5% para 3%, embora
ainda seja melhor que a perspectiva do BC, que reduziu sua projeção para este
ano de 3,5% para 2,5%.
O
presidente do BC, Alexandre Tombini, sustentou na semana passada que já existem
indicações de que a economia está acelerando, e que estoques da indústria
abaixo do visto no ano passado abririam espaço para o crescimento na produção
conforme a demanda aumentar.
Por
sua vez, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo anunciará em agosto
e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.
Ainda
segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi
elevada ligeiramente para 1,96 real por dólar, ante 1,95 real por dólar na
semana anterior.
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