quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ÁLCOOL X GASOLINA - ABASTECER COM GASOLINA É MAIS VANTAJOSO



A
té o último sábado, dia 21, em nenhum Estado brasileiro foi vantajoso abastecer com etanol, segundo dados da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

O Estado de São Paulo tem o etanol mais barato do Brasil, com média de R$ 1,887 por litro, com base nos preços praticados na última semana. No entanto, no Estado, a gasolina continua a ser mais vantajosa, saindo, em média, por R$ 2,643 o litro. Já o Estado do Piauí tem o litro da gasolina mais barato, custando R$ 2,57.

Para o uso do etanol ser vantajoso, é preciso que o litro custe menos do que 70% do preço do litro da gasolina. Se a proporção ultrapassar essa porcentagem, abastecer com gasolina torna-se mais apropriado financeiramente.

No geral, das 27 unidades federativas analisadas pela ANP, o preço médio do etanol subiu em 11 Estados e no Distrito Federal na semana encerrada no último dia 21.

Na média nacional, o litro do etanol caiu para R$ 2,034. Já a gasolina aumentou em 10 estados, ficando em R$ 2,742, na média. A proporção do preço do etanol com relação ao da gasolina, na média nacional, foi de 74% na última semana.

Veja, na tabela abaixo, os valores do etanol e da gasolina nas 27 unidades federativas avaliadas pela ANP e a proporção entre os preços dos dois combustíveis.

Levantamento de preços*
Estado   Gasolina   Etanol   Variação  
AcreR$ 3,124R$ 2,50880,28%
AlagoasR$ 2,796R$ 2,26781,08%
AmapáR$ 2,763R$ 2,20279,70%
AmazonasR$ 2,891R$ 2,36181,67%
BahiaR$ 2,787R$ 2,09775,24%
CearáR$ 2,615R$ 2,13281,53%
Distrito FederalR$ 2,834R$ 2,26779,99%
Espírito SantoR$ 2,844R$ 2,45386,25%
GoiásR$ 2,843R$ 1,99570,17%
MaranhãoR$ 2,582R$ 2,21285,67%
Mato GrossoR$ 2,984R$ 2,27676,27%
Mato Grosso do SulR$ 2,709R$ 2,18280,55%
Minas GeraisR$ 2,825R$ 2,20978,19%
ParáR$ 2,824R$ 2,35383,32%
ParaíbaR$ 2,606R$ 2,16483,04%
ParanáR$ 2,700R$ 2,02575%
PernambucoR$ 2,658R$ 2,11379,50%
Piauí R$ 2,570R$ 2,25287,63%
Rio de JaneiroR$ 2,846R$ 2,25479,20%
Rio Grande do NorteR$ 2,702R$ 2,21081,79%
Rio Grande do SulR$ 2,801R$ 2,40885,97%
RondôniaR$ 2,990R$ 2,45982,24%
RoraimaR$ 2,813R$ 2,51689,44%
Santa Catarina R$ 2,754R$ 2,41787,76%
São Paulo R$ 2,643R$ 1,88771,40%
Sergipe R$ 2,737R$ 2,27383,05%
TocantinsR$ 2,933R$ 2,13972,93%
BrasilR$ 2,742R$ 2,03974,18%
Fonte: ANP / * Por litro

Com informações do UOL e Info Money

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SUBIU O ÍNDICE QUE REGULA OS PREÇOS DOS ALUGUEIS IMOBILIÁRIOS


Subiu o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M)
que regula os preços dos alugueis imobiliários


O
 Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu para 0,22% na segunda prévia de janeiro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).  No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi -0,07%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Nos três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,04%, mas a queda foi menos acentuada do que o da prévia anterior, que chegou a -0,38%.

Ainda no segundo decêndio de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,81%, frente ao aumento de 0,59% na segunda prévia de dezembro.  De acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no segundo decêndio de janeiro, variação de 0,6%. No segundo decêndio de dezembro, a taxa foi de 0,43%.

A taxa acumulada do IGP-M é utilizada como base de cálculo para reajuste nos preços dos aluguéis. O IGP-M acumula aumento de 4,5% em 12 meses.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS TERÃO INCREMENTO DE R$ 345 MILHÕES EM CRÉDITO DA CEF



A
 Caixa Econômica Federal vai destinar este ano R$ 345 milhões em crédito para empreendedores individuais, por meio do microcrédito produtivo orientado (Crescer). A operação oferece taxa de juros de 0,64% ao mês e prazo de até 24 meses para pagar.

O empreendedor que tiver interesse em contratar uma operação pode se dirigir a uma agência ou a um dos postos de atendimento do banco, instalados em comunidades atendidas pelo programa.

De acordo com a Caixa, desde setembro do ano passado – quando teve início o programa – a dezembro de 2011, regiões como o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e Heliópolis, em São Paulo, receberam, pelo programa, R$ 5 milhões, em aproximadamente mil contratos. No total, a Caixa concedeu mais de R$ 11 milhões pelo Crescer, desde o início do programa.

Em dezembro de 2011, a Caixa ampliou a atuação para mais três comunidades do Rio de Janeiro: Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, aproveitando o processo de pacificação dos bairros. O primeiro contrato na Rocinha foi firmado no dia 7 de dezembro, no valor de R$ 6 mil, com prazo de pagamento de dez meses.

Segundo a Caixa, a atuação do banco no microcrédito produtivo orientado tem um elemento inovador: a contratação de jovens das próprias comunidades atendidas para atuar como agentes de microcrédito. Em 2011, foram contratados mais de 500 jovens. Para 2012, devem ser selecionados mais 2 mil aprendizes. Com idades entre 18 e 22 anos, os 2,5 mil agentes atuarão na prospecção e orientação dos potenciais tomadores de crédito, com a supervisão direta de empregados da Caixa.

Os recursos do microcrédito produtivo orientado podem ser usados como capital de giro ou para compra de equipamentos e máquinas. O valor máximo do empréstimo é de R$ 15 mil, com prazo de até 24 meses para pagar. A Taxa de Abertura de Crédito (TAC) é de 1% do valor do empréstimo. Atualmente o valor médio concedido aos empreendedores é de R$ 4 mil.

domingo, 22 de janeiro de 2012

SAÚDE ANIMAL É UMA DAS PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DOS EUA, DIZ ASSOCIAÇÃO DE EXPORTADORES DE CARNE SUÍNA


Os norte-americanos aprovaram a aquisição dos
produtos brasileiros e o presidente da Associação
Brasileira da Indústria e Exportadora de Carne
Suína, Paulo Camargo comemorou a aprovação.


O
 presidente da Associação Brasileira da Indústria e Exportadora de Carne Suína, Paulo Camargo, comemorou a aprovação das norte-americanas para a aquisição dos produtos brasileiros, abrindo o mercado para o setor nacional. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele disse que o primeiro obstáculo a ser superado pelos brasileiros é obter a aprovação da “sanidade” pelos estrangeiros.

A decisão dos norte-americanos foi anunciada há dez dias pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês), que reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína in natura para o país.

Camargo disse na quinta-feira que as exigências feitas pelos estrangeiros são muitas, principalmente no que se refere à saúde animal. Segundo ele, os norte-americanos têm dificuldade de entender o processo de vacinação contra a febre aftosa feita no Brasil. A vacina é vista por eles como um risco e não como uma segurança. A doença é rara em suínos.

– Quando vacinamos, eles [os norte-americanos] falam que estamos com medo da aftosa, então já não [querem mais] comprar [a carne brasileira].

Eles dizem assim: ‘Aqui [nos EUA] nós não vacinamos, não tem o vírus da aftosa estamos tranquilos há muitos anos’– explicou Camargo. “Eles [os norte-americanos] só aprovaram [a carne] de Santa Catarina que não é vacinada.”

Apesar das dificuldades, Camargo está otimista. De acordo com ele, a tendência é aumentar a exportação da carne suína brasileira. “O mercado tem muito a crescer. As exportações são pequenas e concentradas em poucos países. Nosso objetivo é exportar para outros países, como o Japão, que é o maior importador mundial, com 1,2 milhão de toneladas”, disse.

Em defesa à qualidade da carne suína nacional, Camargo disse que foram feitas três pesquisas de opinião para verificar o que pensa o consumidor brasileiro. Segundo ele, o resultado mostra que a carne suína é a “mais saborosa”.

– Antes, havia um preconceito de que a carne era suja e gordurosa e aumentava o colesterol. Na última pesquisa, a população percebeu que é uma carne de granja [tratada com qualidade] – disse Camargo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

THYSSENKRUPP PODE VENDER USINA NO RIO DE JANEIRO


A Vale, que já tem participação de cerca de 25% na
Companhia Siderúrgica do Atlântico, deve ser quem
irá comprar as usinas da empresa no Rio de Janeiro
 e do Estado norte-americano do Alabama


A
 ThyssenKrupp está considerando a venda das usinas da empresa no Rio de Janeiro e no Estado norte-americano do Alabama, publicou a revista alemã Manager, citando fontes na companhia.

A Vale, que já tem 25% de participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), pode ser uma possível compradora, publicou a revista em sua edição online.

Procurados, representantes da ThyssenKrupp na Alemanha e da Vale no Brasil se recusaram a comentar o assunto.

A notícia foi publicada um dia antes do encontro anual da ThyssenKrupp, no qual a maior produtora de aço da Alemanha deve enfrentar questionamentos de acionistas sobre a CSA e a usina no Alabama.

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros (US$2,4 bilhões) no ano fiscal de 2010/2011 e culpou o resultado aos altos custos da fábrica no Brasil, operada por sua unidade Steel Américas, e o fortalecimento da moeda brasileira e os fracos mercados de aço nos Estados Unidos e na Europa.

As usinas da ThyssenKrupp no Brasil e no Alabama são interligadas, com a CSA produzindo placas de aço para serem acabadas nos EUA.

A usina no Rio de Janeiro, que tem capacidade para 5 milhões de toneladas de placas por ano, começou a operar em setembro de 2010, após investimento de 5 bilhões de euros e cinco anos de construção.

A CSA - projetada em 2005, quando o mercado de aço mundial não atravessava uma crise de sobreoferta e forte alta nos custos de insumos como carvão e minério de ferro - sofreu uma série de problemas ambientais que atrasaram seu cronograma.

Em setembro passado, o vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, afirmou que a empresa alcançaria pico de produção em meados deste ano.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ONG’S: É PRECISO SEPARAR O JOIO DO TRIGO


José Roque Silva Batista

 
JOSÉ ROQUE SILVA BATISTA
CONTADOR, ESPECIALISTA EM AUDITORIA CONTÁBIL

Q
uem na vida nunca plantou alguma coisa? No campo ou na cidade, seja um roçado, uma horta, um pequeno gramado ou um xaxim de planta e inexplicavelmente não se deparou com ervas daninhas entranhadas no meio da plantação? Elas aparecem do nada, até se passam por plantas inócuas, mas, no fundo são umas lástimas, ludibriam todos, e pior, na hora de extirpar-las do meio da plantação corre-se o risco de sacrificar algumas das plantas boas. Como narra o evangelista, Jesus na sua época já se mostrava preocupado com o expurgo do joio no meio do trigo (Mt. 13,30) uma bela faceta para referir-se aos aproveitadores de ocasião.

Há muito tempo ONG’s, associações e fundações, também chamadas de entidades filantrópicas e de interesse social e/ou instituições sem fins lucrativos, que articulam o terceiro setor, desempenham ações voluntárias e humanitárias a uma camada da sociedade, que de alguma forma ou por algum motivo encontra-se desassistida dos serviços públicos essenciais e consequentemente de exercer sua cidadania.

Essas práticas sempre enobreceram o nosso povo. O povo brasileiro há algum tempo se notabiliza como um povo solidário e de boas iniciativas voluntárias. Razão pelo qual ainda é possível dizer que “Deus é brasileiro” o próprio Jesus é quem nos diz “tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos é a mim que fazeis” (Mt. 10,42).

Um país que tem como filhos, Chico Mendes, Betinho, Irmã Dulce, Chico Xavier e Dra. Zilda Arns “todos em memória”, mais Irmã Terezinha de Eunápolis, Albano e Margarida de Santa C. Cabrália e tantos outros filhos anônimos que de alguma maneira fizeram, motivam e fazem à diferença quando o assunto é solidariedade e amor incondicional ao próximo, sem dúvida, enchem-nos de orgulho.

Seria possível passar horas a fio a relacionar nomes de pessoas que de forma voluntária e solidária desenvolvem atividades de promoção social e humanitária pelo simples desejo de ajudar o próximo, manter a sustentabilidade do planeta e minimizar a dor daqueles que foram abandonados do mínimo necessário para viver dignamente.

Toda esta força indutora representa um patrimônio valioso do nosso povo. Os números são desencontrados, porém, estima-se que existam mais de 300 mil entidades de interesse social, algumas pequenas, de ações limitadas e atuação local, outras gigantescas, bem organizadas, com ações uniformes e com atividades espalhadas pelo país inteiro.

Temos entidades exemplares, reconhecidas por órgãos públicos e privados de nível nacional e internacional. Podemos citar aqui: Pastoral da Criança, Pastoral do Idoso, MFC (Infan, Cofan, Projeto Saber Melhor, CCI, etc.), SOS Mata Atlântica, APAE, GACC, Fazenda Esperança, Criança Esperança, SOS Vida, Nutrivida e tantas outras grandes, pequenas e não tão conhecidas, mas, de atuações relevantes.

Todo este patrimônio corre sério risco de sofrer grandes perdas, e a maior delas, a “credibilidade” e “confiabilidade” daqueles que doam e mantém toda esta estrutura financeira e não-financeira. Na ausência destes dois pressupostos básicos torna-se impossível captar recursos e a proatividade dos nossos voluntários aos serviços que diuturnamente desenvolvem. A ética, a decência e transparência administrativa são os elementos vitais para que permeiem nas entidades do terceiro setor o crédito e a confiança.

Diante de denuncias envolvendo ONG´s, muitas das instituições sociais que formam este patrimônio poderão desaparecer, outras passarão por crises intermináveis, sem falar de tantas outras que em forma de ervas daninhas tentarão sobreviver, tudo dependerá da ação da justiça, dos órgãos de controle do governo e do discernimento da sociedade para entender, agir e separar o joio do trigo.

Vamos deixar este patrimônio do povo brasileiro ir para o ralo? Tudo por interferência de pessoas aproveitadoras, imorais, sanguessugas, que organizam verdadeiras máfias para desviar o erário, muitas vezes tendo como protagonistas políticos, servidores públicos e seus apadrinhados.

Estamos falando dos últimos escândalos de desvios de recursos públicos envolvendo políticos e apadrinhados, utilizando como mecanismo nefasto o uso de ONG’s e associações como dutos e canais para lavar e legalizar o dinheiro surrupiado dos cofres públicos seja na esfera federal, estadual e municipal.

Os malfeitores do erário são os mesmos, sobre o manto da impunidade e da tolerância judiciária, tornam-se mutantes e disseminam o contágio à outros indivíduos em todas as regiões do país, na verdade o que muda é a forma de organizar as ações, de modo a ludibriar a sociedade e confundir os órgãos de controle e de fiscalização.

Quem não lembra da CPI dos anãos do orçamento? Onde deputados federais de baixas estaturas, porém, hábeis e sorrateiros na prática do desvio de recursos públicos. Um deles, sujeito de tamanha “sorte”, capaz de ganhar na loteria federal todas as semanas, quando na verdade estava mesmo era lavando o dinheiro surrupiado dos nossos tributos, que de forma excessiva são criados por leis tributárias elaboradas e aprovadas por esses mesmos indivíduos.

A grande inovação arquitetônica de surrupiar dinheiro da saúde, educação, moradia, e do transporte público foi o mensalão do Congresso, alimentado pelo “valerioduto”. Um esquema de se pagar propina a deputados federais da base aliada para votar nos projetos do governo. Hoje essa praga recebe o nome de “mensalinho” e submergem na calada da noite em quase todas as câmaras de vereadores e assembléias estaduais do país.

Não param por aí, a criatividade dessas pessoas é algo inesgotável e inovadora, toda vez que o ministério público, a impressa e a sociedade organizada denunciam um esquema, logo é criado um outro ou utilizam-se simultaneamente mais de um, tais como: funcionário fantasma, cartão corporativo, sanguessugas das ambulâncias e sobras de campanha.

Agora atacam de voluntários e benfeitores de entidades de interesse social. Criam ou apoderam-se deliberadamente de ONG’s e associações, punham em nome de seus apadrinhados e em seguida fazem alocação de verdadeiras fortunas, para num segundo momento toda esta “dinheirama” voltar para os bolsos dos expertinhos em dinheiro “vivo” ou em forma de benesses como fretamento de jatinho, viagens e outros mais.

Pasmem! Dinheiro público que deveria revelar jovens talentos para o esporte, capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho, retirar jovens e adolescentes das áreas de riscos e promover o turismo interno e gerar emprego e renda.

As entidades sem fins lucrativos, conceitualmente são aquelas em que o resultado positivo “superávit” não é distribuído, as manobras desta gente está transformando as ONG´s em lucrativas e isentas de tributos. Onde nós chegamos!

É visto por todos que os governos nos últimos tempos vêm aproximando-se do terceiro setor, firmando parcerias, convênios e injetando recursos em projetos bem sucedidos e com gestões transparentes. Entendemos que estas iniciativas são plausíveis e devam continuar. As entidades sérias precisam deste apoio financeiro, embora os mecanismos de controle e de fiscalização da aplicação destes recursos devam ser revistos e aprimorados. Não estar na hora das grandes ONG,s elaborar e executar orçamento de forma compulsória?

Sem muito esforço é possível identificar as entidades sérias, de ficha limpa, e de históricos ilibados e bons serviços à sociedade. Mesmo as entidades consideradas sérias não vivem em um “mar de rosas” quando o assunto é probidade administrativa. Vez ou outra é visto dirigentes em deslizes éticos querendo levar alguma vantagem dos cargos.

Podemos dizer que são casos isolados e evitáveis, por exemplo, uma contabilidade formalizada e alguns controles internos ajudam a minimizar os casos de apropriação indébita por indivíduos inescrupulosos, de modo que, qualquer intento pode ser detectado pelos conselhos fiscais destas entidades, uma vez que sejam formados por pessoas honestas e sensatas, bem como desvinculados das diretorias executivas.

Um vício corriqueiro nestas instituições refere-se ao conselho fiscal, algumas por omissão do Código Civil nem se dão o luxo de prever sua criação nos atos constitutivos, e outras mesmo prevendo o conselho fiscal, ao fazer eleição de diretoria executiva, fazem junto com o conselho fiscal, como se fossem integrantes de uma mesma chapa, quando na verdade devem ser desvinculadas, ou seja, duas eleições distintas, que se diga: o conselho fiscal não existe para legitimar as gestões, e sim, para fiscalizá-las e para tanto devem ser autônomos e independentes. Pode deixar o rato tomar conta do queijo? Criar entidade de interesse social sem previsão estatutária de conselho fiscal?

Outra maneira de se coibir deslizes de dirigentes seria a obrigatoriedade de auditoria contábil para todas as entidades de interesse social que recebam recursos públicos sem limite de valor; e que os doadores e mantenedores privados procurassem conhecer melhor as práticas e ações das instituições que contribuem, e até mesmo, na maneira do possível participassem de alguma forma dos instrumentos de controle e de fiscalização.

Oportuno dizer, que nem sempre é possível encontrar pessoas com conhecimentos técnicos em economia e contabilidade dispostos a participarem de conselhos fiscais, sendo estes formados por pessoas simples, sem nenhuma formação técnica. Outro agravante é que as auditorias contábeis são serviços de alto custo, impossibilitando à sua contratação.

Como medida saneadora, sugere-se um amplo projeto de responsabilidade social por parte do CFC – Conselho Federal de Contabilidade em consonância com o CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social, onde seria elaborada uma Norma Técnica de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, específica para as entidades sem fins lucrativos; e o CNAS tornasse-a compulsória para as entidades do terceiro setor, de certo, sem ônus para aquelas com um determinado valor de receita anual, as quais receberiam o serviço gratuitamente por profissionais registrados nos seus devidos CRC – Conselho Regional de Contabilidade em forma de sorteio.

A proposição de uma NBC T – Norma Brasileira de Contabilidade dever-se-á simplificar o procedimento de auditoria e criar a figura do “auditor ad hoc” para este fim, tornando-se desnecessário a contratação de empresas de auditoria e exigência de auditores registrados na CVM e/ou IBRACON. Tal medida implicaria de forma benéfica na adesão voluntária de todas as entidades de interesse social à formalização de suas contabilidades, pois, sem contabilidade não há auditoria e com auditoria não teríamos recursos públicos escorrendo pelo ralo.

Vejo viabilidade, uma vez que as entidades sem fins lucrativos não são constituídas por ações, não são de capital aberto e não integram o sistema de distribuição e intermediação do mercado de valores mobiliários. Assim, não estão sobre regência da Lei Societária 6.404/76, que obriga auditoria independente somente por auditores registrados da CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

Na verdade, o que não se pode é generalizar, achar que todas as entidades de interesse social são “farinhas do mesmo saco”, tal atitude, poderá levar a desestabilização total do terceiro setor, causando pânico para as ONG´s e instituições sociais sérias que estão vivendo à penúria da escassez de recursos e do afastamento dos voluntários diante da desconfiança generalizada.

Uma coisa é certa, algo deve ser feito para separar o joio do trigo e extirpar do meio das instituições sérias e comprometidas e que realmente têm preocupação com as causas sociais e humanitárias, daquelas que se fizeram criar com o intuito exclusivo de lesar o erário e alimentar esquema de corrupção. Qualquer atitude suspeita denuncie ao ministério público, órgão responsável em velar as entidades de interesse social.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

BANCO CENTRAL BAIXA EM 1/2 PONTO A TAXA BÁSICA DE JUROS



E
m seu primeiro encontro do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) cortar a taxa básica de juros (a Selic) em 1/2 ponto percentual, indo de 11% para 10,5% ao ano. É o menor valor desde junho de 2010 (10,25%).

O quarto corte seguido dessa magnitude, em um movimento iniciado em agosto passado, era amplamente esperado pelo mercado. 

A decisão foi unânime. Pelo comunicado, o Copom informou que: "um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", repetindo o comunicado anterior.

A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação ou estimular a economia. Quando a taxa cai, estimula o consumo. Quando sobe, reduz a atividade econômica porque os empréstimos e as prestações ficam mais caros.

Esta foi a nona reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o Banco Central sob o comando de Alexandre Tombini. Foi também o primeiro encontro de 2012.

Nas primeiras cinco reuniões, o comitê decidiu elevar a taxa. Nas duas primeiras, a alta foi de 1/2 ponto percentual. Em outras três posteriores, o aumento foi de 0,25 ponto percentual. Já na sexta reunião o BC surpreendeu o mercado ao anunciar um corte de 1/2  ponto percentual. No sétimo e no oitavo encontro, houve novamente corte de 1/2 ponto. No início do governo Dilma, a Selic estava em 10,75%.

ENTENDA A RELAÇÃO ENTRE JUROS E INFLAÇÃO
Os juros são empregados, entre outras razões, para tentar controlar a inflação. Quando o Banco Central considera que há risco de inflação, ele eleva os juros. Assim, as prestações e os empréstimos ficam mais caros e as pessoas consomem menos. Isso ajuda a reduzir a inflação.

Quando a economia fica mais fraca e as pessoas gastam menos, o BC faz o contrário, reduzindo os juros e o custo dos empréstimos, para estimular as compras.

A alta de preços ocorre quando há muita procura por produtos e menos quantidade para atender a essa necessidade.

A inflação oficial é medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O centro da meta do BC para a inflação neste ano é de 4,5%.

A meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%.

Em 2011, a inflação quase estourou o limite máximo da meta do governo, acumulando alta de 6,5% - o maior resultado desde 2004.

Em meados do ano passado, o governo adotou medidas para desestimular o consumo: aumentou o valor do pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito; elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre gastos no cartão de crédito fora do país e sobre captações de recursos no exterior; tornou obrigatória uma entrada de pelo menos 20% nos financiamentos entre 24 e 36 meses para carros novos ou usados.

Agora a preocupação é de que o consumo se mantenha, para o país não enfrentar problemas, em razão da crise global.

JUROS ALTOS SÃO BONS PARA ALGUMAS APLICAÇÕES
Os juros no Brasil ainda são considerados muito altos. Um aspecto positivo dos juros altos é que eles remuneram melhor as aplicações financeiras. Isso é bom para os investidores brasileiros e também para os estrangeiros que procuram o país.

Quando alguém investe em fundos ou títulos públicos, por exemplo, recebe um rendimento mensal maior se os juros estiverem mais altos.

Por outro lado, os juros altos prejudicam as empresas, que ficam mais receosas de tomar empréstimos para investir em expansão.

Por isso os empresários reclamam dos juros altos. Nesse cenário, também se torna mais difícil a criação de empregos.

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.

O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.

(Com informações da Reuters e UOL)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BRASIL DISTRIBUIU R$ 12,988 BILHÕES EM ROYALTIES



A
 Agência Nacional do Petróleo informou que, em 2011, o governo brasileiro distribuiu R$ 12,988 bilhões em royalties. Desse total, a maior parte do dinheiro, R$ 8,2 bilhões, foi destinada aos Estados e municípios que recebem o tributo pago pelas empresas do setor.

Houve um superávit de 30% no repasse dos recursos relativos aos royalties do petróleo no ano 2010. O crescimento de receita aconteceu para nove Estados brasileiros.

Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe foram os estados beneficiados com o incremento no repasse dos royalties.

O crescimento pode ser explicado pela disparada dos preços do petróleo no mercado internacional e o aumento da produtividade nos campos de exploração espalhados pelo país.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BANCO DO BRASIL AMPLIA LIMITES DE FINANCIAMENTO DO PROGER URBANO


Com informações da Agência Brasil

O
 Banco do Brasil elevou em 50% o limite para que micro e pequenas empresas peguem empréstimos do Programa de Geração de Emprego e Renda Urbano (Proger Urbano). As linhas de crédito passaram a beneficiar clientes com faturamento bruto de R$ 7,5 milhões por ano. Anteriormente, esse teto era de R$ 5 milhões.

Operadas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), as linhas do Proger Urbano financiam investimentos como reformas, mudanças de sistemas e aquisição de máquinas, equipamentos e veículos utilitários.

Os empréstimos têm juros equivalentes à taxa de juros de longo prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, mais 5% ao ano. As empresas, no entanto, têm a possibilidade de reduzir a taxa para TJLP mais 2,5% ao ano, se o crédito for vinculado ao Fundo de Garantia de Operações (FGO) e ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ACUSADOS DE MATAR DEPUTADA CECI CUNHA SERÃO JULGADOS NESTA SEGUNDA-FEIRA (16)


Deputada Ceci Cunha assassinada em 1998


E
stá marcado para esta segunda-feira (16) o júri popular do caso Ceci Cunha, deputada federal alagoana que foi morta a tiros na varanda da casa da irmã em 1998. De acordo com o Ministério Público, o crime teve motivação política, pois o primeiro suplente da vaga, o ex-deputado Talvane Albuquerque, queria ocupar o posto na Câmara dos Deputados para retardar o julgamento de outros processos a que respondia na Justiça.

A deputada foi assassinada em dezembro de 1998 pouco após ser diplomada no cargo. Ela visitava a irmã, que havia acabado de ganhar um bebê. Três assessores de Talvane invadiram a varanda onde todos conversavam e dispararam dezenas de tiros. Além de Ceci, foram mortos seu marido, o cunhado e a mãe do cunhado. Apenas a irmã da política e o bebê escaparam com vida.

Talvane assumiu a vaga de Ceci Cunha, mas foi cassado por quebra de decoro por suposto envolvimento com pistoleiros em 1999. Também são acusados os assessores de Talvane, considerados os executores do crime: Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva. Todos respondem à Justiça em liberdade.

Hoje o processo reúne mais de 6 mil páginas, e a lenta tramitação foi motivada por sucessivos recursos da defesa, entre eles, o questionamento se o caso deveria ser julgado pela Justiça Estadual ou Federal. Depois de passar seis anos sob a responsabilidade estadual, hoje o processo tramita na esfera federal. A data do júri popular, sem possibilidade de novos recursos pleiteando o adiamento, foi marcada em novembro pelo juiz André Granja, da 1ª Vara Federal de Alagoas.

O julgamento começa a partir das 9h, no auditório da Justiça Federal em Alagoas, e será transmitido pela internet, no endereço: http://www.jfal.jus.br/julgamento. Foram pré-selecionados 25 jurados, dos quais sete serão escolhidos por sorteio para compor o Tribunal do Júri.

A morte de Ceci Cunha é um dos 70 casos que integram o sistema Justiça Plena, da Corregedoria Nacional de Justiça. Desde 2010, o programa acompanha processos de repercussão social que caducam na Justiça brasileira e procura retirar os gargalos para que eles sejam finalmente julgados. O Programa “Justiça Plena” é alimentado por diversos órgãos ligados à Justiça, mas o caso Ceci Cunha foi anexado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

domingo, 15 de janeiro de 2012

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS – Dr. Milton Hênio


Diz o ditado popular: “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. E realmente é verdade. Todas as pessoas têm o maior prazer em “receitar” o vizinho, o parente ou amigo, de tal forma que fica quase impossível em nossa região alguém adoecer sem ser medicado por alguém da família. Certo ou errado a receita sai. Com boa vontade, é claro. Se der certo é outra coisa. Ao lado desse “receituário” existem os tabus tão arraigados ao povo: “ovo faz mal ao fígado”, “leite com manga mata”, “água demais incha”, “tomar leite muito ligeiro dá congestão” e assim por diante. Vamos esclarecer alguns desses pontos:

A) – DOCE FAZ A PESSOA FICAR DIABÉTICO?
Não é assim. A diabetes é uma doença resultante de certas desordens do sistema glandular endócrino, e jamais resultante da ingestão de doces. Entretanto, quem já é pré-diabético ou diabético terá que ter os cuidados na dieta com doces para não piorar a situação.

B) – TOMAR MUITA ÁGUA DÁ INCHAÇO?
Absolutamente não. A água é essencial ao organismo. Cerca de 70% do nosso organismo é água. Veja como ela é importante em nossa vida: ela é um meio fluido da secreção e excreção do corpo: sangue, linfa, sucos digestivos, bile, transpiração, urina e fezes; ela é um grande constituinte das células, do sangue e da urina. E por aí vai. Uma pessoa normal precisa tomar 3 litros de água por dia. Beba, portanto, água à vontade, seus rins vão gostar e você não vai inchar.

C) – DEIXAR A CRIANÇA CHORAR É BOM PARA OS PULMÕES?
Existe esse pensamento na cabeça de muita tente, mas que considero erradíssimo. O choro é a única forma que a criança tem de protestar, de dizer que algo vai errado com ela. Então é preciso que mãe a socorra; verifique se a criança não está urinada, se não está sujinha de cocô, se está com sede e etc. O fato é que as mães devem atender ao choro do bebê, pois é o seu único gesto de comunicação. O choro do recém-nascido jamais deve ser encarado como manha. Alem de ser sinal de que algo não vai bem com ela, constitui valioso elemento na determinação de como o bebê se sentirá quando crescer – amado ou rejeitado – pois é através do choro que a criança trava seus primeiro contatos com o meio ambiente e começa a perceber o que dele espera o mundo – solidariedade ou desamparo.

D) – O ESTADO EMOCIONAL DA MÃO INFLUI NA GRAVIDEZ?
É claro que influi. Hoje já há estudos precisos mostrando que a partir do 4º mês o feto já é capaz de ouvir a voz de sua mãe. Convém, assim, manter uma conversação constante com o seu filhinho enquanto o espera. Vários especialistas mostram que os batimentos cardíacos do feto apresentam oscilações de acordo com o estado emocional de sua mãe.

E) – O AMENDOIM É ALIMENTO AFRODISÍACO?
É um tabu existente há longos anos. Serve de piada, de brincadeiras, de presentes para pessoas idosas em tom de gracejo. Isso tudo foi criado pela elevada potência energética que o mesmo possui: riquíssimo em proteínas, vitaminas do complexo B e sais minerais, é isento, entretanto, de colesterol. Meio quilo de amendoim, segundo nutricionistas, equivale a quatro litros de leite ou 36 ovos de galinha. Apesar de seu alto valor calórico nada consta dentro das pesquisas científicas como estimulante sexual. Portanto, se você comê-lo em demasia pode indigestar.