quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AMAZÔNIA PERDEU 207,6 KM² DE FLORESTAS NOS ÚLTIMOS 60 DIAS DE 2011


 Floresta Amazônica ameaçada pelo desmatamento.

Luana Lourenço
Da Agência Brasil, em Brasília

A
 Amazônia perdeu 207,6 km² de floresta nos meses de novembro e dezembro de 2011. Os números são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Nos meses da estação chuvosa na Amazônia, o Inpe agrupa os alertas em uma base bimestral ou trimestral, para melhorar a qualidade da amostragem.

Em novembro, os satélites observaram 133 km² de novos desmatamentos e, em dezembro, mais 74,6 km². Nos mesmos meses de 2010, o Inpe havia registrado 113,61 km² e 21,31 km² de derrubadas, respectivamente. No entanto, por causa das diferenças nas condições meteorológicas, o instituto evita comparações entre os períodos. Em 2011, as nuvens cobriram 47% da Amazônia em novembro e 44% em dezembro, o que dificulta o registro dos satélites.

Considerando os dois últimos meses do ano, o Pará liderou o rol do desmatamento no período, com 58,86 km² a menos de florestas. Mato Groso perdeu 53,8 km² de mata nativa, seguido por Roraima (29,24 km²).

O Deter, que revela dados mensais de desmatamento, monitora áreas com mais de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ANVISA SUSPENDE VENDA DE GINKGO BILOBA E OUTROS PRODUTOS NATURAIS


Christina Machado
Da Agência Brasil, em Brasília

A
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição, o comércio e o uso, em todo o país, do Ginkgo biloba com ginseng e castanha da Índia, do seneante Salvlimp e de quaisquer outros sujeitos à vigilância sanitária, fabricados por Salvia Indústria e Comércio de Cordas Ltda. A empresa não possui registro nem autorização de funcionamento da Anvisa.

Pela mesma razão estão suspensos também os produtos sene, chá verde cápsulas, catuaba cápsulas, Tribulus terrestris, cáscara sagrada, castanha da Índia, garcínia, composto laxante, alcachofra com berinjela, composto circulatório, hipérico e de quaisquer outros sujeitos à vigilância sanitária, que constem em sua rotulagem como sendo fabricados por Naturnatus Produtos Naturais.

Os produtos imuniflora, salsa caroba, rins 500ml, unha de gato, algas flora, zedoária, carvão vegetal, garra do diabo, erva são joão, lobélia anti-fumo, fucus, Tribulus terrestris, ginkgo biloba, alcachofra com berinjela, dolomita, maca, valeriana, colágeno, tanaceto, isoflavona, anis estrelado, anti-depressivo e acerola cápsulas fabricados pelo CNPJ 39.635.925/0001-44 e Insc. Est. 081.690.77-0 (pertencentes a Israel dos Santos Costa ME) também estão proibidos.

As resoluções foram publicadas ontem (6), no Diário Oficial da União.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

AVIÃO DA VASP AVALIADO EM R$ 100 MIL VAI A LEILÃO EM SP


 Uol
U
m Boeing 737-200 pertencente à Vasp e quatro lotes de sucatas resultantes do desmonte de quatro aviões serão leiloados nesta segunda-feira (6), em São Paulo. O dinheiro arrecadado será usado para quitar dívidas com os credores da empresa, e principalmente para pagamento de direitos trabalhistas.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a aeronave, avaliada em R$ 100 mil, está inteira, mas não tem mais licença para voar. Cada lote de sucata – referente ao desmonte de um avião inteiro – está avaliado em R$ 30 mil.

Os aviões estão parados no aeroporto de Congonhas (SP) desde a decretação da falência da empresa, em 2008. Restam ainda no aeroporto quatro aeronaves da Vasp, que devem começar a ser desmontadas nas próximas semanas.

A partir da próxima semana, começam a ser vendidas também cerca de 80 mil peças de Boeings e Airbus que pertenciam ao parque de manutenção que a Vasp mantinha no aeroporto. Há desde arruelas de vedação e parafusos aeronáuticos até mesas de refeição, asas e turbinas. Nesse caso as peças não serão vendidas em lotes.

O desmonte e leilão dos aviões, bem como a venda das peças, fazem parte de um programa do CNJ que tem como objetivo remover dos aeroportos toda a sucata de aviões pertencentes a empresas aéreas que faliram nos últimos anos e que ainda ocupam espaços nos terminais.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DÓLAR FECHA SEMANA COTADO A R$ 1,717



O
 dólar comercial fechou em baixa na sexta-feira (3), mesmo depois de o Banco Central ter realizado um leilão de compra da moeda norte-americana no mercado a termo. Segundo operadores, a queda foi puxada porque o país continua recebendo intenso fluxo de moeda estrangeira, com a melhora no cenário internacional.

A moeda norte-americana registrou queda de 0,27%, cotada a R$ 1,717. É o menor valor desde 31 de outubro de 2010 (quando valia R$ 1,703). No acumulado da semana, as perdas foram de 1,24%. No ano, a desvalorização já chega a 8,1%.

Na manhã da sexta-feira, a autoridade monetária anunciou o leilão de compra de dólares a termo, semelhante à compra de moeda no mercado à vista. A diferença se dá na data de liquidação: as compras a termo têm liquidação futura, definida no momento do anúncio, enquanto as aquisições à vista são fechadas em dois dias úteis.

Uma ação do BC no mercado era esperada pelos agentes econômicos, já que a moeda norte-americana tem se desvalorizado muito nas últimas semanas.

A liquidação da operação de sexta-feira ocorrerá em 20 de março de 2012 e o BC definiu como taxa de corte de R$ 1,738. Foi a primeira intervenção da autoridade monetária no mercado de câmbio neste ano e a primeira operação desse tipo desde 26 de julho de 2011.

Após a operação do BC, o dólar chegou a subir, mas a cotação ficou volátil após a divulgação de dados melhores do que o esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. A economia norte-americana registrou a maior geração de empregos dos últimos nove meses em janeiro e a taxa de desemprego do país caiu a 8,3%, o menor patamar em quase três anos, segundo informou o Departamento de Trabalho do país.

Para alguns profissionais do mercado, o BC pode precisar ser mais incisivo se quer mesmo manter a taxa de câmbio acima do patamar de R$ 1,70, considerado um "piso informal" para a cotação. A perspectiva de novas entradas de recursos estrangeiros diante da recuperação do apetite por risco internacional favorece um dólar mais enfraquecido.

"O dólar vai continuar pressionado, porque o momento é de otimismo", disse o gerente de câmbio da SLW Corretora, Pedro Galdi. Ele apontou como sinal da forte entrada de recursos estrangeiros no Brasil, o giro financeiro elevado que a Bovespa vem apresentando nos últimos dias.

"Os investidores vão aplicar o dinheiro nos países emergentes e o Brasil, com [taxas de] renda fixa elevada e bolsa subvalorizada, é um destino privilegiado", afirmou Galdi 

Segundo dados do BC, até o dia 27 passado, as entradas líquidas de dólares no país estavam em US$ 6,5 bilhões em janeiro, já a maior cifra desde setembro fechado, quando o superávit havia ficado em US$ 8,484 bilhões.

IOF DE NOVO
A equipe econômica considera que ainda não são necessárias mais medidas para evitar um fortalecimento maior do real. Mesmo assim, caso isso ocorra, uma das principais possibilidades é fazer um novo ajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações com derivativos cambais.

Apesar disso, o governo sabe que o país continuará recebendo fortes fluxos cambais. Isso porque, entre outros, o Federal Reserve (banco central dos EUA) anunciou, na semana passada, que vai manter as taxas de juros em níveis "excepcionalmente baixas" pelo menos até o final de 2014.

Isso torna as aplicações no Brasil bem mais atraentes, mesmo com possíveis barreiras tributárias maiores. Hoje, a taxa básica de juros do Brasil está em 10,50% ao ano, uma das mais elevadas do mundo e que serve de referência para remuneração de algumas aplicações.

No final de julho passado, um dia depois de o BC realizar seu último leilão a termo do ano passado, o governo anunciou uma taxação sobre as exposições em derivativos cambiais, feitas tanto por instituições financeiras quanto pessoas físicas, em um esforço para reduzir as apostas contra o dólar e conter a valorização do real. Naquele momento, o dólar estava cotado próximo a R$ 1,55.

Com informações da Reuters

sábado, 4 de fevereiro de 2012

TST GARANTE PERCENTUAL DE HORAS EXTRAS EM VALOR SUPERIOR AO MÍNIMO LEGAL



O
 empregador não pode reduzir o percentual do adicional de horas extras pago por vários anos em valor superior ao mínimo legal sem a concordância do trabalhador ou a existência de negociação coletiva. Por essa razão, a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) contra a obrigação de ter que pagar a empregado o adicional de horas extras com base no percentual de 70%, como vinha fazendo há mais de 15 anos.

O relator dos embargos, ministro Augusto César Leite de Carvalho, explicou que a redução do percentual do adicional de horas extras para o limite legal de 50% pretendido pela autarquia não pode ocorrer por ato unilateral do empregador, sem a anuência do trabalhador, pois o artigo 468 da CLT só permite alterações contratuais por mútuo consentimento e desde que não causem prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade do ato. Como o instituto é uma autarquia estadual, integrante da administração pública indireta, que se submete às normas trabalhistas, e os contratos com os empregados são regidos pela CLT, o princípio da inalterabilidade contratual lesiva deve ser aplicado ao caso, afirmou o ministro.

Durante o julgamento na SDI-1, o ministro Horácio Senna Pires divergiu do relator e defendeu a possibilidade de redução do adicional por entender que o pagamento no percentual de 70% ocorreu por liberalidade do empregador, e não se incorporava ao salário do empregado. Seguiram a divergência os ministros João Batista Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga e a vice-presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, mas, por maioria de votos, venceu a tese do relator.

Segundo o ministro Augusto César, o artigo 7º, inciso XVI, da Constituição da República fixa o percentual mínimo do adicional de horas extras, mas não há restrição ao pagamento em percentual superior por iniciativa do empregador, como aconteceu no processo examinado. Na avaliação do relator, portanto, o percentual maior já havia sido incorporado ao contrato de trabalho para todos os efeitos, e sua redução era nula, uma vez que não houve anuência do trabalhador nem pacto coletivo que justificasse a alteração.

As diferenças do adicional foram deferidas pela Quarta Turma do TST. No julgamento do recurso de revista, a Turma reformou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) no sentido de que o adicional previsto em lei não poderia ter sido aumentado pelo administrador público, pois haveria afronta ao princípio constitucional da legalidade. A Turma, na ocasião, concluiu que o caso não tratava da existência ou não de amparo legal para a concessão do adicional de 70%, e sim da existência de prejuízo para o trabalhador, que sofreu redução salarial com o pagamento do adicional no percentual de 50%.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

BRASIL BATE RECORDE NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO EM 2011


Plataforma da Petrobras localizada em alto-mar
na bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro

Com informações de Denise Luna da Folha - RJ

A
 produção de petróleo e gás natural foi recorde no Brasil em 2011, segundo dados da ANP - Agência Nacional do Petróleo.

Durante todo o ano passado foram produzidos 768 milhões de barris de petróleo e 24 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

A média diária de petróleo também foi recorde, em 2,104 milhões de barris de petróleo, alta de 2,4% em relação ao ano anterior, quando foram produzidos em média 2,054 barris diários.

Somando o petróleo e o gás natural, a produção foi de 919 milhões de barris de óleo equivalente, com uma média de produção diária de 2,52 milhões de barris de óleo equivalente, contra os 2,45 milhões registrados em 2010, acréscimo de 2,8%.

Segundo os dados da ANP, a bacia de Campos (RJ) perdeu espaço de um ano para outro, passando de 85,5% da produção total em 2010 para 83,4% em 2011. Em contrapartida, a bacia de Santos (SP) ganhou destaque com o início da produção do campo de Lula, saindo de uma participação de 2,7% em 2010 para 5,8% em 2011 sobre o total da produção do país.

Dois poços localizados no campo de Lula, no pré-sal da bacia de Santos, fecharam o ano como maiores produtores brasileiros. O poço 9BRSA716RJS teve produção diária de 26,3 mil barris, e o 3BRSA496RJS, de 25,4 mil b/d. Com isso, o Estado de São Paulo fechou o ano em quinto lugar entre os maiores produtores, duas posições a mais do que há um ano.

A ANP infomou ainda que a queima de gás natural teve uma redução de 27% em 2011 contra 2010. Em média foram queimados 4,8 milhões de metros cúbicos diários em 2011, contra média de 6,6 milhões de metros cúbicos de 2010.

Marcelo Sayão - 12.mai.11/Efe

Plataforma da Petrobras localizada em alto-mar na bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro

DEZEMBRO
A produção de petróleo e gás natural também foi recorde em dezembro de 2011, atingindo média de 2,663 milhões de barris de óleo equivalente diários, sendo 2,214 milhões de barris de petróleo e 71 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Em comparação com dezembro do ano passado, o crescimento da produção de petróleo foi da ordem de 1,6% e de gás natural de 3,1%, informou a ANP.

Em dezembro do ano passado, 25 empresas estavam produzindo no país, em 306 concessões, sendo 78 concessões marítimas e 228 terrestres. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TEMPORADA 2012 DO “IMPOSTO DE RENDA” COMEÇA EM MARÇO



E
m 1º de março começa a temporada de prestação de contas com a Receita Federal. Como fevereiro é um mês mais curto, de volta às aulas e até preparação para o Carnaval, é importante incluir na “agenda” a preparação para o acerto de contas com o leão.

DOCUMENTAÇÃO
O primeiro passo para evitar erros e atrasos na entrega é começar a juntar os documentos a serem apresentados na declaração. Os principais são:

·        Comprovante de rendimentos;
·        Comprovantes de despesas do Livro Caixa (para prestadores de serviços autônomos);
·        Recibos e notas fiscais relativos a serviços médicos, dentistas, fisioterapeutas, dentre outros da área da saúde;
·        Comprovantes de pagamento a instituições de ensino regular; comprovantes de pagamentos à previdência privada e oficial; comprovantes de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, Audiovisuais, dentre outros).
·
IR 2012
A temporada de entregada da declaração do IR 2012 deve acontecer entre 1º de março e 30 de abril e somente serão considerados os valores pagos e recebidos até 31 de dezembro de 2011.

As regras para a entrega da declaração deste ano ainda não foram divulgadas, mas, seguindo o reajuste de 4,5% da tabela progressiva do IR, devem estar obrigados a declarar, entre outras exigências, os contribuintes que, ao longo de 2011, tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 23.499,17.

No que diz respeito às deduções, estas passam a ser de R$ 1.889,65 por dependente, R$ 2.958,22 com educação e R$ 847,07 nas contribuições de trabalho doméstico para a Previdência Social.

Na última declaração estes valores eram de R$ 1.808,28; R$ 2.830,84 e de R$ 810,60, respectivamente. Estes números, no entanto, assim como as datas, ainda precisam ser confirmados pela IN da Receita.

ATENÇÃO ÀS FRAUDES
Com a proximidade da temporada de entrega da declaração, é comum a ação de fraudadores, em busca de dados pessoais, bancários e fiscais dos contribuintes. Neste caso, a Receita Federal do Brasil adverte que não envia aos contribuintes e-mails nem intimações para regularização de dados cadastrais.

O órgão alerta para que os contribuintes se mantenham atentos!

Com informações InfoMoney

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

DIVULGADA LISTA DE MONTADORAS LIVRES DE IPI



O
 Governo brasileiro divulgou ontem (terça-feira, 31) a lista definitiva das 18 montadoras que estão livres do pagamento de imposto mais alto na produção de veículos até dezembro deste ano, por cumprirem regras de produção nacional e investimento. A lista anterior era provisória e só garantia o benefício fiscal até o dia 1º de fevereiro.


As montadoras são as seguintes:


— Agrale
— Caoa (Hyundai)
— Fiat
— Ford
— GM
— Honda
— Iveco
— MAN
— Mercedes-Benz
— MMC
— Nissan
— Peugeot
— Renault
— Scania
— Toyota
— Volkswagen
— Volvo
— International Indústria Automotiva da América do Sul

De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União, edição de 31 de janeiro de 2012, essas são as empresas que cumprem os requisitos mínimos de produção nacional e investimento em inovação, exigidos pelo governo, para conceder o benefício de redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os veículos fabricados em qualquer de seus estabelecimentos industriais ou importados do Mercosul e México.

Empresas não enquadradas, o que inclui principalmente fabricantes chineses e de carros de luxo, pagam imposto 30 pontos porcentuais maior desde dezembro do ano passado.

De acordo com a portaria publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as empresas habilitadas ainda estão sujeitas à verificação do cumprimento dos requisitos exigidos, bem como ao cancelamento da habilitação definitiva.

Para pagar imposto menor, as empresas devem ter conteúdo nacional acima de 65%, realizar ao menos seis de 11 etapas da fabricação de veículos no País e investir 0,5% do faturamento líquido em pesquisa e desenvolvimento.

Para essas empresas, as alíquotas de IPI para veículos variam de 7% a 25%, dependendo do modelo e potência do automóvel. Montadoras que não cumprem as exigências pagam imposto maior, que varia de 37% a 55%, dependendo das cilindradas.

O aumento do tributo vale até dezembro de 2012 e faz parte do plano de estímulo à indústria "Brasil Maior".

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

VENDA DE CARROS TERÁ O MELHOR JANEIRO DA HISTÓRIA


Venda de veículos bateu recorde em janeiro com GM liderando


A
s vendas de carros e comerciais leves vão bater um novo recorde em janeiro. As vendas diárias até a última sexta-feira já são consideradas as melhores da história para o primeiro mês do ano: foram vendidos nos 20 primeiros dias úteis do mês 11.250 unidades por dia, contra 10.946 de janeiro do ano passado.

Faltando um dia útil para encerrar o mês, hoje, as vendas já atingiram 225 mil unidades, e podem chegar a 255 mil até quarta-feira, com 11,5 mil/dia. Mesmo que não atingir esse número, já é certo que este será o melhor janeiro da história.

A previsão de crescimento em relação a janeiro do ano passado - com base nas vendas até sexta-feira - é de cerca de 10%.

Como em todo mês de janeiro, o ranking por marcas está tendo mudanças importantes. A principal delas é a queda da Fiat e a liderança da GM.

Líder pelo décimo ano consecutivo no ano passado, a Fiat está parcialmente na terceira posição, atrás da Volks, segunda colocada, e da GM, que é a líder até aqui, com 21,1% de participação.

Outra mudança em relação ao ano passado é o crescimento da Nissan, que deve fechar o mês na sexta posição. Em 2011 foi a décima segunda colocada. Mudança também entre as duas principais chinesas, que mudaram de posição: 14ª colocada, a Chery está na frente da JAC.

Os números são parciais. O balanço do mês será anunciado quinta-feira.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

IPADS PRODUZIDOS NO BRASIL TERÁ INCENTIVO FISCAL


Portaria publicada no Diário Oficial da União habilita a empresa a se beneficiar das isenções ficais previstas no PPB para produção de tablets.

P
ortaria interministerial, assinada pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que, na última terça (24), passou o cargo para Marco Antonio Raupp e assumiu o ministério da Educação, habilita a FOXCONN a produzir equipamentos no Brasil com os incentivos fiscais previstos no PPB dos tablets. A publicação foi publicada no Diário Oficial da União.

Estão isentos de impostos, de acordo com a portaria 34/2012, acessórios, sobressalentes, ferramentas, manuais de operação, e cabos para interconexão e de alimentação que, em quantidade normal, que acompanhem os tablets. Da mesma forma, ficam asseguradas a manutenção e utilização do crédito do IPI para as matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados na industrialização dos equipamentos.

A Medida Provisória (MP), concedendo os incentivos aos tablet nacional foi aprovada em setembro de 2011 pelo Senado Federal e sancionada em outubro pela presidente Dilma Roussef. Desonera a cobrança de PIS/COFINS e pode isentar outros impostos, dependendo dos governos estaduais e municipais.

Tão logo as regras foram publicadas no DOU, 15 fabricantes apresentaram pedido para montagem local desse tipo de equipamento com isenção fiscal. Os seis primeiros a terem seus tablets enquadrados no novo Processo Produtivo Básico (PPB) foram as nacionais MXT (MG), AIOX (SC), Positivo (PR) e as multinacionais, Samsung, Motorola e a Envision (empresa espanhola).

De lá para cá, outras quatro empresas tiveram o PPB aprovado. A elas se junta agora a Foxconn, fabricante do iPad para a Apple, na China, e que há meses vem negociando com o governo brasileiro o início de produção do tablet da Apple na fábrica que a empresa tem no Brasil, ou em outra que pretende abrir. No fim de outubro de 2011, em visita ao Brasil, o presidente da Foxconn, Terry Gou, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff e reforçou interesse da indústria de se instalar aqui. Gou informou que a companhia está disposta a investir 12 bilhões de dólares no País em quatro ou seis anos, dependendo do apoio local a ser recebido.

Note que a portaria não especifica o equipamento. O iPad é o modelo mais provável para produção nacional, mas é bom lembrar que a Foxconn também é responsável pela fabricação de vários modelos do Kindle, da Amazon. Pelas regras da legislação brasileira, a Foxconn tem até julho para iniciar a produção de tablets no país. Se não o fizer nesse período, perde os benefícios fiscais.

A empresa terá redução de 95% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na fabricação do produto até 2014 e terá que cumprir as especificações do Processo Produtivo Básico (PPB) estabelecido pela Portaria Interministerial nº 126, de 31 de maio de 2011. Em contrapartida, terá de investir 4% do faturamento líquido (faturamento bruto menos os impostos) em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

O PPB representa o conjunto mínimo de etapas que caracterizam a industrialização local de determinado produto, que deve ser atendido para a empresa ter direito aos benefícios tributários concedidos às empresas da Zona Franca de Manaus e às que produzem bens de informática e automação com os incentivos fiscais da Lei de Informática (Lei nº 8.248/91), instaladas em qualquer parte do país. Também é contrapartida a ser cumprida para a isenção do PIS/Cofins, conforme a Medida Provisória nº 534/2011, que incluiu os tablets na Lei do Bem (Lei nº 11.196/05).

domingo, 29 de janeiro de 2012

EUA REJEITAM CARGAS DE SUCO DE LARANJA BRASILEIRO


 Com informações da Folha

O
s EUA identificaram cinco cargas de suco de laranja brasileiro com teor acima do permitido de um produto usado para combater doenças nas plantações. O fungicida carbendazim é liberado no Brasil, mas não em solo americano.

De 80 navios de suco de laranja testados pela FDA - responsável por monitorar alimentos e medicamentos no país -, 11 apontaram presença de carbendazim acima do permitido pelos EUA, de 10 partes por bilhão. A agência também divulgou que 29 cargas passaram no teste, sendo duas do Brasil. Os demais resultados ainda devem ser divulgados.

Das 11, cinco cargas eram do Brasil e seis do Canadá, que também importa suco brasileiro. Para as cargas recusadas pela FDA, o importador tem 90 dias para exportar ou destruir o produto. Cada carga representa um navio, que pode transportar entre 15 mil e 40 mil toneladas do produto.

O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo e cerca de 15% dos embarques tem como destino os EUA.

TESTES
O governo dos EUA anunciou em 10 de janeiro que iria testar o suco de laranja importado do Brasil para checar a presença do fungicida.

A medida foi formalizada em carta à indústria americana 13 dias após receber o alerta de uma empresa local que detectara níveis baixos do pesticida carbendazim em suco brasileiro.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ITAÚ E SANTANDER LIDERAM RECLAMAÇÕES NO BANCO CENTRAL


 Com informações da Folha – São Paulo

O
 Itaú liderou as reclamações registradas pelo Banco Central contra instituições financeiras em dezembro, com 223 queixas procedentes.

De acordo com o BC, o índice de queixas - número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100.000 - foi 0,98.

Em segundo lugar aparece o Santander, com índice igual a 0,65 e 150 queixas procedentes em dezembro.

Na sequencia vêm Banco do Brasil (205 reclamações e índice 0,65), Bradesco (187 e 0,58) e o HSBC (18 queixas procedentes e índice igual a 0,37).

Em novembro, o Santander ocupava o primeiro lugar, seguido por Itaú, Banco do Brasil, HSBC e Bradesco.

Em dezembro de 2010, o Itaú encabeçava a lista, e o Santander aparecia na última posição. O segundo lugar era do Banco do Brasil, seguido por Bradesco e Caixa Econômica Federal, que desde março não está entre as cinco maiores instituições que têm mais queixas procedentes registradas no Banco Central.

DÉBITO E TARIFA
As principais reclamações procedentes dos clientes são contra débitos não autorizados (232) e cobrança irregular de tarifas e serviços não contratados (165).

Também têm destaque as reclamações sobre esclarecimentos incompletos (93), cobrança irregular de cartão de crédito (90), descumprimento de pazo (87) e operações não reconhecidas (60).

OUTRO LADO
O Itaú-Unibanco informou que as reclamações intermediadas pelo Banco Central são tratadas com atenção, visando a solução consensual junto ao consumidor. "As demandas são objeto de análise para aprendizado e melhoria de nossos produtos, procedimentos e comunicação", informou. O banco cita, entre outros, a agilização da renegociação de débitos como exemplo de melhorias feitas com base em opiniões dos clientes.

"A posição do Itaú Unibanco no ranking demonstra que devemos continuar investindo nossos esforços para que o cliente possa solucionar, cada vez mais, suas demandas junto à própria instituição", disse, em nota. Segundo o Itaú, se o cliente com alguma queixa não conseguir resolvê-la por Centrais de Atendimento, SAC - Serviço de Apoio ao Cliente (0800 728 0728), internet (www.itau.com.br) ou na agência, podem recorrer à ouvidoria do banco (0800 570 0011).

O Santander disse que reforça seu compromisso com o atendimento e transparência na comunicação com seus clientes. "O banco ressalta que as reclamações recebidas são tratadas com prioridade e consideradas oportunidades, permitindo correções e melhorias nos serviços", disse, em nota.

Segundo o Santander, manifestações de clientes são subsídios importantes para a revisão e adequação de procedimentos e atendimento. "Temos vários fóruns internos que analisam as demandas e propõem alterações para alcançarmos a excelência no atendimento."

O Bradesco disse que reduzir os índices de reclamação é objetivo permanente do banco. "Todos os apontamentos feitos são acompanhados de perto pela ouvidoria do banco, que sempre esclarece a manifestação ao cliente ou usuário", disse, em nota. "O Banco toma ainda as medidas necessárias com as áreas internas envolvidas a fim de aperfeiçoar cada vez mais a qualidade do atendimento."

O Banco do Brasil disse que, desde meados de 2011, vem apresentando melhora significativa dos índices relativos ao ranking do Banco Central e que os números de dezembro apontam uma redução se comparado a novembro. "A meta do BB para junho de 2012 é não constar do ranking. Para tanto, a partir de análise qualitativa das demandas dos consumidores, vem trabalhando fortemente as melhorias nos processos, produtos, serviços e canais do banco", informou.

"É importante observar que o índice do BB é ainda melhor (0,37) quando considerada toda a base de clientes do Banco (55 milhões) e não somente a considerada para o Fundo Garantido de Crédito (32 milhões)", diz a nota.

O HSBC não quis comentar.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MILIONÁRIOS PERDEM FORTUNAS POR FALTA DE PLANEJAMENTO


 Matheus Lombardi
Do UOL, em São Paulo

Q
uem nunca sonhou em ganhar uma bolada na loteria, como aconteceu com a personagem Griselda (Lília Cabral), na novela "Fina Estampa"? Sim, é preciso ter sorte. Mesmo para os sortudos, porém, o planejamento é essencial. Afinal, a quantia ganha, mesmo que seja alta, pode acabar.

Ganhar muito e depois perder tudo é menos raro do que se imagina. Artistas como Marvin Gaye, esportistas como Mike Tyson e bilionários como Sean Quinn, que já foi o homem mais rico da Irlanda, pediram falência após ganhar milhões.

Bancos e empresas especializadas em planejamento financeiro oferecem assessoria a pessoas que ganham muito dinheiro de uma hora para outra - como jogadores de futebol, artistas e até mesmo vencedores da loteria.

"Cuidar do dinheiro é tão importante quanto cuidar da saúde. O planejador financeiro cuida dos investimentos e ajuda a garantir uma maior tranquilidade financeira para os clientes", afirma o planejador financeiro familiar Augusto Sabóia.

GUARDAR O DINHEIRO E PENSAR COM CALMA
Para a planejadora financeira Myrian Lund, quem ganha muito dinheiro de forma inesperada ou muito rápido deve guardar antes de traçar metas.

"Quando surge uma quantia alta de dinheiro, a primeira coisa a fazer é depositar esse dinheiro em um banco. Além de ter liquidez, você pode pensar por um tempo maior nas metas de curto, médio e longo prazo", disse.

Se a idéia for separar uma parte do dinheiro para aproveitar ou viajar, isso também deve ser feito de forma organizada.

"É possível pegar 10% ou 20% do dinheiro recebido e viajar ou fazer alguma extravagância. O problema é quando a pessoa gasta mais do que deveria com isso", diz Lund.

PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO É O SEGREDO
O segredo do sucesso nos investimentos é não pensar apenas no dia seguinte, segundo Sabóia.

“As pessoas precisam ter noção de que o tempo de vida esticou muito nos últimos anos, com os avanços na medicina. O planejamento tem de ser feito visando uma vida muito mais longa do que a de nossos pais e avós”, disse.

A dica vale também para quem quer ter uma vida financeira tranquila na velhice. Sabóia afirma que um jovem que mora com os pais deve tentar economizar pelo menos 50% do salário pensando no futuro.

"Economizar é sempre importante. Não pode sair por aí gastando tudo o que ganha. Quem faz isso terá dificuldades na velhice”, afirmou.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

QUANTO CUSTA MANTER UM CARRO?


Túlio Moreira
MotorDream

D
ominados pela ansiedade de comprar um carro, muitos consumidores acabam adquirindo um veículo sem ponderar sobre os gastos decorrentes da manutenção do bem. Ao contrário de uma casa, o automóvel não oferece retorno financeiro a longo prazo, já que sua desvalorização começa imediatamente após a compra. Além disso, será preciso gastar com revisões, reparos e combustível. A vantagem – que compensa todos os aspectos negativos – é ter mais comodidade e rapidez na hora de se deslocar, além, claro, do prazer em dirigir.

Com algumas dicas, no entanto, é possível minimizar os custos e usufruir apenas dos benefícios de ter um carro. Se você faz parte dos cerca de 40% de consumidores brasileiros que optam por pagar à vista, pode sair ganhando logo no momento de aquisição do veículo. É possível negociar com a concessionária e obter um bom desconto. Isso se o comprador estiver disposto a pechinchar muito. O ideal é apresentar uma proposta que seja benéfica ao bolso e insistir com o vendedor. Se a loja se recusar a flexibilizar o preço, é hora de partir para a concorrência.

Para quem compra o carro por meio de financiamento ou consórcio, a dica é prestar bastante atenção em todas as condições do acordo. As taxas que serão praticadas mensalmente e os juros que incidirão caso o pagamento seja atrasado. Além disso, é preciso saber qual será o valor final do veículo financiado, já que, a longo prazo, o consumidor irá pagar muito mais por aquele carro do que se conseguissem adquiri-lo à vista.

Mas os gastos estão longe de acabar. Depois é a hora de negociar o seguro. Vale à pena pesquisar quais modelos e marcas têm as apólices mais baratas e também questionar quais situações serão amparadas pela seguradora. As tarifas de seguro também dependem do local onde o cliente vive, do segmento a que pertence o carro e até mesmo do perfil do condutor – históricos repletos de acidentes costumam encarecer a conta final.

O passo seguinte é o consumo de combustível. Além de descobrir os dados de consumo do modelo em voga, é necessário ter uma ideia de quantos quilômetros diários você irá percorrer. Assim, será possível ter uma noção aproximada dos gastos mensais com combustível, que também dependerão da variação de preços dos combustíveis. Para quem compra um flex, é preciso prestar atenção em um detalhe: o etanol só é vantajoso se custar até 70% do preço da gasolina, pois os dois combustíveis oferecem desempenho e médias diferentes.

O motorista que acaba de adquirir um automóvel logo descobre também que terá que gastar uma quantia significativa de dinheiro para manter a sua aquisição em condições ideais de rodagem. Na verdade, é algo que deve ser observado antes mesmo da compra: os custos e as condições de revisões divulgadas pela rede de distribuidores de cada marca. A dica é seguir o que está indicado no manual do proprietário e respeitar os prazos estipulados entre cada revisão. Pode sair caro, mas com certeza será mais barato do que arcar com o prejuízo de não deixar o carro em dia com o mecânico.

Um detalhe importante que deve ser conferido por quem planeja comprar um carro usado é observar as condições de rodagem do veículo, já que problemas ocultos podem aparecer apenas depois de acertar o pagamento. Também é recomendável cobrar do proprietário anterior os comprovantes de que todas as revisões do automóvel foram feitas no tempo certo, o que influencia para a manutenção da garantia original de fábrica.

Por fim, é necessário ter conhecimento sobre o índice de depreciação de cada modelo. Isso é fundamental para ter uma noção sobre a desvalorização que seu investimento irá sofrer nos próximos anos. A partir do momento em que o carro é retirado da concessionária, já começa a perder valor. Mas alguns fatores influenciam para que o nível de desvalorização seja maior ou menor, como o posicionamento da marca no mercado e a perspectiva de lançamento de novas versões. Depois de seguir à risca todas essas dicas, é hora de levar o carro para rua e curtir os prazeres de se ter um automóvel.

Colaborou: AutoCosmos/México