domingo, 29 de janeiro de 2012

EUA REJEITAM CARGAS DE SUCO DE LARANJA BRASILEIRO


 Com informações da Folha

O
s EUA identificaram cinco cargas de suco de laranja brasileiro com teor acima do permitido de um produto usado para combater doenças nas plantações. O fungicida carbendazim é liberado no Brasil, mas não em solo americano.

De 80 navios de suco de laranja testados pela FDA - responsável por monitorar alimentos e medicamentos no país -, 11 apontaram presença de carbendazim acima do permitido pelos EUA, de 10 partes por bilhão. A agência também divulgou que 29 cargas passaram no teste, sendo duas do Brasil. Os demais resultados ainda devem ser divulgados.

Das 11, cinco cargas eram do Brasil e seis do Canadá, que também importa suco brasileiro. Para as cargas recusadas pela FDA, o importador tem 90 dias para exportar ou destruir o produto. Cada carga representa um navio, que pode transportar entre 15 mil e 40 mil toneladas do produto.

O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo e cerca de 15% dos embarques tem como destino os EUA.

TESTES
O governo dos EUA anunciou em 10 de janeiro que iria testar o suco de laranja importado do Brasil para checar a presença do fungicida.

A medida foi formalizada em carta à indústria americana 13 dias após receber o alerta de uma empresa local que detectara níveis baixos do pesticida carbendazim em suco brasileiro.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ITAÚ E SANTANDER LIDERAM RECLAMAÇÕES NO BANCO CENTRAL


 Com informações da Folha – São Paulo

O
 Itaú liderou as reclamações registradas pelo Banco Central contra instituições financeiras em dezembro, com 223 queixas procedentes.

De acordo com o BC, o índice de queixas - número de reclamações dividido pelo número de clientes e multiplicado por 100.000 - foi 0,98.

Em segundo lugar aparece o Santander, com índice igual a 0,65 e 150 queixas procedentes em dezembro.

Na sequencia vêm Banco do Brasil (205 reclamações e índice 0,65), Bradesco (187 e 0,58) e o HSBC (18 queixas procedentes e índice igual a 0,37).

Em novembro, o Santander ocupava o primeiro lugar, seguido por Itaú, Banco do Brasil, HSBC e Bradesco.

Em dezembro de 2010, o Itaú encabeçava a lista, e o Santander aparecia na última posição. O segundo lugar era do Banco do Brasil, seguido por Bradesco e Caixa Econômica Federal, que desde março não está entre as cinco maiores instituições que têm mais queixas procedentes registradas no Banco Central.

DÉBITO E TARIFA
As principais reclamações procedentes dos clientes são contra débitos não autorizados (232) e cobrança irregular de tarifas e serviços não contratados (165).

Também têm destaque as reclamações sobre esclarecimentos incompletos (93), cobrança irregular de cartão de crédito (90), descumprimento de pazo (87) e operações não reconhecidas (60).

OUTRO LADO
O Itaú-Unibanco informou que as reclamações intermediadas pelo Banco Central são tratadas com atenção, visando a solução consensual junto ao consumidor. "As demandas são objeto de análise para aprendizado e melhoria de nossos produtos, procedimentos e comunicação", informou. O banco cita, entre outros, a agilização da renegociação de débitos como exemplo de melhorias feitas com base em opiniões dos clientes.

"A posição do Itaú Unibanco no ranking demonstra que devemos continuar investindo nossos esforços para que o cliente possa solucionar, cada vez mais, suas demandas junto à própria instituição", disse, em nota. Segundo o Itaú, se o cliente com alguma queixa não conseguir resolvê-la por Centrais de Atendimento, SAC - Serviço de Apoio ao Cliente (0800 728 0728), internet (www.itau.com.br) ou na agência, podem recorrer à ouvidoria do banco (0800 570 0011).

O Santander disse que reforça seu compromisso com o atendimento e transparência na comunicação com seus clientes. "O banco ressalta que as reclamações recebidas são tratadas com prioridade e consideradas oportunidades, permitindo correções e melhorias nos serviços", disse, em nota.

Segundo o Santander, manifestações de clientes são subsídios importantes para a revisão e adequação de procedimentos e atendimento. "Temos vários fóruns internos que analisam as demandas e propõem alterações para alcançarmos a excelência no atendimento."

O Bradesco disse que reduzir os índices de reclamação é objetivo permanente do banco. "Todos os apontamentos feitos são acompanhados de perto pela ouvidoria do banco, que sempre esclarece a manifestação ao cliente ou usuário", disse, em nota. "O Banco toma ainda as medidas necessárias com as áreas internas envolvidas a fim de aperfeiçoar cada vez mais a qualidade do atendimento."

O Banco do Brasil disse que, desde meados de 2011, vem apresentando melhora significativa dos índices relativos ao ranking do Banco Central e que os números de dezembro apontam uma redução se comparado a novembro. "A meta do BB para junho de 2012 é não constar do ranking. Para tanto, a partir de análise qualitativa das demandas dos consumidores, vem trabalhando fortemente as melhorias nos processos, produtos, serviços e canais do banco", informou.

"É importante observar que o índice do BB é ainda melhor (0,37) quando considerada toda a base de clientes do Banco (55 milhões) e não somente a considerada para o Fundo Garantido de Crédito (32 milhões)", diz a nota.

O HSBC não quis comentar.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MILIONÁRIOS PERDEM FORTUNAS POR FALTA DE PLANEJAMENTO


 Matheus Lombardi
Do UOL, em São Paulo

Q
uem nunca sonhou em ganhar uma bolada na loteria, como aconteceu com a personagem Griselda (Lília Cabral), na novela "Fina Estampa"? Sim, é preciso ter sorte. Mesmo para os sortudos, porém, o planejamento é essencial. Afinal, a quantia ganha, mesmo que seja alta, pode acabar.

Ganhar muito e depois perder tudo é menos raro do que se imagina. Artistas como Marvin Gaye, esportistas como Mike Tyson e bilionários como Sean Quinn, que já foi o homem mais rico da Irlanda, pediram falência após ganhar milhões.

Bancos e empresas especializadas em planejamento financeiro oferecem assessoria a pessoas que ganham muito dinheiro de uma hora para outra - como jogadores de futebol, artistas e até mesmo vencedores da loteria.

"Cuidar do dinheiro é tão importante quanto cuidar da saúde. O planejador financeiro cuida dos investimentos e ajuda a garantir uma maior tranquilidade financeira para os clientes", afirma o planejador financeiro familiar Augusto Sabóia.

GUARDAR O DINHEIRO E PENSAR COM CALMA
Para a planejadora financeira Myrian Lund, quem ganha muito dinheiro de forma inesperada ou muito rápido deve guardar antes de traçar metas.

"Quando surge uma quantia alta de dinheiro, a primeira coisa a fazer é depositar esse dinheiro em um banco. Além de ter liquidez, você pode pensar por um tempo maior nas metas de curto, médio e longo prazo", disse.

Se a idéia for separar uma parte do dinheiro para aproveitar ou viajar, isso também deve ser feito de forma organizada.

"É possível pegar 10% ou 20% do dinheiro recebido e viajar ou fazer alguma extravagância. O problema é quando a pessoa gasta mais do que deveria com isso", diz Lund.

PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO É O SEGREDO
O segredo do sucesso nos investimentos é não pensar apenas no dia seguinte, segundo Sabóia.

“As pessoas precisam ter noção de que o tempo de vida esticou muito nos últimos anos, com os avanços na medicina. O planejamento tem de ser feito visando uma vida muito mais longa do que a de nossos pais e avós”, disse.

A dica vale também para quem quer ter uma vida financeira tranquila na velhice. Sabóia afirma que um jovem que mora com os pais deve tentar economizar pelo menos 50% do salário pensando no futuro.

"Economizar é sempre importante. Não pode sair por aí gastando tudo o que ganha. Quem faz isso terá dificuldades na velhice”, afirmou.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

QUANTO CUSTA MANTER UM CARRO?


Túlio Moreira
MotorDream

D
ominados pela ansiedade de comprar um carro, muitos consumidores acabam adquirindo um veículo sem ponderar sobre os gastos decorrentes da manutenção do bem. Ao contrário de uma casa, o automóvel não oferece retorno financeiro a longo prazo, já que sua desvalorização começa imediatamente após a compra. Além disso, será preciso gastar com revisões, reparos e combustível. A vantagem – que compensa todos os aspectos negativos – é ter mais comodidade e rapidez na hora de se deslocar, além, claro, do prazer em dirigir.

Com algumas dicas, no entanto, é possível minimizar os custos e usufruir apenas dos benefícios de ter um carro. Se você faz parte dos cerca de 40% de consumidores brasileiros que optam por pagar à vista, pode sair ganhando logo no momento de aquisição do veículo. É possível negociar com a concessionária e obter um bom desconto. Isso se o comprador estiver disposto a pechinchar muito. O ideal é apresentar uma proposta que seja benéfica ao bolso e insistir com o vendedor. Se a loja se recusar a flexibilizar o preço, é hora de partir para a concorrência.

Para quem compra o carro por meio de financiamento ou consórcio, a dica é prestar bastante atenção em todas as condições do acordo. As taxas que serão praticadas mensalmente e os juros que incidirão caso o pagamento seja atrasado. Além disso, é preciso saber qual será o valor final do veículo financiado, já que, a longo prazo, o consumidor irá pagar muito mais por aquele carro do que se conseguissem adquiri-lo à vista.

Mas os gastos estão longe de acabar. Depois é a hora de negociar o seguro. Vale à pena pesquisar quais modelos e marcas têm as apólices mais baratas e também questionar quais situações serão amparadas pela seguradora. As tarifas de seguro também dependem do local onde o cliente vive, do segmento a que pertence o carro e até mesmo do perfil do condutor – históricos repletos de acidentes costumam encarecer a conta final.

O passo seguinte é o consumo de combustível. Além de descobrir os dados de consumo do modelo em voga, é necessário ter uma ideia de quantos quilômetros diários você irá percorrer. Assim, será possível ter uma noção aproximada dos gastos mensais com combustível, que também dependerão da variação de preços dos combustíveis. Para quem compra um flex, é preciso prestar atenção em um detalhe: o etanol só é vantajoso se custar até 70% do preço da gasolina, pois os dois combustíveis oferecem desempenho e médias diferentes.

O motorista que acaba de adquirir um automóvel logo descobre também que terá que gastar uma quantia significativa de dinheiro para manter a sua aquisição em condições ideais de rodagem. Na verdade, é algo que deve ser observado antes mesmo da compra: os custos e as condições de revisões divulgadas pela rede de distribuidores de cada marca. A dica é seguir o que está indicado no manual do proprietário e respeitar os prazos estipulados entre cada revisão. Pode sair caro, mas com certeza será mais barato do que arcar com o prejuízo de não deixar o carro em dia com o mecânico.

Um detalhe importante que deve ser conferido por quem planeja comprar um carro usado é observar as condições de rodagem do veículo, já que problemas ocultos podem aparecer apenas depois de acertar o pagamento. Também é recomendável cobrar do proprietário anterior os comprovantes de que todas as revisões do automóvel foram feitas no tempo certo, o que influencia para a manutenção da garantia original de fábrica.

Por fim, é necessário ter conhecimento sobre o índice de depreciação de cada modelo. Isso é fundamental para ter uma noção sobre a desvalorização que seu investimento irá sofrer nos próximos anos. A partir do momento em que o carro é retirado da concessionária, já começa a perder valor. Mas alguns fatores influenciam para que o nível de desvalorização seja maior ou menor, como o posicionamento da marca no mercado e a perspectiva de lançamento de novas versões. Depois de seguir à risca todas essas dicas, é hora de levar o carro para rua e curtir os prazeres de se ter um automóvel.

Colaborou: AutoCosmos/México

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ÁLCOOL X GASOLINA - ABASTECER COM GASOLINA É MAIS VANTAJOSO



A
té o último sábado, dia 21, em nenhum Estado brasileiro foi vantajoso abastecer com etanol, segundo dados da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

O Estado de São Paulo tem o etanol mais barato do Brasil, com média de R$ 1,887 por litro, com base nos preços praticados na última semana. No entanto, no Estado, a gasolina continua a ser mais vantajosa, saindo, em média, por R$ 2,643 o litro. Já o Estado do Piauí tem o litro da gasolina mais barato, custando R$ 2,57.

Para o uso do etanol ser vantajoso, é preciso que o litro custe menos do que 70% do preço do litro da gasolina. Se a proporção ultrapassar essa porcentagem, abastecer com gasolina torna-se mais apropriado financeiramente.

No geral, das 27 unidades federativas analisadas pela ANP, o preço médio do etanol subiu em 11 Estados e no Distrito Federal na semana encerrada no último dia 21.

Na média nacional, o litro do etanol caiu para R$ 2,034. Já a gasolina aumentou em 10 estados, ficando em R$ 2,742, na média. A proporção do preço do etanol com relação ao da gasolina, na média nacional, foi de 74% na última semana.

Veja, na tabela abaixo, os valores do etanol e da gasolina nas 27 unidades federativas avaliadas pela ANP e a proporção entre os preços dos dois combustíveis.

Levantamento de preços*
Estado   Gasolina   Etanol   Variação  
AcreR$ 3,124R$ 2,50880,28%
AlagoasR$ 2,796R$ 2,26781,08%
AmapáR$ 2,763R$ 2,20279,70%
AmazonasR$ 2,891R$ 2,36181,67%
BahiaR$ 2,787R$ 2,09775,24%
CearáR$ 2,615R$ 2,13281,53%
Distrito FederalR$ 2,834R$ 2,26779,99%
Espírito SantoR$ 2,844R$ 2,45386,25%
GoiásR$ 2,843R$ 1,99570,17%
MaranhãoR$ 2,582R$ 2,21285,67%
Mato GrossoR$ 2,984R$ 2,27676,27%
Mato Grosso do SulR$ 2,709R$ 2,18280,55%
Minas GeraisR$ 2,825R$ 2,20978,19%
ParáR$ 2,824R$ 2,35383,32%
ParaíbaR$ 2,606R$ 2,16483,04%
ParanáR$ 2,700R$ 2,02575%
PernambucoR$ 2,658R$ 2,11379,50%
Piauí R$ 2,570R$ 2,25287,63%
Rio de JaneiroR$ 2,846R$ 2,25479,20%
Rio Grande do NorteR$ 2,702R$ 2,21081,79%
Rio Grande do SulR$ 2,801R$ 2,40885,97%
RondôniaR$ 2,990R$ 2,45982,24%
RoraimaR$ 2,813R$ 2,51689,44%
Santa Catarina R$ 2,754R$ 2,41787,76%
São Paulo R$ 2,643R$ 1,88771,40%
Sergipe R$ 2,737R$ 2,27383,05%
TocantinsR$ 2,933R$ 2,13972,93%
BrasilR$ 2,742R$ 2,03974,18%
Fonte: ANP / * Por litro

Com informações do UOL e Info Money

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SUBIU O ÍNDICE QUE REGULA OS PREÇOS DOS ALUGUEIS IMOBILIÁRIOS


Subiu o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M)
que regula os preços dos alugueis imobiliários


O
 Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu para 0,22% na segunda prévia de janeiro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).  No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi -0,07%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Nos três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,04%, mas a queda foi menos acentuada do que o da prévia anterior, que chegou a -0,38%.

Ainda no segundo decêndio de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,81%, frente ao aumento de 0,59% na segunda prévia de dezembro.  De acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no segundo decêndio de janeiro, variação de 0,6%. No segundo decêndio de dezembro, a taxa foi de 0,43%.

A taxa acumulada do IGP-M é utilizada como base de cálculo para reajuste nos preços dos aluguéis. O IGP-M acumula aumento de 4,5% em 12 meses.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS TERÃO INCREMENTO DE R$ 345 MILHÕES EM CRÉDITO DA CEF



A
 Caixa Econômica Federal vai destinar este ano R$ 345 milhões em crédito para empreendedores individuais, por meio do microcrédito produtivo orientado (Crescer). A operação oferece taxa de juros de 0,64% ao mês e prazo de até 24 meses para pagar.

O empreendedor que tiver interesse em contratar uma operação pode se dirigir a uma agência ou a um dos postos de atendimento do banco, instalados em comunidades atendidas pelo programa.

De acordo com a Caixa, desde setembro do ano passado – quando teve início o programa – a dezembro de 2011, regiões como o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e Heliópolis, em São Paulo, receberam, pelo programa, R$ 5 milhões, em aproximadamente mil contratos. No total, a Caixa concedeu mais de R$ 11 milhões pelo Crescer, desde o início do programa.

Em dezembro de 2011, a Caixa ampliou a atuação para mais três comunidades do Rio de Janeiro: Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, aproveitando o processo de pacificação dos bairros. O primeiro contrato na Rocinha foi firmado no dia 7 de dezembro, no valor de R$ 6 mil, com prazo de pagamento de dez meses.

Segundo a Caixa, a atuação do banco no microcrédito produtivo orientado tem um elemento inovador: a contratação de jovens das próprias comunidades atendidas para atuar como agentes de microcrédito. Em 2011, foram contratados mais de 500 jovens. Para 2012, devem ser selecionados mais 2 mil aprendizes. Com idades entre 18 e 22 anos, os 2,5 mil agentes atuarão na prospecção e orientação dos potenciais tomadores de crédito, com a supervisão direta de empregados da Caixa.

Os recursos do microcrédito produtivo orientado podem ser usados como capital de giro ou para compra de equipamentos e máquinas. O valor máximo do empréstimo é de R$ 15 mil, com prazo de até 24 meses para pagar. A Taxa de Abertura de Crédito (TAC) é de 1% do valor do empréstimo. Atualmente o valor médio concedido aos empreendedores é de R$ 4 mil.

domingo, 22 de janeiro de 2012

SAÚDE ANIMAL É UMA DAS PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DOS EUA, DIZ ASSOCIAÇÃO DE EXPORTADORES DE CARNE SUÍNA


Os norte-americanos aprovaram a aquisição dos
produtos brasileiros e o presidente da Associação
Brasileira da Indústria e Exportadora de Carne
Suína, Paulo Camargo comemorou a aprovação.


O
 presidente da Associação Brasileira da Indústria e Exportadora de Carne Suína, Paulo Camargo, comemorou a aprovação das norte-americanas para a aquisição dos produtos brasileiros, abrindo o mercado para o setor nacional. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele disse que o primeiro obstáculo a ser superado pelos brasileiros é obter a aprovação da “sanidade” pelos estrangeiros.

A decisão dos norte-americanos foi anunciada há dez dias pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês), que reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína in natura para o país.

Camargo disse na quinta-feira que as exigências feitas pelos estrangeiros são muitas, principalmente no que se refere à saúde animal. Segundo ele, os norte-americanos têm dificuldade de entender o processo de vacinação contra a febre aftosa feita no Brasil. A vacina é vista por eles como um risco e não como uma segurança. A doença é rara em suínos.

– Quando vacinamos, eles [os norte-americanos] falam que estamos com medo da aftosa, então já não [querem mais] comprar [a carne brasileira].

Eles dizem assim: ‘Aqui [nos EUA] nós não vacinamos, não tem o vírus da aftosa estamos tranquilos há muitos anos’– explicou Camargo. “Eles [os norte-americanos] só aprovaram [a carne] de Santa Catarina que não é vacinada.”

Apesar das dificuldades, Camargo está otimista. De acordo com ele, a tendência é aumentar a exportação da carne suína brasileira. “O mercado tem muito a crescer. As exportações são pequenas e concentradas em poucos países. Nosso objetivo é exportar para outros países, como o Japão, que é o maior importador mundial, com 1,2 milhão de toneladas”, disse.

Em defesa à qualidade da carne suína nacional, Camargo disse que foram feitas três pesquisas de opinião para verificar o que pensa o consumidor brasileiro. Segundo ele, o resultado mostra que a carne suína é a “mais saborosa”.

– Antes, havia um preconceito de que a carne era suja e gordurosa e aumentava o colesterol. Na última pesquisa, a população percebeu que é uma carne de granja [tratada com qualidade] – disse Camargo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

THYSSENKRUPP PODE VENDER USINA NO RIO DE JANEIRO


A Vale, que já tem participação de cerca de 25% na
Companhia Siderúrgica do Atlântico, deve ser quem
irá comprar as usinas da empresa no Rio de Janeiro
 e do Estado norte-americano do Alabama


A
 ThyssenKrupp está considerando a venda das usinas da empresa no Rio de Janeiro e no Estado norte-americano do Alabama, publicou a revista alemã Manager, citando fontes na companhia.

A Vale, que já tem 25% de participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), pode ser uma possível compradora, publicou a revista em sua edição online.

Procurados, representantes da ThyssenKrupp na Alemanha e da Vale no Brasil se recusaram a comentar o assunto.

A notícia foi publicada um dia antes do encontro anual da ThyssenKrupp, no qual a maior produtora de aço da Alemanha deve enfrentar questionamentos de acionistas sobre a CSA e a usina no Alabama.

A ThyssenKrupp teve prejuízo líquido de 1,8 bilhão de euros (US$2,4 bilhões) no ano fiscal de 2010/2011 e culpou o resultado aos altos custos da fábrica no Brasil, operada por sua unidade Steel Américas, e o fortalecimento da moeda brasileira e os fracos mercados de aço nos Estados Unidos e na Europa.

As usinas da ThyssenKrupp no Brasil e no Alabama são interligadas, com a CSA produzindo placas de aço para serem acabadas nos EUA.

A usina no Rio de Janeiro, que tem capacidade para 5 milhões de toneladas de placas por ano, começou a operar em setembro de 2010, após investimento de 5 bilhões de euros e cinco anos de construção.

A CSA - projetada em 2005, quando o mercado de aço mundial não atravessava uma crise de sobreoferta e forte alta nos custos de insumos como carvão e minério de ferro - sofreu uma série de problemas ambientais que atrasaram seu cronograma.

Em setembro passado, o vice-presidente financeiro da CSA, Rodrigo Tostes, afirmou que a empresa alcançaria pico de produção em meados deste ano.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ONG’S: É PRECISO SEPARAR O JOIO DO TRIGO


José Roque Silva Batista

 
JOSÉ ROQUE SILVA BATISTA
CONTADOR, ESPECIALISTA EM AUDITORIA CONTÁBIL

Q
uem na vida nunca plantou alguma coisa? No campo ou na cidade, seja um roçado, uma horta, um pequeno gramado ou um xaxim de planta e inexplicavelmente não se deparou com ervas daninhas entranhadas no meio da plantação? Elas aparecem do nada, até se passam por plantas inócuas, mas, no fundo são umas lástimas, ludibriam todos, e pior, na hora de extirpar-las do meio da plantação corre-se o risco de sacrificar algumas das plantas boas. Como narra o evangelista, Jesus na sua época já se mostrava preocupado com o expurgo do joio no meio do trigo (Mt. 13,30) uma bela faceta para referir-se aos aproveitadores de ocasião.

Há muito tempo ONG’s, associações e fundações, também chamadas de entidades filantrópicas e de interesse social e/ou instituições sem fins lucrativos, que articulam o terceiro setor, desempenham ações voluntárias e humanitárias a uma camada da sociedade, que de alguma forma ou por algum motivo encontra-se desassistida dos serviços públicos essenciais e consequentemente de exercer sua cidadania.

Essas práticas sempre enobreceram o nosso povo. O povo brasileiro há algum tempo se notabiliza como um povo solidário e de boas iniciativas voluntárias. Razão pelo qual ainda é possível dizer que “Deus é brasileiro” o próprio Jesus é quem nos diz “tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos é a mim que fazeis” (Mt. 10,42).

Um país que tem como filhos, Chico Mendes, Betinho, Irmã Dulce, Chico Xavier e Dra. Zilda Arns “todos em memória”, mais Irmã Terezinha de Eunápolis, Albano e Margarida de Santa C. Cabrália e tantos outros filhos anônimos que de alguma maneira fizeram, motivam e fazem à diferença quando o assunto é solidariedade e amor incondicional ao próximo, sem dúvida, enchem-nos de orgulho.

Seria possível passar horas a fio a relacionar nomes de pessoas que de forma voluntária e solidária desenvolvem atividades de promoção social e humanitária pelo simples desejo de ajudar o próximo, manter a sustentabilidade do planeta e minimizar a dor daqueles que foram abandonados do mínimo necessário para viver dignamente.

Toda esta força indutora representa um patrimônio valioso do nosso povo. Os números são desencontrados, porém, estima-se que existam mais de 300 mil entidades de interesse social, algumas pequenas, de ações limitadas e atuação local, outras gigantescas, bem organizadas, com ações uniformes e com atividades espalhadas pelo país inteiro.

Temos entidades exemplares, reconhecidas por órgãos públicos e privados de nível nacional e internacional. Podemos citar aqui: Pastoral da Criança, Pastoral do Idoso, MFC (Infan, Cofan, Projeto Saber Melhor, CCI, etc.), SOS Mata Atlântica, APAE, GACC, Fazenda Esperança, Criança Esperança, SOS Vida, Nutrivida e tantas outras grandes, pequenas e não tão conhecidas, mas, de atuações relevantes.

Todo este patrimônio corre sério risco de sofrer grandes perdas, e a maior delas, a “credibilidade” e “confiabilidade” daqueles que doam e mantém toda esta estrutura financeira e não-financeira. Na ausência destes dois pressupostos básicos torna-se impossível captar recursos e a proatividade dos nossos voluntários aos serviços que diuturnamente desenvolvem. A ética, a decência e transparência administrativa são os elementos vitais para que permeiem nas entidades do terceiro setor o crédito e a confiança.

Diante de denuncias envolvendo ONG´s, muitas das instituições sociais que formam este patrimônio poderão desaparecer, outras passarão por crises intermináveis, sem falar de tantas outras que em forma de ervas daninhas tentarão sobreviver, tudo dependerá da ação da justiça, dos órgãos de controle do governo e do discernimento da sociedade para entender, agir e separar o joio do trigo.

Vamos deixar este patrimônio do povo brasileiro ir para o ralo? Tudo por interferência de pessoas aproveitadoras, imorais, sanguessugas, que organizam verdadeiras máfias para desviar o erário, muitas vezes tendo como protagonistas políticos, servidores públicos e seus apadrinhados.

Estamos falando dos últimos escândalos de desvios de recursos públicos envolvendo políticos e apadrinhados, utilizando como mecanismo nefasto o uso de ONG’s e associações como dutos e canais para lavar e legalizar o dinheiro surrupiado dos cofres públicos seja na esfera federal, estadual e municipal.

Os malfeitores do erário são os mesmos, sobre o manto da impunidade e da tolerância judiciária, tornam-se mutantes e disseminam o contágio à outros indivíduos em todas as regiões do país, na verdade o que muda é a forma de organizar as ações, de modo a ludibriar a sociedade e confundir os órgãos de controle e de fiscalização.

Quem não lembra da CPI dos anãos do orçamento? Onde deputados federais de baixas estaturas, porém, hábeis e sorrateiros na prática do desvio de recursos públicos. Um deles, sujeito de tamanha “sorte”, capaz de ganhar na loteria federal todas as semanas, quando na verdade estava mesmo era lavando o dinheiro surrupiado dos nossos tributos, que de forma excessiva são criados por leis tributárias elaboradas e aprovadas por esses mesmos indivíduos.

A grande inovação arquitetônica de surrupiar dinheiro da saúde, educação, moradia, e do transporte público foi o mensalão do Congresso, alimentado pelo “valerioduto”. Um esquema de se pagar propina a deputados federais da base aliada para votar nos projetos do governo. Hoje essa praga recebe o nome de “mensalinho” e submergem na calada da noite em quase todas as câmaras de vereadores e assembléias estaduais do país.

Não param por aí, a criatividade dessas pessoas é algo inesgotável e inovadora, toda vez que o ministério público, a impressa e a sociedade organizada denunciam um esquema, logo é criado um outro ou utilizam-se simultaneamente mais de um, tais como: funcionário fantasma, cartão corporativo, sanguessugas das ambulâncias e sobras de campanha.

Agora atacam de voluntários e benfeitores de entidades de interesse social. Criam ou apoderam-se deliberadamente de ONG’s e associações, punham em nome de seus apadrinhados e em seguida fazem alocação de verdadeiras fortunas, para num segundo momento toda esta “dinheirama” voltar para os bolsos dos expertinhos em dinheiro “vivo” ou em forma de benesses como fretamento de jatinho, viagens e outros mais.

Pasmem! Dinheiro público que deveria revelar jovens talentos para o esporte, capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho, retirar jovens e adolescentes das áreas de riscos e promover o turismo interno e gerar emprego e renda.

As entidades sem fins lucrativos, conceitualmente são aquelas em que o resultado positivo “superávit” não é distribuído, as manobras desta gente está transformando as ONG´s em lucrativas e isentas de tributos. Onde nós chegamos!

É visto por todos que os governos nos últimos tempos vêm aproximando-se do terceiro setor, firmando parcerias, convênios e injetando recursos em projetos bem sucedidos e com gestões transparentes. Entendemos que estas iniciativas são plausíveis e devam continuar. As entidades sérias precisam deste apoio financeiro, embora os mecanismos de controle e de fiscalização da aplicação destes recursos devam ser revistos e aprimorados. Não estar na hora das grandes ONG,s elaborar e executar orçamento de forma compulsória?

Sem muito esforço é possível identificar as entidades sérias, de ficha limpa, e de históricos ilibados e bons serviços à sociedade. Mesmo as entidades consideradas sérias não vivem em um “mar de rosas” quando o assunto é probidade administrativa. Vez ou outra é visto dirigentes em deslizes éticos querendo levar alguma vantagem dos cargos.

Podemos dizer que são casos isolados e evitáveis, por exemplo, uma contabilidade formalizada e alguns controles internos ajudam a minimizar os casos de apropriação indébita por indivíduos inescrupulosos, de modo que, qualquer intento pode ser detectado pelos conselhos fiscais destas entidades, uma vez que sejam formados por pessoas honestas e sensatas, bem como desvinculados das diretorias executivas.

Um vício corriqueiro nestas instituições refere-se ao conselho fiscal, algumas por omissão do Código Civil nem se dão o luxo de prever sua criação nos atos constitutivos, e outras mesmo prevendo o conselho fiscal, ao fazer eleição de diretoria executiva, fazem junto com o conselho fiscal, como se fossem integrantes de uma mesma chapa, quando na verdade devem ser desvinculadas, ou seja, duas eleições distintas, que se diga: o conselho fiscal não existe para legitimar as gestões, e sim, para fiscalizá-las e para tanto devem ser autônomos e independentes. Pode deixar o rato tomar conta do queijo? Criar entidade de interesse social sem previsão estatutária de conselho fiscal?

Outra maneira de se coibir deslizes de dirigentes seria a obrigatoriedade de auditoria contábil para todas as entidades de interesse social que recebam recursos públicos sem limite de valor; e que os doadores e mantenedores privados procurassem conhecer melhor as práticas e ações das instituições que contribuem, e até mesmo, na maneira do possível participassem de alguma forma dos instrumentos de controle e de fiscalização.

Oportuno dizer, que nem sempre é possível encontrar pessoas com conhecimentos técnicos em economia e contabilidade dispostos a participarem de conselhos fiscais, sendo estes formados por pessoas simples, sem nenhuma formação técnica. Outro agravante é que as auditorias contábeis são serviços de alto custo, impossibilitando à sua contratação.

Como medida saneadora, sugere-se um amplo projeto de responsabilidade social por parte do CFC – Conselho Federal de Contabilidade em consonância com o CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social, onde seria elaborada uma Norma Técnica de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, específica para as entidades sem fins lucrativos; e o CNAS tornasse-a compulsória para as entidades do terceiro setor, de certo, sem ônus para aquelas com um determinado valor de receita anual, as quais receberiam o serviço gratuitamente por profissionais registrados nos seus devidos CRC – Conselho Regional de Contabilidade em forma de sorteio.

A proposição de uma NBC T – Norma Brasileira de Contabilidade dever-se-á simplificar o procedimento de auditoria e criar a figura do “auditor ad hoc” para este fim, tornando-se desnecessário a contratação de empresas de auditoria e exigência de auditores registrados na CVM e/ou IBRACON. Tal medida implicaria de forma benéfica na adesão voluntária de todas as entidades de interesse social à formalização de suas contabilidades, pois, sem contabilidade não há auditoria e com auditoria não teríamos recursos públicos escorrendo pelo ralo.

Vejo viabilidade, uma vez que as entidades sem fins lucrativos não são constituídas por ações, não são de capital aberto e não integram o sistema de distribuição e intermediação do mercado de valores mobiliários. Assim, não estão sobre regência da Lei Societária 6.404/76, que obriga auditoria independente somente por auditores registrados da CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

Na verdade, o que não se pode é generalizar, achar que todas as entidades de interesse social são “farinhas do mesmo saco”, tal atitude, poderá levar a desestabilização total do terceiro setor, causando pânico para as ONG´s e instituições sociais sérias que estão vivendo à penúria da escassez de recursos e do afastamento dos voluntários diante da desconfiança generalizada.

Uma coisa é certa, algo deve ser feito para separar o joio do trigo e extirpar do meio das instituições sérias e comprometidas e que realmente têm preocupação com as causas sociais e humanitárias, daquelas que se fizeram criar com o intuito exclusivo de lesar o erário e alimentar esquema de corrupção. Qualquer atitude suspeita denuncie ao ministério público, órgão responsável em velar as entidades de interesse social.