sábado, 31 de março de 2012

ESTUDO CONFIRMA QUE ALBERT EINSTEIN ESTAVA CERTO SOBRE A EXPANSÃO DO UNIVERSO


Albert Einstein

Com informações do UOL

U
m estudo publicado nesta sexta-feira ressalta os acertos dos cálculos do físico alemão Albert Einstein na hora de explicar a expansão do Universo. A conclusão surge de uma pesquisa feita por uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (sul da Inglaterra) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre da Alemanha, cujos resultados foram anunciados nesta sexta-feira em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester (Inglaterra).

Assim, a expansão do Universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta "mais simples" para este fenômeno, segundo os especialistas.

Os pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões de anos, quando o Universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram medições com uma precisão "extraordinária".

A Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.

Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, "a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando".

Neste processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a aceleração da expansão do Universo.

Na opinião de Rita, o melhor da Teoria Geral da Relatividade de Einstein é que ela pode ser comprovada e que os dados obtidos neste estudo "são totalmente consistentes" com a noção de que esta energia do vazio é a responsável pelo efeito de expansão.

Segundo os especialistas, esta confirmação ajudará os cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece.

Eles também esperam avançar na pesquisa da matéria escura, aquela que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as galáxias.

Os físicos calculam que a matéria escura representa cerca de 20% do Universo, e o estudo publicado nesta sexta parece apoiar sua existência.

"Os resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da gravidade", acrescentou Rita.

Uma melhor compreensão da matéria escura ajudaria a entender por sua vez de que são feitos os buracos negros.

sexta-feira, 30 de março de 2012

CONGRESSO DEVE VOTAR ALTERAÇÕES NA LEI SECA



“Mudanças podem aumentar possibilidade de comprovar embriaguez e tornar crime qualquer concentração de álcool no sangue de motorista.”

A
 Câmara dos Deputados deve votar nos próximos dias alterações na chamada Lei Seca que endurecem as penas e criam melhores condições de atuação por parte dos órgãos fiscalizadores. Segundo o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já existe acordo partidário para isso e o objetivo das mudanças é fazer com que esses órgãos "trabalhem com mais eficiência" no combate aos motoristas e motociclistas que dirigem embriagados ou com o teor de álcool consumido maior do que a legislação permite.

STJ DECIDE QUE APENAS BAFÔMETRO E EXAME DE SANGUE PROVAM EMBRIAGUEZ

A Lei de Tolerância Zero torna crime dirigir sob efeito de qualquer nível de concentração de álcool. A prova contra motoristas que se recusarem a soprar o bafômetro poderá ser feita por testemunhas, imagens ou vídeo ou por outro meio que indique a embriaguez. As penas contra os infratores serão de 6 a 12 anos, em caso de lesão corporal; e de 8 a 16 anos, no caso de morte.

"Nós vamos endurecer as regras e ao mesmo tempo aumentar as penalidades para quem comete esse tipo de crime", disse o parlamentar logo depois de uma sessão do Congresso Nacional. Na quarta-feira (28), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o bafômetro e o exame de sangue são os únicos meios que podem provar embriaguez ao volante.

Marco Maia ressaltou que essa decisão do STJ valeu para demonstrar a necessidade do Congresso votar com mais rapidez as alterações na Lei Seca e defendeu o endurecimento das punições. No entender do presidente da Câmara quem comete um delito de trânsito embriagado ou qualquer tipo de outro crime em decorrência da ingestão de álcool "deve ter punições mais rigorosas e mais rígidas por parte do Estado".

JURISTAS QUEREM MAIS PUNIÇÃO PARA QUEM DIRIGE BÊBADO

O deputado alertou para a necessidade das autoridades policiais estarem atentas a essa questão durante a Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo, em 2014. O projeto da Lei Geral da Copa aprovado pela Câmara, nesta quarta-feira, permite o consumo de bebidas alcoólicas em estádios onde serão realizadas partidas de futebol. "As pessoas que forem aos estádios pegas dirigindo alcoolizadas tem que ser punidas", disse o presidente da Câmara.

Com informações da Agência Brasil

ALAGOAS E MACEIÓ INICIAM AÇÕES DE COMBATE À DROGA


Ministro Alexandre Padilha

 Ministro Alexandre Padilha anunciou a implantação de três novos CAPSad 24 horas (Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas), 23 Unidades de Acolhimento e novos leitos em enfermarias especializadas.


O
 governo de Alagoas e a prefeitura de Maceió assinaram, na terça-feira (27/3), a adesão ao programa do governo federal Crack, é Possível Vencer. Por meio desse pacto, serão investidos, no estado e nos municípios alagoanos, mais de R$ 37 milhões até 2014. O valor se divide nas áreas de Saúde (para aumentar a oferta de tratamento e atenção aos usuários de drogas), de Segurança Pública (para enfrentar o tráfico e as organizações criminosas) e de prevenção (para capacitar profissionais que trabalham com o tema).

Outros recursos a serem repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) ao estado e ao município não se destinam exclusivamente ao programa, mas também terão impacto nessas ações.

Participaram do lançamento do programa em Alagoas os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde), além do secretário-executivo adjunto do MDS, Marcelo Cardona. O governador Teotônio Vilela Filho e o prefeito José Cícero Soares de Almeida assinaram o termo de adesão, respectivamente, do estado e da capital alagoana.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou investimento de R$ 450 mil para a implantação de três novos Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad 24 horas) e mais R$ 78 mil para o custeio mensal das unidades. Também serão investidos R$ 1,4 milhão para a implantação de 23 novas Unidades de Acolhimento, sendo 20 unidades infantil e 3 destinadas a adultos. Cada serviço receberá R$ 30 mil de custeio mensal. O ministro também anuncia a abertos novos leitos em enfermarias especializadas.

O MDS irá reforçar a oferta de serviços socioassistenciais, que serão integrados com a rede de saúde, nos casos em que, além do uso de drogas, houver situação de vulnerabilidade social.

Atualmente, existem quatro Centros de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) em Maceió. Até o fim deste ano, o ministério vai apoiar a implantação de mais uma unidade, na região de Benedito Bentes. A capacidade passa de 320 atendimentos para 400 pessoas/famílias. No estado todo, a capacidade de atendimento fica em cerca de 3 mil. Nas cinco unidades Creas será repassado o cofinanciamento para o Serviço de Abordagem Social, totalizando R$ 7,65 milhões neste ano, que atuará em conjunto com os Consultórios na Rua do MS.

Outro importante tipo de equipamento público, os Centros de Referência para Pessoas em Situação de Rua também serão expandidos este ano. No bairro do Poço, em Maceió, será construída a terceira unidade do estado. Cada uma delas pode atender até 200 pessoas.

Para a abordagem a crianças e adolescentes na rua, as equipes de saúde, assistência social e segurança contarão com o apoio de conselheiros tutelares para encaminhar à família ou ao Sistema de Justiça, quando for o caso. Os Conselhos terão o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e serão o elo com os atores do Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes. A SDH realizará a formação dos Conselheiros Tutelares, especificamente em relação à abordagem de dependentes.

No eixo prevenção, com ações voltadas para a escola, profissionais de saúde e assistência social e de segurança pública, operadores de direito e a comunidade, Alagoas pode contar com investimentos de até R$ 5,2 milhões, entre 2012 e 2014, para cursos presenciais e a distância. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça é a responsável por articular essa formação.

A meta até 2014 é oferecer, em cursos presenciais no estado, 4,8 mil vagas para educadores e policiais para prevenção de drogas nas escolas. Em atividades a distância serão 1,4 mil vagas para profissionais de saúde e assistência social; 5,6 mil conselheiros; 2,1 mil operadores de direito; 1,3 mil lideranças comunitárias. O cronograma dos cursos será divulgado ainda no 1° semestre.

Com duas estratégias complementares, as ações policiais do programa intensificam as ações de inteligência e de investigação para identificar e prender traficantes, bem como para desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas ilícitas, incluindo operações nas fronteiras.

Serão investidos no estado R$ 3,6 milhões para implantação de policiamento de proximidade nas áreas de alta concentração de uso de crack e outras drogas, além da compra de duas bases móveis com videomonitoramento, dois veículos, quatro motocicletas de apoio a essas bases e 400 armas de menor potencial ofensivo.

O programa Crack, é Possível Vencer foi lançado em dezembro passado pela presidenta Dilma Rousseff e conta com ações dos ministérios da Justiça, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Educação, além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

CAMPANHA DO DESARMAMENTO ATRAI VOLUNTÁRIOS



A
 Campanha Nacional do Desarmamento Voluntário 2012 vem atraindo voluntários em todas as cidades do estado do Rio. A Polícia Civil é responsável por 53% dos postos de entrega de armas no país, com 1.017 delegacias aptas para recolhimento de armamento de civis. No Brasil existem 1.931 postos de recolhimento.

Na Região Sul Fluminense, Volta Redonda, Paraíba do Sul, Barra do Piraí, Itatiaia, Mendes, Miguel Pereira, Paraty, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Três Rios, Valença, Vassouras e Angra dos Reis são as cidades que contam com postos de coleta. As armas podem ser entregues nas delegacias da Polícia Civil e da Polícia Federal (PF), porém, nem todos esses municípios contam com uma unidade da PF. 

A população aprova a iniciativa e garante a importância de se livrar de uma arma. É o caso do aposentado Sebastião Alves de Oliveira, 67 anos. Segundo ele, uma arma na mão de quem não sabe usar é um grande perigo. Ele explica que para a pessoa se defender não é necessário uma arma. “A arma na mão é um perigo. Arma não protege ninguém”, garante o aposentado, lembrando que já contribuiu com a campanha fazendo com que um amigo de Barra Mansa entregasse a arma no posto de Volta Redonda.

CERCA DE 200 ARMAS EM TRÊS DIAS
No Estado do Rio, em apenas três dias a Polícia Civil recebeu cerca de 200 armas nos postos de entrega montados nas 136 delegacias de bairro. Segundo o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, há dois anos os policiais civis já ofereciam apoio ao posto de recolhimento da ONG Viva Rio.

Veloso disse ainda que a corporação capacitou cerca de 700 policiais para atuarem na campanha. De acordo com ele, o objetivo é dar capilaridade a esse recebimento. Ele lembra que quem tiver dificuldade em se deslocar com a arma de fogo até a delegacia pode, de sua cidade ou bairro, entrar em contato com o delegado, que encontrará uma maneira de empenhar policiais para buscarem a arma e a pessoa. Ele garante que depois de entregue pelo proprietário a arma é destruída.

É necessário descarregar e embalar a arma e as munições, que devem ser levadas para o posto de coleta separadamente. As autoridades garantem que o anonimato é garantido, por isso esperam que isso seja uma motivação a mais, além da própria recompensa pela entrega. Para cada arma entregue são pagos R$ 100, R$ 200 ou R$ 300, dependendo do tipo de armamento. A partir da entrega o policial faz um recibo e o voluntário poderá ir a qualquer agência do Banco do Brasil (BB) e receber o valor após 24 horas.

De acordo com o Ministério da Justiça, de maio do ano passado até o início da semana passada, mais de 40 mil armas foram entregues em todo o Brasil, bem como R$ 3,8 milhões pagos em indenizações também nesse período. São Paulo é o estado com o maior número de armas entregues, 11,3 mil, seguido do Rio Grande do Sul, com cinco mil, e Rio de Janeiro, com 4,2 mil.

No total, 175 mil unidades de munição foram recolhidas até o momento. Para este ano, a campanha pretende aumentar o número de postos de entrega e de parcerias com prefeituras, e o orçamento previsto para as indenizações chega a R$ 9 milhões.

quarta-feira, 28 de março de 2012

CIENTISTAS ALERTAM SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL


Derretimento da cobertura de gelo e perda de floresta são críticos. Reunidos em Londres, pesquisadores pediram ações urgentes.

O
 mundo está perto de atingir um estado crítico que vai torná-lo irreversivelmente mais quente, tornando esta década crítica nos esforços para conter o aquecimento global, alertaram cientistas na segunda-feira (26).

Reunidos em Londres, na Inglaterra, para a conferência "Planeta sob pressão", que se encerra amanhã (29), pesquisadores afirmaram que mesmo com diferentes estimativas, as temperaturas do mundo parecem caminhar no sentido de um aumento de 6ºC até 2100, caso a emissão de gases do efeito estufa aumente sem controle.

Com o crescimento das emissões, especialistas dizem que o mundo está perto de atingir limites que vão tornar os efeitos do aquecimento global irreversíveis, como o derretimento da cobertura de gelo polar e perda de floresta.

"Esta é a década crítica. Se nós não invertermos a curva nesta década nós vamos ultrapassar estes limites", disse Will Steffen, diretor executivo do instituto de mudança climática da Universidade Nacional da Austrália.

Apesar deste senso de urgência, um novo tratado global sobre mudança climática que obrigue os maiores poluidores mundiais, como os Estados Unidos e a China, a cortar emissões só será acordado em 2015 - para entrar em vigor em 2020.

MOMENTO LIMITE
Para a cobertura de gelo - enormes refrigeradores que retardam o aquecimento do planeta - o ponto limite já foi ultrapassado, afirmou Steffen. A cobertura de gelo do oeste da Antártica já encolheu ao longo da última década e a cobertura da Groenlândia perdeu em torno de 200 km³ por ano, desde 1990.

A maioria das estimativas climáticas concorda que a floresta amazônica vai se tornar mais seca conforme o planeta esquente. Mortes de grandes porções de floresta provocadas pela seca têm aumentado temores de que estamos prestes a viver um ponto limite, quando a vegetação vai parar de absorver emissões e começar a liberar gases na atmosfera.

Nos piores cenários, entre 30 a 63 bilhões de toneladas de carbono podem ser liberadas por ano a partir de 2040, aumentando para até 380 bilhões até 2100. Como comparação, a quantidade de CO2 liberada por combustíveis fósseis anualmente é de 10 bilhões de toneladas.

O aumento do CO2 na atmosfera também tornou os oceanos mais ácidos conforme eles absorvem os gases. Nos últimos 200 anos, a acidificação dos oceanos ocorreu em uma velocidade não vista em 60 milhões de anos, disse Carol Turley do Laboratório Marinho de Plymouth.

terça-feira, 27 de março de 2012

PERIGO ANUNCIADO



“PERIGO ANUNCIADO”
DANUZA LEÃO

Se já tem tanta violência, imagine uma briga por um impedimento mal marcado, com os torcedores bebendo.

A
final, os torcedores vão poder beber sua cervejinha nos estádios durante a Copa, sim ou não?

O problema entre a base aliada e a oposição, Código Florestal etc., é uma coisa, mas vamos falar de outra: o compromisso que o governo assinou com a Fifa, liberando a venda de bebida alcoólica nos estádios durante a Copa.

Se já acontece tanta violência entre as torcidas em tempos normais, imagine uma briga por um impedimento mal marcado, com os torcedores bebendo. Mas os dirigentes da Fifa e da cervejaria patrocinadora não estão nem aí, é apenas um problema de $$$, e a responsabilidade sobre qualquer tumulto será totalmente do governo.

O Brasil tem que honrar o compromisso que assinou? Tem. Mas foi certo ter concordado com a liberação da bebida? No meu entender, não. E por que então assinou? Porque a Fifa quis, porque a cervejaria que patrocina quis, e as autoridades brasileiras não tiveram coragem de dizer não. O Brasil quis posar de bacana, sediar a Copa e a Olimpíada mostraria ao mundo como somos importantes etc. etc. Que herança, hein, presidente Dilma?

Os que são a favor da medida argumentam dizendo que até o Qatar, país onde é proibida a bebida alcoólica e que será sede da Copa de 2022 -a escolha aconteceu em meio a escândalos de suborno, propinas etc.-, aceitou que o álcool role durante os jogos; pois fez muito mal o Qatar.

Por duas vezes a Fifa foi deselegante com o Brasil -para não dizer moleque. A primeira quando Valcke, seu secretário-geral, disse que o Brasil precisava levar um chute no traseiro para agilizar as obras e garantir a aprovação da Lei Geral da Copa; ele até tem razão, mas escolheu mal as palavras. Dilma não gostou, o ministro Aldo Rebelo declarou que não aceitaria mais Valcke como interlocutor e até pediu que ele fosse trocado. Valcke se defendeu dizendo que foi erro de tradução.

A segunda foi quando, dias depois de ter sido recebido por Dilma, Blatter confirmou que Valcke continua não só como secretário-geral do evento, mas como responsável pela organização da Copa - é o homem forte do Mundial.

Aguarda-se agora a próxima visita de Valcke ao Brasil, considerado persona non grata pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

No nosso país a corrupção nas licitações é normal; quando uma obra atrasa - e as obras da Copa estão atrasadíssimas -, tem que ser feita em caráter emergencial, e esse é o caminho mais curto para roubalheiras escandalosas, o que saberemos pela imprensa, claro.

Vamos nos preparar para ouvir que nunca se roubou tanto nesse país, e só quero ver o que vão achar os torcedores quando souberem o quanto vão ter que pagar para verem um jogo em outra cidade; a passagem aérea no Brasil é a mais cara do mundo, uma Rio/SP/Rio custa em volta de R$ 1.000.

Torcida de futebol com álcool liberado é uma dobradinha que não pode dar certo. Não ter enfrentado a Fifa e dizer um solene NÃO, quanto à liberação das bebidas, foi fruto de nosso complexo de vira-lata. E ninguém sabe o que mais foi combinado - e assinado - entre o Brasil e a Fifa, que se acha a dona do mundo.

O Carnaval hoje é totalmente dominado pelas cervejarias; agora elas começam a mandar também no futebol.

segunda-feira, 26 de março de 2012

UM EM CADA 262 ADULTOS ESTÁ NA CADEIA



Claudia Antunes (RJ)
FOLHA DE S.PAULO  

Um em cada 262 adultos está na cadeia; São Paulo tem um terço dos detentos. Especialistas veem número desproporcional de prisões por droga e furto; Custo e eficácia do sistema são questionados.

U
ma pessoa em cada grupo de 262 adultos está presa no Brasil. Em 1995, essa proporção era de 1 para 627. Em São Paulo, com um quinto da população brasileira e um terço dos presos, um em 171 está na cadeia.

Entre 1995 e junho de 2011, a taxa de encarceramento (número de presos para cada cem mil habitantes) brasileira quase triplicou. É a terceira maior entre os dez países mais populosos e põe em questão custos e benefícios de ter tantos presidiários.

A polêmica é semelhante à travada nos EUA, recordista em presos e onde a tese dominante de que só a prisão de todos os infratores habituais leva à redução de crimes é cada vez mais questionada.

O início da onda de encarceramento no Brasil foi uma reação ao aumento da violência urbana. A taxa de homicídios passou de menos de 15 por 100 mil pessoas em 1980 para quase 25 em 1990, chegando a 30 em 2003.

Hoje, estudiosos como Julita Lemgruber, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, e Pedro Abramovay, da FGV-RJ, apontam a contribuição desproporcional de acusados de tráfico para o crescimento da população carcerária. Segundo eles, é uma consequência da aplicação equivocada da Lei de Drogas de 2006. A lei livrou usuários de prisão e estabeleceu pena mínima de cinco anos para traficantes, sem direito à liberdade provisória.

O resultado foi oposto ao esperado, e "uma massa que fica na fronteira entre o tráfico e o uso" lota as cadeias, diz Abramovay. Os presos por tráfico quadruplicaram em seis anos, para 117 mil, 40% deles em São Paulo.

"A polícia tem recursos finitos, e os usa para prender pessoas não violentas que serão violentas quando saírem da prisão", afirma ele.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, presidente da comissão de reforma do Código Penal do Senado, diz que há uma combinação de "cultura da prisão" com deficiência das defensorias públicas estaduais.

Com um presidiário típico jovem e pobre, isso resulta em muitos detentos sem julgamento (cerca de 40%, contra 21% nos EUA) e acusados de furto, estes em número maior do que os que respondem por assassinato.

Em mutirão recém-realizado pelo Conselho Nacional de Justiça em 25 Estados, só a revisão administrativa de processos, sem mudar sentenças, beneficiaram 72,6 mil presos -36,8 mil libertados. "Furto não é caso de prisão", diz Dipp, para quem só crimes "gravíssimos" ou violentos merecem cadeia.

domingo, 25 de março de 2012

PETROBRAS DIZ: COMBUSTÍVEIS TERÃO DE SUBIR


Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras
Para Graça Foster, presidente da estatal, ainda há 'certa folga' de caixa para manter preços, mas não 'muito elástica’. Executiva não confirma data para o aumento, mas diz que será 'inexorável' se petróleo se mantiver em US$ 120.

A
 presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ainda vê "uma certa folga" no caixa da empresa que permite manter os preços da gasolina e do diesel sem reajuste. Admite, contudo, que a folga não é "muito elástica".

Para ela, se o preço do barril de petróleo seguir no atual patamar de US$ 120, o que é previsto por alguns analistas, será "inexorável" fazer um reajuste nos combustíveis. A executiva considera que o barril pode até bater em US$ 130 antes de recuar.

A nova comandante da Petrobras evita, porém, dizer quando exatamente deve ocorrer esse aumento, reivindicado pela área técnica da empresa, mas por enquanto negado pelo principal controlador da estatal, o governo federal, que teme pressões sobre a inflação neste ano.

"Eu não quero antecipar prazo, se é daqui a três, daqui um mês", disse Graça Foster, como gosta de ser chamada, em entrevista concedida à Folha em seu gabinete na sede da Petrobras.

A presidente da estatal considera normais a influência e a interferência do governo nos negócios da empresa. "Olha, o controlador interfere nas suas empresas sempre. Aquele que tem maior número de ações tem maior poder sobre a empresa", afirmou.

Graça Foster, que assumiu o cargo há cinco semanas, não concorda com analistas que sustentam que a nova ameaça sobre a economia mundial é um choque do petróleo.

"Não acredito, com os indicadores de hoje."

Aos acionistas minoritários, que nos últimos tempos estão vendo suas ações perder valor, ela manda um recado: entre o fim de 2013 e o início de 2014, diz, investir na Petrobras vai gerar "resultados no curtíssimo prazo".

DILMA DA DILMA
Indagada sobre como reage ao ser chamada de a Dilma da Dilma, a executiva se diz orgulhosa. "Às vezes, acho engraçado, fico rindo, não é tanto assim, mas acho interessante e fico orgulhosa dessa comparação."

Sobre as turbulências políticas que sua chefe está enfrentando em Brasília, prefere não fazer comentários.

"Eu não entendo dessa parte", diz, acrescentando, porém, considerar a presidente Dilma "bastante habilidosa".

Graça Foster criou um grupo de trabalho que tem como meta vazamento zero.

Foster afirma que, se for necessário para atingi-la, elevará os investimentos da empresa nessa área.

A executiva não opinou sobre o acidente da Chevron, que gerou vazamento de petróleo em mar. Reconheceu, porém, que "não é trivial".

Com informações da FOLHA DE S.PAULO – Jornalistas: MARIA CRISTINA FRIAS, VALDO CRUZ (enviados especiais ao Rio) e DENISE LUNA (da sucursal do Rio).

sábado, 24 de março de 2012

GASTOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR BATEM RECORDE



O
s turistas brasileiros aproveitaram a queda da cotação do dólar e compraram mais no exterior. Os gastos lá fora, segundo dados divulgados na sexta-feira (23) pelo Banco Central, bateram recorde no primeiro bimestre do ano, somando US$ 3,7 bilhões em janeiro e fevereiro, ante US$ 3,1 bilhões em igual período do ano passado.

Só em fevereiro, os gastos dos brasileiros foram de US$ 1,74 bilhão, crescimento de 31% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, essa diferença deve-se ao fato de no ano passado o feriado de Carnaval (quando os brasileiros viajam mais) ter sido em março e, neste ano, em fevereiro.

Por conta disso, a previsão é de que em março não haja crescimento expressivo na comparação anual.

Já as despesas dos estrangeiros no Brasil foram de US$ 1,2 bilhão no bimestre e de US$ 617 milhões em fevereiro. No ano passado, esses gastos foram de US$ 1,1 bilhão e 572 milhões, respectivamente. O valor para fevereiro é o maior para este mês desde o início da série histórica.

TRANSAÇÕES CORRENTES
Na mesma divulgação o Banco Central indicou ter aumentado sua estimativa para o deficit nas chamadas transações correntes do Brasil com o exterior, conta que inclui exportações e importações, viagens internacionais, transferências de renda por pessoas físicas e envio de lucros por empresas, entre outras operações.

A previsão agora é de que o resultado seja deficitário em US$ 68 bilhões - isso significa que, nessa conta, o Brasil deixou no exterior mais dólares do que o montante que entrou no país. A estimativa anterior era de um déficit de US$ 65 bilhões, valor que já seria um recorde anual.

INVESTIMENTOS
O BC espera que os brasileiros invistam menos em bolsa e no setor produtivo no exterior: US$ 20,7 bilhões, contra US$ 25,6 bilhões da previsão anterior. Para os investimentos de estrangeiros no país, a previsão é praticamente a mesma, em US$ 69,4 bilhões (era US$ 69,2 bilhões).

sexta-feira, 23 de março de 2012

BB E CEF QUEREM CORTAR JURO PARA MENOS DE 2%



O
 crédito ao consumo foi escolhido pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal como foco principal do pacote de corte de juros que será anunciado em breve. Cartão de crédito, cheque especial, crédito direto ao consumidor (CDC) e empréstimo consignado estão entre as operações que ficarão mais baratas.

A intenção da equipe econômica é usar os financiamentos para acelerar o crescimento da economia, atrair clientes dos bancos privados e, assim, incentivar a concorrência no setor.

Fontes que acompanham a costura final do pacote afirmam que algumas dessas operações podem ter a taxa média cortada para até 2% ao mês. Em algumas situações, porém, o juro poderia ficar ainda menor conforme o tipo de relacionamento que o cliente tem com o banco.

Hoje, na média, o crédito pessoal nas duas instituições custa cerca de 3% por mês. No crédito de loja, a taxa varia de 6%, na Caixa, a 2,4%, no Banco do Brasil. Já no cheque especial, a taxa média gira perto de 8% nas duas casas.

O pacote também trará benefícios para o crédito voltado às empresas. Nas linhas para pessoas jurídicas, o juro deve ser cortado especialmente nos empréstimos para capital de giro e antecipação de recebíveis, como cheques pré-datados, cartões de crédito e duplicatas.

À espera de um “ok” do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal já têm quase tudo pronto para divulgar as novas taxas. Após várias semanas de preparativos, fontes sinalizam que a estratégia atual prevê a divulgação separada dos pacotes nos dois bancos. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

INFLAÇÃO DEVE GIRAR EM TORNO DE 6% ATÉ 2016



A
 inflação brasileira deve girar em torno de 6% ao ano, pelos próximos cinco anos. O dado foi extraído pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, das taxas de remuneração dos títulos do governo negociados no mercado. Já o economista projeta uma taxa um pouco menor, em torno de 5,5%.

“Não vai ser nada explosivo, mas é alto”, afirmou Goldfajn. Ele atribui a resistência da inflação num nível superior ao centro da meta de 4,5% nos próximos anos aos problemas de infraestrutura, aos preços pressionados dos serviços e ao mercado de trabalho, que continua aquecido, apesar da forte desaceleração da atividade registrada no ano passado e primeiro trimestre deste ano.

Ontem, durante o seminário “O quebra-cabeça do emprego no Brasil”, promovido pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, Goldfajn disse que há duas hipóteses para explicar por que a taxa de desemprego continua baixa, mesmo com a economia em desaceleração.

O primeiro fator é o envelhecimento da população. “Com mais gente para produzir, a tendência é que a taxa de desemprego caia.” Nas contas de Goldfajn, a mudança no perfil demográfico provoca uma redução de 1 ponto porcentual na taxa de desemprego de equilíbrio, aquela que não tem impactos inflacionários.

O segundo fator é que as empresas, diante dos elevados custos de demissão, estão fazendo uma espécie de “poupança” de trabalhadores, esperando a reaceleração da economia no segundo semestre deste ano. “Acredito que os dois fatores estejam acontecendo”, disse Goldfajn. Ele calcula que a economia volte a crescer num ritmo de 5% no segundo semestre. No ano, no entanto, por causa da baixa taxa de crescimento do primeiro semestre, a alta do PIB será de 3,5%. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

CONCEITO DE INFLAÇÃO


Elmo Nélio Moreira

I
nflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos.

Há vários fatores que podem gerar inflação. O aumento muito grande do preço de um item básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso do petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também provoca inflação, pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de seus preços. Em outra hipótese, se o Governo gasta mais do que arrecada, e para pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação, pois está desvalorizando a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem que tenha havido criação de riqueza, de produção. Assim, os bens e serviços continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de produto, o que alguns economistas chamam de dinheiro fraco, dinheiro podre.

O processo inflacionário, quando instalado, é de difícil controle. Funciona como um círculo vicioso, obrigando a realização de reajustes periódicos de preços e salários, com o seu consequente agravamento. E quem mais sofre com tudo isso é a camada mais pobre da população, que não tem como se proteger. Em épocas de inflação galopante, tivemos no Brasil contas bancárias com reajustes diários como forma de repor o poder de compra que o dinheiro perdia de um dia para o outro. Mas as pessoas mais pobres não tinham (e ainda não têm) acesso a contas bancárias, não podendo se utilizar desse benefício. E assim, seu dinheiro valia menos a cada dia.

A Correção Monetária tem o objetivo de minimizar (ou até neutralizar) as distorções causadas pela inflação na economia. Com ela, os valores monetários são reajustados com base na inflação ocorrida no período anterior, calculada por índices que procuram medir as mudanças que ocorrem nos níveis de preços de um período para outro. No Brasil, o cálculo destes índices é feito por entidades credenciadas, como o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Outras instituições também têm elaborado estes cálculos, como a FGV - Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro; FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, ambos em São Paulo; o IPEAD - Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis, em Belo Horizonte, dentre outros.

Os índices de preços, ou de inflação, são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços. É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,6%.

Há diversos índices que são utilizados para medir a inflação, cada um com metodologia de cálculo própria e com utilização específica. Para aferir, por exemplo, a variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população, usa-se o índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC), tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe. Para medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil levou à criação de muitos índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda. Atualmente, os principais são:

IPC Fipe - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FIPE/USP (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de São Paulo, para famílias que ganham entre um e vinte salários mínimos.

IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A coleta de preços é feita entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente, com divulgação no dia 30. É composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M. É um dos índices mais utilizados.

IPC - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FGV, mede a inflação para famílias com rendimentos entre um e 33 salários mínimos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O IPC representa 30% do IGP-M. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 30%.

IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 60%.

INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, calculado pela FGV, mede a variação de preços de um conjunto (cesta) de produtos e serviços utilizados pelo setor de construção civil. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 10%.

IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. É calculado pela FGV entre o primeiro e o último dia do mês. Sua divulgação ocorre por volta do dia 10 do mês seguinte. Mede os preços que afetam diretamente a atividade econômica do País, excluídas as exportações. A exemplo do IGP-M, também é composto pela média ponderada do IPC, IPA e INCC, calculados para o respectivo período.

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e oito salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis. É o índice mais utilizado.

IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. É calculado pelo IBGE nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis.

ICV - Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) mede a variação dos preços em quatro grupos: alimentação, transportes, saúde e habitação. A pesquisa é realizada no município de São Paulo, pegando todas as faixas de renda. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no início da 2a quinzena do mês seguinte.

ICVM - Índice do Custo de Vida da Classe Média. Calculado pela Ordem dos Economistas, a pesquisa é realizada no município de São Paulo tomando como base as despesas das famílias que tenham uma renda mensal na faixa entre dez e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no décimo dia de mês seguinte.

OUTRAS INFORMAÇÕES
- O contrário de inflação, ou seja, a redução do nível de preços chama-se deflação.
- Em sua forma extrema, isto é, quando se encontra fora de controle e com aumentos de preços absurdos, a inflação é chamada de hiperinflação.
- Em períodos de inflação alta, em que os preços chegam a sofrer reajustes diários, a população não retém dinheiro, pois ele se desvaloriza muito rápido. Tão logo recebem o dinheiro as pessoas compram mercadorias, pois se deixarem para o dia seguinte não conseguirá comprar tudo o que conseguem comprar hoje.
- O caso mais grave de hiperinflação que se tem notícia ocorreu na Alemanha, após a primeira guerra mundial, que chegou a acusar um trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro de 1923.