segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CORAGEM: NÃO TENHAIS MEDO



O Senhor nos chama a confiarmos somente Nele

*Dom Henrique Soares da Costa

Q
ue bela exortação, que belo consolo, que injeção de ânimo, o evangelho: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino”. Como nas nossas origens, vamos nos tornando cada vez mais um pequenino rebanho; o Senhor nos vai purificando, vai fazendo sua Igreja, a gosto ou a contragosto, perceber que ela está no mundo, mas é diferente do mundo: seu modo de pensar, de viver, de avaliar, de agir não pode ser aquele do mundo.

Efetivamente, vamos nos sentindo cada vez menos compreendidos e menos à vontade na bem-pensante sociedade atual. Somos, enfim, um pequenino rebanho; e a nós o Senhor diz: “Não tenhais medo, pequenino rebanho!” O Pai nos quis dar o Reino – e o Reino é o próprio Jesus, que nos envolve de vida e nos ilumina com seu santo Evangelho! Não tenhais medo!

E, então, Jesus nos exorta: “Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Que palavras belíssimas: O Senhor nos convida à coragem de “vender” a vida, “vender” nossos bens – isto é, relativizar tudo – para fazer de Deus o nosso único absoluto!

Na verdade, Jesus nos convida a esperar de verdade a vida eterna, esperar de verdade que um dia estaremos todos em Deus por meio de Jesus Cristo! O que Jesus hoje os pede é a coragem de viver no mundo, mas sem ser do mundo, sem meter o nariz nesse mundo de modo a perder Deus de vista! Afinal, é tão fácil absolutizar o relativo!

Ah, irmão! Tenhamos – você e eu – a coragem de colocar realmente o tesouro de nossa vida ali, onde a traça não corrói! A vida é preciosa demais para perdê-la com bobagens! Mas, somente veremos isto se estivermos vigilantes, se na união profunda com Jesus pela oração, pela escuta de sua santa Palavra, pela fiel participação nos sacramentos, mantivermos a saudade das coisas do céu.

Aliás, este é uma das carências da Igreja atual: ter quem nos fale do céu, que nos faça sentir desejo do céu, saudade do céu! Uma Igreja que não saiba desejar, sonhar e se encantar com o céu que o Senhor nos prepara, perderá de vista o mais profundo de sua missão, errará o foco e tomará por absoluto o que é apenas relativo – mesmo que seja coisa importante. Coisas importantes com que se preocupar, a Igreja as tem; coisa essencial, somente Jesus, nosso céu, o céu que o Pai nos deu! E – como recordou Bento XVI no Brasil: “esta saudade do céu, esta sede de Deus não é uma alienação, uma fuga da realidade, mas um ver a realidade com os olhos de Deus e, assim, ver realmente, com realismo!”

Por tudo isto, não temais, pequenino rebanho: o Pai vos espera; dar-vos-á o seu Reino. Vale a pena sofrer e suportar contradições nesta vida; vale a pena caminhar com o Senhor, como parte do seu rebanho, que é a Mãe católica! Como dizia São Bernardo de Claraval: “nossa vida neste mundo é semente de eternidade!”.

 

*Dom Henrique Soares da Costa é Bispo Auxiliar de Aracaju, Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Amplo conhecimento na área de Teologia Dogmática, vasta experiência no magistério em diversos cursos, retiros e seminários.

domingo, 7 de outubro de 2012

VOTAR CONSCIENTE É PENSAR NO BEM DA COLETIVIDADE


H
oje (7 de outubro), eleitores brasileiros estarão frente às urnas para decidir o futuro de sua cidade elegendo seus representantes nos poderes Legislativo e Executivo. O voto - secreto e democrático é uma arma que pode mudar a vida de milhares de pessoas e, por isso, precisa ser usado de forma consciente.

Votar num candidato porque ele é parente, amigo da família ou porque prometeu um emprego ou algum benefício no caso de eleito é a prova de que o cidadão não está preparado para escolher um representante para o povo, uma vez que o termo eleição não diz respeito ao bem individual. Votar consciente é pensar no bem da coletividade. Aceitar pressão, suborno ou qualquer fato semelhante é covardia e despreparo. O cidadão é livre para votar em quem decidir.

Anular o voto ou votar em branco, ao contrário do que muitos pensam, é uma forma de desperdiçar a chance de exercer seu direito de cidadania. Quem não vota não tem direito de cobrar futuramente.

Votar em candidatos sem competência para resolver ou elaborar soluções para os problemas sociais que afligem a cidade é o mesmo que colaborar para a eleição de um corrupto, pois na contagem dos votos, no caso de candidatos a vereador, o voto é computado para a legenda.

A eleição de Tiririca como o Deputado Federal mais votado em 2010 exemplifica essa situação, puxando pela legenda candidatos com passado duvidoso.

As campanhas baseadas em agressões significa que o candidato não tinha propostas de governo e preencheu seu tempo atacando a oposição.

É preciso que o eleitor acompanhe a campanha dos candidatos através dos jornais, noticiários, debates, comícios para ajudar na hora da decisão consciente.

Outro método que pode ajudar o eleitor a conhecer mais o candidato é pesquisar sobre sua vida social e política, o que ele já fez pelo povo mesmo antes de sua campanha eleitoral, ainda que pela primeira vez.

Outra ferramenta que pode ser bastante pesquisada é a Lei da Transparência que entrou em vigor recentemente. O eleitor pode analisar entre outras coisas se o salário que seu candidato recebe condiz com a vida que leva. Se não, é um motivo para desconfiar.

A Lei da Ficha Limpa também veio de encontro a décadas de mobilização e insatisfação da sociedade diante de políticos corruptos.

 Lembre-se: votar é designar quem irá governar o dinheiro público, por isso cidadão consciente vota, mas analisa primeiro. Se analisamos com rigor candidatos a vagas de trabalho para as nossas casas e empresas, porque não analisar quem vai comandar nossa cidade pelos próximos 4 anos?

Reflita muito antes de votar, lembre-se que o destino de sua cidade depende do seu voto, de você.

sábado, 6 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO VOTO


 Jorge Maciel

O
 eleitor brasileiro tem o poder de tomar importantes decisões políticas, direta ou indiretamente, através de seus representantes eleitos. Através do voto, o eleitor expressa sua vontade, votando em pessoas que tomarão decisões em seu nome.

É importante que o eleitor exerça o seu direito de votar, exercendo com consciência a escolha do seu representante, seja no legislativo, seja no executivo. Vivemos num regime democrático e é vital na Democracia representativa exercer o "direito do voto". Há anos, existem alguns manifestos na internet dizendo: "Vamos todos votar nulo ou em branco", segundo o raciocínio, se muitos eleitores votarem nulo ou em branco, a eleição seria anulada, trazendo hipoteticamente novos candidatos. Porém de nada adiantaria parte da população votar nulo ou em branco, tendo em vista que outra parte da população votaria, ganharia a eleição o candidato que tiver 50% mais 1 dos votos válidos.

Precisamos exercer nosso direito, votando e cobrando com consciência dos nossos representantes, assim com certeza teremos um país melhor, consciente e realmente democrático.

Os eleitores precisam avaliar os planos e projetos dos candidatos para melhorias na cidade. A conscientização da população para o voto justo e incorruptível é uma boa maneira de diminuir a quantidade de pessoas subornadas e compradas ilegalmente.

Façamos o nosso dever cívico de votar, naquele que desejamos que fosse o nosso representante, especialmente neste pleito eleitoral, vamos escolher o nosso vereador(a) e o nosso prefeito(a), e antes de qualquer interferência, analisemos os pós e os contras dos candidatos e no final, escolhemos o melhor para nossa cidade.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS



Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba - MG

A
 sociedade é constituída em família, tendo como célula mãe, o Lar doméstico. Na base estão o homem e a mulher, sendo um, extensão do outro, vivendo numa real complementariedade. Já não são dois, mas uma só carne. A solidez de tudo isto acontece no amor, que exige sacrifício, diálogo, respeito mútuo, igualdade e paz.

Dentro do clima eleitoral, podemos dizer que o Município é uma grande família, onde os interesses precisam ser comuns, de tal forma que a administração pública favoreça o bem de todas as pessoas. Os objetivos não podem ser outros que não sejam para favorecer os munícipes na dimensão de uma verdadeira família.

Cada pessoa humana, criada com liberdade e dignidade, deve ser colaboradora de Deus no cultivo do bem e no cuidado com os bens da natureza. Isto passa por momentos de definição. Um deles acontece na hora do voto. Confirmar, na urna eletrônica, um voto irresponsável, é contribuir para uma má administração.

A dimensão familiar não se restringe ao relacionamento entro um homem e uma mulher, mas também às demais criaturas e com toda a natureza. É um compromisso de cuidado com os seres humanos, com a terra, a água, as árvores, os animais e todas as demais criaturas. O critério não pode ser de interesses egoístas.

O Município, sendo uma grande família, deve promover projetos de inclusão social. Assim todos poderão usufruir das condições materiais e afetivas para uma vida feliz. Exige dos eleitores precisão na escolha de prefeito e vereadores comprometidos, competentes e de vida ilibada para trabalhar em benefício do povo.

Podemos até dizer que agora “é a hora da verdade”. Ou assumimos uma postura crítica e afinada com uma verdadeira política, aquela do bem comum e da coerência, ou teremos que “gemer”, tendo que conviver com maus administradores e legisladores por mais quatro anos. E nem podemos reclamar depois, porque aí já será tarde demais. É por isto que dizemos que “voto não tem preço, mas tem consequência” e, às vezes, muito amargas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

BIOGRAFIA SOBRE MANUEL DIÉGUES JÚNIOR É LANÇADA EM ALAGOAS

Manuel Diégues Júnior

Obra de autoria de Marcos Vasconcelos Filho reúne levantamento minucioso de diversos aspectos.

Valéria Guimarães
www.cultura.al.gov.br

O
 livro “MANUEL DIÉGUES JÚNIOR O REGIONAL E O CULTURAL” foi lançado no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Ihgal). De autoria do sociólogo e membro do Ihgal, Marcos Vasconcelos Filho, a publicação inédita traz a trajetória da vida e obra do cientista social Manuel Diégues Júnior (1912-1991).

A obra reúne um levantamento minucioso de diversos aspectos, numa bibliografia reveladora do geógrafo, do antropólogo, do sociólogo, do historiador, do musicólogo e poeta alagoano. O lançamento faz parte da programação comemorativa do Centenário do ilustre alagoano realizado pela Fundação Pierre Chalita, em parceria com o Governo do Estado.

Durante o lançamento, o autor fez uma breve apresentação dos tópicos do livro que está divido em três etapas: Vida, obra e reunião de grande parte das publicações produzidas por Manuel Diégues Júnior.

Segundo o autor Marcos Vasconcelos Filho, o livro revela a amplitude da obra de Manuel Diégues Júnior que percorre a pesquisa da sociedade brasileira, passando da questão agrária até fatos recentes no processo de urbanização dessa sociedade.

O secretário-chefe do gabinete Civil, Álvaro Machado, destacou a importância da iniciativa. “Esta publicação é fundamental para trazer novos elementos sobre a vida e a obra dos filhos ilustres de Alagoas. O Governo do Estado tem a satisfação de apoiar as iniciativas que pretendem preservar a história e a cultura de Alagoas”, ressaltou.

A filha de Manuel Diégues Júnior, Maria Madalena, agradeceu a homenagem em nome dos quatro filhos e toda a família Diégues. “Estamos muito emocionados com esta homenagem e parabenizo o autor, que teve essa ousadia de reunir todos esses importantes elementos da vida do meu saudoso pai e, sobretudo filho desta Alagoas”, disse.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PRODUÇÃO DE COCO EM ALAGOAS SERÁ REVITALIZADA



A
 produção de coco em Alagoas será revitalizada, por meio de uma parceria entre Governo do Estado e a Embrapa Tabuleiros Costeiros para transferência de tecnologia. A medida foi anunciada pelo secretário da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, durante um encontro promovido pela Associação dos Produtores de Coco (Prococo), na Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal).

Durante o anuncio, os produtores ressaltaram que a atividade passa por dificuldades para se manter devido a diversos fatores, entre eles: baixo preço do coco, proliferação de pragas e doenças, fim da salvaguarda, importação de coco ralado, material genético dos coqueirais envelhecido e falta de assistência técnica.

“Há uma determinação do governador Teotonio Vilela para apoio aos produtores, por isso estamos em busca de parcerias e vamos firmar um termo de cooperação com a Embrapa. Esse documento será referendado em novembro e define estratégias para recuperar e revitalizar a produção”, frisou o secretário José Marinho Júnior.

“Em Piaçabuçu, o coco já é cultivado por meio de consócio com outras culturas, e a principal delas é a pecuária de leite, que recebe apoio da Seagri com o Programa Alagoas Mais Leite. Assim, com diversificação, os agricultores conseguem melhorar de renda”, exemplificou Marinho. Em Feliz Deserto, segundo o secretário municipal de Agricultura, Emanuel Lessa, o combate a pragas é feito por meio da captura dos insetos e de outros experimentos.

De acordo com o presidente da Prococo, Eurico Uchôa, cerca de 3.300 produtores de coco possuem menos de 10 hectares cultivados. “A produção de coco faz naturalmente uma reforma agrária familiar, mas a atividade está se tornando inviável para muitos deles. Temos que combater, ainda, o furto de coco, que em alguns municípios é usado para aquisição de drogas”, destacou o presidente.

Na ocasião, os produtores reclamaram do aumento dos impostos nas propriedades que ficam à beira-mar, dos custos de produção e da entrada de produtos importados derivados do coco, o que gera competição para a indústria e os produtores nacionais. “Esses produtos entram no Brasil porque foram produzidos a baixo custo, sem grandes compromissos com a mão de obra”, citou Uchôa.

Ao final do encontro, os produtores de coco acompanharam a demonstração de uma máquina da empresa Laboremus, que serve para processar a biomassa, formada pela casca do fruto e pela palha da planta. “Essa biomassa é composta por nutrientes e serve para produção de adubo, assim, ela volta para os coqueirais, para fazer a adubação, diminuindo os custos de produção do agricultor. Também serve para ração animal”, comentou Eurico Uchôa.

Participaram do encontro a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Tereza Cristina de Oliveira, o representante do Sindcoco de Pernambuco, Francisco Porto, o consultor e engenheiro agrônomo Múcio Wanderley, o representante do Sebrae Alagoas, Manoel Ramalho, o representante da Confederação das Associações Comerciais, Sérgio Papini. A Sococo e a Cooperativa Pindorama apoiaram a realização do evento, juntamente com Faeal, Seagri e Embrapa.

Com informações da Ascom Seagri 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

DOCUMENTO COM FOTO É OBRIGATÓRIO PARA ELEITOR VOTAR



N
o próximo domingo, dia 7 de outubro, na votação do primeiro turno das eleições municipais, será obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto a fim de comprovar a identidade do eleitor.

Entre outros documentos, o eleitor poderá apresentar carteira de identidade, de motorista, carteira de trabalho ou qualquer outro documento oficial com foto.

A votação ocorre das 8h às 17h e na hora de votar, é importante que o eleitor também leve o seu título para localizar a sua seção eleitoral. O eleitor que não puder comparecer à sua seção para votar e tiver de justificar a ausência necessita do número do título para preenchimento do formulário de justificativa.

Os eleitores podem levar a chamada “cola” eleitoral no dia da votação. O eleitor deve imprimir a “colinha” e preencher com os dados do seu candidato a vereador e a prefeito.

Embora sejam apenas dois cargos na disputa deste ano, é aconselhável a utilização da “cola” para fazer com que o processo de votação seja mais rápido. É comum o eleitor chegar à cabine de votação e esquecer o número de seu candidato, nesta hipótese, se o eleitor não estiver de posse da “cola”, ele deverá procurar o nome e número do seu candidato na relação disponibilizada na seção eleitoral, o que torna a votação mais demorada. Para que não haja risco de esquecimento do número do seu candidato leve a colinha preenchida.

O primeiro cargo a ser votado é o de vereador, que tem cinco dígitos, e o segundo voto é para prefeito, que tem dois dígitos. 

domingo, 30 de setembro de 2012

QUEM É JESUS CRISTO PARA VOCÊ?


Natalino Ueda
Comunidade Canção Nova

E
m certo momento da nossa vida cristã, nos será revelada a resposta a esta questão. Deus se revela a nós para que O conheçamos e, conhecendo-O, possamos Lhe responder como Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Naquele momento, Deus-Pai revelou ao discípulo a identidade de Jesus Cristo e isso determinou a vida e a missão do apóstolo, pois o Senhor se revela ao homem para que este seja participante de Sua vida e de Sua ação neste mundo.

Na profissão de fé de Pedro, revela-se o desígnio de Deus a seu respeito. Como primeiro entre os apóstolos, ele é chamado a confirmar, na fé, os seus irmãos. Porém, a sua vocação não se realizou por suas próprias forças. Temos uma prova disso logo depois de Jesus dizer que sobre Pedro edificaria a Sua Igreja e lhe entregaria as chaves do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 18-19). O Mestre disse aos discípulos que deveria ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, do sumo sacerdote e dos mestres da Lei, seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia (cf. Mt 16,21).

Pedro, sem pensar muito, disse: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” (Mt 16,22). Tendo ouvido isso, Jesus repreende-o: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” (Mt 16,23). Depois da linda confissão de fé de Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16), ele demonstra que não havia entendido nada do desígnio de Deus a respeito do sacrifício de Jesus, muito menos a respeito dele.

Isso fica, claro, quando Jesus é preso no Monte das Oliveiras. Pedro, tentando defender o Mestre, toma a espada e corta a orelha de um dos servos dos sumo sacerdote (cf. Jo 18,10). Novamente, Simão é repreendido por Jesus que diz: “Guarda a tua espada na bainha. Será que não vou beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18,11). Logo depois, Pedro seguiu Jesus e foi interrogado, por três vezes, se ele não era um dos discípulos de Cristo. Ele negou Jesus nessas três vezes e, como havia sido dito pelo Mestre, imediatamente o galo cantou (cf. Jo 18, 13-27).

Mesmo depois de tudo isso, Jesus aparece para os discípulos e confirma a missão de Pedro, perguntando-lhe, por três vezes se ele O amava. Pedro, por sua vez, repete também por três vezes que O ama. Em resposta, por três vezes, Jesus confirma-o dizendo: “Apascenta as minhas ovelhas”. Depois, Ele continuou dizendo com que tipo de morte Pedro glorificaria a Deus (cf. Jo 21,15-20).

Como compreender que Pedro, depois de tudo o que fez, decepcionado consigo mesmo, ainda poderia realizar a missão que Jesus lhe confiou? Para responder esta questão, nos voltamos para o acontecimento do Pentecostes. Depois, da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, em obediência a Ele, os apóstolos e discípulos estavam reunidos em Jerusalém, juntamente com a Virgem Maria (cf. At 1, 14). Eles estavam unidos em oração quando receberam o Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (cf. At 2, 4).

Depois de receber o dom do Espírito, Pedro começou a pregar e, de uma só vez, mais de três mil pessoas se converteram. O segredo do êxito de Pedro foi a fidelidade na oração em comum, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus. Se queremos ser fiéis à vocação que o Senhor nos confiou, perseveremos na oração na Igreja, em comunidade, junto com Nossa Senhora. Maria, que é cheia do Espírito Santo, nos dá a docilidade necessária para a ação do Espírito em nós. Pelo mesmo Espírito, professamos a nossa fé em Jesus Cristo e podemos ser fiéis à vocação que Ele nos confiou.

sábado, 29 de setembro de 2012

CONTRIBUINTES PODEM CONSULTAR RESTITUIÇÃO DO IR E CPF POR MEIO DE CELULARES E TABLETS



O
s contribuintes com smartphones (celulares capazes de rodar programas) e tablets (computadores em forma de prancheta) podem consultar a situação do CPF e verificar a restituição do Imposto de Renda. A Receita Federal lançou aplicativo com esses serviços para os sistemas operacionais iOS, da Apple, e Android, do Google.

Desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais App Store (integrada ao sistema operacional do smartphone ou tablet), da Apple, e Google Play, do Google.

Nessa primeira versão do programa, a Receita oferecerá quatro serviços: consulta às restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física desde 1999; verificação do CPF; orientação sobre a restituição, com respostas às principais perguntas sobre o ressarcimento aos contribuintes; e avaliação do aplicativo.

De acordo com a secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, a nova ferramenta aumentará a interação entre o Fisco e o contribuinte. “A Receita está sempre buscando aprimorar as relações com o contribuinte, oferecendo novos serviços e novas comodidades para que ele possa interagir cada vez mais com a instituição”, declarou.

Segundo Zayda Manatta, a Receita pretende ampliar os serviços oferecidos por meio de dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MONTADORAS TERÃO DE AUMENTAR CONTEÚDO NACIONAL EM CARROS



E
m 2017, as montadoras terão que produzir automóveis e veículos comerciais leves com 70% de peças produzidas no Brasil ou no Mercosul, em média, para ficarem isentas da alíquota adicional de 30 pontos percentuais de IPI (Imposto de Produtos Industrializados).

A determinação integra o conjunto de novas regras do regime automotivo, que podem ser anunciadas amanhã e têm duas metas principais.

A primeira é aumentar o uso de peças produzidas no Brasil, para fortalecer a cadeia de autopeças e componentes. A segunda é estimular a produção de carros que consumam e poluam menos e o investimento em pesquisa e inovação no país.

A avaliação é que o novo modelo, a vigorar entre 2013 e 2017, permitirá que carros nacionais disputem mercado no exterior. Hoje, eles não atendem às exigências dos países desenvolvidos.

MADE IN BRAZIL
As novas regras representam um aumento nominal pequeno em relação à porcentagem de conteúdo nacional, dos 65% vigentes para 70%.

Na prática, no entanto, a mudança será maior, porque o governo vai mudar a base de cálculo desse percentual. Pelo sistema atual, a conta é feita sobre o faturamento das empresas, podendo incluir até gastos com publicidade. Com isso, o índice de peças nacionais acabava reduzido para em torno de 25%.

Com o novo regime, o cálculo passa a ser feito de acordo com as peças e os produtos utilizados de fato na produção do automóvel.

As novas regras vão fixar metas progressivas de conteúdo nacional (veja tabela).

CONSUMO
O governo determinará ainda que os carros brasileiros melhorem seu consumo médio de 14 km/l de gasolina para 15,9 km/l a partir de outubro de 2016, um esforço de redução de 12,1% em energia consumida por quilômetro.

Se produzirem carros que, em média, rodem 17,3 km por litro de gasolina em 2017, terão direito a um abatimento de dois pontos percentuais na alíquota básica de IPI.

Essa alteração equivale a uma melhoria na eficiência energética de 18,84%.

Para reduzir as emissões de gás carbônico pelos carros nacionais, o governo acertou com as montadoras a meta obrigatória de redução de consumo a ser cumprida nos veículos que serão comercializados entre outubro de 2016 e setembro de 2017.

A meta de eficiência energética fixada para 2017, que deve ser desenvolvida no país até 2016, equivale à definida pela Europa para ser implantada em 2015.

INOVAÇÃO
O governo vai estimular ainda o investimento em inovação tecnológica pelas montadoras. As que investirem 1% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento terão direito a um abatimento de um ponto percentual na alíquota básica do IPI.

Hoje, por exemplo, a alíquota nos veículos a álcool e flex com motores entre 1.0 e 2.0 está reduzida de 11% para 5,5%. Nos modelos a gasolina com motores entre 1.0 a 2.0, de 13% para 6,5%.

Segundo o governo, as montadoras instaladas há mais tempo no país estão adaptadas às novas regras de conteúdo local. As mais atingidas serão as que começaram a se instalar no país nos últimos anos.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

COPA 2014: GOVERNO QUER MAIS ANTENAS PARA SERVIÇOS DE INTERNET



O
 governo vem ampliando a conversa com os prefeitos das cidades-sede da Copa das Confederações para reduzir os empecilhos relativos à dificuldade para a instalação de um número maior de antenas, que serão essenciais para prestação dos serviços de internet de banda larga de quarta geração (4G) a partir de abril de 2013. "Estamos percebendo uma enorme sensibilidade (com as prefeituras) sobre este tema", afirmou o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, após participar nesta terça-feira de seminário sobre o setor de telecomunicações na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo ele, porém, os prefeitos não querem abrir mão da integridade do território e dos espaços urbanos. Alvarez citou o exemplo da cidade do Rio de Janeiro, que poderia passar a contar com um maior número de antenas em sua orla marítima. "É preciso ter uma negociação e uma discussão com prefeitos, não só sobre a densidade e as distâncias (entre as antenas), mas também sobre o paisagismo e o ambiente urbano", afirmou.

O governo está preparando a chamada Lei das Antenas, com abrangência nacional, como forma de poder acelerar a instalação dessa infraestrutura. A dificuldade para a instalação das antenas se deve às mais de 250 legislações municipais que impõem dificuldades para expansão e colocação dessa infraestrutura, como regras ambientais. Segundo a Fiesp, no Brasil há cerca de 50 mil antenas que cobrem o 3G, número próximo ao da Itália, que conta com um território de tamanho semelhante ao de Goiás.

Alvarez acrescentou que, devido às eleições municipais, em outubro, a discussão com as prefeituras sobre a legislação restritiva à instalação das antenas deverá ser retomada a partir de novembro. Questionado se poderia ficar para 2013, ele foi enfático ao dizer que não. "Estamos trabalhando com os prefeitos das sedes da Copa das Confederações para a aceleração das obras (de infraestrutura de telecomunicações)", afirmou.

Com o 4G, o número de antenas precisará ao menos ser triplicado, em relação aos serviços prestados pelo 3G. Apesar da maior capacidade de tráfego de dados, a antena com o sistema de 4G tem uma abrangência de sinal menor e, portanto, requer uma distância menor entre elas. Para triplicar o número de antenas, o departamento de infraestrutura da Fiesp calcula ser necessário investimentos de aproximadamente R$ 37 bilhões.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

SP PRECISA TIRAR 30% DOS CARROS DAS RUAS PARA CIDADE VOLTAR A ANDAR


Ingrid Tavares
Do UOL, em São Paulo

A
 melhora no transporte público e trânsito é uma das prioridades para o paulistano, perdendo apenas para saúde, segurança pública e educação. Mas o clamor por transporte público de qualidade tem duas faces, aqueles que realmente optariam pelo sistema e aqueles que só querem que os outros façam esta opção para desafogar o trânsito. De um jeito ou de outro, a estimativa é que pelo menos 30% da frota ativa da cidade deveria parar de circular para melhorar o problema.

Segundo estudo recente da Rede Nossa São Paulo, para diminuir a bagunça no espaço público, os paulistanos apontaram como prioridades de investimentos do poder público a construção e a ampliação das linhas de metrô e de trem (60%) e dos corredores de ônibus (41%). Segundo Maurício Broinizi, coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo, a melhoria faria boa parte dos entrevistados começar a usar o transporte coletivo com mais frequência.

“As pessoas querem que o transporte público da cidade melhore, sim. Mas não é para elas usarem os ônibus, mas para que os que estão a sua frente liberem espaço no trânsito”, pondera Eduardo Vasconcellos, membro da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), durante encontro promovido pelo IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) em comemoração ao Dia Mundal Sem Carro, em 22 de setembro. “Antes de pedir a pressão da sociedade, a gente tem de entender melhor que sociedade é esta”, afirma.

Vasconcellos afirma que há uma impossibilidade física na rua para comportar mais automóveis – mais de 7 milhões de carros constam nos registros do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). Para a cidade voltar a andar e criar uma relação mais justa com outros meios de locomoção, “é preciso tirar 30% da frota ‘ativa’de São Paulo, que é cerca de 4 milhões de carros”, diz.

RESTRIÇÃO
Para que boa parte dos paulistanos troque o carro por ônibus, trens e metrô – atualmente, mais de 2 milhões afirmam usar o transporte individual todos os dias da semana –, é preciso combater visões políticas desgastadas para redistribuir melhor o espaço viário urbano, diz Alexandre Gomide, diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

“As promessas eleitorais ficam na retórica da melhoria do transporte público, mas os candidatos continuam a construir viadutos só para carros, vias que não podem ser usadas por pedestres, bicicletas ou ônibus”, afirma o economista. “Enquanto isso acontecer, as classes ricas não vão deixar o carro facilmente. O automóvel tem de deixar de ser protagonista para se tornar um coadjuvante da cidade.”

Gomide foi o principal articulador da nova lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que exige dos municípios com mais de 20 mil habitantes apresentar planos de mobilidade até 2015, entre outros pontos. A intenção, diz, é dar instrumentos para que as prefeituras melhorem a estrutura viária. Segundo os especialistas, os governos precisam restringir o uso do carro para que essa divisão saia do papel e chegue até ao espaço público.

"Sou contra o pedágio urbano, sou contra a discriminação econômica. Ela já existe em vários aspectos, não precisamos de mais uma. A gente não pode esperar restrições econômicas, mas políticas públicas”, diz Broinizi. "Quando a gente fizer essa divisão da estrutura urbana entre transporte público, bicicletas, pedestres, a gente restringe o uso do carro. E a gente dá, também, alternativas mais sustentáveis para as pessoas e para as cidades”, conclui.

TRÂNSITO DE SP EM NÚMEROS
-2h33m é o tempo médio de deslocamento do paulistano –independente do meio de transporte (individual ou coletivo)
-1 metro quadrado é o espaço usado por pedestre ou ônibus no sistema viário
-2 metros quadrados é o tamanho da área que a bicicleta toma da rua
-8 metros quadrados é a área do espaço público usada pela motocicleta
-50 metros quadrados é o tamanho que um carro ocupa no espaço público
-44 mil mortes foram causadas pelo trânsito em 2011
-500 mil carros nas ruas já geram congestionamento
-2 milhões de pessoas usam o carro todos os dias da semana
-4 milhões de carros compõem a frota "ativa” nas ruas
-7 milhões é o tamanho da frota cadastrada de carros
-17% da população aprova a adoção do pedágio urbano
-30% dos carros precisam deixar de circular na cidade para melhorar o trânsito
-37% acham positiva a medida de ampliar o rodízio de veículos para dois dias da semana
-41% da população pede mais linhas de metrô
-65% dos motoristas frequentes abandonariam o carro se o transporte público fosse eficiente
-80% dos paulistanos dizem que o trânsito da cidade é péssimo ou ruim
-88% pedem a construção de mais ciclovias
Fontes: ANTP, Detran, Idec, IDS, Ipea, Rede Nossa São Paulo

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ITENS DE SEGURANÇA DEVERIAM SER OBRIGATÓRIOS EM MOTOS BARATAS


Roberto Agresti
Colunista do UOL

O
 veículo de duas rodas motorizado, seja ele um ciclomotor, motoneta, scooter ou motocicleta, ainda enfrenta restrições para ser aceito como válida alternativa contra os crescentes problemas da mobilidade urbana.

Entre vários fatores, o que mais pesa é o estigma de insegurança, efetivamente real pela própria natureza destes veículos, nos quais a probabilidade de danos físicos ao condutor em um acidente é sempre maior. Estudos indicam que uma moto oferece no mínimo oito vezes mais risco que um carro, mas há estatísticas que apontam para cifra bem maior.

Nos últimos vinte anos, o salto tecnológico dado pela indústria automobilística em termos de segurança foi notável. Dentre muitos itens, a evolução dos freios tendo o sistema ABS como astro principal foi significativa. O progresso direcionado para a segurança trouxe a reboque a disseminação dos airbags, o aperfeiçoamento de assentos e cintos de segurança e, finalmente, uma literal invasão da eletrônica por meio de controles de estabilidade e múltiplos aparatos relacionados à proteção ativa e passiva dos ocupantes de um carro. Infelizmente, nas motos tais progressos foram mais tardios. E limitados.

DEMOROU
Os sistemas de freio, suspensões e pneus dedicados a veículos de duas rodas evoluíram fortemente a partir de meados dos anos 1980, porém somente na última década a vasta aplicação da eletrônica presenteou os motociclistas com sistemas que não apenas facilitaram a pilotagem como também contribuíram efetivamente para a segurança. O acelerador eletrônico, também conhecido por "ride-by-wire", associado a sofisticados módulos de gestão do motor, os ECU -- Electronic Control Unit -- fizeram com que as motos de alta performance, apesar de cada vez mais potentes, ficassem mais fáceis de pilotar do que há dez anos.

Poder contar com um recurso como o controle de tração, que em alguns modelos pode ser graduado em diversos níveis de intervenção, e também com a possibilidade de alterar a gestão eletrônica do motor, e consequentemente o modo como a potência se apresenta, faz com que até mesmo usuários menos hábeis se sintam "donos da situação". A consequência disso é o aumento da segurança dos motociclistas especialmente na condução em piso de baixa aderência, sob chuva, ou em pavimentação ruim.

Tais progressos na segurança ativa das supermotos, que salvam seus condutores através de invisíveis "anjos da guarda" eletrônicos mitigando os efeitos de uma acelerada desproposital ou de uma redução de marcha fora de hora não foram, infelizmente, estendidos às motos mais simples.

E NAS MOTOS MAIS BARATAS?
Eletrônica sofisticada, portanto, só está presente em máquinas de preço elevado, modelos exclusivos caracterizados pela extrema potência e restritas a bem poucos usuários. Hoje, no Brasil, é possível comprar um carro popular, um Volkswagen Gol por exemplo, dotado de ABS e airbags. Já no âmbito das motos, a equivalente Honda CG 150 Fan não é ofertada com o evoluído sistema de frenagem antitravamento, uma decisão certamente ditada pelo mercado e pelo custo mais elevado, mas não pelo bom senso.

De fato, a disponibilidade do sistema de frenagem ABS para motos (tema já abordado neste espaço em 10 de agosto passado) começa a surgir apenas em modelos maiores, como nas Honda CB 300R e XRE 300, motocicletas cujo preço é praticamente o dobro da popularíssima CG Fan, e mesmo assim oferecido como caríssimo opcional acrescentando quase 15% ao preço da versão sem o componente.

Por conta disso, a proporção de CB 300R e XRE 300 vendidas com ABS é mínima, 3,8% e 5,2%, respectivamente, de acordo com os dados da ABRACICLO referentes aos oito primeiros meses de 2012. Já no âmbito das motos maiores, onde o custo do dispositivo de frenagem mais segura tem menor incidência, mal alcançando os 10% de acréscimo ao preço total da moto, a aceitação é bem maior. O bom exemplo é a CB 600F Hornet, que de janeiro a agosto deste ano teve quase 33% das vendas centradas no modelo com ABS.

Como dissemos, pela própria morfologia do veículo, o condutor de uma motocicleta está mais exposto a ferimentos em caso de acidentes. A adoção de modernos dispositivos de segurança na motocicleta é, portanto, necessidade premente que deveria se sobrepor a razões comerciais. O exemplo da indústria automobilística, que em breve equipará todos os automóveis com airbags e freios ABS por exigência de lei, deveria inspirar os fabricantes de motos a se anteciparem no intuito de salvaguardar seus clientes, e de quebra atrair novos usuários. O trânsito nas grandes cidades, a mobilidade e principalmente a segurança de um modo geral agradeceriam.

ROBERTO AGRESTI é editor da Revista da Moto! desde 1994. Sua estreia na imprensa automotiva foi em 1984, com passagens pelas revistas Motoshow (atual Motor Show) e Motor 3. Colabora com avaliações de carros no site Best Cars desde 2007, mas sua especialidade e paixão são as motocicletas. A coluna Moto! é publicada às sextas-feiras só em UOL Carros.

sábado, 22 de setembro de 2012

DETRANS DISCUTEM MUDANÇAS EM CNH CATEGORIA “A”



O
 diretor presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas, Lucio de Melo participou de uma reunião extraordinária da Associação Nacional dos Detrans (AND), em Brasília. As propostas de alterações no processo de habilitação de categoria A foi o principal assunto discutido.

As propostas foram sugeridas pelo Detran de Rio Grande de Sul e apresentadas em julho de 2012 durante o XXXVII Encontro Nacional do Detrans realizado em Porto Alegre. Técnicos do Detran/RS expuseram suas reflexões sobre o problema da violência no trânsito relativa aos motociclistas e sugeriram mudanças em regras de circulação, formação e aprovação para os condutores de motocicletas.

Os participantes fizeram suas considerações colocando a experiência de cada Estado e dando sugestões para aprimorar a proposta. Como resultados do encontro foram estabelecidos cinco eixos de debates que variam entre curto e longo prazo e englobam alterações no Código de Trânsito Brasileiro e em resoluções do Conselho Nacional de Trânsito.

Para o diretor presidente do Detran de Alagoas, Lucio de Melo, essas reuniões da AND são muito positivas para discutir políticas visando a melhoria do trânsito no país. “Nesses momentos podemos compartilhar idéias e experiências exitosas em outros estados com o objetivo de alcançarmos um trânsito mais seguro”, disse.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DETRAN ALAGOAS PROMOVE ATIVIDADES EDUCATIVAS NO TRÂNSITO

As ações têm como objetivo orientar a população
sobre os riscos de beber e dirigir.


O
 Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran) realizou uma ação educativa da Operação Lei Seca na manhã da última terça-feira (18), na Avenida Fernandes Lima, em Maceió. A ação deu início ao cronograma de atividades desenvolvido pela Educação para o Trânsito (Edutran) durante a Semana Nacional de Trânsito.

O horário matutino foi escolhido por ser um momento em que há uma grande quantidade de veículos trafegando na avenida e também de pedestres se deslocando para o trabalho. Muitos aproveitaram o momento para observar e interagir com a equipe responsável pela atividade.

“O que está errado tem que ser combatido, tem que acabar com isso, com essa imprudência dos motoristas no trânsito. A Operação Lei Seca não pode parar e toda a sociedade alagoana deve apoiar também, fazendo o seu papel, separando o álcool da direção. Eu apoio”, disse o condutor Everaldo Batista Santos.

A movimentação dos arte-educadores, que ficaram posicionados estrategicamente entre dois semáforos, despertou a atenção da população. Enquanto eles faziam a apresentação indicando o perigo de beber e dirigir, outra equipe distribuía os panfletos com depoimentos de vítimas de acidentes.

A adesão da população à campanha tem sido alta. Além de receber e distribuir o material educativo, os condutores pedem para colar o adesivo com a marca da campanha em seus veículos e dos familiares.

Nós precisamos dessa fiscalização, precisamos educar as pessoas para não cometer erros no trânsito. Acho a campanha muito boa, utilizo a moto para trabalhar e vemos coisas erradas todos os dias. Muita gente morre em acidentes e sempre tem alguém alcoolizado, tem que acabar com isso”, declarou Adriano Antonio Moreira.

O Detran está organizando várias atividades educativas para a Semana Nacional de Trânsito. As ações têm como objetivo orientar a população sobre os riscos de beber e dirigir. Na quarta-feira (19), houve ações de panfletagem nos semáforos, na quinta-feira (20), além dos semáforos foram realizas atividades em bares com a participação de pessoas vitimadas pela mistura de álcool e direção. Esta programação seguirá ao longo de todo o final de semana.