quarta-feira, 21 de março de 2012

CONCEITO DE INFLAÇÃO


Elmo Nélio Moreira

I
nflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos.

Há vários fatores que podem gerar inflação. O aumento muito grande do preço de um item básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso do petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também provoca inflação, pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de seus preços. Em outra hipótese, se o Governo gasta mais do que arrecada, e para pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação, pois está desvalorizando a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem que tenha havido criação de riqueza, de produção. Assim, os bens e serviços continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de produto, o que alguns economistas chamam de dinheiro fraco, dinheiro podre.

O processo inflacionário, quando instalado, é de difícil controle. Funciona como um círculo vicioso, obrigando a realização de reajustes periódicos de preços e salários, com o seu consequente agravamento. E quem mais sofre com tudo isso é a camada mais pobre da população, que não tem como se proteger. Em épocas de inflação galopante, tivemos no Brasil contas bancárias com reajustes diários como forma de repor o poder de compra que o dinheiro perdia de um dia para o outro. Mas as pessoas mais pobres não tinham (e ainda não têm) acesso a contas bancárias, não podendo se utilizar desse benefício. E assim, seu dinheiro valia menos a cada dia.

A Correção Monetária tem o objetivo de minimizar (ou até neutralizar) as distorções causadas pela inflação na economia. Com ela, os valores monetários são reajustados com base na inflação ocorrida no período anterior, calculada por índices que procuram medir as mudanças que ocorrem nos níveis de preços de um período para outro. No Brasil, o cálculo destes índices é feito por entidades credenciadas, como o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Outras instituições também têm elaborado estes cálculos, como a FGV - Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro; FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, ambos em São Paulo; o IPEAD - Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis, em Belo Horizonte, dentre outros.

Os índices de preços, ou de inflação, são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços. É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,6%.

Há diversos índices que são utilizados para medir a inflação, cada um com metodologia de cálculo própria e com utilização específica. Para aferir, por exemplo, a variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população, usa-se o índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC), tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe. Para medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil levou à criação de muitos índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda. Atualmente, os principais são:

IPC Fipe - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FIPE/USP (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de São Paulo, para famílias que ganham entre um e vinte salários mínimos.

IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A coleta de preços é feita entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente, com divulgação no dia 30. É composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M. É um dos índices mais utilizados.

IPC - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FGV, mede a inflação para famílias com rendimentos entre um e 33 salários mínimos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O IPC representa 30% do IGP-M. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 30%.

IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 60%.

INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, calculado pela FGV, mede a variação de preços de um conjunto (cesta) de produtos e serviços utilizados pelo setor de construção civil. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 10%.

IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. É calculado pela FGV entre o primeiro e o último dia do mês. Sua divulgação ocorre por volta do dia 10 do mês seguinte. Mede os preços que afetam diretamente a atividade econômica do País, excluídas as exportações. A exemplo do IGP-M, também é composto pela média ponderada do IPC, IPA e INCC, calculados para o respectivo período.

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e oito salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis. É o índice mais utilizado.

IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. É calculado pelo IBGE nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis.

ICV - Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) mede a variação dos preços em quatro grupos: alimentação, transportes, saúde e habitação. A pesquisa é realizada no município de São Paulo, pegando todas as faixas de renda. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no início da 2a quinzena do mês seguinte.

ICVM - Índice do Custo de Vida da Classe Média. Calculado pela Ordem dos Economistas, a pesquisa é realizada no município de São Paulo tomando como base as despesas das famílias que tenham uma renda mensal na faixa entre dez e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no décimo dia de mês seguinte.

OUTRAS INFORMAÇÕES
- O contrário de inflação, ou seja, a redução do nível de preços chama-se deflação.
- Em sua forma extrema, isto é, quando se encontra fora de controle e com aumentos de preços absurdos, a inflação é chamada de hiperinflação.
- Em períodos de inflação alta, em que os preços chegam a sofrer reajustes diários, a população não retém dinheiro, pois ele se desvaloriza muito rápido. Tão logo recebem o dinheiro as pessoas compram mercadorias, pois se deixarem para o dia seguinte não conseguirá comprar tudo o que conseguem comprar hoje.
- O caso mais grave de hiperinflação que se tem notícia ocorreu na Alemanha, após a primeira guerra mundial, que chegou a acusar um trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro de 1923.

terça-feira, 20 de março de 2012

MPT EM ALAGOAS AJUÍZA AÇÃO CONTRA O SUPERMERCADO EXTRA


Empresa é acusada pelo Ministério Público do Trabalho de discriminar ex-empregados em Maceió.

O
 Supermercado Extra (Cia Brasileira de Distribuição) é alvo de ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas, por supostamente discriminar ex-empregados, impedindo-os de trabalhar no ambiente da empresa como promotor de vendas. A ação pede R$ 500 mil pelo dano moral coletivo gerado pela conduta ilícita da empresa.

Após receber a denúncia, o MPT acionou a empresa para comparecer a uma audiência a fim de esclarecer o ocorrido. Diante da acusação, a representação da empresa negou que tenha cometido discriminação, assim, o MPT pediu que fosse entregue documentos que comprovassem a afirmação. No entanto, o supermercado não apresentou tais documentos no prazo e não atendeu a novos chamados do órgão para que o caso fosse resolvido extrajudicialmente por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Segundo o procurador do Trabalho, que subscreveu a ação, Rafael Gazzaneo Júnior, à conduta da empresa é gravíssima, pois discrimina trabalhadores simplesmente porque foram ex-empregados. “Tal atitude mostra-se flagrantemente inconstitucional. O combate à discriminação é necessário para o avanço de toda sociedade democrática, visando alargar o processo de inclusão social”, comenta.

“No caso em debate, a discriminação se configurou quando a empresa ora demandada, ao desfazer o vínculo jurídico de emprego, impede que os ex-empregados laborem em seus estabelecimentos, ainda que contratados por outras empresas para exercer a função de promotor de vendas. Por se tratar de grande empresa do ramo de supermercado desta e de muitas outras capitais, esta conduta discriminatória termina por inviabilizar que os seus ex-empregados sejam contratados para a referida função, já que a mesma normalmente é exercida no espaço físico desses grandes supermercados”, destacou o procurador.

A próxima audiência judicial será realizada no dia 5 de junho na 5ª Vara do Trabalho de Maceió.

segunda-feira, 19 de março de 2012

ATENÇÃO BÁSICA - MAIS DE R$ 400 MILHÕES PARA REAJUSTE A AGENTES COMUNITÁRIOS



Paula Rosa, da Agencia Saúde – ASCOM/MS

Ministério da Saúde reajuste em 16,3% incentivo financeiro para mais de 250 mil profissionais que atuam no Saúde da Família. Valor passa de R$ 750 para R$ 871 por mês.

O
 Ministério da Saúde aumentou o incentivo financeiro que repassa mensalmente aos municípios, por meio do Piso da Atenção Básica (PAB) variável, para os 250.903 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam na estratégia Saúde da Família. O reajuste é de 16,3%, retroativo ao último mês de janeiro, e eleva o valor do incentivo de R$ 750 para R$ 871. Para garantir este benefício, o investimento do ministério será de R$ 403 milhões por ano, recursos que poderão ser ainda maiores, uma vez que a quantidade de ACSs tem sido crescente.

Os Agentes Comunitários de Saúde são profissionais vinculados às Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Eles realizam ações individuais ou coletivas de prevenção a doenças e promoção de saúde por meio de ações educativas nos domicílios e na comunidade. Com o reajuste, o financiamento anual do Ministério da Saúde para a garantia do incentivo financeiro aos Agentes Comunitários de Saúde passa de R$ 2,5 bilhões para R$ 2,9 bilhões. “Essa previsão considera o número atual de ACSs no país (referente ao mês de fevereiro). Mas, com a expansão da cobertura da Saúde da Família, esse valor poderá chegar a R$ 500 milhões até o final deste ano”, explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. Segundo ele, esses recursos são para remuneração direta dos agentes e pagamento de encargos trabalhistas.

Cada Agente Comunitário de saúde é responsável pelo acompanhamento de, no máximo, 150 famílias ou 750 pessoas. O acompanhamento do trabalho destes profissionais é feito por um enfermeiro da equipe da estratégia Saúde da Família, lotado na respectiva Unidade Básica de Saúde. O agente deve ser vinculado ao município, que deverá aderir à estratégia para receber o incentivo financeiro do governo federal.  “Atualmente, quase 97% das cidades contam com a atuação destes profissionais, o que representa uma cobertura de 122.555.622 brasileiros, ou seja, mais de 64% da população. A nossa intenção é estimular, cada vez mais, a adesão dos municípios pela importância do trabalho que os Agentes Comunitários de Saúde realizam”, acrescenta Helvécio Magalhães.

Para ser um ACS, é preciso que o profissional seja morador (há pelo menos dois anos) da área onde exercerá as atividades, saber ler e escrever, ter mais de 18 anos e disponibilidade de tempo integral para exercer a função de agente comunitário. O recrutamento destes profissionais deve se dar por meio de processo seletivo promovido pelo município, com o acompanhamento da secretaria estadual de saúde.

SAÚDE DA FAMÍLIA – A Saúde da Família é a principal estratégia do Ministério da Saúde para reorientar o modelo de assistência à saúde da população a partir da Atenção Básica, que é a principal e mais próxima porta de entrada do SUS, capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas.

As equipes multidisciplinares que atuam na estratégia são formadas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde para o desenvolvimento de ações de diagnóstico e orientação para o tratamento de doenças, promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação dos pacientes.

Atualmente, o país conta com 32.498 equipes de Saúde da Família atuando em 5.288 municípios, o que representa um percentual de 95% de cobertura pela Saúde da Família. A execução da estratégia é compartilhada pelos estados, Distrito Federal e municípios e coordenada pelo Ministério da Saúde.

domingo, 18 de março de 2012

GOVERNO ESTUDA CRIAÇÃO DE UMA SECRETARIA PARA ARTICULAR POLÍTICAS PARA IDOSOS



O
 governo federal poderá criar uma secretaria para articular as discursões e a implementação de projetos e programas destinados aos idosos, aposentados e pensionistas. A sinalização dessa possibilidade foi dada pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, e pelo ministro-chefe da Secretária-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em reunião realizada com sindicatos e associações de aposentados e centrais sindicais.

A criação da secretaria ainda será submetida à apreciação de outras esferas do governo, principalmente à presidenta Dilma Rousseff. O ministro Garibaldi Alves Filho opinou que se a nova estrutura for criada, ela poderá facilitar e agilizar as negociações entre os aposentados e os diversos órgãos governamentais. “Dentro de dois meses esse grupo voltará a se reunir e tudo indica que vamos ter a possibilidade concreta de anunciar a criação da secretaria nesse período”, afirmou Garibaldi.

Na reunião entre a representação do governo federal e a dos aposentados - realizada no Ministério da Previdência, na manhã desta sexta-feira (16) – também ficou acertado que serão retomadas as discussões do grupo de trabalho técnico das duas partes. Eles aprofundarão o debate a respeito de uma pauta de 15 itens apresentada pelo Sindicato Nacional dos Aposentados.

A pauta de reivindicações inclui pontos como a extinção do fator previdenciário e o reajuste e recuperação do poder de compra dos benefícios dos aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo. Sobre esses dois itens, o ministro Gilberto Carvalho antecipou que eles não serão atendidos de imediato. O governo continuará centralizando esforços para que a economia continue crescendo e, dessa forma, evitar qualquer perda para o trabalhador brasileiro.

“Nesse momento de crise, não há como acenar com novos direitos. Vamos manter o reajuste da inflação que desde o governo Lula nós asseguramos aos aposentados. Por outro lado, a presidenta Dilma Rousseff deixou claro que, havendo uma mudança na conjuntura, se houver um crescimento melhor no segundo semestre, as negociações em torno de um aumento real para as aposentadorias acima de um salário mínimo poderão ser reabertas”, explicou Gilberto Carvalho.

sábado, 17 de março de 2012

POLÍCIA FEDERAL ABRE 600 VAGAS PARA AGENTES E PAPILOSCOPISTAS

Agentes e papiloscopistas serão contratados.

A
 Polícia Federal lançou dois editais de concurso público para preencher 100 vagas de papiloscopista e 500 de agente de Polícia. A remuneração é de R$ 7.514,33 para os dois cargos. Os editais foram publicados no Diário Oficial da União de ontem. Para concorrer, os candidatos devem ser maiores de 18 anos e ter diploma de nível superior em qualquer área e carteira nacional de habilitação, categoria B, no mínimo.

Os interessados devem se inscrever até o dia 3 de abril, apenas pela internet no site do Cespe/UnB (www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_agente e www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_papiloscopista), que é a instituição organizadora do concurso público.

A taxa custa R$ 125 e deve ser paga por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança), disponível no site. O pagamento pode ser feito em qualquer banco, em casas lotéricas ou nas agências dos Correios. Para quem não possui acesso à internet, foram disponibilizados pontos de inscrição por todo o País.

Segundo o edital, o agente de Polícia Federal deverá executar “investigações e operações policiais na prevenção e na repressão a ilícitos penais, entre outras atividades de interesse do órgão”. Já o papiloscopista deverá “executar, orientar, supervisionar e fiscalizar os trabalhos papiloscópicos de coleta, análise, classificação, subclassificação, pesquisa, arquivamento e perícias, bem como assistir à autoridade policial e desenvolver estudos na área de papiloscopia, entre outras atividades”. A remuneração de R$ 7.514,33 é para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

PROVAS
O concurso será realizado pelo Cespe/UnB em todas as capitais e no Distrito Federal em duas fases.

A primeira será a seleção composta por prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica e investigação social. A aplicação da prova objetiva está prevista para 6 de maio. Os locais e os horários dos exames objetivo e discursivo serão divulgados no site www.cespe.unb.br/concursos, na data provável de 30 de abril.

A segunda etapa consistirá do Curso de Formação Profissional, de responsabilidade da Academia Nacional de Polícia, a ser realizado no Distrito Federal, podendo ser desenvolvidas atividades, a critério da Administração, em qualquer unidade da Federação.

As vagas serão disponibilizadas, preferencialmente, nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima e em unidades de fronteira.

sexta-feira, 16 de março de 2012

MINISTÉRIO PÚBLICO, OAB E PROCON AJUIZARAM AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA A TIM EM ALAGOAS


MPE, OAB e PROCON cobram projeto de ampliação de rede e prazo para melhorias no serviço.

O
 Ministério Público Estadual em Alagoas (MPE-AL), a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) e o PROCON-AL ajuizaram na última terça-feira (13) ação civil pública coletiva com pedido de antecipação dos efeitos da tutela contra a empresa de telefonia TIM Nordeste Telecomunicações S.A, pela má qualidade de serviços prestados pela operadora em razão do crescente congestionamento no tráfego de voz e dados na sua rede. O processo foi distribuído para a 18ª Vara Cível da Fazenda Estadual, por ter o Estado de Alagoas (PROCON) entre os autores.

A ação pede a concessão de liminar determinando a proibição da comercialização de novas assinaturas de telefonia TIM ou a habilitação de outras linhas, além impedir a implementação de portabilidade de códigos de acesso de outras operadoras. A proibição persistirá até que a empresa comprove o perfeito o funcionamento dos equipamentos necessários e suficientes para atender às demandas dos consumidores.

A petição solicita ainda melhorias no serviço prestado pela TIM no prazo de 30 dias, como a apresentação de um projeto de ampliação da rede com o objetivo de atender a demanda, considerando o grande número de bloqueio e quedas de chamadas telefônicas.

Durante o período da determinação judicial, será proibida a comercialização de chips da operadora. Em caso de descumprimento do prazo ou das exigências, a TIM poderá ser condenada a pagar multa diária no valor de R$ 10 mil.

A ação requer também a listagem completa com os dados cadastrais de todos os clientes da TIM, desde outubro de 2010, contendo informações da data de adesão ao serviço e também de saída.

No caso de clientes pré-pagos, a ação pede que sejam apresentados os dados conforme os possua, com o objetivo de viabilizar o cumprimento de decisão de mérito, na hipótese de haver possível retardamento no tempo e para que, naquele momento futuro, a TIM não possa alegar que não possui os dados.

A ação pede a condenação de pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, que serão recolhidos ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor.

REPRESENTAÇÃO E CPI
A ação civil pública foi proposta após a instauração, pelo Ministério Público Estadual, de um Inquérito Civil Público, que teve como base representação formulada pela Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/AL, na qual foi encaminhado o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TIM, que evidenciou diversas irregularidades nos serviços prestados pela operadora.

A ação também utilizou informações de um relatório de fiscalização produzido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que apontou para um subdimensionamento no sistema operacional da TIM; e em relatório encaminhados pelo PROCON-AL, onde se verificam a instauração de dois processos administrativos, com decisões condenatórias, em desfavor da TIM.

“Os documentos demonstram a necessidade urgente do ajuizamento da presente demanda, não havendo outra solução, que não seja a via judicial, com o escopo de que o Judiciário restabeleça em Alagoas, o direito que tem todos os consumidores a uma prestação de serviço de qualidade e não discriminatória”, justificam os autores na petição de 55 páginas.

A ação foi subscrita pelos promotores de Justiça Max Martins de Oliveira e Silva e Denise Guimarães de Oliveira, da Promotoria Coletiva Especializada da Defesa do Consumidor da Capital, e Delfino Costa Neto, do Núcleo de Defesa do Consumidor; e também pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/AL, José Tenório Gameleira, e pelo superintendente do PROCON-AL, Rodrigo Santos Cunha.

O processo está tramitando na Justiça Estadual de Alagoas sob o nº 0704714-11.2012.8.02.0001.

quinta-feira, 15 de março de 2012

GOVERNO VAI AMPLIAR A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO PARA CINCO SETORES DA INDÚSTRIA


Guido Mantega,  ministro da Fazenda 

O
 governo vai ampliar a desoneração da folha de pagamento para cinco setores da indústria brasileira, com redução da alíquota de contribuição sobre o faturamento. Antes disso, vai agendar reuniões com os vários segmentos no Ministério da Fazenda.

A medida integra o programa Brasil Maior. No ano passado, o governo desonerou a folha de pagamento dos setores de calçados, móveis, confecções e software. Os quatro segmentos tiveram zerada a contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é de 20%. Em contrapartida, foi criada uma contribuição sobre o faturamento com uma alíquota a partir de 1,5%, de acordo com o setor.

A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última terça-feira (13), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ele não citou os segmentos a serem beneficiados com a redução.
Mantega reforçou que a desoneração da folha é uma das prioridades do governo porque em todo o mundo há uma redução no custo do trabalho. “Na China é assim, nos Estados Unidos também e os europeus estão fazendo o mesmo”, citou.

Ele observou, no entanto, que a estratégia brasileira não inclui a redução de salários ou mudanças na previdência, como ocorre nesses países. “Nós estamos em outro momento. Esse não é o nosso caminho. Nosso desafio é reduzir o custo da folha”.

Questionado pelo senador Armando Nogueira sobre o fraco desempenho da indústria manufatureira, que registrou deficit de mais de US$ 90 bilhões registrado no ano, o ministro disse que o governo está atento aos efeitos da crise no setor. “Não vamos abandonar a indústria e ficar dependente só de commodities agrícolas”.

CÂMBIO
Durante a audiência, o Mantega reafirmou que um dos desafios do governo para 2012 é manter o câmbio em um melhor patamar para os exportadores.

O senador Blairo Maggi alertou que a taxação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em 6% nos empréstimos externos, que teve como alvo principal o capital especulativo, acabou por atingir também o exportador que acaba optando pelo Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) para se financiar com recurso de curto prazo.

O ministro respondeu que o governo pode aperfeiçoar os mecanismos e encontrar uma solução para o exportador que faz hedge e não especulação. “Muitas vezes podemos tomar medida que tem efeito colateral. Quando colocamos a alíquota de 1% no mercado de derivativos, por exemplo, atingimos o exportador que faz hedge. Agora estamos estudando como eliminar o efeito colateral”, afirmou.

Mantega voltou a citar as medidas que o governo vem adotando para evitar a valorização excessiva do real frente ao dólar, que prejudica a indústria nacional. “Todas as entradas estão vigiadas”, afirmou, citando a taxação das tomadas de crédito de bancos e empresas no exterior com prazo inferior a cinco anos. Ele também lembrou que o governo taxa em 6% de IOF as aplicações em renda fixa e enfatizou que de janeiro a março de 2011 entram no País US$ 36 bilhões via conta financeira.

“É uma enormidade para o Brasil e foi aí que começamos a adotar o IOF. Estaremos alerta e nunca vamos deixar criar uma bolha financeira. Não é interessante uma empresa ou banco se endividar em moeda estrangeira, porque se muda o cenário ele pode quebrar”, completou ele.

ICMS
O ministro voltou a defender o fim da guerra fiscal entre os estados, a partir da aprovação, pelo Legislativo, do projeto de resolução nº 72, que uniformiza a alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas.

“Seria um avanço para o País, seria um avanço para a produção se nós conseguíssemos homogeneizar o ICMS interestadual de modo a reduzir as alíquotas do interestadual, porque isto reduz a guerra fiscal”, disse Mantega, que acredita que o imposto interestadual de importação é deletério e prejudicial para a indústria brasileira, pois estabelece subsídios para quem importa e não para quem produz no País. “Dá um subsídio de cerca de 10%”, informou.

Para ele, a guerra fiscal está presente em praticamente todos os estados. “As regiões mais ricas acabaram adotando e vão chegar a um paradoxo jurídico porque vão pipocar ações de inconstitucionalidade”, alertou, acrescentando que tem tentado evitar a judicialização do tema.
Além disso, o ministro lembrou que o governo federal se dispôs a criar um fundo para compensar os estados que podem ter perda de arrecadação com a uniformização da alíquota do ICMS. “A União tem que zelar para que todos os estados tenham uma situação boa, favorável.”

PANORAMA
O ministro Guido Mantega fez também uma apresentação em que tratou dos desafios do crescimento num cenário de crise global. Em sua avaliação, no ano de 2012, a economia internacional vai desacelerar mesmo com o equacionamento dos problemas das dívidas soberanas dos países europeus. “Avançados e emergentes terão crescimento menor em 2012, com média de crescimento mundial de 3,1%”, estimou.

A eficácia das medidas adotadas pelo governo brasileiro para evitar a valorização excessiva do real foi destaca pelo ministro que, disse que, sem atuação do governo no mercado de câmbio, o dólar estaria a R$ 1,40 e a indústria brasileira quebrada. Por isso, ele afirma que administrar o câmbio está entre os principais desafios para o Brasil em 2012. “Não podemos fazer papel de bobo e nos deixar levar pela manipulação cambial”, reforçou.

Também entre os desafios para este ano, citou a necessidade de aumento dos investimentos em infraestrutura de forma a atender a movimentação comercial de US$ 500 bilhões/ano no País. Para isso, disse ser necessário reduzir os custos da logística dos postos, aeroportos e ferrovias, além dos custos com energia.

O controle da inflação também faz parte dos desafios para 2012. “Manter a inflação sob controle é uma questão de honra deste governo”.

Fonte: Ministério da Fazenda

quarta-feira, 14 de março de 2012

AS CRIANÇAS E A INTERNET - Como orientar o uso.



A
 Internet pode ser um ótimo local para aprender, se divertir, bater papo com os amigos da escola e simplesmente relaxar e explorar. Mas, assim como no mundo real, a Web pode ser perigosa para as crianças. Antes de permitir que seu filho permaneça online sem a sua supervisão, estabeleça algumas regras com que todos concordem.

Se você não sabe por onde começar, aqui estão algumas ideias sobre que pontos abordar com seus filhos para ensiná-los como usar a Internet com segurança.

1. Incentive seus filhos a compartilhar suas experiências na Internet com você. Divirta-se na Internet junto aos seus filhos.

2. Ensine-os a confiar em seus instintos. Se alguma coisa online fizer com que se sintam nervosos, eles devem lhe contar.

3. Se seus filhos visitam salas de bate-papo, usam programas de mensagens instantâneas, videogames online ou outras atividades na Internet que exijam um nome de logon como identificação, ajude-os a escolher um nome que não revele nenhuma informação pessoal sobre eles.

4. Insista para que nunca informem seu endereço residencial, número de telefone ou outras informações pessoais, como onde estudam ou onde gostam de brincar.

5. Ensine a seus filhos que a diferença entre certo e errado na Internet é a mesma que na vida real.

6. Mostre a eles como respeitar os outros online. Explique que as regras de bom comportamento não mudam apenas por estarem em um computador.

7. Insista para que respeitem a propriedade de outros online. Explique que fazer cópias ilegais do trabalho de outras pessoas, como música, videogames e outros programas, é roubo.

8. Diga a eles que não devem nunca encontrar amigos virtuais pessoalmente. Explique que os amigos virtuais podem não ser quem eles afirmam ser.

9. Ensine a eles que nem tudo o que lêem ou vêem online é verdade. Encoraje-os a perguntar a você se não tiverem certeza.

10. Controle as atividades online de seus filhos com software de Internet avançado. Os controle de menores podem ajudar a filtrar conteúdo ofensivo, monitorar os sites visitados pelos seus filhos e descobrir o que fazem lá.

COMO ENSINAR SEUS FILHOS A
EVITAR INFORMAÇÕES FALSAS ONLINE
A Internet oferece inúmeros recursos e oportunidades para aprender, mas também contém uma grande quantidade de informações que pode não ser nem útil nem confiável. Como qualquer um pode publicar comentários ou informações na Internet, os usuários precisam desenvolver algumas habilidades de pensamento crítico, para julgar a veracidade das informações disponíveis online.

Isso é particularmente verdadeiro para crianças que tendem a acreditar que "se está na Internet, deve ser verdade". Tradicionalmente, os recursos impressos sempre tiveram seus meios de proteção — como editores, revisores ou verificadores de fatos — para eliminar erros, mentiras e informações pouco precisas. Entretanto, em muitos casos, a Internet não possui esses meios de proteção para verificar a validade das informações publicadas online.

Ensine as crianças como a Internet funciona e explique que qualquer um pode criar um site da Web, sem que ninguém lhe pergunte nada. Ensine-os a usar vários recursos de informação e a verificar, questionar e confirmar o que encontram online.

DICAS PARA AJUDAR AS CRIANÇAS A
IDENTIFICAR INFORMAÇÕES FALSAS

• Inicie enquanto eles ainda são pequenos. Atualmente, até mesmo as crianças em idade pré-escolar estão usando a Internet para buscar informações. Portanto, é importante ensiná-las desde cedo a distinguir fatos de opiniões, bem como a reconhecer informações tendenciosas, persuasivas ou preconceituosas.

• Faça perguntas aos seus filhos sobre as informações que encontram online. Por exemplo, qual o propósito do site? Divertir? Vender? O site contém informações de contato sobre o autor ou uma seção "Sobre nós"? O site é patrocinado por uma empresa, pessoa ou é uma discussão pública? A Internet é o melhor local para encontrar as informações que está procurando?

• Ensine-os a confrontar sempre as informações que coletam online com as de outras fontes. Consulte outros sites da Web ou mídias — como jornais, revistas e livros, para verificar as informações. Incentive-os a perguntar a você também.

• Encoraje-os a usar várias fontes de informações, não apenas a Internet. Leve-os à livraria ou compre uma boa enciclopédia em CD-ROM, como a Microsoft Encarta. Isso lhes fornecerá acesso a fontes de informações alternativas.

• Ensine-os técnicas eficazes para encontrar informações online. Isso irá melhorar muito suas habilidades de obter informações de qualidade. Uma maneira de conseguir isso é incentivando-os a usar vários mecanismos de pesquisa, em vez de apenas um.

• Converse sobre ódio e racismo com seus filhos. Os filtros de software podem ajudar a bloquear alguns materiais desse tipo. Entretanto, seus filhos devem saber o que é o racismo e conhecer os eventos mundiais, de forma que possam reconhecer um conteúdo promotor de ódio. Saiba mais sobre Como lidar com conteúdo promotor de ódio na Internet.

Fonte: www.microsoft.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

GOVERNO PODE ANTECIPAR MUDANÇA NA REMUNERAÇÃO DA POUPANÇA


Governo teme migração em massa de recursos que estão em fundos de investimento.

O
 governo poderá acelerar o envio ao Congresso Nacional da proposta de mudança na remuneração da caderneta de poupança por causa do temor de um movimento antecipado de migração de recursos que hoje estão depositados nos fundos de investimento. As informações de que as mudanças em estudo devem atingir apenas depósitos novos ampliaram o risco de que investidores que têm aplicações que já começam perder em rentabilidade para a poupança se antecipem à mudança para garantir, no futuro, um ganho maior que só será assegurado aos antigos depositantes da caderneta.

Segundo apurou o Estado, essa é uma preocupação que está presente no radar do governo e motivo de divisão na equipe econômica sobre a melhor estratégia para enfrentar o problema, agora que o Banco Central (BC) acelerou ainda mais a redução da taxa básica de juros. Economistas de dentro e fora do governo já falam na possibilidade de a taxa Selic cair para 8,5% ainda este ano, tornando a decisão mais urgente. Esse nível é considerado uma espécie de limite aceitável para que a mudança seja feita.

O vazamento da informação de que o governo estuda preservar da mudança os depósitos antigos das cadernetas - justamente para facilitar a aprovação da medida pelos parlamentares em ano de eleições - acabou se transformando num problema maior para a equipe econômica. “Tem potencial para aumentar ainda mais o ruído junto à população, o que já começa a acontecer”, admite um integrante da equipe.

Segundo uma fonte do governo, que defende a mudança para logo, a presidente Dilma Rousseff está atenta a todas as implicações do risco em retardar a decisão. Há uma preocupação que a demora se torne, mais à frente, um entrave para a queda dos juros. Mas os problemas da presidente com a sua base aliada, após o Senado ter rejeitado sua indicação para a direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres, dificultam mais a decisão. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

POR QUE COMPRAR UM TABLET?


Elis Monteiro *

E
le não é um telefone, mesmo que possa fazer chamadas de voz usando softwares específicos; não tem o tamanho confortável nem o teclado de um computador; não  é portátil como um celular; não cabe na bolsa, se esta for pequena; não é perfeito para a digitação de textos, mas quem precisa disso, certo? Estamos falando de um aparelhinho que, a princípio, não só não se encaixa em categoria nenhuma como traz uma série de deficiências. Os tablets ou e-readers como o iPad, da Apple, e o Samsung Galaxy Tab, da Samsung, são os mais novos sonhos de consumo do mundo geek. Não se pode explicar muito bem o que são e para que servem, embora a maioria fique com a boca cheia d’água quando vê um!

Há tempos o mercado vem tentando emplacar um aparelho desse tipo. Nunca deu muito certo porque faltava um ingrediente mágico: o mundaréu de aplicativos que fazem com que os tablets sejam um universo de diversão. O pozinho mágico de Steve Jobs também ajudou um bocado e o iPad fez a diferença: abriu as porteiras para os modelos da concorrência tentarem fazer o que sempre fazem –  algo parecido com um produto Apple.

O iPad é mesmo “essa coca cola”  toda, isso é certo. Mesmo que a princípio não sirva para nada. Fato é que, depois que se põe a mão em um, ele passa a servir para tudo: ler livros com um conforto relativo (o brilho incomoda um pouco os olhos), jogar, twittar, facebookar, organizar agenda, calendário, tudo com a pontinha dos dedos e numa tela gigante quando comparada à de um telefone. E como não podia deixar de ser, para fazer inveja nos outros ele é um achado!

Os livros e revistas disponíveis na função Books só fazem encher os olhos e, para deixar o consumidor com o gostinho de “quero mais”, é possível baixar muitos exemplares de livros de graça – a maioria já caiu em domínio público, ou seja, não há pagamento de direitos autorais. Depois que se entra na função Books, a sensação é a de estar dentro de uma biblioteca, com direito a estantes e tudo o mais. O aplicativo é muito bem feitinho e é gostoso ver as estantes se enchendo, tal qual na vida real. Falta a possibilidade de marcar a página com a unha, assim como o cheirinho de papel velho que os amantes de livros adoram, mas há compensações, como a praticidade.

Passear pela App Store, a loja de download de aplicativos do iPad e do iPhone, é uma gostosa diversão. Encontra-se desde robôs dançantes a gatinhos que arranham a tela, passando por softwares de correção instantânea de fotos e jogos viciantes como o Angry Birds, coqueluche da hora.

Para levar no avião, no metrô ou no ônibus, nada melhor que uns livrinhos digitais, uma coisa tão louca que, depois que você começa a usar, fica se perguntando como pôde viver sem aquilo até agora. E viveu, e bem, mas sem a delícia de correr com os dedos pela tela, usar um fonezinho para fazer ligações (sim, o iPad 3G também serve para falar, desde que se use o Skype ou outro programa de Voz sobre IP) ou simplesmente jogar Paciência.

Brinquedo de gente grande talvez seja a melhor definição para um tablet. Ele não faz muita diferença quando o assunto é trabalho – a não ser que se adote um tecladinho e um apoio para que ele fique na posição de desktop. Eis uma boa saída para quem está querendo aposentar o notebook velho de guerra ou até mesmo, coitado, aquele netbook que chegou há tão pouco tempo e já está sendo posto de lado. O meu está – e agora fico tentando arrumar espaço para tudo isso dentro da bolsa. Porque o iPad é como o iPhone – acaba virando um bichinho de estimação, uma extensão do nosso corpo. Simplesmente porque carregam aquilo que mais amamos – as fotos, a organização pessoal, as mensagens queridas, os programas para falar com família e amigos onde quer que se esteja e, claro, um design arrebatador porque, como dizia o mestre Nelson Rodrigues, que me desculpem os feios, mas beleza é fundamental.

E antes que perguntem que modelo de tablet vale mais a pena levar para casa – se iPad ou Samsung Galaxy Tab, por exemplo – arrisco-me a dizer, do alto de quem conhece bem os dois, que o iPad é mais bonito, mais vistoso e tem uma maçã lindona nas costas. Mas o Galaxy Tab é mais máquina. Se não fosse a conexão redonda que meu iPad tem com o meu MacBook e com meu iPhone, eu levaria para casa o Galaxy Tab sem pestanejar.

*Elis Monteiro é repórter e colunista do caderno Info etc do Jornal O Globo, foi repórter especial do caderno Informática do Jornal do Brasil, onde participou da equipe responsável pela criação do caderno Internet.

domingo, 11 de março de 2012

BOM HUMOR É FUNDAMENTAL!


Lívia Torres*

V
ocê já parou pra pensar do que o bom humor é capaz? Além de fazer bem pra pele, pro espírito, faz bem também pra saúde. Só para se ter uma idéia, com um riso, o hormônio do estresse, que é produzido pelas glândulas suprarenais, são reduzidos; as lágrimas passam a ter mais imunoglobulinas, um anticorpo de defesa contra algumas infecções oculares; se reduz a tensão muscular, além de se ativar a produção de endorfinas.

Mas, o que o bom humor tem a ver com o seu trabalho? A resposta parece simples: uma pessoa feliz trabalha melhor e, consequentemente, produz mais. Além disso, o bom humor favorece um melhor relacionamento entre as pessoas e, particularmente, colabora para um ambiente de trabalho mais agradável. O bom humor ainda atrai as pessoas e ajuda a criar e fortalecer relacionamentos, isso tudo sem enfraquecer sua imagem, se você souber usá-lo na dose certa, é claro.

Ser simpático e dispor sempre de um sorriso pode ser muito útil em situações embaraçosas, gafes ou até naquelas tentativas de “puxadas de tapete” por parte de algum colega. Mostra que você tem equilíbrio e, antes de tudo, confia no seu trabalho. Uma pessoa motivada e autoconfiante não tem medo de rir de si mesma, muito menos se intimida em uma situação constrangedora. Dispõe sempre do bom humor e da simpatia para reverter situações desfavoráveis.

Mas, tudo deve ser na dose certa. Achar graça de tudo, rir por nada toda hora, fazer mil piadas sempre pode sim comprometer sua imagem, e você passar a ser visto como “o bobo da corte”. Será chamado sempre para contar piadas, animar o pessoal, mas pode ser deixado de lado em reuniões importantes, ou seja, suas qualidades profissionais podem ficar em segundo plano comparadas ao seu imenso sucesso em ser o palhaço da turma. No ambiente profissional, devemos ter tato para saber a hora certa de contar uma piada para descontrair ou se portar de modo mais sério.

Se você é daqueles em que o bom humor passa longe, ao acordar, pense em tudo de bom que há na sua vida: nos amigos que possui, na sua família, no seu emprego. Pense que você é um privilegiado em poder ver, sentir, falar, ouvir. Pense que a vida é uma benção, e que os problemas são muito pequenos se pensarmos em tudo que a vida nos proporciona de bom e na alegria que é estar vivo. Leve a vida leve e, assim, não haverá mau humor que resista. Pra ajudar no seu cultivo do bom humor, vão aí umas dicas: durma bem, pratique uma atividade física e tenha uma alimentação rica em nutrientes e fibras!

E que, com isso, você tenha um bom trabalho!

*Lívia Torres. Colunista da RJNET. Formada em Jornalismo pela PUC-RJ e pós-graduanda em Marketing Empresarial pela UFF. Já trabalhou em organizações como a FIRJAN e hoje atua com Comunicação e Marketing em uma empresa de grande influência no segmento de Tecnologia da Informação.