sábado, 4 de agosto de 2012

RANKING DOS JUROS



T
axas cobradas das pessoas físicas pelos cinco maiores bancos, em ativos totais*, em % ao mês.


CHEQUE ESPECIAL
Santander/Real
10,19
Itaú Unibanco
8,63
Bradesco
8,56
Banco do Brasil
5,40
Caixa
4,29


AQUISIÇÕES DE BENS
Caixa
5,95
Santander/Real
3,83
Bradesco
3,18
Banco do Brasil
1,93
Itaú Unibanco
**


AQUISIÇÕES DE VEÍCULOS
Bradesco
1,58
Santander/Real
1,55
Caixa
1,49
Itaú Unibanco
1,49
Banco do Brasil
1,20

CRÉDITO PESSOAL
Bradesco
4,44
Itaú Unibanco
3,49
Santander/Real
3,43
Banco do Brasil
2,34
Caixa
2,09
* Pesquisa realizada de 13 a 19 de julho;
** % não informado.
Fonte: Banco Central

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ONU PROPÕE CAMPANHA CONTRA AIDS DURANTE A COPA



R
epresentantes da Unaids, o programa conjunto das Nações Unidas (ONU) de combate ao vírus HIV. O objetivo do encontro foi propor a campanha Cartão Vermelho para a Aids, que promoverá ações de combate e prevenção durante a realização da Copa do Mundo da FIFA 2014 no Brasil. A campanha foi realizada na África do Sul e contou com o apoio do Ministério do Esporte e Lazer sul-africano e dos capitães de 28 seleções participantes do Mundial de 2010, por meio da assinatura de um termo de cooperação.

Participaram do encontro o coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o diretor executivo da Unaids, Dibril Diallo, a deputada federal Alice Portugal, a vereadora de Salvador Olívia Santana, o secretário da Secopa da Bahia, Ney Campello, e o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, além de representantes da Assessoria Internacional e da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Diretos do Torcedor do Ministério do Esporte.

O diretor do programa da ONU, Dibril Diallo, explicou que o foco das ações é o público jovem. Segundo dados da entidade, dos 34 milhões de infectados com o vírus em todo o mundo, metade tem entre 15 e 24 anos. “Em junho de 2010, lançamos essa iniciativa e trabalharemos com ela até 2014. Na Copa do Brasil, o objetivo é usar o poder e a popularidade do esporte contra a Aids”, afirmou Diallo, ressaltando que em três anos a entidade pretende alcançar o que chama de “meta dos três zeros”:zero discriminação, zero contaminações e zero mortes relacionadas ao vírus.

- Queremos desenvolver a campanha de forma global, antes e durante a Copa, com estratégias de comunicação que envolvam os serviços públicos, a participação dos prefeitos das 12 cidades-sede e personalidades do futebol – completou Diallo.

- A campanha já apresentou resultados importantes. É fundamental contar com o apoio tanto dos ministérios do Esporte e da Saúde quanto das federações e personalidades de futebol. A Copa é do mundo, logo acreditamos que essa campanha deve envolver todas as seleções – defendeu a vereadora Olívia Santana.

VISIBILIDADE
Para Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a visibilidade da competição em 2014 contribuirá para o sucesso da campanha. “Este é um bom momento para trazer à tona essa discussão, que normalmente só acontece no carnaval e no dia 1º de dezembro (dia mundial de prevenção contra a Aids), enquanto a prevenção é necessária e é realizada durante todo o ano”, disse. “O combate à Aids pode ser relacionado aos eventos esportivos que estamos vivendo, e a Copa pode ser determinante para disparar esse cuidado com a juventude”, completou a deputada Alice Portugal.

- A Copa não é só a celebração do futebol, mas um momento que será acompanhado por mais de três bilhões de pessoas. Nós sabemos da dimensão desse evento. É uma oportunidade que o Brasil tem de enfrentar seus desafios, assim como foi na África do Sul. Queremos motivações que não sejam somente brasileiras, mas de toda a humanidade, deixando uma herança para o mundo, com resultados na saúde, educação, desenvolvimento humano e no combate ao racismo – afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Estabelecido em 1994, por uma resolução do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), e lançado em janeiro de 1996, o Unaids é guiado por uma Junta de Coordenação de Programas, com representantes de 22 governos de todas as regiões geográficas, além das agências co-patrocinadoras (Acnur, Banco Mundial, OIT, OMS, PMA, PNUD, Unesco, UNFPA, Unicef e UNODC), do Secretariado do Unaids e de cinco representantes de organizações não-governamentais, incluindo associações de pessoas portadoras do vírus HIV.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MERCADO PREVÊ BAIXO CRESCIMENTO DO PIB E AUMENTO DA INFLAÇÃO


E
m meio a um compasso de espera por mais indicadores domésticos e diante de uma melhora do cenário internacional, o mercado manteve suas perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a Selic neste ano. Entretanto, voltou a elevar a projeção para a inflação, segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.

Apesar da persistente dificuldade da economia brasileira em deslanchar, mas sem indicadores de peso na última semana, os analistas consultados na pesquisa do BC mantiveram a projeção de expansão do PIB de 1,9% em 2012.

Para 2013, a projeção, entretanto, foi reduzida para 4,05%, ante 4,10% anteriormente.

Ainda assim, uma série de indicadores mostrando aceleração dos preços recentemente levou os analistas a elevarem pela terceira semana seguida seus números para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa agora é de que encerre o ano a 4,98%, ante 4,92% na semana anterior.

PARA 2013, A EXPECTATIVA FOI MANTIDA EM 5,50% NA ÚLTIMA PESQUISA
Em relação à Selic, após o oitavo corte seguido realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para a mínima recorde de 8%, o mercado também não mudou sua visão e manteve a estimativa de que a taxa básica de juros terminará o ano a 7,50%. Para 2013, a previsão também foi mantida em 8,50%.

Analistas avaliaram que a ata da última reunião do Copom, na qual o conselho reafirmou que novos cortes na Selic têm de ser feitos com “parcimônia”, indica que pode haver pelo menos mais uma redução em agosto, quando o comitê de reúne novamente.

Entretanto, o cenário mais otimista nos mercados em relação às expectativas de novas medidas de estímulo econômico para a Europa pode aumentar as chances de o BC ser mais conservador na trajetória de redução da Selic, segundo analistas. Essa idéia ganhou força com líderes europeus afirmando que farão o possível para defender o euro.

EXPECTATIVA
O mercado aguarda a divulgação da produção industrial brasileira de junho na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já que é o principal setor que vem impedindo uma recuperação mais robusta da economia brasileira.

O governo já cortou a previsão de crescimento do PIB de 4,5% para 3%, embora ainda seja melhor que a perspectiva do BC, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, sustentou na semana passada que já existem indicações de que a economia está acelerando, e que estoques da indústria abaixo do visto no ano passado abririam espaço para o crescimento na produção conforme a demanda aumentar.

Por sua vez, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi elevada ligeiramente para 1,96 real por dólar, ante 1,95 real por dólar na semana anterior.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PREÇOS AO PRODUTOR DESACELERAM EM JUNHO



O
 Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado na manhã da terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve a primeira desaceleração desde fevereiro (-0,42%), revertendo uma trajetória de alta de preços. O IPP subiu 1,13% em junho ante o mês anterior. A alta da taxa de maio foi revisada de 1,65% para 1,69%. Até o mês passado, o IPP acumula altas de 4,53% no ano e de 6,66% nos últimos 12 meses.

O IPP mede a evolução dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. Desses, 22 apresentaram variações positivas de preços. Em maio, haviam sido 19 atividades. No período, as quatro principais variações positivas de preços partiram de alimentos (2,32%), bebidas (2,28%), papel e celulose (2,06%) e móveis (2,04%).

"Alguns setores estão aumentando o preço. Mas o aumento é um pouco menor do que em meses anteriores. É o caso do setor químico. De forma geral, a desaceleração da alta de preços é o que vai influenciar todo o IPP. Não sei dizer se é uma questão de demanda, mas é fato que a produção está caindo", afirmou o gerente do IPP, Alexandre Brandão.

As principais influências no IPP partiram de alimentos (0,45 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,17 pp), veículos automotores (0,08 pp) e papel e celulose (0,07 pp).

Os preços dos alimentos subiram 2,32% em junho ante maio. Nos seis primeiros meses do ano, o setor acumula alta de 8,82% e, comparado a junho de 2011, a alta foi de 17,5%, a maior taxa desde janeiro de 2011 (19,85%).

No caso do setor de alimentos, pesou na desaceleração a oferta de carne bovina superior à demanda. Em outros químicos, foi registrada uma oferta superior de polipropilenos, cujos preços no mercado internacional estão começando a cair, fruto da queda do preço do insumo, a nafta, e da queda do consumo de embalagens, que utiliza o polipropileno como matéria-prima. Já o grupo de veículos apresentou mais altas de preços do que queda, por causa da retomada de preços após um período de promoções para estimular o consumo.

Os setores de alimentos, outros produtos químicos e veículos são os de maior participação na composição do IPP, com 19,62%, 11% e 11,45%, respectivamente.

No acumulado do ano, o IPP avança 4,53% e as principais variações positivas partiram também de alimentos (1,66 pp), seguido de outros produtos químicos (0,69 pp), papel e celulose (0,30 pp) e refino de petróleo e produtos de álcool (0,26 pp).

terça-feira, 31 de julho de 2012

CÂMARA PODE VOTAR MEDIDA PROVISÓRIA QUE COMBATE SECA NO NORDESTE


Recesso parlamentar termina nesta terça-feira, e o Plenário retoma sessões amanhã.

O
 enfrentamento da seca no Nordeste é o tema de duas das três medidas provisórias que trancam a pauta do Plenário na primeira sessão do segundo semestre, que está marcada para esta quarta-feira (1º). A MP 565/12 institui linhas de crédito para produtores rurais de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública; e a 569/12 abre crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender a população atingida.

Aprovada na comissão mista com o relatório do senador Walter Pinheiro (PT-BA), a MP 565/12 autoriza o Executivo a criar essas linhas de crédito com recursos dos fundos constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Serão beneficiados os setores rural, industrial, comercial e de serviços em áreas atingidas por secas e enchentes.

A medida também permite a ampliação do valor do Auxílio Emergencial Financeiro de R$ 300 para R$ 400, destinado àqueles que não possuem o seguro safra.

Uma das novidades do relatório é a repactuação de diversos tipos de dívidas agrícolas, com suspensão imediata daquelas em execução e prazo para pagamento do novo saldo devedor em dez anos.

Da mesma maneira, os municípios atingidos que já tenham repactuado dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão fazê-lo novamente e um regulamento estabelecerá período de suspensão temporária dos pagamentos para que o dinheiro possa ser aplicado em atividades e ações de ajuda à população afetada.

CRÉDITO EXTRA
A outra MP que trata do assunto é a 569/12. Ela abre crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender às populações de municípios do Nordeste atingidos pela seca e de outras regiões que sofreram com chuvas intensas. Os recursos serão destinados aos ministérios da Integração Nacional, da Defesa e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O texto já foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento sem mudanças,         com o relatório do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

EDUCAÇÃO INFANTIL
A terceira MP em pauta concede um benefício extra aos que recebem o Bolsa Família e tenham crianças de até seis anos. Aprovada com parecer do deputado Pedro Uczai (PT-SC) na comissão mista, a MP 570/12 também permite à União conceder apoio financeiro aos municípios e ao Distrito Federal para ampliar o acesso à educação infantil.

Uma das novidades do relatório é a extensão do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) às obras do sistema de ensino.

O RDC é aplicado atualmente às obras e serviços relacionados à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016 e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A maior inovação nessas regras é a possibilidade de a administração licitar um empreendimento por meio de contratação integrada, quando um único licitado fica responsável por todas as etapas, desde os projetos básico e executivo até a entrega final do objeto em condições de funcionamento.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

ALAGOAS REALIZA SEMINÁRIO 22 ANOS DO ECA NO AUDITÓRIO DA FITS



O
 ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE completou 22 anos no dia 13 de julho. Os desafios e conquistas da Lei foram temas de discussão na 9ª CONFERÊNCIA NACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, que aconteceu em Brasília – DF, no período de 11 a 14 de julho.

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ressaltou diferentes avanços do ECA como a redução da mortalidade infantil, mas afirmou que ainda há muitos desafios a exemplo da erradicação do trabalho infantil no país.

Em Alagoas, na quarta-feira, dia 8 de agosto de 2012, a partir das 8h30min, acontece o SEMINÁRIO 22 ANOS DO ECA, no auditório da Faculdade Integrada Tiradentes (FITS), localizada na Avenida Comendador Gustavo Paiva, nº 5017, no bairro Cruz das Almas, em Maceió.

O evento terá seis palestras proferidas por autoridades e especialistas em Crianças e Adolescentes e ao final, um debate geral, encerrando-se com um Coffe Break.

SEQUENCIA DAS PALESTRAS:
09h - Palestra I: “Ações da Corregedoria Geral da Justiça de Alagoas na área da infância e juventude” - Desembargador James Magalhães de Medeiros - Corregedor Geral da Justiça de Alagoas

9h30 - Palestra II: “A importância da participação de crianças e adolescentes na luta pela efetivação dos seus direitos” - Matheus Eduardo Correia Alencar - Delegado Adolescente na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

10h - Palestra III: “O Ministério Público e seu papel na garantia dos direitos de crianças e adolescentes” - Carlos Alberto Alves de Melo - Promotor de Justiça (à confirmar)

10h30 - Palestra IV: “O Desafio da Prioridade Absoluta dentro do Orçamento Público” - Heloísa Helena - Vereadora de Maceió

11h - Palestra V: “As deliberações da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente” Cláudio Soriano - Superintendente da Criança (SEMCDH) e Presidente do CEDCA/AL

11h30 - Palestra VI: “O Plano de Convivência Familiar e Comunitário como instrumento de construção de uma Política de Estado para Crianças e Adolescentes” - Rickelane Gouveia  - Aldeias Infantis SOS Brasil

12h - Debate

12h30 - Coffe Break de encerramento

Mais informações poderão se obtidas através dos telefones: (82) 8882-8095 e 8805-7283.

domingo, 29 de julho de 2012

O HOMEM TEM MEDO DA VERDADE


“A humanidade não aguenta muita realidade”.
T. S. Eliot (1888-1965)

Padre Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja

D
om Quixote é um personagem bem conhecido na ficção, criado no século XVI pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes. Seu clássico romance leva o nome desse personagem. Nessa história, Dom Quixote enche sua mente com lendas e fábulas sobre corajosos cavaleiros vestidos com armaduras reluzentes, salvando donzelas em perigo. Logo, começa a imaginar que ele mesmo é um nobre cavaleiro.

Em um famoso episódio, Dom Quixote ataca um grupo de moinhos de vento, acreditando que são um bando de gigantes perigosos. Achando que está servindo aos interesses de Deus por matar esses gigantes, ele acaba sofrendo completa humilhação.  

Por que Dom Quixote de la Mancha é um dos romances mais lidos do mundo? Possivelmente, porque o herói só se deixa governar pela fantasia. Nós nos identificamos com o personagem, porque ele não quer saber da realidade, desconhece inteiramente o limite entre o imaginário e o real.

Escreve a psicanalista e escritora Betty Milan: “Os personagens de romance encontram soluções mágicas para os seus dramas. Já nós somos obrigados a aceitar a realidade”.

A ilusão, a fantasia, a sedução da luxúria, o engodo pelo capital e a imaginação gananciosa, tudo isso está no contexto da arte do engano. Teologia da prosperidade, astrologia, reencarnação, cartomantes, bruxarias, amuletos, simpatias, paranormalidades, objetos voadores não identificados, pseudociência e rezas supersticiosas. Tudo isso desvia a pessoa para a idolatria e para o falso sistema religioso. Os profissionais líderes da arte do engano sabem que estão servindo seus interesses e os enganados são roubados e humilhados.

Os novos movimentos religiosos têm se constituído em uma indústria sectária financeira. As atuais seitas são empreendimentos capitalistas assustadores! Elas controlam seus fiéis por meio da alienação doutrinária herética. Nenhum ator no mundo desempenha um papel tão excelente como os líderes religiosos sectários no teatro da hipocrisia. Esses tais líderes sofrerão humilhação e condenação. Não é fácil viver a realidade com a verdade, principalmente na atual babel religiosa.

A internet legitima a vida virtual, parcial, superficial e infernal. A pós-modernidade agrega muito bem a face oculta da personalidade doentia e criminosa. Engabela-se com erros refinados na era da globalização. Dizia Santo Agostinho: “os que não se deixam vencer pela verdade serão vencidos pelo erro”.

O mundo é tremendamente ilusório e fantasioso, porque a realidade é dura demais. No entanto, a verdade tem seu espaço garantido e seu destino certo.

sábado, 28 de julho de 2012

CAIXA AMPLIA A OFERTA DE MORADIAS NO CAMPO


Parte integrante do PMCMV, o Programa Nacional de Habitação Rural deve beneficiar mais 20 mil famílias até o final do ano

A
 Caixa Econômica Federal já beneficiou mais de 29 mil famílias de agricultores e trabalhadores rurais, por intermédio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Somente no primeiro semestre de 2012, foram contratadas 9.665 unidades, o dobro do mesmo período do ano passado, o que representa um investimento de cerca de R$ 240 milhões. A CAIXA espera contratar mais 20 mil moradias até o final do ano.

Enquadram-se no PNHR os agricultores familiares e os trabalhadores rurais, além dos pescadores artesanais, extrativistas, aqüicultores, maricultores, piscicultores, ribeirinhos, comunidades quilombolas, povos indígenas e demais comunidades tradicionais. As famílias são organizadas por entidade representativa sem fins lucrativos (município, estado, sindicatos, cooperativa ou associações), que apresenta o projeto para a CAIXA. As propostas devem atender no mínimo 4 e no máximo 50 famílias por grupo. Atualmente, há mais de 50 mil propostas em análise no banco.

A meta estabelecida pelo Ministério das Cidades para o Programa, no período de 2011 a 2014, é de 60 mil unidades habitacionais. Entretanto, para o diretor de Habitação da CAIXA, Teotônio Costa Rezende, o banco deve bater a meta antes do prazo. “Estamos convictos, pelo número de propostas em estágio adiantado, que esta meta deve ser atingida já nos primeiros meses de 2013.”, disse o diretor.

A partir deste ano, a CAIXA espera ampliar o alcance do PNHR, sobretudo nas áreas onde o déficit habitacional é mais acentuado, uma vez que foram dados passos importantes na capacitação e organização das entidades e comunidades rurais. Desde maio de 2011, quando criou a Superintendência Nacional de Habitação Rural (SUHAR), o banco vem atuando na construção de um relacionamento com entidades representativas do setor.

No PNHR, as entidades identificam a demanda habitacional e auxiliam no trabalho de organização das famílias. A CAIXA, como agente financeiro e gestor operacional do Programa, contribui com o trabalho de capacitação técnica e social das comunidades, libera os recursos e acompanha a realização das obras.

De acordo com a superintendente nacional da CAIXA, Noemi Lemes, nas ações do Programa, as famílias recebem capacitação técnica e orientação sobre gestão da propriedade rural, embelezamento das moradias, cooperativismo, participação da mulher na gestão da propriedade e ações que visem à permanência do jovem no campo. O PNHR prevê o subsidio de R$ 1 mil, por família, para que a entidade organizadora preste assistência técnica e execute o trabalho social junto às famílias, aspecto fundamental do Programa, que visa promover a qualidade de vida dos trabalhadores do campo e evitar o êxodo rural.

PARÂMETROS DO PROGRAMA:
Para famílias com renda anual de até R$ 15 mil (Grupo I), o valor do subsídio, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), é de até R$ 25 mil para construção e até R$ 15 mil para reforma. Cada família devolve à União apenas 4% do valor subsidiado, em 4 parcelas anuais (1% por ano – 96% do valor total do projeto é subsidiado).

Famílias com renda anual entre R$ 15 mil e R$ 30 mil (Grupos II ), podem receber subsidio de até R$ 7 mil e os valores financiados podem chegar a R$ 80 mil, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O valor médio das unidades habitacionais é de R$ 25 mil – custo mais baixo, em relação às áreas urbanas, pela disponibilidade de terrenos no meio rural e pelo sistema de produção das moradias (mutirão/autoconstrução assistida, administração direta).

PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL:
Parte integrante do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), o PNHR foi criado pela necessidade de uma política habitacional que atendesse as especificidades da moradia no campo, onde as diferenças do meio urbano para o rural – tais como cultura, forma de remuneração, gleba de terra, logística para construção – passaram a ser consideradas nos programas de moradia para a população do campo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ESTÁ PARA SE APOSENTAR? SAIBA COMO SE ORGANIZAR!


Fazer uma agenda de despesas e um diagnóstico do padrão de vida pode ajudar a ter uma aposentadoria tranquila, sem depender do humor dos filhos.

Olívia Alonso, iG São Paulo 

O
 dia da aposentadoria está se aproximando e, com ele, a liberdade para fazer o que quiser. No entanto, justamente quando se ganha mais tempo livre, se perde a maior fonte de recursos: o trabalho. Para o aposentado que não quer ficar parado ou depender do humor dos filhos para definir o que pode fazer, especialistas dão dicas de como organizar suas finanças.

“Não é porque se aposentou que tem que para com tudo,” diz o consultor financeiro Antonio De Julio, da MoneyFit. Basta um pouco de organização para conseguir aproveitar a vida com intensidade, mimar os netinhos, fazer viagens e até ajudar o filho com mais dificuldade.

1)     FAÇA UM DIAGNÓSTICO EM SEU PADRÃO DE VIDA
O primeiro passo é fazer um diagnóstico para saber se o padrão de vida atual poderá ser mantido. “Algumas pessoas se aposentam e continuam morando na mesma casa de mil metros quadrados, pagando todos os seus custos,” diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, diretor do Instituto DSOP.

Cabe então a pergunta: “essa casa é muito grande?”. Se a resposta for positiva, o ideal é buscar um local menor para viver, o que já ajudará a reduzir diversos custos, como a conta de energia e o da faxineira, que poderá ir menos vezes na semana.

Se o rendimento após a aposentadoria não for suficiente para viver como antes, Domingos sugere que o aposentado reavalie também seu cotidiano, os hábitos, os costumes para fazer ajustes.

2)     ESTABELEÇA PRIORIDADES
Para fazer ajustes, será preciso estabelecer prioridades. Como terá tempo de sobra para o lazer, antes de fazendo de tudo, é importante que o aposentado tente identificar o que realmente pode fazê-lo feliz. “Pode ser que ele queira comprar um iate, por exemplo. Mas antes ele deve calcular se o dinheiro vai ser suficiente para realizar todos os seus sonhos,” diz Isaac Pinski, da Pinski Consultoria.

Portanto, serão necessários alguns limites para que as despesas não superem as receitas e não corroam a patrimônio. “É importante ter em mente que os limites não são feitos para tirar prazer, mas sim para aumentar sempre a sua qualidade de vida”, diz Pinski.

Se o aposentado terá R$ 2 mil da aposentadoria do governo (INSS) e mais R$ 1 mil de rendimento de seu patrimônio, por exemplo, não poderá ter um padrão de mais R$ 2,5 mil (cerca de 80% do total), independente de como era sua situação anterior, diz Domingos, da DSOP.

3)     APROVEITE OS BENEFÍCIOS DE SER UM APOSENTADO
Algumas particularidades da vida de aposentado podem ajudar para que o controle financeiro não exija sacrifícios. “Não é preciso acabar com os benefícios, mas sim administrar melhor a vida e buscar outros que a aposentadoria traz para as pessoas,” diz Domingos.

É possível reduzir alguns custos de imediato usando a carteirinha de aposentado. O transporte público passa a ser gratuito e várias atividades de lazer, como cinemas e teatros, ficam pela metade do preço.

“É possível também conseguir a isenção do IPTU,” lembra o especialista, dependendo das condições impostas em sua cidade. Outra possibilidade é optar sempre por medicamentos genéricos e tentar os descontos do programa Farmácia Popular.

4)     TENHA UMA AGENDA DE GASTOS
Para não entrar em desespero com o controle do dinheiro que está aplicado, o ideal é que o aposentado tenha uma agenda – ou um caderno - para anotar seus gastos. Primeiro deve escrever os compromissos já assumidos para os próximos meses. Se comprou um presente ou uma viagem parcelada em 12 vezes, por exemplo, o valor já tem que estar nas contas dos meses seguintes.

Em seguida, deve anotar as datas comemorativas que terão gastos com presentes. “É bom definir previamente quanto pretende gastar com cada uma delas,” diz Domingos.

5)     MANTENHA PARTE DE SEUS RECURSOS EM APLICAÇÕES LÍQUIDAS
O ideal é que todo aposentado deve ter uma reserva de recursos equivalente a cinco anos de despesas mensais em investimentos de alta liquidez, diz Veiga. Entre as opções estão o Certificados de Depósito Bancário indexados ao Depósito Interbancário (CDB DI) e títulos públicos indexados à Selic (LFT).

Com isso, ele consegue evitar o risco de ter que vender outros ativos – como ações em bolsa de valores ou imóveis, por exemplo - em momentos de dificuldades maiores.

COMO TIRAR A CARTEIRINHA DE APOSENTADO
Para fazer a carteira de aposentado e aproveitar os benefícios citados na quarta dica, os interessados devem pedir o documento, que levará o mesmo número do RG.

Ao se aposentar pelo INSS, o instituto fornecerá um documento chamado Carteira de Concessão de Benefício, que prova que você recebe aposentadoria.

De posse desse documento, o interessado deve dirigir-se aos institutos de identificação, responsáveis pela concessão de RG, ou a serviços estaduais de atendimento aos cidadãos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

TRANSPORTE COLETIVO É A SOLUÇÃO



O
 transporte público eficiente é a solução para a maior parte dos problemas no trânsito das grandes cidades brasileiras. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do País dobrou, chegando a 60 milhões de unidades. O impacto nas vias urbanas é visível nas grandes cidades e em municípios de médio porte, que já sofrem com o caos dos engarrafamentos.

O Ministério das Cidades está ciente do problema, mas trabalha com um meio termo entre incentivo à compra de carros – que aquece a indústria e cria empregos – e a redução do fluxo de veículos nas ruas. “A indústria automobilística é geradora de emprego e renda e, por isso, é incentivada pelo governo federal. Nosso objetivo é convencer até mesmo famílias com mais de dois carros a usar o transporte público”, afirma o Secretário Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima.

Segundo o governo federal, desde 2003 já foram disponibilizados R$ 21,6 bilhões para infraestrutura de transporte urbano. Só o programa PAC da Mobilidade, aprovado em fevereiro de 2001, repassou R$ 18 bilhões para melhoria do transporte coletivo das grandes cidades brasileiras.

TRANSPORTE PÚBLICO
Para especialistas, a solução é o transporte público e investimentos em ampliação das vias urbanas, apesar de bem-vindos, não resultam em melhorias definitivas. Além do custo da obra do sistema viário, a construção de uma avenida sempre acontece em locais já ocupados e isso implica em desapropriações, o que é muito caro. Construir novas vias não necessariamente reduz os engarrafamentos, pois facilita o acesso de mais carros e, em pouco tempo, a região pode apresentar gargalos e sobrecarga de veículos.

No Brasil já estão sendo feitos investimentos em transporte sobre trilhos em capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte. Segundo o Ministério das Cidades, esse tipo de serviço já deverá entrar em funcionamento com boa estrutura dentro de cinco anos.

A etapa seguinte será aplicar a integração intermodal, em que a estrutura do ônibus se comunica com o transporte sobre trilhos e com a bicicleta, em uma rede integrada de transportes que favoreça a população, diminua o trânsito e beneficie o meio ambiente.

Fontes: Ministério das Cidades e Denatran

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ARACAJU É A CAPITAL MAIS TRANQUILA DO NORDESTE



P
esquisa do Datafolha e do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais, realizadas de 2009 a 2010, com 75 mil pessoas de todo o país, e divulgada com exclusividade pela Revista Veja, mostrou que os índices de violência registrados nos últimos anos mudaram o comportamento social dos brasileiros.

Embora Aracaju esteja situada no Nordeste, região onde segundo a pesquisa os índices de homicídios e crimes contra o patrimônio se multiplicaram, os aracajuanos mudaram pouco seus hábitos quando comparados com outras capitais do país.

Os pesquisadores perguntaram aos aracajuanos se eles “deixam de ir a alguns locais da cidade por causa da criminalidade”. 53,1% disseram que sim, mas no ranking das capitais, Aracaju aparece em 23% entre as capitais onde seus moradores tem menos medo. Em outras palavras, quando comparados com outras capitais do país, inclusive com outras de população e geografia parecidas, Aracaju tem menos locais de risco do que outras na visão de seus moradores. Nesse quesito, quem lidera a lista é Belém onde 74,9% dos entrevistados que responderam dizem que evitam sair a determinados lugares da capital paraense. Palmas (TO) vêm como a capital onde seus moradores tem menos medo (46,1%).

Outra boa notícia da pesquisa é que renomados especialistas ouvidos pela revista Veja afirmam que nos próximos anos a curva da violência e da criminalidade tende a cair a níveis semelhantes aos registrados nos países desenvolvidos. Hoje, segundo os analistas, Rio de Janeiro e São Paulo já apresentam índices estatísticos do Brasil do futuro, mas em contraposição a estes números, o mesmo relatório afirma que o Norte e Nordeste do Brasil têm índices próximos aos registrados na África do Sul e na Colômbia.

Os analistas se baseiam em alguns fatores para chegar a esta conclusão: aumento da renda dos brasileiros e a consequente redução dos bolsões de pobreza, aprimoramento dos mecanismos de segurança pública e uma mudança na pirâmide etária do Brasil tendendo para o envelhecimento da população e a redução da população jovem, faixa etária onde se concentra o maior índice de homicídios no Brasil. Neste quesito, “O Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil” mostra que Aracaju registrou em 2010 o mesmo número de mortes entre jovens apresentados no ano 2000 (34). Se levar em consideração que a população cresceu 24% no período, os índices são bastante relevantes para a segurança pública da capital.

Talvez o dado acima possa ter influenciado na resposta dos entrevistados sobre se eles “deixam de ir a certos bancos e caixas eletrônicos por causa da criminalidade”. Entre as 27 capitais, Aracaju aparece em 21º no ranking, ou seja, a capital sergipana é a 6ª cidade do país onde os moradores tem menos medo de ir a bancos e caixas eletrônicos. Nesse quesito, 70,5% dos moradores entrevistados de Belém (PA) dizem ter medos de ir a bancos. Os moradores de Palmas (TO) são os que menos têm medo. Eles aparecem em 27º com 29,4% dos entrevistados.

De acordo com o secretário-adjunto da Segurança Pública, João Batista Santos Júnior, no tocante a assaltos a banco, Sergipe tem se destacado nacionalmente no combate a este tipo de crime. “Pela pesquisa vimos que os aracajuanos não têm medo de ir a caixas eletrônicos e bancos. Eles se sentem seguros e isso é reflexo direto do esforço da polícia sergipana para prevenir e combater este tipo de delito. O resultado é que Aracaju está entre as capitais mais tranquilas. Isso nos traz muito mais responsabilidade porque temos a missão de deixar a capital ainda mais tranquila”, destacou o secretário.

Batista reconheceu que alguns eventos criminosos vêm ocorrendo, mas assegurou que a polícia está agindo e elucidando esses crimes. “Prova disso é que a população não mudou seus hábitos sociais, sendo que entre as capitais nordestinas os aracajuanos são os que têm menos de sair à noite”, disse.

Os institutos de pesquisa queriam saber também qual a “proporção de entrevistados que possuem residência com alarme”. Aracaju é a antepenúltima (25º) capital do Brasil com 3,3% onde os entrevistados têm sistema de segurança eletrônico em casa. Curitiba (PR) com 16,8% dos entrevistados lidera a tabela com a primeira cidade do Brasil onde as casas tem sistema de alarme. Manaus em 27º lugar é a última.

Quando a pergunta versa sobre “proporção de entrevistados que possuem residência com vigia armado”, Aracaju ocupa a 16ª colocação entre as capitais com 3,4% dos entrevistados respondendo positivamente para este quesito. Maceió com 10,8% é a primeira colocada no ranking e Manaus com 2,1% é a última. Finalmente, quando a pergunta é “evitam sair à noite ou chegar muito tarde em casa” os entrevistados apresentaram certa sensação de insegurança em todo o país. Manaus aparece em 1º lugar, Aracaju é a 17ª colocada e a última colocada no ranking é Florianópolis em 27º. Os pesquisadores ouvidos pela revista Veja foi Cláudio Beato, coordenador do Crisp, Túlio Kahn, doutor em Ciência Política pela USP, e Julio Jacobo, organizador dos Mapas da Violência.

O secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, explicou que recebeu os dados com muita satisfação. “Aracaju tem crescido muito nos últimos anos, mas a pesquisa confirma aquilo que já prevíamos, que Aracaju não é uma cidade violenta; ao contrário, muito de seus moradores ainda mantém hábitos antigos de uma cidade interiorana. Aracaju saiu de uma cidade provinciana para ter hoje áreas de metrópole. É uma cidade moderna, de comércio e indústria fortes. Infelizmente, como todo crescimento, às vezes apresenta problemas nos serviços públicos notadamente na segurança pública”, destacou.

Eloy salienta que o crescimento do poderio econômico da população aguça os criminosos que passa a ter mais opções para cometer os seus delitos. “Mas pelo o que a pesquisa indica, Aracaju ainda apresenta ares de tranquilidade, especialmente na região Nordeste. Isso mostra que a polícia sergipana está de parabéns e isso mostra também que nossa responsabilidade aumenta ainda mais”.

terça-feira, 24 de julho de 2012

SUS FORNECERÁ DROGA DE ALTO CUSTO PARA TRATAR CÂNCER DE MAMA



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 Ministério da Saúde deve publicar no Diário Oficial da União de amanhã - quarta-feira (25), portaria que determina a incorporação do medicamento Trastuzumabe em tratamentos contra o câncer de mama realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento já é utilizado no país, mas apenas na iniciativa privada, já que é considerado de alto custo.

Serão investidos R$ 130 milhões por ano para aquisição da droga, que passará a ser disponibilizada na rede pública de saúde em até 180 dias, de acordo como ministério.

Segundo o governo federal, o medicamento é mais efetivo na cura da doença, já que atinge exclusivamente células cancerígenas e evita efeitos colaterais sentidos na aplicação de outros remédios.  Ainda segundo o ministério, o Trastuzumabe é recomendado para 25% dos pacientes diagnosticados e diminui em 22% o risco de morte de pacientes.

A utilização do produto na rede pública ficou em discussão por um ano na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), grupo de debate que reúne especialistas e autoridades de saúde. Eles analisaram a eficácia do remédio e sua eficiência no tratamento de câncer de mama inicial e avançado.

De acordo com o governo, cada miligrama pode custar até R$ 11,75, dependendo do laboratório. Segundo o oncologista-clínico Vladmir Cordeiro de Lima, do Hospital A.C. Camargo, de São Paulo, o custo por paciente pode ultrapassar R$ 35 mil.

Segundo Vladmir Cordeiro de Lima, por exemplo, a primeira dose do tratamento para uma pessoa de 80 kg que necessite de seis sessões de quimioterapia custaria até R$ 7.520 (640 mg). Nas outras cinco sessões, o paciente receberia 480 mg de Trastuzumabe, o que totalizaria R$ 28.100 (R$ 5.620 cada aplicação).

FATORES DE RISCO
O câncer de mama é a maior causa de mortes femininas. Afeta cem de 100 mil mulheres por ano nos países desenvolvidos. Anualmente, mais de 1,3 milhão de novos casos são diagnosticados, 53 mil deles na França.

No Brasil, é a primeira causa de morte de mulheres por tumor no país. Entre os óbitos por doenças em geral no sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Os fatores de risco para esse tipo de tumor são variados. Eles incluem mutações genéticas, uma primeira gravidez tardia, baixa paridade, terapias de reposição hormonal em pacientes predispostas, hábitos de vida, e causas ambientais e profissionais ainda não completamente identificadas.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para 2012, um total de 52.680 novos casos de câncer de mama entre as mulheres. Por região, o Sudeste lidera o ranking (29.360), seguido do Sul (9.350), Nordeste (8.970), Centro-Oeste (3.470) e Norte (1.530).

Em relação às mortes pela doença, o dado mais recente que o Inca tem é de 2010, registrado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), com 12.705 óbitos de mulheres e 147 de homens somente na rede pública.

No sexo feminino, atrás desse tipo de tumor, em número de diagnósticos, aparece o de colo do útero, com 17.540 novos casos previstos para 2012. Entre todos os tipos de câncer no Brasil, o de próstata ainda atinge mais os homens que o de mama afeta as mulheres, de acordo com o Inca. Apesar de a próstata ser o problema mais frequente nos homens, com 60.180 novos casos previstos para este ano, o câncer de pulmão mata mais.

CASOS PREVISTOS DE CÂNCER EM MULHERES NO BRASIL*
Mama – 52.680
Colo do útero – 17.540
Cólon e reto – 15.960
Tireoide – 10.590
Traqueia, brônquios e pulmões – 10.110

CÂNCERES QUE MAIS MATAM MULHERES NO BRASIL**
Mama – 12.705
Traqueia, brônquios e pulmões – 8.190
Cólon, reto e ânus – 6.892
Estômago – 4.768
Pâncreas – 3.769

* Estimativas para 2012
**Dados de 2010 do SUS