segunda-feira, 16 de abril de 2012

BRASIL TERÁ PREJUÍZO DE R$ 44,9 BI COM FERIADOS DE 2012


Estudo da Firjan mostra que perdas com paralisações nacionais e estaduais devem atingir R$ 44,9 bilhões em 2012

S
e em 2011 a economia brasileira conviveu com um número menor de folgas em dias úteis, em 2012 esse cenário será bem diferente, já que muitos feriados ocorrerão nas terças-feiras e quintas-feiras. Mas você sabe quanto custa esses dias de descanso à indústria brasileira?

Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontou que as paralisações, em 2012, podem ocasionar perdas de até R$ 44,9 bilhões. A soma representa um aumento de 21% em relação a 2011.

A economia brasileira deixará de produzir 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial devido ao elevado número de feriados, valor equivalente ao dobro do orçamento do Ministério dos Transportes para este ano. Em 2011, as perdas atingiram 3,8% do PIB.

Os Estados mais industrializados são os de maiores perdas. Em São Paulo, a conta chega a R$ 14,6 bilhões; no Rio de Janeiro, a R$ 5,04 bilhões; e no Rio Grande do Sul, a R$ 2,9 bilhões. As regiões com maior número de feriados estaduais são o Rio de Janeiro e o Acre (três em cada Estado).

Uma saída levantada pelo estudo para reduzir os custos e aumentar a competitividade industrial seria adiantar para as segundas-feiras os feriados que caírem nos demais dias da semana, com exceção da Confraternização Universal (1º de janeiro), Independência (7 de setembro) e Natal (25 de dezembro).

domingo, 15 de abril de 2012

NORDESTE TEM 485 CIDADES EM EMERGÊNCIA POR ESTIAGEM


As áreas em vermelho são as mais afetadas,
e as amarelas são áreas em transição
e que também sofrem com a estiagem.

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió



O
 número de municípios que decretaram situação de emergência por conta da estiagem que atinge o Nordeste não para de crescer e já é o maior dos últimos cinco anos, segundo levantamento realizado pelo UOL na sexta-feira (13). Pelo menos 458 municípios estão com decretos em vigor, sendo que metade deles já tiveram reconhecimento federal. Mais de 140 decretos foram publicados esta semana. Cerca de 4 milhões de pessoas já estão em áreas atingidas.

De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, 222 decretos de emergência já haviam sido reconhecidos pelo órgão federal. Fora esses mais de 200 municípios que também decretaram a situação terão a documentação analisada e poderão ser reconhecidos ou não. Ao todo, houve um aumento de 469% em relação ao número de cidades com decretos reconhecidos pelo governo federal, em comparação ao ano passado.

Em 2011, por exemplo, até o dia 5 de abril, o número de municípios com decretos reconhecidos era de apenas 39. Em 2010 --quando o país teve recorde de municípios em situação de emergência-- foram 134 municípios homologados por seca ou estiagem no Nordeste. Segundo o meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas, Humberto Barbosa, existe uma transição do La Niña (responsável por mais chuvas no sertão) para El Niño, o que explica a maior estiagem neste período de 2012. O professor explicou também que outra parte do problema está nas mudanças climáticas que ocorrem nos oceanos.

"A bacia do Atlântico Sul está neutra, ou seja, mais fria do que a bacia do Atlântico Norte. Em resumo: tem menos umidade na atmosfera do sertão nordestino. E para piorar o Oceano Pacífico está trocando do La Niña pra El Niño, o que também não ajuda o semiárido nordestino. As secas prolongadas no sertão nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Esse aquecimento é o chamado El Niño. Nos anos em que esse fenômeno ocorre, o sertão sofre com a intensa seca”, explicou.

Segundo Barbosa, ao contrário do que muitos pensam, a falta de chuvas não atinge toda região Nordeste. “Ela se concentra numa área conhecida como polígono das secas. No sertão e no agreste, o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semiárido. As áreas em vermelho no mapa representam as áreas de secas sobre esse polígono”, disse Barbosa.

CIDADES ATINGIDAS
Até esta sexta, segundo dados das defesas civis estaduais e municipais, pelo menos 458 cidades estão com decretos de situação de emergência em vigor. O número pode crescer, pois em Estados como Paraíba e Alagoas --que estão sofrendo com a estiagem-- ainda não publicaram decretos coletivos, o que pode ocorrer nas próximas semanas.

O Estado com maior número de cidades atingidas este ano é a Bahia, onde 199 municípios declararam emergência pela estiagem, que já é considerada a mais severa dos últimos 30 anos. Ao todo, 165 municípios já tiveram os decretos reconhecidos pelo governo federal, que liberou R$ 10 milhões para ações emergenciais no Estado. Os demais municípios ainda terão a situação analisada. Ao todo, 2,3 milhões de pessoas estão em áreas atingidas. Por conta da falta de chuva, o Estado vive também recorde de focos de incêndio. Até hoje, foram registrados 882 focos em toda a Bahia, sendo 99 apenas nos primeiros 12 dias de abril.

No Rio Grande do Norte, o governo do Estado decretou, nesta quinta-feira (12), situação de emergência em 139 municípios. O governo informou que os decretos foram publicados após a conclusão de um parecer técnico detalhando a situação agroclimática do Estado, apresentado no último dia 5. Segundo a Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte), as chuvas entre janeiro e março foram consideradas irregulares e de baixo volume. A estimativa é que 500 mil pessoas sejam afetadas.

No Piauí, a situação também é considerada grave. Segundo a Defesa Civil Estadual, 82 municípios já tem decretos de emergência homologados pelo Estado --número pode ser maior, já que nem todos teriam entregue a documentação ao Estado. Nesta sexta-feira, o ministro interino da Integração Nacional, Alexandre Navarro visitou Teresina e anunciou a liberação de R$ 15 milhões para combate aos efeitos da estiagem, sendo R$ 5 milhões liberados de imediato. O governo também anunciou reforço no abastecimento de água por carros-pipa e distribuição de cestas de alimentos para atender as cerca de 550 mil pessoas atingidas.

Em Pernambuco já são 19 municípios. Até a terça-feira (10), 17 municípios já tinham encaminhado decretos à Defesa Civil Estadual. Na quarta-feira, as cidades de Serra Talhada e Flores, ambas no sertão do Estado, também decretaram situação de emergência. Das 19 cidades, seis já tiveram o decreto homologados pela Defesa Civil Nacional, enquanto os demais aguardam análise. Mais de 400 mil pessoas estão em cidades atingidas, entre elas Petrolina.

Em Sergipe, também cresceu o número de cidades atingidas esta semana. Segundo novo balanço da Defesa Civil Estadual, são 17 municípios atingidos, onde mais de 100 mil pessoas moram e estão sendo atingidas.

Na Paraíba, não existem municípios em situação de emergência. Mas a Defesa Civil Estadual informou que as prefeituras estão fechando relatório de problemas que são enfrentados. Segundo as autoridades, o Estado enfrenta problemas sérios. “Temos 70 municípios mais atingidos, que estão nos encaminhado nos próximos dias toda a documentação para decretarmos emergência. A situação não é mais complicada porque temos 77 cidades recebendo carros-pipa do Exército”, informou ao UOL o gerente estadual da Defesa Civil, Walber Rufino.

Alagoas possuiu apenas um município em emergência, Água Branca, decretado em janeiro, e conta com abastecimento de água por meio de carros-pipa. Dos 33 municípios, 18 são os mais afetados pela estiagem e sofrem com o desabastecimento.

No Ceará, apenas um município decretou emergência, esta semana: Madalena. Segundo a Defesa Civil Estadual, outros municípios podem decretar situação nas próximas semanas, já que a falta de chuvas no sertão está causando prejuízos aos agricultores. Já o Maranhão não tem nenhum município atingido pela falta de chuva.

sábado, 14 de abril de 2012

VEJA A DIFERENÇA ENTRE A DECLARAÇÃO COMPLETA E SIMPLIFICADA DO IR


Veja em quais casos é mais vantajoso optar por uma ou por outra, e tire suas dúvidas sobre o assunto. Faça as contas para saber o melhor tipo de declaração para você

N
a hora de preencher a declaração do Imposto de Renda, muitos contribuintes ficam em dúvida quando precisam escolher entre os modelos completo ou simplificado do formulário. O programa da Receita Federal até dá uma ajudinha, indicando, no canto inferior à esquerda, a melhor opção para o seu caso durante o preenchimento do IR. Mas é sempre bom entender qual forma é a mais vantajosa para cada pessoa.

Segundo Enio De Biasi, sócio-diretor da De Biasi Auditores Independentes, a primeira coisa a fazer é preparar a declaração com base na opção completa.

“Informe tudo o que tem direito a abater, pois o sistema da Receita mostra qual seria o resultado do Imposto de Renda pela completa e pela simplificada”, explica.

Se você não quiser preencher a declaração completa para descobrir que o recomendado seria a simplificada, aí vai outra dica dos especialistas: coloque todas as despesas dedutíveis no papel. Nesse quesito entram gastos com saúde, dependentes, pensão alimentícia, contribuição à previdência social e ou à previdência privada tipo PGBL e instrução, por exemplo. “Vale lembrar que nem todas as despesas são 100% dedutíveis. Os gastos com educação têm limite, e não é toda previdência privada que pode ser abatida”, afirma Juliana Fernandes, gerente operacional da MG Contécnica Consultoria & Contabilidade.

Ela sugere uma conta fácil para saber se é mais vantajosa a completa ou a simplificada. “Quando o valor das despesas dedutíveis pela completa for maior que o desconto padrão de 20% da simplificada, opte pela primeira”, diz. Por outro lado, o contribuinte que não tiver despesas que possam ser abatidas deve escolher a simplificada. O mesmo vale para aqueles cujas despesas não somarem R$ 13.916,36, afirma De Biasi.

Se você ainda tem dúvidas sobre como declarar o Imposto de Renda, confira o guia que o iG preparou com o passo a passo de como preencher o formulário. Aproveite para tirar suas dúvidas sobre os principais temas envolvendo a declaração doIR, como gastos com saúde, educação, ações e investimentos, autônomos, empresas, entre outros. E não se esqueça de que o prazo final para prestar contas com o Leão é 30 de abril.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

CONFIRA SE VALE A PENA TROCAR DE BANCO PARA PAGAR JUROS MENORES


COMPARE AS TAXAS DAS MAIORES INSTITUIÇÕES DO PAÍS E SAIBA COMO OS CORTES ANUNCIADOS PELO BB E PELA CAIXA PODEM BENEFICIÁ-LO MESMO SE FOR CORRENTISTA DE OUTRO BANCO.

Danielle Brant e 
Olívia Alonso, iG São Paulo

A
 redução das taxas de juros pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal não beneficiam apenas os clientes destes dois bancos, que passam a pagar menos pelo dinheiro que tomam emprestado. Quem possui contas nos bancos privados pode transferir suas dívidas à instituição bancária de sua preferência e, assim, pagar juros menores.

Isso é possível graças à portabilidade de crédito, que foi criada em 2006 e voltou a ficar em voga nos últimos dias, com os anúncios de cortes de taxas dos bancos públicos. De um lado, os bancos privados tentam conter a migração de clientes em busca de melhores condições de financiamento. Do outro, os bancos públicos buscam compensar a redução de suas margens com a expansão da base de correntistas. Para especialistas, esse movimento é saudável e quem sai ganhando é o próprio cliente.

“Se o cliente do banco percebe que está pagando uma taxa mais cara que a do mercado, pode transferir o crédito para o banco público em uma taxa menor”, diz Samy Dana, professor de Economia da FGV. A decisão dos bancos públicos de reduzir suas taxas está forçando outras instituições financeiras a fazer o mesmo, comenta Dana. No entanto, até o momento apenas o Banrisul seguiu o exemplo do BB e da Caixa.

Santander, Itaú Unibanco e Bradesco afirmaram que ainda estão avaliando a possibilidade de reduzir suas taxas. Quem não quiser esperar, pode ter vantagem trocando de instituição financeira.

Para saber se vale a pena avaliar a possibilidade de migrar de um banco a outro, confira na tabela abaixo os juros cobrados pelas cinco maiores instituições bancárias do país para empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.


 BancosCheque EspecialEmpréstimo PessoalCartão de Crédito
 Caixa Econômica Federal 7,97%*4,27% (nova taxa) 4,90%**9,47%
 Banco do Brasil 8,66%*8,31% (nova taxa) 5,20%** 3,0%
 Santander 10,31%* 5,99**Não informa
 Bradesco 8,78%* 6,31%** 13,8%***
 Itaú 8,87%* 6,76%** Não informa
Fontes: * Dados do Banco Central até 28 de março/ **Procon-SP/***Site do Bradesco

Os números são do Banco Central, do Procon-SP, que fez o levantamento diretamente com os bancos, e das próprias instituições, nos casos das novas taxas anunciadas nos últimos dias.

COMO FAZER A PORTABILIDADE
Para levar o empréstimo a outro banco, basta exigir da instituição original as informações referentes à dívida. Com os dados em mãos, incluindo o valor dos juros, o saldo devedor, o número de parcelas, as garantias e o contrato, o cliente pode se dirigir ao banco com taxas mais baixas e pedir um novo empréstimo. Depois deve voltar ao banco anterior e quitar suas dívidas.

“Pode até dar um certo trabalho ir e vir de um banco para outro, mas o correntista não pode perder a oportunidade de fazer as coisas acontecerem no mundo das taxas estratosféricas,” comenta o consultor financeiro Humberto Veiga.

Uma outra opção sugerida pelo especialista é tentar pedir ao banco atual para cobrar o mesmo valor da instituição que oferece taxas menores. “Depois de ir ao BB ou à Caixa, por exemplo, para fazer os cálculos com o juro mais baixo, o cliente pode voltar ao seu banco original e verificar se eles cobrem a oferta,” diz Veiga.

Quem ainda não tem dívidas, mas pretende tomar um empréstimo, deve ficar atento às novas taxas do Banco do Brasil e da Caixa, anunciadas recentemente, pois são mais vantajosas do que as dos demais grandes bancos de varejo no Brasil.

Veiga chama a atenção dos correntistas para não mudar as condições do empréstimo ou aumentar os prazos na hora da portabilidade. “Se você levar a operação tal qual ela está no banco original (mesmo saldo devedor e mesmo número de parcelas) não há o custo do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras],” alerta.

EVITE TOMAR DINHEIRO EMPRESTADO
Quem não tem dívidas não deve pensar em tomar empréstimos para consumir apenas pelo fato de as taxas do BB e da Caixa estarem mais baixas. “Tomar dinheiro para consumo é uma péssima ideia,” diz Veiga. “Para quem ainda não está devendo, antes de mais nada, oriento que não tomem dinheiro emprestado, porque não é o melhor caminho. A menos que você esteja fazendo isso para ganhar, isto é, empreender,” afirma o especialista.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DIETA DO BRASILEIRO TEM EXCESSO DE GORDURA SATURADA


  
E
studo divulgado pelo Ministério da Saúde indica que a população brasileira se alimenta de forma inadequada e consome gordura saturada em excesso. Dados mostram que 34,6% não dispensam carne gordurosa, enquanto 56,9% das pessoas bebem leite integral regularmente. Outro fator preocupante é o consumo de refrigerante – 29,8% dos brasileiros tomam a bebida pelo menos cinco vezes por semana.

A pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta também que o consumo de frutas e hortaliças no país é baixo. Apenas 20,2% das pessoas ingerem cinco ou mais porções por dia, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o ministério, os homens, sobretudo os mais jovens, alimentam-se pior do que as mulheres, já que não costumam tirar a pele do frango ou a gordura da carne vermelha antes de comer. A população masculina chega a consumir quase duas vezes mais carne com excesso de gordura do que as mulheres – 45,9% contra 24,9%.

O consumo de frutas e hortaliças também é menor entre os homens. Apenas 25,6% deles ingerem esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. O percentual cai para 16,6% quando considerada a recomendação da OMS. Entre as mulheres, os índices são de 35,4% e 23,3%, respectivamente.

A ingestão de refrigerante também é maior entre a população masculina: 34,3% dos homens tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana, enquanto o percentual entre as mulheres é 25,9%.

Dados da pasta revelam, entretanto, que, com o passar dos anos, o brasileiro tende a diminuir a ingestão de gordura saturada e de refrigerante. Entre homens de 18 a 24 anos, 51% consomem regularmente carne com gordura. O número cai para 27,6% entre aqueles com idade superior a 65 anos.

O grau de instrução também influencia os hábitos alimentares da população – quanto mais anos de escolaridade, mais saudável é a alimentação. Frutas e hortaliças, por exemplo, estão presentes no cardápio de 44,5% dos brasileiros com 12 anos de estudo ou mais. O percentual cai para 27,5% entre pessoas que estudaram no máximo oito anos.

Indicadores do consumo alimentar por sexo

quarta-feira, 11 de abril de 2012

COMO PAGAR MENOS NAS PASSAGENS AÉREAS



V
ocê sabia que existem algumas pequenas dicas que podem reduzir o preço de suas passagens? Com elas, você viaja mais pagando menos.


Confira abaixo algumas maneiras para você economizar.


VOE DURANTE A NOITE E ECONOMIZE
Durante o fim da noite e o início da madrugada, os voos têm preços menores. Compre passagens para voos noturnos e pague tarifas mais acessíveis.

VOE AS TERÇAS E QUARTAS, POIS PODE SAIR MAIS BARATO
No meio da semana, em alguns horários do sábado, domingo e no meio de feriados, os voos costumam ter preços mais em conta, com tarifas menores.

Outra opção é voar entre meio dia do sábado e o meio dia de domingo. Você ainda pode voar nesses dias durante a madrugada, reduzindo o custo da passagem.

COMPRE SUAS PASSAGENS COM ANTECEDÊNCIA
Comprando seu bilhete aéreo com 30 dias de antecedência, você pode economizar - já que há maior disponibilidade de assentos e os voos, normalmente, têm preços menores.

Caso você não consiga antecipar tantos dias assim o seu embarque, tente comprar com 14, 7, ou até mesmo 4 dias de antecedência. Isto já aumenta a probabilidade de se encontrar voos.

TENTE FICAR NO MÍNIMO 10 DIAS NO LOCAL
Procure estender o tempo de permanência no destino, comprando antecipadamente a passagem de ida e de volta.

Assim, você tem preços mais atrativos e ainda pode aproveitar melhor sua viagem.

COMPRE PASSAGENS DE IDA E VOLTA
Comprando passagens de ida e volta, você paga menos pelos bilhetes, já que os dois trechos juntos têm sempre valores mais em conta.

FUJA DAS ALTAS TEMPORADAS
Evite voar em alta temporada - especificamente nos meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro.

Nos outros meses, enquanto todo mundo está trabalhando, você pode viajar pagando preços muito mais acessíveis e ainda aproveitar melhor o seu passeio.

PESQUISAR SEMPRE
Não compre na primeira oferta, pesquise os preços em todas as empresas aéreas que operam o seu destino. Você poderá encontrar uma grande diferença de preços entre elas e conseguir uma boa economia sem deixar de viajar de avião.

terça-feira, 10 de abril de 2012

NOVAS REGRAS REDUZEM VALOR DE ASSINATURA DO TELEFONE FIXO



A
 ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações publicou no Diário Oficial da União, as novas regras do chamado TELEFONE SOCIAL para as famílias de baixa renda.

A resolução que regulamenta o Acesso Individual Classe Especial (Aice), do Serviço Telefônico Fixo Comutado, é uma nova versão do chamado "telefone popular", lançado em 2005, que era destinado a toda população na modalidade pré-paga, por um preço de R$ 17,60, sem qualquer franquia.

As novas regras permitirão que famílias de baixa renda paguem em média R$ 13,31 (com tributos já incluídos), pós-pago, pela assinatura de telefone fixo com franquia mensal de 90 minutos para chamadas locais para fixo. Além desse limite, os usuários poderão realizar ligações adquirindo créditos pré-pagos.

MAIS BARATO
Conforme a Anatel, a medida vai beneficiar 22 milhões de famílias inscritas no cadastro único dos programas sociais do Governo Federal, que terão direito ao novo Aice. De acordo com a resolução, as operadoras terão que instalar o Aice nas residências em apenas 7 dias. As companhias terão 120 dias para se adaptar à nova regra nas casas onde não existe nenhuma linha instalada.

A Anatel afirma que o valor de R$ 13,31 é inferior ao do atual Aice (R$ 24,14, com tributos) e da assinatura básica residencial convencional (R$ 40,24, com tributos). Os atuais assinantes do Aice terão sua assinatura reduzida para o novo valor no momento que começar a valer o regulamento.

CRONOGRAMA
A agência publicou o cronograma de implantação para permitir que as companhias planejem a migração. Nos primeiros 12 meses, a obrigatoriedade será para as famílias que recebem até um salário mínimo mensal. Nos 12 meses seguintes, passará para as residências com renda de até dois salários e, após 24 meses, será estendida ao restante dos integrantes do cadastro único, que recebem até três salários. Se não houver procura suficiente pelo modelo nesses prazos, a Anatel poderá antecipar o cronograma.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ALUGAR OU FINANCIAR IMÓVEL? VEJA O QUE É MELHOR PARA O SEU CASO


 Olivia Alonso e Danielle Brant
iG São Paulo

C
omprar a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Mas nem todos têm condições financeiras de iniciar o financiamento do imóvel, ou a estabilidade necessária para dar esse passo tão importante. Por isso, o aluguel pode surgir como a opção mais vantajosa em alguns casos, como no de jovens em início de carreira ou casais que não precisem de um apartamento tão amplo, afirmam especialistas.

O analista de sistemas Rafael Oliveira, de 28 anos, se encaixa em uma dessas situações. Morador do Rio de Janeiro, ele conta que optou pelo aluguel porque queria ficar mais próximo do local onde trabalha, no Centro da cidade. “Como não dispunha de capital suficiente para adquirir um imóvel na região desejada, achei mais interessante recorrer ao aluguel do que a um financiamento imobiliário”, afirma o jovem, que mora no Flamengo.

Para ele, longe de jogar dinheiro fora, o aluguel é a melhor forma de economizar para comprar um imóvel próprio no futuro. “Dizem que, ao final do financiamento, pelo menos teremos uma casa em nosso nome. Mas o que as pessoas ignoram é o fato de que, com os exorbitantes juros brasileiros, ao final de um financiamento de 30 anos teremos jogado mais dinheiro fora com o pagamento de juros do que com o pagamento de aluguel durante o mesmo período”, afirma.

Todos os meses, Oliveira investe 10% da renda para adquirir o imóvel. Pelas suas contas, ele deve conseguir comprar a casa própria, à vista, dentro de cinco anos. Mas o jovem admite que é difícil ter a disciplina necessária para aplicar parte do salário. “Nem sempre é fácil abrir mão de outros sonhos de consumo em troca de um objetivo que só será alcançado após alguns anos de economia”, diz.

COMO CONSEGUIR DINHEIRO PARA COMPRAR, CONSTRUIR OU REFORMAR SUA CASA
Para o professor Jurandir Macedo, do Instituto de Educação Financeira, a escolha do analista de sistemas, de combinar o pagamento do aluguel ao investimento de parte da renda, foi acertada. “Comprar imóvel representa um risco. Os preços subiram muito, e os imóveis sofrem muita depreciação. Quanto mais caro o imóvel, maior o custo do dinheiro e menos vantajoso é comprar, pois o aluguel é mais barato”, explica.

ALUGUEL E FINANCIAMENTO
Outra opção é a combinação do pagamento do aluguel e das parcelas do financiamento do novo imóvel. Essa é a situação da bancária e analista de projetos Karina Mendes Barbosa, de 21 anos. Ela e o marido decidiram morar de aluguel em um bairro de Santo André (SP) enquanto não encontravam o imóvel de seus sonhos. “Esse ano encontramos a casa que queríamos, na Vila Prudente (bairro de São Paulo). Porém, ela está terminando de ser construída. Então, até ficar pronta, continuamos com o aluguel”, explica.

A situação é parecida com a de Oliveira. A diferença é que ele investe uma parte dos ganhos para comprar o imóvel à vista no futuro (ou reduzir a parcela a ser financiada). Karina, por sua vez, se comprometeu com a dívida do financiamento. Para adequar o orçamento aos dois pagamentos, ela e o marido pararam de viajar e reduziram a ida para bares, mas sem cortar totalmente o lazer. “É importante você ter uma vida ‘social’, pois senão acaba tendo a sensação de que você é ‘escravo’ do seu trabalho e de suas dívidas”, afirma.

FINANCIAMENTO
Mas, para algumas pessoas, o sonho de se mudar logo para a casa própria é forte demais para ser ignorado. Apesar de imóveis prontos para morar, em geral, serem mais caros do que os vendidos na planta – como é o caso de Karina – essa opção tem a vantagem de eliminar o pagamento do aluguel. O securitário Thiago Guedes Rocha, de 30 anos, é um exemplo desta situação.

Funcionário do Bradesco, ele foi transferido do Rio de Janeiro para Manaus. No início, pagava um aluguel de R$ 1 mil por um apartamento de dois quartos em um bairro valorizado. No entanto, na renovação o valor subiu um pouco, e ele e a esposa decidiram financiar a casa própria.

Depois de pesar as duas possibilidades, Rocha decidiu comprar o apartamento. “Hoje pago a mesma coisa que pagava no aluguel”, diz o securitário, que só precisou dar 20% de entrada no apartamento de R$ 170 mil.

Antes de tomar a decisão, ele chegou a cogitar comprar um apartamento no Rio de Janeiro, alugar e aplicar o dinheiro. No entanto, preferiu adquirir casa própria. “É o sonho de todo brasileiro. Pelo menos estou pagando por uma coisa que é nossa”, afirma. O securitário decidiu parcelar a compra em 30 anos, mas calcula que em seis já conseguirá quitá-lo.

A DECISÃO
Antes de decidir pelo financiamento ou pelo aluguel (que pode ser casado ao financiamento do imóvel na planta ou acompanhado do investimento de uma parte da renda), o ideal é que os compradores pensem em seu plano de vida, afirmam especialistas.

A família deve avaliar bem qual seu principal objetivo e quais esforços pretende fazer para alcança-lo, diz Ricardo Almeida, professor de finanças do Ínsper. “Cada caso é um caso, e antes de fazer uma escolha entre financiamento ou investimentos, é preciso avaliar alguns aspectos.”

Entre os principais aspectos a serem discutidos em família, a professora Ana Castelo, coordenadora dos estudos de construção civil na PUC-SP, destaca as condições do aluguel. Se o contrato for antigo, e a renovação for interessante, pode ser vantagem continuar morando como inquilino mais um tempo, afirma. Durante esse período, o valor poupado ajuda a reduzir a parcela a ser financiada posteriormente.

Ao mesmo tempo, é preciso também avaliar a perspectiva de aumento do valor do aluguel, diz Almeida. Quem pretende seguir o exemplo de Oliveira, que mora de aluguel e investe uma parte da renda, precisa estar atento a isso, destaca do professor. “Se o imóvel valorizar muito, fica mais difícil para o inquilino conseguir manter o aluguel no mesmo valor,” diz.

Para o especialista do Ínsper, caso a família goste muito do novo apartamento, pode ser melhor entrar no financiamento. Ele afirma que a taxa de financiamento imobiliária brasileira, de cerca de 10% mais a taxa referencial (TR) ao ano, não é alta para a pessoa física. “É um juro bom e o comprador terá um ativo que pode se valorizar muito nos próximos anos”, afirma.

Para conseguir se dar bem com a estratégia de combinar o aluguel com o investimento é preciso conhecer muito bem o mercado financeiro para saber como funcionam as aplicações e conseguir boas condições, diz o professor. Para negociar uma boa taxa com produtos bancários, por exemplo, muitas vezes é preciso já ter muito dinheiro.

“Quem optou por investir o dinheiro nos últimos cinco anos, desde 2006, ao invés de fazer o financiamento, se deu mal,” afirma. De lá para cá, os imóveis encareceram bastante em diversas regiões do país e poucos investimentos acessíveis à população de renda mais baixa superaram essa valorização.

Pior ainda do que a desvantagem financeira, diz Almeida, é a sensação de frustração de juntar dinheiro por anos e não conseguir chegar ao valor do apartamento desejado. “Muitas vezes a frustração é enorme, a perda é terrível e a tensão para guardar o dinheiro é enorme.”

Outro aspecto a ser avaliado pelo comprador do imóvel são as perspectivas para os preços. Na opinião de Almeida, não é possível prever que os preços dos imóveis não vão continuar subindo no Brasil. “Os investimentos no Brasil vão continuar crescendo e a classe C vai continuar pressionando os preços dos imóveis para cima,” diz.

Ana Castelo também não acredita na queda dos preços no mercado imobiliário brasileiro.” A demanda das famílias está sendo sustentada pelo crédito e pelo crescimento da renda. Não há a perspectiva no curto prazo de isso mudar,” diz.

Ainda assim, quem preferir continuar no imóvel alugado, enquanto aplica uma parte da renda, pode investir em títulos públicos, poupança, fundos de DI, CDB ou até mesmo ações, para o caso de um investidor com gosto maior pelo risco, sugere Jurandir.

FAZENDO AS CONTAS
Uma conta que pode ajudar a tomar a decisão entre o aluguel e a casa própria é a projeção de quanto dinheiro é possível acumular pagando o aluguel e, ao mesmo tempo, aplicando uma parte da renda. O professor de finanças da FGV, Samy Dana, avalia um exemplo:

Uma pessoa paga R$ 1.500 de aluguel e pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil, mas tem apenas R$ 180 mil. Ela tem duas opções:

1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões.

2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu.

"Caso este imóvel valorize para mais de R$ 2 milhões, a segunda opção foi um melhor negócio. Do contrário, a primeira opção teria sido mais vantajosa," diz Dana. Na opinião dele, a primeira opção provavelmente é melhor, pois ele acredita que um imóvel de 30 anos de uso tende a depreciar.

Para fazer as contas, ele levou em conta o rendimento líquido da aplicação do dinheiro e a taxa de financiamento imobiliário.

domingo, 8 de abril de 2012

BANCOS PRIVADOS VÃO CONTRA-ATACAREM REDUÇÃO DE JUROS DA CEF E BB



S
ob pressão, depois do anúncio da derrubada dos juros pelo Banco do Brasil (BB) e pela Caixa Econômica Federal (CEF), os bancos privados, que já tinham sido convocados pelo governo, irão a Brasília na próxima terça-feira apresentar um conjunto de sugestões para reduzir o custo do crédito no país. Eles querem mudanças no Cadastro Positivo (que permite aos bancos conhecer o histórico do cliente); medidas para facilitar a execução das dívidas de inadimplentes; e permissão para que os tomadores possam oferecer como garantia quotas de previdência privada; além de redução de impostos.

O conjunto de medidas foi elaborado por um grupo de trabalho, formado por diretores da área de crédito e risco dos bancos privados, coordenado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). O encontro será no Ministério da Fazenda e terá a presença do presidente da entidade, Murilo Portugal.

Segundo interlocutores, os bancos privados avaliam que o spread (diferença entre o custo da captação e o valor cobrado do tomador final) somente cairá com a adoção de medidas de longo prazo, que melhorem as condições legais e tributárias e não apenas corte de juros “na canetada”. Eles acreditam ainda que, mesmo com os cortes significativos nas taxas cobradas pelos bancos públicos, não vão perder clientes, porque há uma resistência natural em trocar de banco.

Os bancos alegam que o Cadastro Positivo, aprovado em junho do ano passado, não está servindo para reduzir os juros. Embora o instrumento permita à instituição saber se o cliente é bom ou mau pagador para medir o risco da operação (quanto mais alto, maior a taxa), a forma como o texto foi aprovado no Congresso e sancionado pela presidente Dilma Rousseff em junho do ano passado dificulta sua aplicação, argumentam as instituições. A lei exige autorização do cliente a cada consulta ao cadastro e a responsabiliza o banco pelo uso da informação, que é prestada por terceiros.

CONSUMIDOR É O ELO MAIS FRACO
Eles defendem que o governo mexa nesses dois pontos da lei, que foram acrescentados à proposta original do governo no Congresso, atendendo aos órgãos de defesa do consumidor. Na época, as entidades comemoraram os dois itens. A advogada Leila Cruz alerta que, sem a autorização do cliente, os bancos vão usar os dados sempre contra o correntista.

— O consumidor é sempre o elo mais fraco na relação de consumo, À vezes, o consumidor pode ter ficado com o nome sujo por algum eventual problema. Sem poder dar essa explicação, ele será avaliado de forma unilateral, o que é prejudicial. E o banco não quer assumir essa avaliação, já que esse tipo de coisa sempre se transforma em medida judicial — disse Leila, que comanda escritório com seu nome.

Fontes do próprio setor, que prefere não se identificar, admitem que não haja garantias de que os efeitos das medidas propostas sejam repassados para os consumidores. Segundo um executivo, o cadastro tem que funcionar para o lado do cliente. Ou seja, ele precisa ser informado qual é seu risco e qual é a taxa em função disso e o que pode fazer para melhorar. Hoje, o banco guarda a informação só para ele e cobra o que quer do cliente, disse.

Outra proposta do setor privado é alterar a legislação para permitir que o princípio do “incontroverso” possa ser aplicado em todas as modalidades de crédito. Esse mecanismo vale hoje apenas para financiamentos imobiliários e permitirá ao devedor questionar judicialmente os juros, caso os considere abusivos, mas continue pagando a dívida principal.

Há um entendimento de que os financiamentos para veículos podem ser fortemente beneficiados por essa medida. Revendedores estão se queixando que a demanda continua forte, mas que estão enfrentando dificuldades na liberação do crédito por parte dos grandes bancos. Um dos receios do mercado são as liminares a favor de credores que compram o bem e pouco depois entram na Justiça, alegando juros abusivos e lei da usura. Com isso, param de pagar toda a dívida e, quando o processo chega numa instância superior, o carro já se desvalorizou.

— Essa medida pode reduzir os custos de execução. Para cobrar uma dívida vencida, o banco tem custos de advogado, certidões, formalidades, preparar documentos, etc. Quanto mais baixos forem, mais espaço tem para baixar a taxa cobrada — explicou uma fonte.

Outra sugestão seria permitir que os tomadores pudessem oferecer como garantias de empréstimos quotas de previdência privada, como VGBL — sigla para Vida Gerador de Benefício Livre. Em 2011, a carteira de planos de previdência abertos atingiu R$ 159,8 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) — um universo de 10,6 milhões de contas, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Segundo fontes, a maioria das propostas do setor privado é focada na regulação do crédito. Apesar de esta questão ter a simpatia da Fazenda, o próprio setor privado está “desanimado”, porque não acredita que o governo esteja disposto a ceder com corte de tributos, por exemplo (IOF, PIS e COFINS).

Nos bastidores, a pressão dos bancos privados foi um dos entraves que tiveram de ser derrubados pelo governo para tocar em frente o pacote de redução dos spreads. Representantes dos maiores bancos mantiveram conversas com a equipe econômica e reclamaram, principalmente, do momento, já que a inadimplência está alta.