domingo, 24 de junho de 2012

OS PERIGOS DA MEIA CONVERSÃO



A maioria muda pensando em si
e sai pensando em si


*Pe. Zezinho, scj

F
alemos dos convertidos para alguma fé. Uma coisa é seguir em frente na mesma fé herdada dos pais e assumida pessoalmente e outra optar por outro púlpito, outros pregadores, outras maneiras de orar, outra forma de ver a ação de Deus na pessoa e na comunidade.

De repente, alguém ferido no corpo e na alma encanta-se com as notícias de que, em determinados templos, existem curas e palavras de conforto. Não vai lá pelos dogmas e sim pela cura e pelo conforto. Em questão de fé, o sentir pesa muito mais do que o intuir ou o entender.

Na verdade, o convertido pensa em si, depois em Deus, Ele quer respostas que alguém lhe oferece em nome do Senhor e são aquelas respostas prometidas que levam um convertido ao novo templo. Ele queria e por enquanto achou um lugar e um ambiente que favoreça a prática de sua fé. Se vier a decepção sempre haverá outros templos e outras igrejas… Muda-se!

Quando o culto e as pregações da igreja na qual foi batizado não satisfazem e o entusiasmo e as pregações da outra igreja trazem respostas tipo: "Deus é", "Deus quis", "Deus quer", "Você foi escolhido", ele se identifica. "É a palavra que eu andava procurando…". Paulo toca no assunto quando escreve a Timóteo sobre os que procurariam outros mestres que diriam ou desejariam ter ouvido. (cf. Tm 4,-1-5). Sentir-se escolhido e eleito é outra coisa do que ser um no meio de bilhões. Esta singularização já levou muitas pessoas da grande para as pequenas comunidades onde são mais notadas e acolhidas.

O gigantismo nem sempre ajuda uma igreja. Não há ministros para cuidar de tanta gente. Equivale ao hipermercado com mais de 100 mil visitas diárias e número insuficiente de funcionários. A pessoa procura melhor atendimento. Isso tem acontecido com a Igreja católica, além de outras diferenças que levaram muitos fiéis a procurar igrejas menores onde se sentem menos número. Não é o dogma que as leva para lá. É a atenção e são as promessas e garantias de resultado que todos os dias são mostrados lá na frente ou na televisão. Vão para os templos onde a graça acontece e é mostrada.

Os católicos fazem o mesmo quando vão a lugares de peregrinações ou movimentos onde se sentem singularizados. “Você” e “Deus” e “Jesus” são as três palavras mais usadas por estes pregadores. Corresponde ao que estes fiéis queriam ouvir.

Convertem-se porque querem o melhor para si. Depois é que começam a querer o louvor de Deus e o melhor para os outros. Mas quando vem a dificuldade e este fiel que mudou de fé percebe que não aconteceu o melhor, a doença voltou, os problemas voltaram, a filha não mudou, o marido não mudou, ou voltam, vão procurar o mais novo pregador e a mais nova igreja que apareceu na televisão. É para lá que fazem romaria. Há um novo pregador bombando na mídia. E vão ouvi-lo porque sua religião é altamente personalizada da mesma forma que é sua fé. Mudam também o enfoque a partir do pregador em evidência. Se ontem era Jesus, depois era o Espírito Santo, agora é o Pai. Se ontem era a graça Universal, agora é o Poder Mundial. Se ontem era o “não sofra mais”, agora é o “não espere mais”. Decida!

Os nossos tempos, à mercê da cultura do indivíduo soberano, geraram milhões de migrantes da fé. Mudam com enorme facilidade e sem nenhum drama de consciência de um templo para o outro e de um caminho para o outro. E ouvem os pregadores a dizer que se não estão confortáveis num caminho devem buscar sua realização no outro porque Deus criou muitos caminhos para que o indivíduo exerça sua liberdade de escolha. Na maioria das vezes é o jeito de o pregador justificar por que ele mesmo mudou duas ou três vezes, trocou de igreja ou de grupo de espiritualidade e até fundou a própria, sempre dizendo que Deus queria a mais nova igreja.

“Você não está feliz onde está? Venha conosco!” É o que se ouve nesses púlpitos. Mas não há muita lógica, porque nunca se ouve dos mesmos pregadores: “Você não é está feliz conosco? Procure outra igreja”. Aí, não! Vir, pode, ir embora é abandonar o caminho certo! O marketing chega a ser deslavadamente cruel. “Deixar a outra igreja pode, deixar a nossa, nunca!”

Não se ensina que não há igreja nem religião perfeita, nem estradas perfeitas. Uma pode ser melhor do que a outra, mas sempre haverá buracos, empecilhos, barreiras. Aí depende muito do individuo ser capaz de se perdoar e perdoar a sua igreja que segundo sua avaliação errou para com ele não lhe dando o conforto que ele esperava. Perdoará a mais nova igreja quando ela também falhar? E ele, por acaso, não precisa pedir perdão à sua antiga e agora à sua nova igreja? As igrejas são pecadoras, mas o sujeito que muda de opção, quando as coisas não saem do seu jeito, não o é?

Contornar barreiras e seguir aquele caminho ou, decepcionado, voltar atrás porque não achou o que queria é o grande drama da conversão! Se foi opção verdadeira o convertido pensará nos outros e fará todos os sacrifícios possíveis para prosseguir no caminho de sempre. Se não foi opção pelos outros e sim por si mesmo, ele mudará e irá lá onde de um jeito ou de outros era protagonista e fará o que sempre sonhou fazer.

Mas no novo caminho, ao primeiro grande conflito, se converterá de novo. Ou deixara de praticar ou mudará outra vez e achará algum culpado pelo seu novo desânimo. Evidentemente. O problema nunca será ele. Mudou porque os outros não o acolheram ou respeitaram…

O perigo da meia conversão existe, como também existe o perigo da meia vocação, da meia promessa e do meio casamento. Todos eles se assemelham à meia virgindade. A história de todas as religiões coincide nesse aspecto. Os que ficam e perdoam sua igreja e os que se cansam dela e buscam outra que lhe fale mais ao coração. Os dogmas aparecem depois. As dúvidas contra sua própria igreja são alimentadas pelo pregador que deseja mais alguém em suas fileiras, sempre cuidadoso a não mostrar os podres da sua igreja. Lá tudo é graça, tudo é força, tudo é luz porque um novo tempo exige uma nova igreja! O marketing é bonito, mas nem sempre honesto!

A maioria muda pensando em si e sai pensando em si. Não havendo nem alteridade nem altruísmo, não haverá ascese, e não havendo ascese, foi apena meia conversão! Se o ego do fiel for outra vez desafiado ele não hesitará em mudar. Sua individualidade está acima de qualquer religião ou fé. Releia a segunda Carta de Paulo a Timóteo, 4,1-5. Já naquele tempo a alteridade andava em baixa!…

*Padre Zezinho é escritor, compositor e cantor. Congregação Dehonianos.

sábado, 23 de junho de 2012

SECA NO NORDESTE: O PIOR JÁ PASSOU



  •   
    A
    s secas continuam a ser um drama humano no sertão nordestino, onde o acesso à água e à alimentação permanece escasso. Os moradores do semiárido avaliam, no entanto, que as condições de vida hoje são bem melhores que as do passado.

    "Eu acho que umas dez secas já aconteceram comigo. Esta de hoje não está tão ruim porque tem mais ajuda (do governo) e tem estas cisternas para armazenar água", conta o agricultor José Raimundo da Silva, de 64 anos, de Salitre (CE).

    O sertanejo conta que sua pior seca foi a de 1993. "Fui obrigado a ir para São Paulo porque não tinha como sobreviver aqui. Eu larguei a família e fui pra São Paulo trabalhar por quatro meses", diz.

    A secretária nacional de segurança alimentar e nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Maya Takagi, afirma que as famílias do semiárido "estão reagindo bem às adversidades" da seca.

    "A cada ano, o Brasil fica melhor preparado para enfrentar essa adversidade, que nós já sabemos que ocorre periodicamente", diz Takagi.

    "É uma situação muito diferente daquela das grandes secas de meados do século passado, quando populações inteiras migravam simplesmente porque não tinham condições de sobrevivência", acrescenta.

    O agricultor Manuel Francisco dos Santos, de 87 anos, ainda tem lembranças de uma das estiagens mais marcantes da história do Nordeste: a grande seca de 1932, quando o Estado do Ceará criou instituições, apelidadas de "currais do governo", para confinar os retirantes que ameaçavam se deslocar em massa para Fortaleza.

    POUCO AVANÇO
    Apesar da melhora na qualidade de vida das populações, o sertão tem grande parcela de responsabilidade no fraco desempenho dos índices sociais no Nordeste.

    A região ocupa as últimas posições em praticamente todos os indicadores sociais, como analfabetismo (20,7% no Nordeste contra média de 10,5% no Brasil), pobreza (42,1% da população contra 28% na media nacional), IDH (0,75 no NE e 0,82 no Brasil) e expectativa de vida (70,1 anos no NE e 73 na média do Brasil).

    O coordenador-geral do Centro de Assessoria e a Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga), Paulo Pedro de Carvalho, diz que é essencial uma estratégia que pense o desenvolvimento sustentável do sertão no longo prazo, agora que as condições de vida melhoraram.

    "O sertão não é um problema para o Brasil. Ele tem de ser parte da solução", diz Carvalho.

    O sertão nordestino não se beneficiou do recente surto de desenvolvimento que vem ocorrendo na região, com a instalação de indústrias e o grande crescimento no comércio e no setor de serviços, diz.

    Para os moradores da região, os problemas comuns nas secas do passado - como saques, cenas de crianças subnutridas e levas de migrantes indo para as grandes cidades - não se repetiram na atual estiagem por causa dos programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família.

    Em maio, o governo liberou também uma "Bolsa Estiagem" para complementar a renda de moradores das 170 cidades mais atingidas pela seca, como Salitre (CE).

    "Se essa seca estivesse acontecendo 15 anos atrás, agora já ia ter gente saqueando as cidades. Hoje as pessoas mais carentes e os agricultores que perderam suas safras estão se segurando através dos programas sociais", diz o prefeito de Salitre, Agenor Ribeiro.

    LEMBRANÇAS PIORES
    Os 1.133 municípios que integram oficialmente o semiárido brasileiro - semelhante à área do antigo "Polígono das Secas" - também têm algumas vantagens na concessão de créditos para a produção e na utilização dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

    "Nos outros tempos é que era mais difícil. Agora é muito diferente, tem aposentadoria", diz o agricultor José Francisco, de 79 anos.

    Durante os anos 1980 e 1990, antes da introdução dos programas de transferência de renda, eram as aposentadorias de trabalhador rural, concedidas aos 65 anos de idade, que sustentavam famílias inteiras em épocas de seca.

    Com quase oito décadas de vida no sertão, José Francisco se lembra de um tempo em que nem havia a aposentadoria rural, que só começou a ser criada no fim dos anos 1960. "(Minha pior seca) Foi a de 50. A gente plantou e cresceu bastante, mas depois morreu tudo."

    O agricultor Francisco Manoel de Souza, de 72 anos, também tem as secas dos anos 1950 como as piores de sua memória.

    "A gente chegou a passar fome mesmo. Não tinha nem estrada, então mesmo que tivesse dinheiro não tinha como conseguir comida", recorda. "Hoje é moleza, em vista de como eu fui criado."


Colaborou João Fellet, de Brasília

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CONTROLE DA ANSIEDADE



Fonte: 
 Núcleo Educacional Científico

A
 ansiedade significa um estado inquieto, de desconforto e apreensão, diante de algum evento ainda imaginário, que possa vir a acontecer. Imaginário, sim, pois se trata de algo que sentimos perante um fato ainda não concretizado – na verdade, nós o antecipamos. Essa sensação pode se transformar em um distúrbio quando fica crônica e tende a se concentrar em questões da vida real, como problemas no trabalho, nas relações, nas finanças ou na saúde, os quais, dessa maneira, passam a ser encarados como perigosos ou ameaçadores para nossa segurança e bem-estar. Além disso, costuma se agravar com as pressões do cotidiano, a exemplo de trânsito, trabalho, exigências familiares, relacionamentos interpessoais, situação econômica, perspectivas inseguras do amanhã, velhice e doença. Os sintomas comuns da ansiedade são indisposição, inquietação e tensão nervosa, assim como insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e sobressaltos. Já os sinais físicos incluem batimentos cardíacos rápidos, mãos e pés frios, respiração ofegante, tensão muscular, tremores, depressão e fadiga crônica.

COMO CONTROLAR A ANSIEDADE?
Quando você se sentir ansioso por razões obscuras, pare e pense com crítica. O primeiro passo para assumir o controle de situações que causam ansiedade é perguntar a si mesmo do que está com medo. Fazer essa indagação amplia nossa consciência e dá clareza para começarmos a resolver o problema.

Muitas pessoas se vêem às voltas com um pouco de ansiedade todos os dias. Os médicos sentem-se ansiosos antes de entrar em uma cirurgia, os advogados, antes de comparecer a uma audiência, os professores, antes de dar uma aula e mesmo quem está prestes a viver um momento de alegria e felicidade pode ficar muito agitado – por exemplo, alguém que vai se casar. Tudo isso é ansiedade de preparação, ou seja, o medo de fracassar e de não dar conta do desafio. Em intensidade moderada, contudo, essa sensação é positiva porque ajuda o indivíduo a se preparar para dar o melhor de si. Por outro lado, quando elevado, o grau de ansiedade impede a ação diante de algo que soa como ameaçador ou desafiador. Algumas pessoas, por terem autocrítica exacerbada, não se aceitam e, por conseguinte, preocupam-se permanentemente com a possibilidade de os outros também não as aceitarem. Dessa forma, receiam o tempo todo estar sendo julgadas por alguém. Reduzir a crítica e moderar o medo de entrar em cena, portanto, podem ser um bom começo.

Convém acrescentar que muita gente sofre de ansiedade crônica sem se dar conta disso, simplesmente porque não se observa, não se percebe e não tem consciência de si mesma. Assim, procure entrar em contato com você, ouvir seus pensamentos e prestar atenção a seus sentimentos. Da mesma maneira, aceite quem é, assuma a responsabilidade por sua vida e esteja seguro de que está caminhando na direção acertada para sua vida. Para que sejamos nós mesmos, não precisamos estar inteiramente isentos da ansiedade, mas, pelo menos, devemos saber o que nos paralisa e nos sentir livres para modificar o que nos ameaça.

A pessoa livre aceita a responsabilidade tanto pelo que há de bom como pelo que há de mau em sua vida. Está consciente de sua própria vulnerabilidade. Não desperdiça tempo e energia com coisas que não podem ser modificadas. Apenas define suas metas e trabalha para atingi-las. E uma das mais importantes metas da vida é você se familiarizar consigo mesmo de uma maneira positiva, aceitando suas limitações.

O fato é que cada um de nós é o construtor do próprio futuro. Assim, se você utilizar seus melhores materiais e as ferramentas mais adequadas nessa construção, o futuro será bastante promissor e nada haverá para temer. A simples disposição de buscar descobrir o que existe de melhor em você já reduz a ansiedade. Mãos à obra e boa empreitada!

Este material foi elaborado pelo Fleury, tendo caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

AVANÇO NO TRATAMENTO DA HEPATITE C




A
 infecção crônica pelo vírus da Hepatite C (VHC) é um importante problema de saúde pública, com prevalência mundial estimada em 2,2%, ou cerca de 170 milhões de infectados, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para ter uma idéia de magnitude, a doença é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose hepática em fase terminal e 60% dos casos de câncer de fígado.

Os estudos nacionais que avaliaram a exposição da população ao VHC demonstraram que 1,38% dos brasileiros já tiveram contato prévio com esse vírus. A transmissão ocorre por exposição de qualquer natureza a sangue contaminado, ou de mãe para o filho, durante a gestação e o parto.

É importante ressaltar que os exames para diagnóstico da infecção estão disponíveis há menos de 20 anos, logo, todos os indivíduos que receberam transfusão sanguínea, fizeram hemodiálise ou outros procedimentos hospitalares invasivos antes de 1993 estão sob risco de apresentar a doença.

Procedimentos odontológicos e tatuagens sem o devido cuidado de esterilização de instrumental, e o compartilhamento de agulhas e seringas, materiais de manicure e outros objetos cortantes são também fatores de risco, independentemente da época da exposição.

Nesse contexto, e por ocasião do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho desde 2009, o Ministério da Saúde brasileiro tornou pública uma ótima notícia: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) licenciou, no último dia 25 de julho, um novo medicamento para o tratamento de hepatite C crônica – o boceprevir.

Trata-se de uma droga capaz de impedir que o vírus se multiplique no organismo da pessoa infectada. A droga foi desenvolvida para ser usada em associação com a atual terapia padrão – baseada em interferon peguilado (Peg-IFN) e ribavirina – para o tratamento de indivíduos infectados pelo subtipo 1 do vírus.

Os resultados dos estudos que validaram o boceprevir demonstraram que a terapia contendo esse medicamento é mais eficaz para a erradicação da infecção, tanto no tratamento inicial quanto em pessoas que já tiveram falha previamente à terapia padrão. Além disso, a adição desse medicamento ao esquema permite períodos mais curtos de tratamento: atualmente, a terapia padrão é feita por 48 semanas; dependendo da velocidade com que cada paciente responder à medicação esse tempo pode ser reduzido para 24 semanas nos que estão sendo tratados pela primeira vez, ou 36 semanas naqueles que têm história de falha prévia.

A proporção de pacientes que passaram a apresentar carga viral negativa para hepatite C com o uso de boceprevir foi praticamente o dobro dos insatisfatórios 40% que conseguem esse sucesso com Peg-IFN e ribavirina.

Estima-se que, no Brasil, 1,5 milhão de pessoas sejam portadoras crônicas do VHC. Entretanto, apenas 12 mil estão em seguimento ou tratamento. Esse dado chama atenção para o grande contingente de portadores que não têm acesso ao diagnóstico. Diante da maior probabilidade de sucesso do tratamento com a nova droga disponível, é preciso um esforço concentrado dos médicos e das pessoas que já se expuseram a risco para detectar as infecções ainda não diagnosticadas.

A Unilab oferece testes indispensáveis para o diagnóstico de hepatite C, que permitem a confirmação da infecção crônica, a identificação do genótipo viral e monitoramento da resposta ao tratamento.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O QUE É MELHOR PARA OS OSSOS



Fonte: 
 Revista Seleções Reader's Digest


P
rimeiro, as ameixas pretas ganham nome novo (são ameixas secas, por favor); agora, causam um benefício antes desconhecido: são boas para os ossos. Bahram H. Arjmandi, nutricionista e pesquisador da Universidade do Estado da Flórida, explica que mulheres na meia-idade que comeram dez ameixas pretas por dia reduziram substancialmente a perda óssea. Se dez parece muito, Arjmandi afirma que três por dia já fazem diferença e acrescenta que as ameixas pretas são a melhor fruta para os ossos. Como as mulheres podem perder até 20% de massa óssea nos sete anos posteriores à menopausa, essa é uma boa notícia.

É mais bem-vinda ainda, pois, recentemente, a esperança em outro remédio natural se frustrou. Os suplementos de soja nada fizeram pelos ossos de mulheres na menopausa que tomaram uma dose maciça deles durante dois anos (também não reduziram os fogachos). Portanto, coma tofu se gosta, mas para cuidar dos ossos comece a beliscar ameixas pretas. A menos que a ideia lhe pareça antiquada. Nesse caso, prefira ameixas secas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

AUDIÊNCIA DEBATERÁ GERAÇÃO DE EMPREGOS DURANTE A COPA


Agência Câmara de Notícias

Comissão também vai verificar se recrutamento de voluntários pela FIFA está de acordo com a legislação trabalhista brasileira e com a Lei do Serviço Voluntário.

A
 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizará audiência pública nesta terça-feira (19) para discutir a geração de empregos durante a Copa do Mundo de 2014.

A iniciativa do debate é do deputado Laércio Oliveira (PR-SE). Ele afirma que, segundo estudo do Ministério do Esporte, a Copa do Mundo vai gerar 330 mil empregos permanentes e 380 mil temporários. Pela estimativa do estudo, somente o governo investirá cerca de R$ 25 bilhões em mobilidade urbana, construção de estádios, aeroportos e portos.

Oliveira questiona, no entanto, a previsão da Federação Internacional de Futebol (FIFA) de abrir 18 mil vagas para serviço voluntário. “Pessoas que irão trabalhar cerca de dez horas diárias, recebendo apenas uniformes e alimentação.”

“O serviço voluntário tem nexo causal com o bem comum, em que instituições, normalmente do terceiro setor e sem fins lucrativos, são movidas principalmente pela motivação pessoal. Não me parece que os interesses em jogo em uma Copa do Mundo, que movimenta bilhões de dólares, possam ser enquadrados no serviço voluntário nos termos da Lei 9.608/98”, contrapõe Oliveira.

Para o deputado, é preciso apurar se o recrutamento de voluntários pela Fifa configura ou não um artifício para evitar o pagamento de mão de obra e de direitos trabalhistas.

Foram convidados:
- o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê
Organizador Local (COL) da Copa do Mundo FIFA 2014, José Maria Marin;
- o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luiz Manuel Rebelo Fernandes;
- a secretária de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Vera Albuquerque;
- o representante do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços e de Trabalho Temporário de São Paulo (Sindeprestem) Edson Belini;
- o representante do Sindicato dos Empregados nas Empresas Prestadoras de Serviços e de Trabalho Temporário de São Paulo (Sindeepres) Amâncio Luís Coelho Barker;
- o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos.

A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 10 da Câmara dos Deputados.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

RIO+20: PAÍSES CONCORDAM EM LEGISLAR SOBRE OCEANOS E LANÇAR OBJETIVOS DE SUSTENTABILIDADE


Maria Denise Galvani e Lilian Ferreira*
Do UOL, no Rio



J
á com dois dias de atraso, as delegações dos países que negociam na Rio+20 conseguiram avanços concretos em apenas dois assuntos: os Estados vão regulamentar a biodiversidade e recursos naturais dos oceanos, que hoje permanece em uma zona cinza na legislação internacional; e serão criados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Entretanto, prazos e metas ficam para um grupo de trabalho a ser criado.

A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio até o próximo dia 22. No dia 20, os chefes de Estado chegam para trabalhar em cima de um texto já fechado, diz o governo do Brasil. A alta cúpula, então, irá debater como implementar as decisões tomadas pelos negociadores.

O secretário-executivo da comissão brasileira para a Rio+20 Luiz Alberto Figueiredo, minimizou as discordâncias que ainda permanecem sobre outros temas. "Existem várias maneiras de se avançar nesses assuntos, há como matizar a linguagem de uma forma que seja aceitável para todos e leve aos mesmos resultados", afirmou. "A busca pela linguagem certa continua e vai ser encontrada." O embaixador disse isso ao tentar explicar que as discussões sobre o texto muitas vezes embarram em quais palavras usar no documento.

"Revisamos cerca de 50 parágrafos do texto e persistem dificuldades em não mais do que cinco. Destes 50, tínhamos antes uns 30 não acordados", afirmou. Questionado pelo UOL sobre quanto do texto já teria acordo, o embaixador não foi específico e apenas disse que avançou frente aos 38% que já tinham sido fechados até sexta.

Outra questão cujo texto foi "quase fechado", segundo Figueiredo, é o papel do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O documento final deve limitar-se a falar em fortalecimento do programa, enquanto alguns países pediam que ele fosse promovido à categoria de agência. Assim, ele teria mais autonomia e capacidade de implementação, com o que o Brasil não concorda. Apesar disso, Figueiredo disse que "o Pnuma não sairá desta conferência da mesma forma que entrou".

IMPLEMENTAÇÃO FICARÁ PARA CHEFES DE ESTADO
Porta voz oficial das negociações, Figueiredo foi categórico ao afirmar que o texto da declaração será fechado até a noite desta segunda-feira, dia 18. Ele admitiu, no entanto, que o texto vai entregar princípios, cuja implementação terá de ser decidida por chefes de Estado.

"Chefes estarão em quatro mesas redondas em que discutirão o futuro, como implementar as decisões que saírem daqui", disse Figueiredo. "Eles estarão engajados em consultas entre si e vão dar importantíssimas mensagens políticas sobre o que seus países tem feito e o que pensam em relação a desenvolvimento sustentável."

As discussões sobre meios de implementação, ou seja, quem paga as ações sustentáveis, enfrentam dificuldade de comprometimento dos países desenvolvidos. "Eles têm grande dificuldade em se comprometer com cifras concretas e de reassumir compromissos ja assumidos".

Um das principais negociadoras do Reino Unido, a ministra do Meio Ambiente Caroline Spelman disse que o país tem iniciativas de financiamento e que já assumiu compromissos. A mensagem parece clara: não é necessário se comprometer com novas propostas de financiamento uma vez que já se comprometeu antes, seja em acordos amplos, como o do clima, seja em tratados bilaterais, como o que destina recursos para o Cerrado brasileiro.

POLÊMICAS
No início da tarde do domingo, o Brasil admitiu apresentar uma nova versão do documento chamado "O Futuro que Queremos", tentando acomodar as diversas reações provocadas pelo texto feito pelo país, que assumiu a presidência da Conferência no sábado (16), após a Reunião Preparatória não ter conseguido fechar o texto que será apresentado aos chefes de Estado.

Entre os aspectos mais discutidos, está o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas", que ficou no texto. Por ele, os países ricos devem pagar mais pela transição para o desenvolvimento sustentável (deles e dos mais pobres), por terem alto padrão de desenvolvimento a custas de energias poluentes. Mas os países desenvolvidos dizem que esta divisão não é mais justa, já que países como Brasil e China possuem as maiores economias do mundo, enquanto a Europa enfrenta uma grave crise econômica.

Outra polêmica diz respeito às fontes de financiamento. O grupo da China+G77 pediu a criação de um fundo de US$ 30 bilhões, mas o Brasil optou por retirar este ponto do texto, atendendo aos países ricos, e deixar para 2014 uma definição.

domingo, 17 de junho de 2012

TRABALHO E REPOUSO DEVEM ANDAR JUNTOS - Artigo do Dr. Milton Hênio



O
 tempo vai passando e o brasileiro tem que trabalhar cada vez mais para o sustento da família. Mas a luta pela sobrevivência de forma exagerada faz com que o organismo se danifique, porque o trabalho excessivo sem o repouso correspondente, desorganiza a mente e o corpo. “Estou cansado”, é uma frase que ouço frequentemente dos amigos. Cuide do seu trabalho, mas cuide também de você, caro leitor. O mundo atual é dinâmico, de muitas atividades, de muita concorrência. E no meio de todo esse corre-corre que a vida nos impõe está o homem, dotado de um organismo relativamente frágil para muitos obstáculos enfrentar. Nenhum computador foi projetado até hoje com a capacidade que possa competir com a grandeza do cérebro humano. Acredita-se que possuímos 100 bilhões de neurônios que são condutores de milhões de sinais. São esses neurônios, portanto, que se desgastam quando nós sofremos constantes emoções negativas e estamos cansados pelo excesso de trabalho. Você tem que trabalhar, mas pensar que o organismo é uma grandiosa máquina, mas como toda máquina pode baquear quando usada além dos limites. O dinheiro é importante para o seu viver, mas também observando seus métodos de adquiri-lo sem se desgastar. Li certa vez estas palavras: “Com dinheiro compro a cama, mas não o sono; a comida, mas não o apetite; uma casa, mas não o lar; remédios, mas não a saúde; livros, mas não a inteligência; um crucifixo, mas não a fé”.

O trabalho do coração, por exemplo, dá-nos uma idéia do que representa repouso durante o trabalho. Todo mundo pensa que o coração trabalha direto, em seu conjunto, todo tempo. Na realidade, porém, há um período definido de descanso depois de cada contração. Ao funcionar em média 70 pulsações por minuto, o coração está trabalhando verdadeiramente 9 horas em cada 24 horas. O segredo do coração está em trabalhar por partes; enquanto uma parte se contrai a outra está relaxada. Nosso coração é uma peça preciosíssima e precisa ser muito bem cuidado. A única função do coração é bombear sangue para todo o corpo.  Em média o coração bate 70 a 80 vezes por minuto, 100 mil vezes por dia, 40 milhões de vezes por ano.

Passamos, sem perceber, grande parte de nossa vida trabalhando, rindo e às vezes chorando, procurando viver bem enquanto temos a vida como prêmio.  Porém, muita gente destrói parte da vida por ter saído de seus limites.  É preciso pensar na vida e não apenas correr pela vida, como se não fosse possível correr e pensar ao mesmo tempo.

http://blogsdagazetaweb.com.br/miltonhenio

sábado, 16 de junho de 2012

DETRAN-AL ORIENTA VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO




O
 Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas, através do Serviço Social, desenvolve o “Projeto de Orientação às Vítimas de Acidentes de Trânsito” que objetiva socializar para a sociedade um direito que é desconhecido pela grande maioria da população: o Seguro DPVAT (Seguro obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de vias Terrestres). Este Seguro, que foi instituído pela lei federal Nº 6.194/74 e é pago pelos proprietários de veículos automotores, e tem a finalidade de garantir às vítimas de acidentes de trânsito indenizações em caso de MORTE, INVALIDEZ PERMANENTE E REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS E HOSPITALARES, sejam elas condutores, passageiros ou pedestres. Os valores atuais das indenizações são:

Em caso de MORTE - R$13.500,00;
INVALIDEZ PERMANENTE- até R$13.500,00;
REEMBOLSO DE DESPESAS - até RS 2.700,00.

É realizado diariamente atendimento presencial ao usuário onde é socializada para vítima ou seu familiar a relação de documentos necessária e prazos para requerer a indenização de acordo com cada caso, encaminhando o usuário às instituições onde devem requerer as documentações.

Alguns cuidados são importantes para que o cidadão acesse o DPVAT de forma segura:

  •  INFORME-SE PARA NÃO SER VÍTIMA DE FRAUDES;
  • NÃO ENTREGUE OS DOCUMENTOS RELATIVOS AO ACIDENTE E AO ACIDENTADO A TERCEIROS;
  • APÓS O ACIDENTE PROCURE ATENDIMENTO EM HOSPITAL OU UNIDADE DE SAÚDE;
  • O PRAZO PARA REQUERER O SEGURO, A PARTIR DE DO ANO DE 2003, É DE 3 ANOS, A CONTAR DA DATA DO ACIDENTE. PARA ACIDENTES OCORRIDOS ANTES DE 2003 É NECESSÁRIO CONSULTAR TABELA DE PRESCRIÇÃO;
  •  PROVIDENCIAR BOLETIM DE OCORRÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL DO MUNICÍPIO ONDE OCORREU O ACIDENTE;
  • GUARDE OS COMPROVANTES DE GASTOS COM DESPESAS MÉDICAS, RECEITUÁRIOS E PRESCRIÇÕES MÉDICAS;
  • O SEGURO DPVAT DÁ COBERTURA PARA DANOS PESSOAIS E NÃO PARA DANOS MATERIAIS.


O atendimento institucional é realizado diariamente no horário de 08h00min às 14h00min, na rua Ministro Salgado Filho, 41 – Farol - Maceió - Telefone: 3356-8097.

Para maiores esclarecimentos entre em contato com o Serviço Social do DETRAN/AL pelo telefone 3356-8097 ou pelo e-mail: servicosocial@detran.al.gov.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

JURO DO CARTÃO DE CRÉDITO SE MANTÉM EM NÍVEL RECORDE


Jornal Floripa

E
nquanto as quedas nos juros básicos e o aumento da competição entre bancos provocaram em maio a quarta redução do ano na taxa média para pessoas físicas, o custo para o uso do cartão de crédito permanece estável.

A taxa para a modalidade, de 10,69% ao mês, é a maior desde junho de 2000 (10,70%) e acumula 27 meses no mesmo nível.

Os dados constam de levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Para o cartão, a entidade apura a média das taxas máximas por considerar que representam a maioria absoluta das operações.

Todas as outras cinco linhas ao consumidor pesquisadas pela associação caíram no mês e registram queda no ano. A média geral está no menor nível desde 1995.

Para os especialistas, a manutenção da taxa no rotativo do cartão de crédito reflete menor competição no segmento.

"Você abre uma conta bancária, recebe um cartão de crédito e você o mantém ao longo do tempo, não troca porque está mais caro ou mais barato", afirma o diretor-executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, responsável pela pesquisa.

A expectativa da Anefac é que os dois fatores --queda nos juros e maior competição no setor-- devem se acentuar e levar as taxas para níveis ainda mais baixos.

HORA DE NEGOCIAR
Para Myrian Lurd, planejadora financeira e professora da Fundação Getulio Vargas, os juros para o cartão de crédito só cairão se os consumidores começarem a negociar ou pararem de usá-lo. "Os bancos só mexeram quando se sentiram ameaçados."

Procurada, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), afirmou iria se pronunciar porque não comenta práticas comerciais dos bancos. A Febraban, a federação dos bancos, disse que não comenta taxas.

O crédito para aquisição de bens, por exemplo, recuou 7% no período. Para os economistas, a modalidade teve o maior impacto do estímulo à negociação gerado pelos recentes anúncios de redução.

Os juros do cheque especial caíram 1,2% no período.

A taxa de juros para o cartão de crédito é a maior do mercado. Ela é capaz de fazer uma dívida de R$ 1.000 chegar a R$ 3.382 em um ano.

Considerada uma linha de fácil acesso, a modalidade é apontada como grande vilã ao bolso dos brasileiros.

Para evitar uso inadequado, especialistas recomendam que os consumidores não tenham mais de um cartão de crédito e que tentem acompanhar a fatura pela internet para pagar à vista.

Caso a dívida já tenha sido contraída, a dica é trocá-la por uma mais barata, como o crédito consignado.

Myrian Lurd é até mais conservadora em sua recomendação: "Quem tem problema de fluxo de caixa não deve usar o cartão de crédito”.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

POR QUE É IMPORTANTE APRENDER A COZINHAR?


CLARICE REICHSTUL
COLUNISTA DA FOLHA

Q
uando eu era criança, ia à casa da minha avó uma vez por semana. Comíamos sempre a mesma comida: frango assado, cogumelos refogados, batata na manteiga e, de sobremesa, strudel de maçã (um tipo de torta) com creme de leite.

De vez em quando, tinha um peixe frito, mas o forte mesmo era esse menu descrito aí. Nunca mais comi cogumelos refogados como os da casa da minha avó, mas esses momentos que passávamos por lá são inesquecíveis (talvez porque ela deixava a gente tomar guaraná, e a minha mãe não).

Eu aprendi a cozinhar com minha avó. Primeiro foram biscoitinhos amanteigados. Ela fazia a massa e a gente ficava cortando com os cortadores de estrela. Depois foi um estrogonofe de peixe, que ela havia ensinado ao meu pai, quando ele era pequeno.

Na época, ele precisou de uma receita para uma competição de culinária no grupo de escotismo (passou anos reclamando por ter ficado em segundo lugar). O que eu não percebia naquele momento e só fui reconhecer adulta é o quanto aprender a cozinhar é libertador.

Libertador porque não dependemos de outros para ter a nossa comida, porque eu não tenho medo de receita nenhuma e porque, quando fui morar sozinha, não passei pelo aperto de comer miojo todos os dias. Eu já sabia fritar um ovo e fazer arroz. O básico.

A formação de indivíduos independentes se faz de diversas maneiras, algumas bem comuns, como pela cozinha. Como diria a mestra Nina Horta, cozinhar é um modo de se ligar.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

VENDIDOS OS 4 LOTES DA TECNOLOGIA 4G


Com informações de
Julia Borba - Folha

A
 parte mais importante do leilão da ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações foi encerrada com a venda dos quatro lotes nacionais da tecnologia 4G.

As maiores ganhadoras foram Claro e Vivo, que ficaram com as frequências de maior capacidade de cobertura. Os lances iniciais para cada uma dessas opções partiam de R$ 630,191 milhões.

O valor pago pela Claro foi de R$ 844,519 milhões. Já a Vivo arrematou por pouco mais de R$ 1 bilhão.

As duas últimas frequências nacionais ficaram com a Tim e a Oi, que pagaram, respectivamente R$ 340 milhões e R$ 330 milhões. O lance inicial para esses lotes era de R$ 315 milhões.

Essas quatro operadoras poderão oferecer a tecnologia 4G em todo o país. Elas serão obrigadas a ofertar o serviço também nas zonas rurais, sendo que cada lote correspodente a uma determinada região.

O processo durou toda a manhã. O leilão continuou com lotes menores em disputa.

A tecnologia 4G permitirá que as empresas de telecomunicações aprimorem a qualidade dos serviços de voz e banda larga. Estima-se, por exemplo, que a velocidade da internet com 4G possa superar em dez vezes a média da que é obtida atualmente com 3G no Brasil.

A evolução do sistema, no entanto, dependerá do esforço e do investimento das operadoras.

Segundo cronograma do edital, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão cobertura 4G até 31 de dezembro de 2016. As cidades sedes da Copa das Confederações estarão cobertas por 4G até 30 de abril de 2013. As sedes e subsedes da Copa do Mundo terão o serviço até 31 de dezembro de 2013.

VIVO
A Vivo terá, além da oportunidade de oferecer a tecnologia 4G por todo país, a obrigação de fornecer também o serviço na área rural estabelecida pela Anatel do interior dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

TIM
A TIM arrematou o terceiro lote. Apesar da faixa arrematada ter menor capacidade, devido às características da própria frequência, também poderá operar em todo o país. Ela terá como obrigação levar a tecnologia para as áreas rurais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

CLARO
A operadora Claro, que ganhou o leilão para o primeiro lote da tecnologia 4G, terá de oferecer o serviço nas zonas rurais da região Norte, dos Estados do Maranhão e Bahia e da grande São Paulo.

OI
A Oi arrematou o quarto e último lote nacional em leilão e deverá oferecer o 4G nas zonas rurais do Centro-Oeste do Rio Grande do Sul.

ZONA RURAL
O patinho feio do leilão era a faixa de 450 MHz, que cobre a região rural. Essa opção demanda grandes investimentos em infraestrutura e oferece um retorno menor, por se tratarem de áreas menos populosas.

Para garantir o acesso também nessas áreas, o edital de licitação previa que, se não houvesse interessados, a responsabilidade por esse fornecimento seja distribuído entre as empresas ganhadoras na faixa de 2,5GHz.

Até 31 de dezembro de 2015, as áreas rurais até 30 km da sede de todos os municípios brasileiros terão cobertura na faixa de 450 MHz, com serviços de voz e dados.

terça-feira, 12 de junho de 2012

DILMA DEFENDE MODERNIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS



E
m mensagem a militares da Marinha, a presidente Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de modernização das Forças Armadas brasileiras, e considerou o reaparelhamento da força naval uma "exigência estratégica".

"Na atual ordem global, viemos assumindo uma posição político-estratégica que impõe ao Brasil novas atribuições e desafios na defesa da paz", disse Dilma em mensagem lida durante a comemoração do 147º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 1865 durante a Guerra do Paraguai. "Diante dessa realidade, os esforços de reaparelhamento da Marinha são uma exigência estratégica".

A presidente destacou a atuação da Marinha no apoio às ações de segurança pública no Rio de Janeiro e em casos de calamidade ambiental e na atuação no Haiti, onde o Brasil lidera a missão de paz da ONU, conhecida como Minustah, e também no Líbano.

"A atuação de nossas Forças Armadas neste processo, seja por meio de missões sob a égide da ONU (Organização das Nações Unidas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos), seja na defesa de nossas fronteiras e de nossa soberania, requer equipamentos de qualidade, prontos a serem utilizados, e pessoal adequadamente preparado e motivado", disse Dilma na mensagem.

O Brasil pretende aumentar seus gastos na área de defesa dos cerca de 1,5% atuais do Produto Interno Bruto para 2% em até dez anos, revertendo movimento de cortes verificada nos últimos anos, disse à Reuters o ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista em maio.

Para 2012, o Ministério da Defesa prevê R$ 13,2 bilhões para custeio e investimento e tem uma promessa para elevar esse orçamento em mais R$ 1,6 bilhão.

Dilma citou ainda avanços no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que resultará na construção de um submarino com propulsão nuclear. Outros quatro submarinos convencionais também estão em construção, segundo a Marinha.

A Batalha Naval do Riachuelo foi travada em 11 de junho de 1865, quando a Marinha brasileira inverteu situação desfavorável frente a forças paraguaias e derrotou os oponentes.
Com informações Reuters