terça-feira, 7 de agosto de 2012

INSS EXPLICA COMO SERÁ A REVISÃO DOS BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE



O
 INSS vai aumentar o valor de 491 mil benefícios por incapacidade ainda ativos, dos mais de 2,7 milhões concedidos entre 1999 e 2009. A revisão foi necessária porque, na época da concessão, o Instituto considerou no cálculo dos benefícios os 20 por cento menores salários de contribuição, o que reduziu o valor da renda mensal.

A repórter Ana Carolina Melo conversou com o presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, logo após reunião com a Advocacia Geral da União e o Sindicato dos Aposentados, em São Paulo.

REPÓRTER: O senhor pode me resumir o que foi fechado hoje, quantas pessoas serão beneficiadas?

Presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild: "Na verdade nós fomos hoje, junto com a Advocacia Geral da União, apresentar uma proposta de acordo ao Ministério Público federal e ao Sindicato dos Aposentados, na discussão sobre uma revisão no cálculo dos benefícios por incapacidade, que tiveram quer ser recalculados em razão de uma alteração no Decreto 3048. Este acordo prevê a possibilidade de revisão de 2 milhões, 787 mil benefícios, 491 mil benefícios são ainda ativos, ou seja, benefícios que nós continuamos ainda pagando, e 2 milhões e 300 mil benefícios são benefícios que já estão cessados ou suspensos, não há mais pagamento nem saldo desses benefícios. Há pagamento previsto da revisão já no mês de janeiro de 2013 e o impacto mensal será de 56 milhões por mês."

REPÓRTER: O acordo proposto hoje foi aceito pelo Ministério Público e pelo Sindicato?

Presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild: "Foi aceito pelo Sindicato, vai ser também aceito pelo Ministério Público, que não estava presente, mas disse que concordaria com os termos que o sindicato aceitasse, então no dia 10 (de agosto) nós devemos fazer uma reunião para colher as assinaturas do acordo e, no dia 13, ele deverá ser protocolado em Juízo, em São Paulo."

Segundo o presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, a revisão dos benefícios será realizada automaticamente, e não é necessário que os aposentados e pensionistas do Instituto procurem uma Agência da Previdência Social. Além disso, os segurados que tenham direito ao reajuste ou aos atrasados receberão correspondência informando a data e o valor do pagamento. De acordo com o presidente, todos os casos serão identificados pelo INSS.

Calendário de pagamento Os segurados com benefícios ativos passam a receber o aumento na folha de pagamento de janeiro de 2013, paga no início do mês de fevereiro do próximo ano. Para os segurados com mais de 60 anos, os atrasados já serão pagos na folha de fevereiro, que tem início no mês de março de 2013.

De 2014 a 2016, recebem os atrasados os segurados com benefício ativo e que têm de 46 a 59 anos. Na sequência, de 2016 a 2019, recebem aqueles com até 45 anos.

Já os segurados que já tiveram o benefício cancelado, mas cujo valor do benefício era inferior ao que é devido, receberão os atrasados entre 2019 a 2022.

FONTE: Previdência Social

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DESPESAS FRAUDULENTAS NO IRPF ESTÃO NA MIRA DA RECEITA



A
 Receita Federal deflagrou a operação “Folia das Deduções” com a finalidade de combater fraudes nas deduções do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF). Milhares de contribuintes, cujas declarações apresentam fortes indícios de conterem despesas dedutíveis falsas, estão sendo intimados para se explicarem com o Fisco.

Dentre as irregularidades, destacam-se despesas médicas, despesas com instrução, contribuições à previdência privada e pensões alimentícias inexistentes ou artificialmente infladas. “Vamos endurecer. Esses contribuintes serão fiscalizados nos exercícios de 2008 a 2011”, diz José Aparecido Dias, Delegado Adjunto de Fiscalização de São Paulo.

A Receita também investiga o envolvimento de contadores, escritórios de contabilidade, assessorias e consultorias tributárias que prestam serviços para grupos de servidores públicos e funcionários de grandes empresas.

Se as fraudes forem comprovadas, o imposto devido terá que ser recolhido com multa de 150% e juros Selic. Além disso, os contribuintes e profissionais envolvidos podem responder a processo criminal. Tanto esses profissionais quanto seus escritórios ou consultórios também podem ser denunciados aos seus respectivos conselhos regionais ou órgãos de classe.

domingo, 5 de agosto de 2012

DEPRESSÃO, E AGORA?


Carla Astuti
Comunidade Canção Nova

H
oje em dia, já não é tão difícil falar sobre depressão; afinal, ela já foi classificada como “o mal do século”. Ainda há muito preconceito quando se fala nela.

Muitas pessoas acham que depressão é doença “de quem não tem o que fazer”, de pessoas fracas, que não rezam nem lutam, mas isso não é verdade. Depressão é uma doença e, com certeza, todos os que sofrem desse mal não gostariam de estar nesta situação.

Assumir a depressão chega a ser humilhante, pois, além de tudo, é preciso consultar um psiquiatra; daí, outro preconceito: psiquiatra é “médico de louco”. Eu costumo dizer que, na verdade, é para não ficar louco!

O maior risco da depressão é camuflá-la. Quanto mais tempo demoramos para buscar ajuda, mais sofrimento enfrentamos. Partilho aqui, com vocês, a minha experiência:

Há vários anos, quando partilhava minha vida com Irmã Lucimar, em Londrina (PR), percebi que seu semblante mudou, e ela me disse: "Carla, eu tenho a impressão de que você está depressiva, mas não posso afirmar, porque somente um psiquiatra pode dar o diagnóstico correto". Pronto. Meu mundo caiu! Como assim? Logo eu? Uma missionária da Comunidade Canção Nova, há tantos anos, poderia estar com depressão?

Assim que o choque passou, comecei a me analisar. Tenho pai e mãe depressivos, então, seria difícil fugir desta realidade. Chegando a Cachoeira Paulista (SP), procurei um psiquiatra que, a princípio, diagnosticou uma bipolaridade. Iniciei o tratamento com medicação, mas logo ele foi interrompido, pois engravidei da Sofia. Mais uma vez, meu mundo caiu! Como conduzir uma gravidez, aos 38 anos, depressiva e sem medicação?

Foi aí que Deus me mostrou Sua grandiosidade. Foi à melhor gravidez que vivi, sem nenhum problema! A Sofia nasceu, no final das 40 semanas de gestação, de parto normal.

Passado um tempo, resolvi retomar o tratamento, mas quis trocar de médico, uma vez que não me via bipolar, pois não sentia os picos de euforia. Busquei outro profissional e ele me diagnosticou com “distimia” (depressão crônica, de intensidade moderada); ela não tem cura, mas é controlável. 

Hoje, esta é a minha realidade. Sei da enfermidade e faço tratamento com medicação e psicoterapia; além de me esforçar para fazer uma atividade física, o que acho muito difícil. É preciso um esforço sobrenatural, mas consigo conviver bem, no dia a dia, e ter mais qualidade de vida: pessoal, familiar, comunitária e profissional.

Há dias em que dá aquela tristeza da alma, vontade de não fazer nada, mas sei o quanto ists não me fará bem e dou uma resposta diferente. Há dias também que necessitamos fazer algo diferente, algo só nosso, sair sozinha, comer algo que tem vontade, etc. Não é feio ter desejos e necessidades, muito menos pensar em nós de vez em quando. Pelo contrário, nos faz bem.

Não posso deixar de relatar aqui a colaboração da família e dos amigos mais próximos. O que mais nos faz bem é sermos acolhidos naquilo que estamos vivendo, sabermos que não somos peso, e que todos, a seu modo, preocupam-se e querem nos ajudar.

Por isso, se você, hoje, descobriu ou foi diagnosticada (o) com depressão, não se desespere! É possível conviver com ela, basta buscar ajuda profissional apropriada.

Tem jeito! Mas do jeito de Deus; não do meu!

sábado, 4 de agosto de 2012

RANKING DOS JUROS



T
axas cobradas das pessoas físicas pelos cinco maiores bancos, em ativos totais*, em % ao mês.


CHEQUE ESPECIAL
Santander/Real
10,19
Itaú Unibanco
8,63
Bradesco
8,56
Banco do Brasil
5,40
Caixa
4,29


AQUISIÇÕES DE BENS
Caixa
5,95
Santander/Real
3,83
Bradesco
3,18
Banco do Brasil
1,93
Itaú Unibanco
**


AQUISIÇÕES DE VEÍCULOS
Bradesco
1,58
Santander/Real
1,55
Caixa
1,49
Itaú Unibanco
1,49
Banco do Brasil
1,20

CRÉDITO PESSOAL
Bradesco
4,44
Itaú Unibanco
3,49
Santander/Real
3,43
Banco do Brasil
2,34
Caixa
2,09
* Pesquisa realizada de 13 a 19 de julho;
** % não informado.
Fonte: Banco Central

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ONU PROPÕE CAMPANHA CONTRA AIDS DURANTE A COPA



R
epresentantes da Unaids, o programa conjunto das Nações Unidas (ONU) de combate ao vírus HIV. O objetivo do encontro foi propor a campanha Cartão Vermelho para a Aids, que promoverá ações de combate e prevenção durante a realização da Copa do Mundo da FIFA 2014 no Brasil. A campanha foi realizada na África do Sul e contou com o apoio do Ministério do Esporte e Lazer sul-africano e dos capitães de 28 seleções participantes do Mundial de 2010, por meio da assinatura de um termo de cooperação.

Participaram do encontro o coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o diretor executivo da Unaids, Dibril Diallo, a deputada federal Alice Portugal, a vereadora de Salvador Olívia Santana, o secretário da Secopa da Bahia, Ney Campello, e o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, além de representantes da Assessoria Internacional e da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Diretos do Torcedor do Ministério do Esporte.

O diretor do programa da ONU, Dibril Diallo, explicou que o foco das ações é o público jovem. Segundo dados da entidade, dos 34 milhões de infectados com o vírus em todo o mundo, metade tem entre 15 e 24 anos. “Em junho de 2010, lançamos essa iniciativa e trabalharemos com ela até 2014. Na Copa do Brasil, o objetivo é usar o poder e a popularidade do esporte contra a Aids”, afirmou Diallo, ressaltando que em três anos a entidade pretende alcançar o que chama de “meta dos três zeros”:zero discriminação, zero contaminações e zero mortes relacionadas ao vírus.

- Queremos desenvolver a campanha de forma global, antes e durante a Copa, com estratégias de comunicação que envolvam os serviços públicos, a participação dos prefeitos das 12 cidades-sede e personalidades do futebol – completou Diallo.

- A campanha já apresentou resultados importantes. É fundamental contar com o apoio tanto dos ministérios do Esporte e da Saúde quanto das federações e personalidades de futebol. A Copa é do mundo, logo acreditamos que essa campanha deve envolver todas as seleções – defendeu a vereadora Olívia Santana.

VISIBILIDADE
Para Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a visibilidade da competição em 2014 contribuirá para o sucesso da campanha. “Este é um bom momento para trazer à tona essa discussão, que normalmente só acontece no carnaval e no dia 1º de dezembro (dia mundial de prevenção contra a Aids), enquanto a prevenção é necessária e é realizada durante todo o ano”, disse. “O combate à Aids pode ser relacionado aos eventos esportivos que estamos vivendo, e a Copa pode ser determinante para disparar esse cuidado com a juventude”, completou a deputada Alice Portugal.

- A Copa não é só a celebração do futebol, mas um momento que será acompanhado por mais de três bilhões de pessoas. Nós sabemos da dimensão desse evento. É uma oportunidade que o Brasil tem de enfrentar seus desafios, assim como foi na África do Sul. Queremos motivações que não sejam somente brasileiras, mas de toda a humanidade, deixando uma herança para o mundo, com resultados na saúde, educação, desenvolvimento humano e no combate ao racismo – afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Estabelecido em 1994, por uma resolução do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), e lançado em janeiro de 1996, o Unaids é guiado por uma Junta de Coordenação de Programas, com representantes de 22 governos de todas as regiões geográficas, além das agências co-patrocinadoras (Acnur, Banco Mundial, OIT, OMS, PMA, PNUD, Unesco, UNFPA, Unicef e UNODC), do Secretariado do Unaids e de cinco representantes de organizações não-governamentais, incluindo associações de pessoas portadoras do vírus HIV.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MERCADO PREVÊ BAIXO CRESCIMENTO DO PIB E AUMENTO DA INFLAÇÃO


E
m meio a um compasso de espera por mais indicadores domésticos e diante de uma melhora do cenário internacional, o mercado manteve suas perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a Selic neste ano. Entretanto, voltou a elevar a projeção para a inflação, segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.

Apesar da persistente dificuldade da economia brasileira em deslanchar, mas sem indicadores de peso na última semana, os analistas consultados na pesquisa do BC mantiveram a projeção de expansão do PIB de 1,9% em 2012.

Para 2013, a projeção, entretanto, foi reduzida para 4,05%, ante 4,10% anteriormente.

Ainda assim, uma série de indicadores mostrando aceleração dos preços recentemente levou os analistas a elevarem pela terceira semana seguida seus números para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa agora é de que encerre o ano a 4,98%, ante 4,92% na semana anterior.

PARA 2013, A EXPECTATIVA FOI MANTIDA EM 5,50% NA ÚLTIMA PESQUISA
Em relação à Selic, após o oitavo corte seguido realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para a mínima recorde de 8%, o mercado também não mudou sua visão e manteve a estimativa de que a taxa básica de juros terminará o ano a 7,50%. Para 2013, a previsão também foi mantida em 8,50%.

Analistas avaliaram que a ata da última reunião do Copom, na qual o conselho reafirmou que novos cortes na Selic têm de ser feitos com “parcimônia”, indica que pode haver pelo menos mais uma redução em agosto, quando o comitê de reúne novamente.

Entretanto, o cenário mais otimista nos mercados em relação às expectativas de novas medidas de estímulo econômico para a Europa pode aumentar as chances de o BC ser mais conservador na trajetória de redução da Selic, segundo analistas. Essa idéia ganhou força com líderes europeus afirmando que farão o possível para defender o euro.

EXPECTATIVA
O mercado aguarda a divulgação da produção industrial brasileira de junho na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já que é o principal setor que vem impedindo uma recuperação mais robusta da economia brasileira.

O governo já cortou a previsão de crescimento do PIB de 4,5% para 3%, embora ainda seja melhor que a perspectiva do BC, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, sustentou na semana passada que já existem indicações de que a economia está acelerando, e que estoques da indústria abaixo do visto no ano passado abririam espaço para o crescimento na produção conforme a demanda aumentar.

Por sua vez, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.

Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 foi elevada ligeiramente para 1,96 real por dólar, ante 1,95 real por dólar na semana anterior.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PREÇOS AO PRODUTOR DESACELERAM EM JUNHO



O
 Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado na manhã da terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve a primeira desaceleração desde fevereiro (-0,42%), revertendo uma trajetória de alta de preços. O IPP subiu 1,13% em junho ante o mês anterior. A alta da taxa de maio foi revisada de 1,65% para 1,69%. Até o mês passado, o IPP acumula altas de 4,53% no ano e de 6,66% nos últimos 12 meses.

O IPP mede a evolução dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. Desses, 22 apresentaram variações positivas de preços. Em maio, haviam sido 19 atividades. No período, as quatro principais variações positivas de preços partiram de alimentos (2,32%), bebidas (2,28%), papel e celulose (2,06%) e móveis (2,04%).

"Alguns setores estão aumentando o preço. Mas o aumento é um pouco menor do que em meses anteriores. É o caso do setor químico. De forma geral, a desaceleração da alta de preços é o que vai influenciar todo o IPP. Não sei dizer se é uma questão de demanda, mas é fato que a produção está caindo", afirmou o gerente do IPP, Alexandre Brandão.

As principais influências no IPP partiram de alimentos (0,45 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,17 pp), veículos automotores (0,08 pp) e papel e celulose (0,07 pp).

Os preços dos alimentos subiram 2,32% em junho ante maio. Nos seis primeiros meses do ano, o setor acumula alta de 8,82% e, comparado a junho de 2011, a alta foi de 17,5%, a maior taxa desde janeiro de 2011 (19,85%).

No caso do setor de alimentos, pesou na desaceleração a oferta de carne bovina superior à demanda. Em outros químicos, foi registrada uma oferta superior de polipropilenos, cujos preços no mercado internacional estão começando a cair, fruto da queda do preço do insumo, a nafta, e da queda do consumo de embalagens, que utiliza o polipropileno como matéria-prima. Já o grupo de veículos apresentou mais altas de preços do que queda, por causa da retomada de preços após um período de promoções para estimular o consumo.

Os setores de alimentos, outros produtos químicos e veículos são os de maior participação na composição do IPP, com 19,62%, 11% e 11,45%, respectivamente.

No acumulado do ano, o IPP avança 4,53% e as principais variações positivas partiram também de alimentos (1,66 pp), seguido de outros produtos químicos (0,69 pp), papel e celulose (0,30 pp) e refino de petróleo e produtos de álcool (0,26 pp).

terça-feira, 31 de julho de 2012

CÂMARA PODE VOTAR MEDIDA PROVISÓRIA QUE COMBATE SECA NO NORDESTE


Recesso parlamentar termina nesta terça-feira, e o Plenário retoma sessões amanhã.

O
 enfrentamento da seca no Nordeste é o tema de duas das três medidas provisórias que trancam a pauta do Plenário na primeira sessão do segundo semestre, que está marcada para esta quarta-feira (1º). A MP 565/12 institui linhas de crédito para produtores rurais de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública; e a 569/12 abre crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender a população atingida.

Aprovada na comissão mista com o relatório do senador Walter Pinheiro (PT-BA), a MP 565/12 autoriza o Executivo a criar essas linhas de crédito com recursos dos fundos constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Serão beneficiados os setores rural, industrial, comercial e de serviços em áreas atingidas por secas e enchentes.

A medida também permite a ampliação do valor do Auxílio Emergencial Financeiro de R$ 300 para R$ 400, destinado àqueles que não possuem o seguro safra.

Uma das novidades do relatório é a repactuação de diversos tipos de dívidas agrícolas, com suspensão imediata daquelas em execução e prazo para pagamento do novo saldo devedor em dez anos.

Da mesma maneira, os municípios atingidos que já tenham repactuado dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão fazê-lo novamente e um regulamento estabelecerá período de suspensão temporária dos pagamentos para que o dinheiro possa ser aplicado em atividades e ações de ajuda à população afetada.

CRÉDITO EXTRA
A outra MP que trata do assunto é a 569/12. Ela abre crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atender às populações de municípios do Nordeste atingidos pela seca e de outras regiões que sofreram com chuvas intensas. Os recursos serão destinados aos ministérios da Integração Nacional, da Defesa e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O texto já foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento sem mudanças,         com o relatório do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

EDUCAÇÃO INFANTIL
A terceira MP em pauta concede um benefício extra aos que recebem o Bolsa Família e tenham crianças de até seis anos. Aprovada com parecer do deputado Pedro Uczai (PT-SC) na comissão mista, a MP 570/12 também permite à União conceder apoio financeiro aos municípios e ao Distrito Federal para ampliar o acesso à educação infantil.

Uma das novidades do relatório é a extensão do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) às obras do sistema de ensino.

O RDC é aplicado atualmente às obras e serviços relacionados à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016 e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A maior inovação nessas regras é a possibilidade de a administração licitar um empreendimento por meio de contratação integrada, quando um único licitado fica responsável por todas as etapas, desde os projetos básico e executivo até a entrega final do objeto em condições de funcionamento.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

ALAGOAS REALIZA SEMINÁRIO 22 ANOS DO ECA NO AUDITÓRIO DA FITS



O
 ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE completou 22 anos no dia 13 de julho. Os desafios e conquistas da Lei foram temas de discussão na 9ª CONFERÊNCIA NACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, que aconteceu em Brasília – DF, no período de 11 a 14 de julho.

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ressaltou diferentes avanços do ECA como a redução da mortalidade infantil, mas afirmou que ainda há muitos desafios a exemplo da erradicação do trabalho infantil no país.

Em Alagoas, na quarta-feira, dia 8 de agosto de 2012, a partir das 8h30min, acontece o SEMINÁRIO 22 ANOS DO ECA, no auditório da Faculdade Integrada Tiradentes (FITS), localizada na Avenida Comendador Gustavo Paiva, nº 5017, no bairro Cruz das Almas, em Maceió.

O evento terá seis palestras proferidas por autoridades e especialistas em Crianças e Adolescentes e ao final, um debate geral, encerrando-se com um Coffe Break.

SEQUENCIA DAS PALESTRAS:
09h - Palestra I: “Ações da Corregedoria Geral da Justiça de Alagoas na área da infância e juventude” - Desembargador James Magalhães de Medeiros - Corregedor Geral da Justiça de Alagoas

9h30 - Palestra II: “A importância da participação de crianças e adolescentes na luta pela efetivação dos seus direitos” - Matheus Eduardo Correia Alencar - Delegado Adolescente na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

10h - Palestra III: “O Ministério Público e seu papel na garantia dos direitos de crianças e adolescentes” - Carlos Alberto Alves de Melo - Promotor de Justiça (à confirmar)

10h30 - Palestra IV: “O Desafio da Prioridade Absoluta dentro do Orçamento Público” - Heloísa Helena - Vereadora de Maceió

11h - Palestra V: “As deliberações da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente” Cláudio Soriano - Superintendente da Criança (SEMCDH) e Presidente do CEDCA/AL

11h30 - Palestra VI: “O Plano de Convivência Familiar e Comunitário como instrumento de construção de uma Política de Estado para Crianças e Adolescentes” - Rickelane Gouveia  - Aldeias Infantis SOS Brasil

12h - Debate

12h30 - Coffe Break de encerramento

Mais informações poderão se obtidas através dos telefones: (82) 8882-8095 e 8805-7283.

domingo, 29 de julho de 2012

O HOMEM TEM MEDO DA VERDADE


“A humanidade não aguenta muita realidade”.
T. S. Eliot (1888-1965)

Padre Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja

D
om Quixote é um personagem bem conhecido na ficção, criado no século XVI pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes. Seu clássico romance leva o nome desse personagem. Nessa história, Dom Quixote enche sua mente com lendas e fábulas sobre corajosos cavaleiros vestidos com armaduras reluzentes, salvando donzelas em perigo. Logo, começa a imaginar que ele mesmo é um nobre cavaleiro.

Em um famoso episódio, Dom Quixote ataca um grupo de moinhos de vento, acreditando que são um bando de gigantes perigosos. Achando que está servindo aos interesses de Deus por matar esses gigantes, ele acaba sofrendo completa humilhação.  

Por que Dom Quixote de la Mancha é um dos romances mais lidos do mundo? Possivelmente, porque o herói só se deixa governar pela fantasia. Nós nos identificamos com o personagem, porque ele não quer saber da realidade, desconhece inteiramente o limite entre o imaginário e o real.

Escreve a psicanalista e escritora Betty Milan: “Os personagens de romance encontram soluções mágicas para os seus dramas. Já nós somos obrigados a aceitar a realidade”.

A ilusão, a fantasia, a sedução da luxúria, o engodo pelo capital e a imaginação gananciosa, tudo isso está no contexto da arte do engano. Teologia da prosperidade, astrologia, reencarnação, cartomantes, bruxarias, amuletos, simpatias, paranormalidades, objetos voadores não identificados, pseudociência e rezas supersticiosas. Tudo isso desvia a pessoa para a idolatria e para o falso sistema religioso. Os profissionais líderes da arte do engano sabem que estão servindo seus interesses e os enganados são roubados e humilhados.

Os novos movimentos religiosos têm se constituído em uma indústria sectária financeira. As atuais seitas são empreendimentos capitalistas assustadores! Elas controlam seus fiéis por meio da alienação doutrinária herética. Nenhum ator no mundo desempenha um papel tão excelente como os líderes religiosos sectários no teatro da hipocrisia. Esses tais líderes sofrerão humilhação e condenação. Não é fácil viver a realidade com a verdade, principalmente na atual babel religiosa.

A internet legitima a vida virtual, parcial, superficial e infernal. A pós-modernidade agrega muito bem a face oculta da personalidade doentia e criminosa. Engabela-se com erros refinados na era da globalização. Dizia Santo Agostinho: “os que não se deixam vencer pela verdade serão vencidos pelo erro”.

O mundo é tremendamente ilusório e fantasioso, porque a realidade é dura demais. No entanto, a verdade tem seu espaço garantido e seu destino certo.

sábado, 28 de julho de 2012

CAIXA AMPLIA A OFERTA DE MORADIAS NO CAMPO


Parte integrante do PMCMV, o Programa Nacional de Habitação Rural deve beneficiar mais 20 mil famílias até o final do ano

A
 Caixa Econômica Federal já beneficiou mais de 29 mil famílias de agricultores e trabalhadores rurais, por intermédio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Somente no primeiro semestre de 2012, foram contratadas 9.665 unidades, o dobro do mesmo período do ano passado, o que representa um investimento de cerca de R$ 240 milhões. A CAIXA espera contratar mais 20 mil moradias até o final do ano.

Enquadram-se no PNHR os agricultores familiares e os trabalhadores rurais, além dos pescadores artesanais, extrativistas, aqüicultores, maricultores, piscicultores, ribeirinhos, comunidades quilombolas, povos indígenas e demais comunidades tradicionais. As famílias são organizadas por entidade representativa sem fins lucrativos (município, estado, sindicatos, cooperativa ou associações), que apresenta o projeto para a CAIXA. As propostas devem atender no mínimo 4 e no máximo 50 famílias por grupo. Atualmente, há mais de 50 mil propostas em análise no banco.

A meta estabelecida pelo Ministério das Cidades para o Programa, no período de 2011 a 2014, é de 60 mil unidades habitacionais. Entretanto, para o diretor de Habitação da CAIXA, Teotônio Costa Rezende, o banco deve bater a meta antes do prazo. “Estamos convictos, pelo número de propostas em estágio adiantado, que esta meta deve ser atingida já nos primeiros meses de 2013.”, disse o diretor.

A partir deste ano, a CAIXA espera ampliar o alcance do PNHR, sobretudo nas áreas onde o déficit habitacional é mais acentuado, uma vez que foram dados passos importantes na capacitação e organização das entidades e comunidades rurais. Desde maio de 2011, quando criou a Superintendência Nacional de Habitação Rural (SUHAR), o banco vem atuando na construção de um relacionamento com entidades representativas do setor.

No PNHR, as entidades identificam a demanda habitacional e auxiliam no trabalho de organização das famílias. A CAIXA, como agente financeiro e gestor operacional do Programa, contribui com o trabalho de capacitação técnica e social das comunidades, libera os recursos e acompanha a realização das obras.

De acordo com a superintendente nacional da CAIXA, Noemi Lemes, nas ações do Programa, as famílias recebem capacitação técnica e orientação sobre gestão da propriedade rural, embelezamento das moradias, cooperativismo, participação da mulher na gestão da propriedade e ações que visem à permanência do jovem no campo. O PNHR prevê o subsidio de R$ 1 mil, por família, para que a entidade organizadora preste assistência técnica e execute o trabalho social junto às famílias, aspecto fundamental do Programa, que visa promover a qualidade de vida dos trabalhadores do campo e evitar o êxodo rural.

PARÂMETROS DO PROGRAMA:
Para famílias com renda anual de até R$ 15 mil (Grupo I), o valor do subsídio, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), é de até R$ 25 mil para construção e até R$ 15 mil para reforma. Cada família devolve à União apenas 4% do valor subsidiado, em 4 parcelas anuais (1% por ano – 96% do valor total do projeto é subsidiado).

Famílias com renda anual entre R$ 15 mil e R$ 30 mil (Grupos II ), podem receber subsidio de até R$ 7 mil e os valores financiados podem chegar a R$ 80 mil, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O valor médio das unidades habitacionais é de R$ 25 mil – custo mais baixo, em relação às áreas urbanas, pela disponibilidade de terrenos no meio rural e pelo sistema de produção das moradias (mutirão/autoconstrução assistida, administração direta).

PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL:
Parte integrante do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), o PNHR foi criado pela necessidade de uma política habitacional que atendesse as especificidades da moradia no campo, onde as diferenças do meio urbano para o rural – tais como cultura, forma de remuneração, gleba de terra, logística para construção – passaram a ser consideradas nos programas de moradia para a população do campo.